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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Secretaria de Saúde de SP volta a atrasar distribuição de remédios

A administradora pública Elisa Schuler, de 29 anos, que recebe mensalmente do SUS o medicamento Betaferon (betainterferona 1b, da Bayer Schering Pharma), usando para controlar os sintomas da esclerose múltipla, voltou a ter dificuldade de encontrar o remédio. Elisa, que retira o medicamento no SUS há dois anos, quando foi diagnosticada com a doença, nunca tinha tido problemas até outubro de 2010, quando relatou ao Poder Online o atraso de 13 de dias na entrega do Betaferon. Na época, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo alegou problemas de logística para o atraso. Nos meses de novembro e dezembro, Elisa não teve problemas para retirar o remédio. Mas, em janeiro, o SUS voltou a informá-la que o Betaferon está em falta. Segundo Elisa, que desde o dia 21 de janeiro está tentando retirar o remédio, a informação dada pelo SUS é que não há previsão para normalização da entrega. Funcionários da unidade do SUS disseram que o atraso era da Bayer, que fabrica o remédio. Mas o departamento comercial do laboratório negou o atraso e, de acordo com Elisa, afirmou que o problema é da logística no processo de distribuição entre os governos federais e estaduais. Para não correr o risco de ter o tratamento interrompido novamente, Elisa comprou uma caixa de Betaferon – suficiente para um mês de tratamento. O medicamento já foi entregue pelo laboratório na última sexta-feira. - Paguei R$ 4.312,11 no remédio. Foi o preço que eu felizmente pude pagar neste momento para manter o meu tratamento. Mas é um valor que a maioria das pessoas não dispõe. http://colunistas.ig.com.br/poderonline/feed/

Erro médico - Garoto com nódulo no lábio é operado para retirada de hérnia em SP

Caso aconteceu em Bertioga, no litoral. Família diz que não foi avisada da cirurgia e que consultas foram para avaliar nódulo AE 07/02/2011 13:58 Era para ser uma simples cirurgia na boca para a retirada de um nódulo pouco abaixo do lábio, mas J., de 10 anos, deixou o centro cirúrgico com um generoso curativo no abdome, resultado da retirada de uma hérnia na altura do umbigo. O procedimento foi realizado na quinta-feira passada, no Hospital Municipal de Bertioga, litoral de São Paulo. J. teve alta no mesmo dia. A mãe de J., a dona de casa Lucinéia Matias Castro, contou que ficou assustada quando encontrou o filho após a cirurgia. Ela havia sido informada que o procedimento havia dado certo e que o menino reagira bem. Quando chegou ao quarto, ela notou o engano: o nódulo continuava na boca e no abdome havia um curativo. De acordo com Lucinéia, a médica que operou o garoto o acompanhava desde junho do ano passado, quando foram solicitados os exames pré-operatórios. “Ele passou três vezes por consulta com a mesma médica com esse objetivo”, relata a dona de casa. A guia em suas mãos deixava claro que o garoto passaria por uma operação para a retirada de um nódulo na boca. Luiz Fernando Rosa, pai de J., está inconformado com o caso. “É preciso que alguém se responsabilize pelo o que aconteceu com o meu filho”. Ele afirma que pode ser até que J. tivesse uma hérnia. “Mas, para que a cirurgia ocorresse, a família tinha de ser avisada antes. Me surpreende o fato de ele nunca ter apresentado qualquer sintoma do problema.” A Secretaria de Saúde de Bertioga abriu sindicância para apurar o caso e informou que se pronunciará apenas após a conclusão das investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/garoto+com+nodulo+no+labio+e+operado+para+retirada+de+hernia+em+sp/n1237990281123.html

