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sábado, 8 de agosto de 2015

Dor lombar é doença que acompanha pessoas por mais tempo; veja como evitar

Você fez uma faxina completa na casa. Pegou peso. Passou muito tempo agachado, esfregando, varrendo, limpando. No final do dia, apareceu aquela dor chata na parte de baixo da coluna, um pouco acima do bumbum

A situação descreve um caso típico de dor lombar aguda, ou seja, uma dor intensa que pode ter várias causas e tende a desaparecer com o tempo. Mas, se três meses depois da faxina essa dor ainda não foi embora, isso pode significar que a pessoa passou a sofre de um problema crônico, que precisa de uma atenção maior. E quem pensa que esses casos são raros, engana-se.

Um estudo publicado em junho deste ano aponta a lombalgia como o principal fator que leva as pessoas a passarem anos com uma incapacidade. O Global Burden of Disease Study 2013 levantou dados sobre a incidência de doenças agudas e crônicas em 188 países, entre 1990 e 2013. No levantamento, a dor lombar apareceu em todos os países entre os dez problemas de saúde que acompanham e incapacitam as pessoas por mais tempo, ao lado dos transtornos depressivos. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 80% da população mundial sentem ou sentirão dor nessa região, que vai da última costela até a parte de cima dos glúteos.

No Brasil, as dores da coluna são as principais causas de afastamento no trabalho. Apenas em 2014