Lógica do processo de acreditação hospitalar

A Acreditação Hospitalar é uma metodologia de consenso, racionalização e de ordenamento dos hospitais e, principalmente, de educação permanente do pessoal de serviço e de seus líderes. O primeiro passo para a sua viabilização é a existência do "Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar", que estabelece os itens que devem ser avaliados de forma explícita e objetiva. O segundo componente relaciona-se com a existência de uma "Organização Nacional de Acreditação", com representações dos diversos segmentos sociais relacionados com a saúde. Na lógica do processo de acreditação, não se avalia um serviço ou departamento isoladamente. Mesmo que um serviço do hospital esteja plenamente montado, com excepcional qualidade e que tenha alcançado um grau de complexidade compatível com o nível 3, por exemplo, a instituição será acreditada no nível 1 se os outros serviços não conseguirem alcançar níveis superiores a este. O propósito deste enfoque é reforçar o fato de que as estruturas e processos do hospital são de tal ordem interligados, que o funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final. A utilização de programas de Acreditação, como enfoque inicial para implementar e garantir a qualidade nos hospitais brasileiros, contribui para que, dentro dos recursos disponíveis, ocorra uma progressiva mudança planejada de hábitos, de maneira a provocar nos profissionais de todos os níveis e serviços um novo estímulo para avaliar as debilidades e forças da instituição, com o estabelecimento de metas claras e mobilização constante do pessoal, voltados para a garantia da qualidade da atenção médica prestada aos pacientes/clientes. Antes, durante e depois da avaliação para a Acreditação, os funcionários do hospital vão naturalmente demonstrando interesses em identificar e distinguir as discrepâncias existentes entre as práticas e os padrões aceitáveis de qualidade, seja procurando encontrar meios para corrigir ou reduzir essas deficiências, seja denunciando sem medo as falhas existentes, pelo prestígio institucional que se adquire, de quem mais aponta problemas e apresenta soluções pertinentes. O perfil dos avaliadores deve situar-se sempre em profissionais de indiscutível conhecimento, com grande experiência na gestão de hospitais, para realizar as recomendações pertinentes e assessorar a melhoria de funcionamento dos mesmos, em visitas, que podem durar, às vezes, vários dias. As posteriores apresentações e discussões internas, entre avaliadores e a liderança do hospital, concorrerão para orientar a solução dos problemas encontrados. A Acreditação deve ser sempre periódica e confidencial, estabelecendo prazos para a correção das falhas encontradas. Freqüentemente, os médicos utilizam-se de critérios implícitos e subjetivos para apreciar a qualidade da atenção médico-hospitalar. Cada hospital pode desenvolver seus próprios critérios explícitos para garantir a qualidade, estabelecidos com precisão por parte das suas próprias autoridades médicas, de enfermagem ou da saúde. Os critérios explícitos facilitam a avaliação pelo pessoal não médico, simplificando os procedimentos futuros de acreditação. A introdução de tecnologia utilizada na indústria para a melhoria da qualidade pode contribuir para facilitar o processo de Acreditação. Novos canais de comunicação são criados, promovendo as mudanças necessárias e vencendo resistências para a implementação dos novos padrões de qualidade, sempre compatibilizados com os sistemas de valores do hospital e do seu contexto social. Essas ações devem ser apoiadas em sólidos mecanismos de incentivo às equipes dos distintos serviços. Neste processo, o papel de um corpo de enfermagem comprometido com o programa da qualidade é fundamental, pois este é, entre todos os que trabalham nos hospitais, o único grupo profissional com presença permanente, familiarizado, durante e depois da formação acadêmica, com temas gerenciais e de auditoria clínica e com habilidades ímpares para assessorar a implementação e a monitorização de todo o processo. Na revisão das propostas de mudança, os hospitais não devem perder a perspectiva de que estão inseridos em um contexto social, onde sempre existem outros serviços de saúde e que, por mais recursos humanos e materiais que se comprometam na melhoria da qualidade, uma grande parcela de problemas independe dos êxitos alcançados dentro da própria instituição. É válido recordar que na América Latina, 50 a 70% dos cuidados médicos nas emergências dos hospitais são para casos de atenção primária, que abarrotam estes serviços, desorganizam a assistência e que poderiam ser atendidos com tranqüilidade e qualidade em Postos, Centros de Saúde ou Policlínicas razoavelmente equipadas, geograficamente situadas em áreas de abrangência do hospital, pertencentes ao mesmo sistema local de saúde. As aplicações de recursos nesses níveis primários visam a sobrevivência funcional do hospital, como organização da atenção médica de alta reputação. Os recursos investidos no diagnóstico e tratamento de patologias passíveis de atendimento pela rede ambulatorial , representam significativo aporte econômico aos hospitais isentando-os do atendimento às patologias mais simples. O mais grave é que estes mesmos hospitais não realizam, com a devida qualidade, a atenção médicas a estas patologias. Pois quase sempre a pressão da demanda obriga os profissionais a se concentrarem apenas na queixa principal do paciente, não enfatizando importantes procedimentos de promoção da saúde e prevenção de doenças, realizados com muito mais eficiência nos Postos ou Centros de Saúde. Para implementar um programa de garantia da qualidade, o hospital deve estar permanentemente sob a análise gerencial, redistribuindo recursos segundo as prioridades contingenciais dos serviços e mantendo um equilíbrio constante entre os objetivos a curto e a longo prazo. Os novos programas desenvolvidos dão ênfase aos aspectos da qualidade e contribuem para a renovação das idéias, substituindo antigos conceitos ou hábitos. Os verdadeiros líderes que souberem aproveitar este estímulo introduzirão novos conceitos sobre a missão social da organização, qual seja, oferecer serviços de excelente qualidade, em que a responsabilidade não é individual, mas de todos os funcionários do hospital. O estabelecimento de precisos objetivos mensuráveis, a curto e a longo prazo, e a sua freqüente monitorização, orientarão os planos para a ação, a estratégia da organização e a implementação de programas. Durante a percepção futura e estratégica da missão do hospital surgirão, naturalmente, as necessidades de interpretar todos os aspectos da sociologia da atenção médica, com análise do ambiente externo ao hospital, da acessibilidade do paciente à instituição e da adequação do hospital às demandas comunitárias. Como mencionado no início deste documento, poucos êxitos serão alcançados caso não haja nítido envolvimento do corpo diretivo do hospital, refletido não somente nas recomendações escritas, mas também no exemplo de atitudes. O papel estimulante dos líderes da instituição é um aspecto fundamental da melhoria da qualidade. Finalmente, não se poderá jamais implantar qualquer programa da qualidade se o corpo clínico não for qualificado. O recrutamento, desenvolvimento, avaliação e retenção do pessoal hospitalar e em especial, os conhecimentos ou destrezas do corpo clínico, são inerentes aos programas da qualidade. Copyright© 2000-2004 Farmacêutico Virtual. Todos os direitos reservados. http://www.farmaceuticovirtual.com.br/html/acredlogica.htm

O que é Acreditação?

Define-se Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. Nas experiências, brasileira e internacional, é uma ação coordenada por uma organização ou agência não governamental encarregada do desenvolvimento e implantação da sua metodologia. Em seus princípios tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial, não devendo ser confundido com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de Estado. Principais Vantagens da Acreditação




•Segurança para os pacientes e profissionais; •Qualidade da assistência; •Construção de equipe e melhoria contínua; •Útil instrumento de gerenciamento; •Critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira; •O caminho para a melhoria contínua.
Principais Interessados pelo Processo de Acreditação
•Líderes e administradores •Profissionais de saúde •Organizações de saúde •Sistemas compradores •Governo •Cidadão https://www.ona.org.br/Pagina/27/O-que-e-Acreditacao

Não comece contando piada

Por Reinaldo Polito O título deste texto precisa de reparos. Combato tanto essa história de 'deve', 'não deve' em comunicação, e faço logo uma afirmação contundente como esta: não comece contando piada. Seria mais adequado dizer que é desaconselhável iniciar uma apresentação contando piadas. Vamos refletir sobre as consequências do uso da piada na introdução da fala para que você possa decidir se deve ou não lançar mão desse recurso como técnica oratória para conquistar plateias. Você vai observar que tudo depende do seu estilo e do contexto em que estiver envolvido. Se você iniciar uma apresentação contando piadas enfrentará pelo menos dois riscos: contar uma piada que não tenha graça, ou que tenha graça, mas seja muito conhecida. Em qualquer das duas circunstâncias a piada poderá se transformar em perigosa armadilha para seu sucesso diante do público. Os primeiros instantes diante da plateia são os mais difíceis para o orador. A adrenalina acabou de ser despejada no nosso organismo. Estamos tentando ocupar o lugar mais adequado na frente do grupo. Procurando ouvir o som da nossa própria voz. Fazendo esforços para conquistar os ouvintes. Quase sempre, é um momento de grande desconforto e insegurança. Suponha, então, que você, com esse desconforto, se apresente diante do público contando uma piada e perceba que a piada não teve graça. O momento que já era difícil passa a ser ainda mais constrangedor. Dependendo do momento, talvez esse contratempo prejudique o resultado da sua apresentação. Alguns perguntam: Polito, e se a piada for boa? A situação pode ser pior. Piada boa, engraçada, se espalha com muita facilidade. Você chega contando uma piada diante da plateia, com a certeza de que todos vão achar muita graça, só que, por ser engraçada, todo mundo conhece e, por isso, ninguém ri. Desespero! Há ainda outra questão importante a ser considerada. Todas as partes de uma apresentação, desde o início até a conclusão, devem ter interdependência. O que dizemos no começo precisa guardar relação com o meio e com o final. Se uma informação não se encaixar nessa composição, provavelmente, deveria ser retirada. De maneira geral, mesmo a piada sendo boa e inédita deve ser evitada porque apresenta esse defeito: não guarda interdependência. Você conta a piada, as pessoas riem, mas como não possui relação com o assunto, deve ser deixada de lado, pois não irá contribuir para a compreensão dos ouvintes e o sucesso da mensagem. Se, entretanto, a piada for boa, inédita e guardar interdependência com as outras etapas da apresentação, poderá ser usada e se tornar um excelente recurso de comunicação. Considere também que o risco é muito grande, pois são muitos aspectos que precisam ser considerados. Prefira um fato bem humorado. No lugar da piada, prefira usar a presença de espírito e fazer um comentário sobre uma informação que nasça no próprio ambiente da apresentação e a transformá-la em um fato bem humorado. Se a plateia rir, excelente, você marcou um belo tento. Se não rir, não haverá problema, pois não havia a obrigação de fazer graça. Se tiver uma boa piada, prefira contá-la no meio da apresentação, quando já estiver mais à vontade diante do público. Mesmo que a piada não tenha graça, ou seja engraçada e tenha o inconveniente de ser muito conhecida, sem o nervosismo do início, poderá contornar melhor a situação. Por fim, tenha em conta que muitas vezes a piada não guarda interdependência com o conteúdo da mensagem. Em certas circunstâncias, no meio da apresentação, poderá, entretanto, funcionar como recurso para prender a atenção ou recuperar a concentração dos ouvintes. SUPERDICAS DA SEMANA •Evite piadas no início da apresentação •Prefira o uso de fatos bem humorados •Antes de contar uma piada em público, faça o teste com amigos e familiares •Cuidado com piadas grosseiras para não cair na vulgaridade •Piadas relacionadas a raça, sexo e religião devem ser afastadas www.polito.com.br http://www.portalcmc.com.br/mkt_comuni23.htm

Quando o controle se transforma em ilusão

Gisela Kassoy - Consultoria em Criatividade Os gerentes de antigamente devem se lembrar dos tempos do POC, acróstico para Planejamento, Organização e Controle, oriundo da idéia que as coisas basicamente aconteceriam conforme o planejado. Era isso mesmo: com um bom planejamento, e se a turma fizesse as coisas direito, tudo daria certo. As premissas eram essas e nem sempre funcionavam, mas dava para se basear nelas. Mas o mundo muda. E muda cada vez mais e mais rapidamente, a ponto de corrermos o risco (ou a certeza) de vê-lo mudado quando formos conferir os resultados de nosso planejamento. Além disso, somos forçados a trazer soluções novas, que nunca foram testadas e que portanto poderão trazer resultados e reações imprevisíveis. E as pessoas, estão acompanhando esta nova forma de pensar e agir? Como fica a idéia de controle, num mundo com tantas variáveis que não podemos controlar? Médicos e psicólogos já notaram uma das conseqüências da ilusão de poder controlar o incontrolável, que é o chamado burn-out, o stress típico de quem depende de variáveis externas para obter sucesso. Educadores, vendedores e demais profissionais cujos resultados dependem do comportamento de outras pessoas talvez estejam mais treinados a administrar imprevistos, mas a surpresa acontece também quando lidamos com estratégias de marketing, lançamento de produtos, decisões de carreira e investimentos financeiros. É possível ser bem sucedido num mundo assim? Sim, desde que mudemos nossa forma postura e aceitemos que certas variáveis são mesmo incontroláveis. Veja como: Entenda a Diferença Entre Ser Gerente e Ser Gestor: No Aurélio, trata-se de sinônimos, mas no mundo das organizações, o gerente é mais um administrador, enquanto o gestor é aquela pessoa que, conforme os objetivos da empresa, cria um ambiente propício para que coisas aconteçam e lida criativamente com o acontecido. Faça uma lista de suas tarefas de gerente e suas tarefas de gestor, e adapte sua forma de atuação para cada um dos casos. Esqueça o Erro, Pense em Surpresas: Recentemente a revista Exame fez uma matéria sobre a transformação de imprevistos em vantagens. Um exemplo foi o Shopping Frei Caneca, planejado para ser um Shopping tradicional que acabou tendo que se adaptar ao público gay, freqüentador da região. Houve um erro de previsão? Ou nós é que temos que mudar a visão de erro? Se passarmos a ver o inesperado como novidades, teremos agilidade para nos adaptarmos às circunstâncias. Foi o que fez a direção do Shopping ao direcionar suas lojas para esse mercado. Clay Carr, autor do livro O Poder Competitivo da Criatividade chama a habilidade de aproveitar fenômenos como o exemplo acima de Administração da Surpresa, uma habilidade que teremos de desenvolver cada vez mais. Não Tema a Frustração: Um dos brinquedos favoritos da minha infância era o João Bobo, desenvolvido para que as crianças tentassem derrubar, mas que nunca tombava. Pelo contrário, quanto mais violento o golpe que ele levava, mais rapidamente ele se levantava. Pois o João Bobo era muito esperto! Em vez de evitar os tombos, o que ele fazia bem era se recompor para voltar a ficar em pé. Quem deixa de arriscar por temer o erro e a frustração não se dá nem a chance de acertar nem a de vivenciar uma boa surpresa. Como já foi mencionado antes, num mundo mutante os fatores negativos podem rapidamente se transformar em oportunidades. Planeje, Crie Métricas. Acima de Tudo, Monitore: Contar com o imprevisível não significa deixar os fatos ocorrerem ao sabor do vento. Pode parecer um paradoxo, mas nunca se deu tanta importância ao planejamento, bem como às métricas que avaliarão os resultados. A diferença é que as métricas não existem apenas para avaliações: a função delas são o monitoramento, os ajustes, o aprendizado, cada vez mais sofisticados e mais atentos às variáveis externas. Erre Rápido e Erre Direito: Alexander Mandic, um bem sucedido empresário brasileiro do mundo da internet fala em errar rápido, ou seja, a capacidade de reagir rápida e eficazmente ao inesperado. Podemos pensar também em errar direito, ou seja, termos planos B, C e D e criarmos rapidamente um plano E. Aceite os Presentes Que O Mundo Dá: Cada vez mais, as coisas acontecerão de forma diferente de nossas previsões. Aceite e permita-se surpreender. É como acontece com os filhos: nem sempre eles puxam os olhos do pai e o nariz da mãe, mas trazem alegrias que a nossa fantasia jamais imaginaria. http://www.portalcmc.com.br/lid_art21.htm

SP terá escola para formar especialistas de saúde em drogas

Hospital das Clínicas vai oferecer nova residência a profissionais e atuação será nas comunidades onde vivem os dependentes Fernanda Aranda, iG São Paulo O Hospital das Clínicas de São Paulo, em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), elaborou um novo conceito de atendimento ao dependente químico, o calcanhar de Aquiles da saúde mental nas redes públicas e privadas atualmente. Com investimento inicial de R$ 11 milhões, um prédio será construído atrelado ao Instituto de Psiquiatria do complexo hospitalar, na zona oeste da capital paulista, com o triplo objetivo de formar profissionais especializados, fazer pesquisas sobre dependência química e ainda atender aos casos mais complexos nesta área da medicina. Hoje, uma das principais deficiências no setor é a falta de mão de obra gabaritada para tratar estes pacientes, crítica já expressada pelo próprio Conselho Federal de Medicina (CFM). O Hospital das Clínicas agora vai oferecer residência em saúde para assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos e, com isso, pesquisar novos modelos de atendimento. “A grande menina dos olhos do novo projeto é que estes profissionais não médicos e especializados terão uma atuação social com relação aos usuários de drogas”, afirma o psiquiatra Arthur Guerra, o coordenador do novo serviço do HC. “As equipes vão à comunidade em que o dependente vive, promovendo atividades com as famílias, atuando com relação aos problemas de desemprego, cultura, lazer. Será um atendimento itinerante”. O novo prédio contará com 40 leitos de internação, destinados aos casos mais complexos – crises de abstinência severas, violência e dificuldade de intervenção – sendo 30 deles para adultos e 10 para crianças e adolescentes. No ambulatório, a capacidade de atendimento será de 14 famílias por dia. O projeto já está em andamento e a previsão de conclusão é de dois anos. Levantamento feito pelo iG no banco de dados do Ministério da Saúde reforça a necessidade de mais leitos específicos para a área da dependência química. Só entre janeiro e novembro do ano passado, 52 mil pessoas precisaram ser internadas em unidades hospitalares do sistema público, por conta das sequelas do uso nocivo de álcool. Por falta de unidades especializadas, estas pessoas ficam misturadas com os outros pacientes, hospitalizados pelas causas mais diversas: problemas cardiovasculares, acidentes e doenças crônicas, entre outras. A carência de serviços médicos também é repetida no sistema particular de saúde, conforme pesquisa feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp+tera+escola+para+formar+especialistas+de+saude+em+drogas/n1237984206206.html

Definição de liderança

Ao longo do tempo verificou-se que empregado, quando tem confiança e é comprometido com a empresa, obtém mais e melhores resultados, do que o empregado vigiado, controlado e mandado. A liderança, dentro de uma visão moderna, está sendo buscada por um simples fato: o controle de empregados custa caro, e não obtém a maior produtividade de cada empregado. Ou seja, é duplamente ineficaz: custa mais e não obtém o melhor. Não fosse isso, não se justificaria um Hospital Sara Kubitschek, que possui um corpo técnico de excelente nível, e paga salários menores do que esses profissionais poderiam estar ganhando no mercado. Ou ainda, os McDonalds, que atendem em 119 países, têm mais de 30.000 restaurantes de lanches rápidos, e servem mais de 47.000.000 de sanduíches por dia, com pessoal atendendo a todos com um sorriso nos lábios. O que faz com que todas estas pessoas trabalhem assim? O que esse pessoal faz que os outros não possam fazer? Cabe discutir o que é liderança. As seis definições de liderança abaixo, para mim são todas equivalentes: 1 LIDERAR é conectar os seus empregados ao seu negócio. 2 LIDERAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como proprietários. 3 LIDERANÇA é a arte de fazer com que os outros tenham vontade de fazer algo que você está convencido que deva ser feito. 4 LIDERANÇA é a arte de mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas. 5 LIDERANÇA é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através de empregados engajados. 6 LÍDER é o portador da autoridade legitimada, ou seja, aquele em quem se reconheçam motivos para ser ouvido, acatado e seguido. (Benedito Milioni) Em quaisquer definições de liderança, aquela que você gostar, sempre haverá uma ou duas palavras, no máximo, que se retiradas, mudam o significado de liderança para gerência, ou chefia. Vejamos: GERENCIAR é colocar para trabalhar os seus empregados no seu negócio. GERENCIAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como empregados. GERÊNCIA é a arte de fazer com que os outros façam algo que você está convencido que deva ser feito. GERÊNCIA é a arte de mobilizar os outros a batalhar. GERÊNCIA é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através de empregados. As palavras que mudam, e dão todo o sentido da liderança, - diferentemente da simples gerência - são conectar, agir e trabalhar como proprietários, fazer com que os outros tenham vontade de fazer, batalhar por aspirações compartilhadas, e empregados engajados. Em toda e qualquer definição de liderança, que utilizarmos, terá um ou dois vocábulos que expressarão o conceito de aderência e comprometimento do empregado à empresa, de pertencer a um agrupamento que faça a diferença. Liderar fica sendo então algo como prover um significado ao trabalho que faça com que valha a pena o engajamento das pessoas, que esse significado ajuda a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance de participar, com o seu próprio trabalho e esforço, na construção de algo que valha a pena engajar a sua vida. Neste casos, liderar é dar um significado ao trabalho, que propicie o engajamento voluntário dos empregados. O que também ajuda a definir a liderança: Liderar é também dar um significado ao trabalho que propicie o engajamento voluntário dos empregados. Note que esta frase sobre liderança enfoca mais um dos processos - básico, necessário e importantíssimo – da liderança, que é a construção do significado, é o que engaja o empregado ao negócio, é o que faz com ele tenha vontade de obter os resultados que o líder aponta, orienta ou indica. Mas a liderança não se resume a isso. O grande guru da administração, Peter Drucker, diz: "A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadoras. Outras, profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes." "O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança. Resultados sim!" http://www.merkatus.com.br/10_boletim/73.htm

Manifestantes se reúnem para tomar overdose de remédios homeopáticos em SP

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO Neste sábado, quem passou pela tradicional feirinha de antiguidades da praça Benedito Calixto, em São Paulo, se deparou com um protesto um tanto inusitado: cerca de vinte manifestantes se reuniram para tomar uma overdose de remédios homeopáticos. Especialistas reagem a protesto contra homeopatia O evento faz parte de uma manifestação global que vai ocorrer em outras 79 cidades do mundo inteiro neste fim de semana --uma campanha encabeçada pelo grupo britânico 10:23. A ideia, segundo os organizadores do movimento, é protestar contra a falta de evidências científicas que demonstrem a eficácia dessas medicações. Às 10h23 da manhã, pontualmente, os céticos paulistanos entornaram vidros inteiros de remédios homeopáticos. O horário é uma alusão à constante de Avogadro, referência usada na química para calcular quantidades de substâncias. "Isso é o que eu chamo de suicídio homeopático", disse um dos manifestantes após sorver todo o seu comprimido. 'Se eles realmente funcionassem, eu estaria agora caído no chão, com espuma saindo pela boca'. O analista de sistemas Kentaro Mori, um dos coordenadores do protesto, também não parecia temer qualquer efeito colateral de uma suposta overdose. "Todas as leis da física e da química garantem que não vai dar nenhum efeito", disse ele, após virar uma dose inteira do composto feito à base beladona, uma planta tóxica que é diluída para produzir muitos desses remédios. "A diluição é tão grande que para se achar uma única molécula da substância teríamos que administrar 6 bilhões de doses para 6 bilhões de pessoas durante 4 bilhões de anos", completou o também analista de sistemas Carlos Bella, 38, que comprou seis frascos por R$ 50 para fazer o protesto. "Dá pra ver que é o açúcar mais caro do mundo", ironizou o advogado Alexandre Medeiros, 40. Alguns instantes depois, aproximou-se um grupo de terapeutas homeopatas e adeptos dessas medicações. A designer gráfica Marisa Luiz, 53, que toma esse tipo de remédio há mais de cinco anos, classificou o protesto como uma "palhaçada". "Eles não conhecem princípios da homeopatia. Se eles realmente quisessem uma overdose, teriam que tomar várias vezes ao dia, e não assim, de uma vez só", afirmou. Rubens Dolce Filho, presidente da Associação Paulista de Homeopatia, concorda. "Isso é uma bobagem enorme. Não existe overdose em homeopatia dessa forma." A terapeuta homeopata Ana Paula Macedo começou a notar que alguns dos céticos apresentavam sinais no corpo de possíveis efeitos colaterais da superdosagem. "Alguns estão com pontos vermelhos nas faces e estão tomando muita água porque a boca está seca. É um sinal de que está acontecendo alguma coisa". O biólogo Yuri Grecco, 32, do grupo de manifestantes, rebate: 'Dizer isso é de uma desonestidade intelectual tremenda. Eu suo o dia inteiro porque sou obeso e o sol está bem forte'. Bella resume a ideia do movimento: "Não estamos lutando contra um laboratório específico. Estamos alertando para uma situação em que há dinheiro público financiando tratamentos e pesquisas sem que haja demonstração de que a homeopatia tem uma base, que é uma ciência". http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/871244-manifestantes-se-reunem-para-tomar-overdose-de-remedios-homeopaticos-em-sp.shtml

Remédio para pressão é usado contra a ansiedade

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO Uma droga indicada no tratamento da hipertensão está sendo usada por estudantes para aliviar a ansiedade, principalmente em dias de seminários e apresentações públicas de trabalhos. O propranolol é um remédio que, teoricamente, só é vendido com prescrição médica. Pode causar efeitos colaterais como insuficiência cardíaca e respiratória. Quando ingerida, a droga reduz a frequência cardíaca, inibindo suores e tremores. Na rede de relacionamentos Orkut, uma comunidade chamada "A solução: propranolol" reúne 108 integrantes e convida: "Você é tímido, e o propranolol serviu para você não ficar um pimentão, suar, tremer e gaguejar? Junte-se a nós!". A estudante de psicologia Daniela, 22, conta que resolveu experimentar o remédio para se sentir mais segura na hora de apresentar o seminário de sua iniciação científica. Tomou um comprimido emprestado da amiga uma hora antes da apresentação. "Uns amigos falaram que deixava mais calmo na hora de falar, que ficava 'bem de boa'", conta a aluna de uma universidade particular de Santa Catarina. Daniela afirma que não sentiu nada de diferente. "Eu estava tão concentrada que nem senti nenhum efeito." A aluna de biologia Adriane, 21, da mesma universidade, tomou duas vezes: quando apresentou o trabalho de iniciação científica e quando defendeu seu trabalho de conclusão de curso. Dividiu a caixa do remédio com outros seis amigos. Não pagaram mais do que R$ 5 pela embalagem e também não precisaram de receita. "Foi fácil, só chegar à farmácia e pedir", afirma. A reportagem da Folha conseguiu comprar a versão de 40 mg do medicamento por R$ 7,04 em uma farmácia no centro de São Paulo, sem precisar mostrar receita. MULETA O psiquiatra Ivan Mario Braun, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP, afirma que o propranolol não é a solução para combater a ansiedade. "Ele é uma muleta: pode bloquear tremores, sensações de mal-estar, mas não age na sensação subjetiva da ansiedade, no nervosismo." O psicólogo gaúcho Ricardo, 37, diz que tomou a medicação receitada por um colega médico. "Diminuiu a transpiração, mas não mexeu no emocional", afirma. Ele usou a droga para enfrentar a banca do mestrado. Segundo Marcus Bolívar Malachias, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o medicamento pode ser perigoso e só deve ser vendido com prescrição. "Quanto maior a dosagem, maior o risco. O remédio diminui o ritmo dos batimentos e pode potencializar algum problema cardíaco preexistente." Pacientes asmáticos, afirma Malachias, podem ter crises muito fortes sob o efeito desse medicamento. O psiquiatra Arthur Guerra, do Grupo de Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da USP, alerta para o problema do abuso. "Esse remédio é usado de forma pontual, com a ideia infundada de que pode resolver a ansiedade. E pode tornar as pessoas habituadas a usá-lo como se realmente tivesse esse efeito", diz. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/871188-remedio-para-pressao-e-usado-contra-a-ansiedade.shtml

Especialistas reagem a protesto contra homeopatia

DÉBORA MISMETTI EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE 04/02/2011 - 22h08 Médicos, farmacêuticos e terapeutas especializados em homeopatia repudiaram a manifestação do movimento 10:23, marcada para sábado de manhã na praça Benedito Calixto, zona oeste de São Paulo. Os manifestantes prometem entornar vidros inteiros de remédios homeopáticos, o que provaria que eles não funcionam. De acordo com Marcia Gutierrez, presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, o protesto dos "céticos" é preconceituoso. "Eles não são obrigados a usar uma terapêutica [a homeopatia]. Estão sendo preconceituosos com quem faz essa opção." Ela afirma ainda que, diferentemente do que dizem os "céticos", há risco sim em tomar homeopatia de forma indiscriminada. "Não é inócuo. Quem tomar pode ter sinais e sintomas. Se algum deles tiver alguma predisposição, pode haver um agravamento disso. É uma irresponsabilidade recomendar comprar remédio e tomar o vidro inteiro." Para a farmacêutica, o protesto pode gerar pânico nos pacientes que estão em tratamento com homeopatia. "Essas pessoas podem interromper um tratamento indicado por um médico. Podem ter um agravamento de sintomas." Ela acredita que o ato é uma agressão ao trabalho dos especialistas em homeopatia. "Medicamento homeopático é regulamentado pela Anvisa, tem legalidade. A atividade homeopática é legítima", afirma. A entidade presidida por Gutierrez notificou a Vigilância Sanitária municipal (Covisa) sobre protesto, e também a polícia. "Fazer uma brincadeira com medicamento é um risco sanitário." Segundo ela, a intenção não é impedir o protesto, mas garantir a segurança da população e informar. "Minha preocupação é se as pessoas sabem o que estão fazendo." A questão levantada pelos manifestantes --de que a homeopatia não tem base científica-- é rebatida pela farmacêutica. "Se querem discutir cientificidade, não é na Benedito Calixto que isso vai acontecer. Não é tomando um frasco de medicamento que algo vai ser provado. Há 15 mil médicos homeopatas no Brasil, porque existe demanda da população. Nada disso vai afetar nossa profissão." O médico Rubens Dolce Filho, presidente da Associação Paulista de Homeopatia, afirma que vai acompanhar o protesto no sábado. Ele acredita que os manifestantes não vão sentir efeitos colaterais. "Você pode tomar um litro do remédio, e não vai acontecer nada. Se tomarem por muito tempo, vão ter sintomas. Com uma dose só, não vai acontecer nada." Dolce Filho afirma que o motivo da desconfiança em relação à especialidade é a falta de conhecimento. "São ignorantes a respeito disso." Os "céticos" que organizam o movimento internacional contra a homeopatia denunciam que os poderes públicos desperdiçam dinheiro custeando uma terapia que, dizem eles, não funciona. "O que o governo gasta com homeopatia no Brasil é quase nada. Não vejo como estamos incomodando. Não sabemos quem está financiando isso." Um grupo de homeopatas está até se mobilizando para fazer uma contramanifestação na mesma praça, a Benedito Calixto, no sábado. O movimento é organizado pela Associação Nacional dos Terapeutas Holísticos e Energéticos e pelo Conselho Nacional de Homeopatia. Eliete Fagundes, coordenadora do curso de homeopatia da Universidade Federal de Viçosa (MG), é uma das organizadoras do movimento. "Em primeiro lugar, queremos mostrar que temos material da universidade, como teses de doutorado e mestrado, que provam a eficácia da homeopatia em plantas. Se age nas plantas, não tem como não agir no ser humano." Fagundes afirma que o efeito em plantas é definitivo para comprovar a eficácia da homeopatia porque os vegetais não poderiam ser sugestionados a sentir a ação dos compostos diluídos. Assim, não haveria possibilidade de efeito placebo, muitas vezes levantado por quem condena a homeopatia para explicar por que algumas pessoas sentem melhora com os remédios dessa especialidade. Ela acredita que pode haver multinacionais da indústria farmacêutica por trás dos protestos. "Quem tem interesse em derrubar a homeopatia são os grandes laboratórios. Mas não temos como provar." Fagundes diz que entrou em contato com um laboratório que fabrica remédios homeopáticos para fornecer as drogas aos manifestantes. A ideia é se certificar de que eles vão tomar remédios homeopáticos de verdade e provar que alguns preparados têm sim o potencial de causar sintomas. "Queremos propor outras homeopatias que não estão na lista deles. Eles dizem que quanto mais os remédios são diluídos, menos efeitos têm. Vamos propor remédios bastante diluídos. Eu acho que eles vão recusar. Se algum deles tiver algum conhecimento, vai dizer não." O engenheiro Daniel Sottomaior, 39, um dos organizadores do movimento 10:23, contrário à homeopatia, reagiu com risos à informação de que os farmacêuticos homeopatas avisaram a polícia sobre o protesto. "Eu acho que eles deveriam acionar a polícia cada vez que as pessoas tomam água, então!" Ele acredita que não há risco em entornar vidros e vidros de homeopatia. "O risco é igual ao número de moléculas dos medicamentos deles: zero." A ideia do protesto é denunciar o que Sottomaior chama de "enganação". "Lembra da pílula anticoncepcional de farinha? Milhares de mulheres processaram a empresa que fez aquilo, com razão. E isso está acontecendo todos os dias. São 15 mil médicos prescrevendo farinha para os pacientes, que estão sendo enganados." http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/871084-especialistas-reagem-a-protesto-contra-homeopatia.shtml

30% dos idosos se arriscam e tomam remédio por conta própria

Principal medicamento consumido por eles é o anti-inflamatório Diego Junqueira, do R7 Estudo feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto com mil idosos revelou que 30,9% deles tomam remédios por conta própria sem a orientação de um profissional de saúde. Ao fazer isso, os idosos correm mais risco de sofrer efeitos colaterais, problemas de saúde e prejudicar a ação dos outros medicamentos. O tipo de remédio que o idoso mais consome por conta própria é o anti-inflamatório, segundo o farmacêutico André de Oliveira Baldani, autor da pesquisa. - Eles se medicam mais por causa de dores, principalmente nos ossos ou nos músculos. Por isso, tomam muitos anti-inflamatórios e analgésicos. O maior perigo dos anti-inflamatórios, segundo Baldani, são as interações medicamentosas. - Esses remédios aumentam a pressão arterial e podem causar úlcera gastrointestinal e problemas renais. Isso aumenta as chances de o paciente se internar. De acordo com a médica Silvia Pereira, presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), o anti-inflamatório é a droga mais perigosa para os idosos e pode levar a outro problema: a chamada “cascata da prescrição”. - Ele toma um remédio pra dor e então sente náusea. Aí ele toma um pra náusea, mas sente o fígado. Daí ele tomo outro remédio. E por aí vai. Para diminuir essa quantidade de remédios, Silvia afirma que os idosos precisam procurar alternativas. Para dor, por exemplo, uma compressa de água quente pode ser melhor que um anti-inflamatório. Se a pessoa tem pressão alta, é melhor evitar sal, o álcool e perder peso se quiser ficar longe dos remédios. Para a insônia, em vez de tomar um ansiolítico que ajude a dormir, a solução seria criar condições adequadas para o sono, que vão desde exercícios físicos até um ambiente silencioso e escuro. - Ao invés de tomar remédio, procure algumas alternativas. Mas há casos em que não é possível ficar sem remédio. Por isso, o melhor sempre é procurar um médico especialista. Segundo o médico geriatra Clineu Almada Filho, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os remédios sempre podem ser questionados. Mas existem dois pilares de sucesso que não mudam: estar dentro de peso adequado e manter atividade física regular. - Os exercícios melhoram o rendimento cardíaco, a oxigenação dos tecidos, a capacidade pulmonar, libera endorfina (que causa bem-estar), diminui tecido gorduroso e melhora a massa muscular. http://noticias.r7.com/saude/noticias/30-dos-idosos-se-arriscam-e-tomam-remedio-por-conta-propria-20110205.html

Quase metade dos idosos toma medicamentos inadequados

Mais velhos devem evitar alguns remédios, que podem causar efeitos colaterais
Diego Junqueira, do R7 A cada cem idosos que tomam remédios regularmente, pelo menos 44 possuem receitas médicas com medicamentos considerados inadequados para eles. Esse é um dos resultados de um estudo feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto. Realizado pelo farmacêutico André de Oliveira Baldani, o levantamento mostrou outros dados preocupantes: 30,9% dos idosos tomam remédios por conta própria (automedicação); 37,1% não usam os remédios conforme prescritos na receita; 46,2% relataram reações adversas aos medicamentos; e apenas 12,6% receberam orientações do farmacêutico quando retiraram os remédios. O trabalho foi realizado com mil idosos de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, entre novembro de 2008 e maio de 2009. Dentre todos os entrevistados, 468 usam apenas as farmácias do SUS (Sistema Único de Saúde) para conseguir os medicamentos. A média de idade dos participantes foi de 69,8 anos. De acordo com Baldani, é preocupante ter um índice de 44,2% de idosos que tomam medicamentos inadequados. - Esse tipo de remédio compromete a segurança e a qualidade de vida deles. Um remédio é considerado inadequado para um idoso quando faltam evidências sobre sua segurança para essa faixa etária. Além disso, como o organismo dos mais velhos absorve e elimina o remédio com menos eficácia, alguns medicamentos devem ser evitados por eles. Baldani dá como exemplo os remédios usados para tratar alergias. A pesquisa mostrou que alguns idosos receberam prescrições de antialérgicos de primeira geração. No entanto, esses medicamentos causam sonolência, o que aumenta o risco de quedas em pessoas dessa faixa etária. Por isso, os antialérgicos de primeira geração são considerados inadequados para os mais velhos. - O ideal seria prescrever um antialérgico de segunda geração. Mas, muitas vezes, esses remédios não são encontrados no sistema público. Segundo o médico geriatra Clineu Almada Filho, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os problemas mais comuns dos remédios inadequados estão relacionados à dose que o idoso deve tomar. - Geralmente a dose tem que ser menor, mas isso não significa que deve ser a metade. Depende de cada pessoa, que deve ser avaliada por um médico. Alterações no organismo Para entender de que forma um medicamento age no organismo do idoso, é preciso conhecer primeiro as mudanças causadas pelo avanço da idade. Almada Filho explica que, com o envelhecimento, há perda de massa muscular, aumento do volume de gordura e diminuição da quantidade de água. Como há medicamentos que agem no músculo (como os para problemas cardíacos) e outros que atuam nos tecidos gordurosos (como os ansiolíticos), sua ação no organismo se altera com o passar dos anos. - Os remédios que se depositam na gordura têm um volume de distribuição maior, o que prolonga seu tempo de ação. Já os que atuam nos músculos têm um local de ação menor, por isso acabam se acumulando. O problema fica mais grave ainda porque, segundo o médico, os órgãos começam a perder desempenho por volta dos 40 anos. Isso piora a absorção do medicamento pelo organismo (metabolizada no fígado) e sua posterior eliminação (feita pelos rins ou intestino). - Como há acúmulo de remédios, menos locais para ação do fármaco, metabolização deficiente e eliminação prejudicada, esses medicamentos têm risco grande de causar problemas nos idosos. 46% relataram reações adversas aos medicamentos O consumo de remédios inadequados, assim como a automedicação, aumenta as chances de ocorrer dois problemas nos idosos: as reações adversas e as interações medicamentosas (quando um fármaco interfere ou anula a ação de outro). Segundo o levantamento da USP, 46,2% dos idosos relataram reações adversas aos medicamentos, que são os efeitos colaterais causados por um fármaco, como diarreia, náusea, azia, dores, boca seca, mal-estar, insônia, sonolência, impotência, entre outros. - As reações adversas são proeminentes em medicamentos inapropriados para idosos. Baldani aponta três possíveis razões para justificar a prescrição de remédios inadequados: a falta de conhecimento de alguns profissionais de saúde; a falta de opções de remédios no sistema público; e a baixa renda dos idosos, que ficam sem acesso às outras drogas do mercado. - Às vezes é difícil para o profissional de saúde, porque, ou ele prescreve o remédio que tem na rede pública, ou o idoso fica sem o medicamento. Mas isso exige mais estudos para comprovar.
http://noticias.r7.com/saude/noticias/quase-metade-dos-idosos-toma-medicamentos-inadequados-20110205.html

Erros de enfermagem acontecem por falta de estudo e de respeito ao paciente

Especialistas dizem que problemas poderiam ser evitados se profissionais seguissem regras Camila Neumam, do R7 A falta de formação adequada e de consciência sobre a função exercida são as principais causas dos erros de enfermagem, segundo os especialistas consultados pelo R7. Fatos recentes mostraram consequências chocantes diante de procedimentos simples, como a retirada de um curativo e aplicação de soro. No primeiro, uma auxiliar de enfermagem cortou parte do dedo de uma criança de quatro anos e, no segundo, outra profissional, do mesmo cargo, provocou a morte de uma adolescente de 12, ao aplicar vaselina na corrente sanguínea. Para o presidente do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), Manuel Carlos Neri da Silva, situações como essas mostram o despreparo dos profissionais, o que poderia ser sanado se houvesse mais capacitação. Segundo ele, nos últimos dez anos a oferta de cursos de enfermagem aumentou muito, mas nem todos têm a qualidade necessária. Isso se reflete no número de profissionais disponíveis no mercado, na sua maioria técnicos e auxiliares capazes de fazer apenas cuidados básicos de enfermagem. Entenda a diferença entre os cargos de enfermagem - O número de profissionais que cometem erro é pequeno, mas a questão é como erra. Em cinco anos, houve aumento de 30% de erros desses profissionais no Brasil e os conselhos têm julgado e punido com a perda do direto [ de atuar na área]. Há hoje no Brasil 1,5 milhão de profissionais na área – são 300 mil enfermeiros e 1,1 milhão de técnicos e auxiliares, em números do Cofen. - Faltam políticas públicas que disponibilizem cursos de capacitação para esses profissionais. Eles não têm como se atualizar por conta própria, porque já ganham muito pouco. Foco no paciente Mais do que a falha de atualização, o grande problema é a falta de cuidados essenciais com o paciente, de acordo com o presidente do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), Claudio Alves Porto. Para ele, a “falta de consciência de que o trabalho está ligado à vida e que um ato, por mais banal que seja, pode ser a diferença entre a vida e a morte” explica boa parte dos erros cometidos. - [As auxiliares de enfermagem] sabiam que poderiam causar danos e tenho certeza que não ignoraram isso. Mas o problema é que a nossa formação está muito ligada ao conhecimento, à tecnologia, mas não se faz a formação moral. Os defensores das auxiliares, em ambos os casos, afirmam que elas foram induzidas a erro pela falta de estrutura dos locais de trabalho. Os especialistas não descartam a hipótese, mas são unânimes em dizer que os erros não se justificam por esse viés. Porto admite que a sobrecarga de trabalho pode, de fato, comprometer o atendimento. - A sobrecarga de trabalho naturalmente causa estresse, fadiga profissional, e isso se soma ao baixo nível de remuneração, compensado com três, quatro empregos. Mas isso não isenta a culpa. Essa dura realidade profissional pode mudar se for aprovado projeto de lei que regulamenta a jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem em 30 horas semanais, ante as 40 atuais em instituições públicas e 44 em organizações privadas. O Cofen e a Associação Nacional de Enfermeiros brigam para colocar a PL 2.295/2000 na ordem do dia. O último pedido foi realizado em dezembro último na Câmara dos Deputados. Se houver a denúncia do erro do profissional, o primeiro passo é a abertura de sindicância pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado onde ele ocorreu. Se comprovado o dano, o profissional é afastado até correr o processo de sindicância, julgado pelos conselheiros. Se comprovada a infração, o profissional pode sofrer desde advertência privada ou pública (quando a decisão é divulgada em público) até a cassação do registro profissional. Todo esse trâmite é de conhecimento dos profissionais, o que, segundo o presidente do Cofen, pode inibir as más práticas. Cuidados com as crianças O fato dos dois erros citados terem ocorrido com crianças não é mera coincidência, segundo o presidente do Coren-SP. Diferente dos adultos, crianças, em especial as muito pequenas, não reagem a determinados estímulos e nem questionam as atitudes do profissional. O próprio organismo do adulto tem condições de receber cargas mais elevadas de medicamentos. - Ao lidar com crianças, o profissional tem que saber que as consequências são muito maiores. Se você injetasse 50 ml de vaselina em um adulto sadio, provavelmente ele teria problemas, mas não morreria, porque o organismo consegue fazer frente por causa da quantidade de sangue. Trabalho em grupo Para a enfermeira Mara Márcia Machado, diretora do Instituto Qualisa de Gestão, empresa especialista em segurança do paciente, o trabalho em equipe entre profissionais é a chave para evitar erros graves no atendimento. - Aqui no Brasil não entendemos ainda que o processo de assistência é em equipe. Ainda trabalhamos isoladamente e disputando. Isso faz perder o foco que é olhar para o paciente. O instituto é ligado a entidades estrangeiras que dão consultorias em hospitais. No Brasil, o seu programa de segurança do paciente é coordenado por 12 hospitais líderes, que coordena outros 86. Os hospitais Pirajussara, Santa Paula e São Camilo, todos em São Paulo, Barra D`Or, no Rio de Janeiro, Vila da Serra, em Belo Horizonte, e Unimed de Fortaleza, são exemplos.
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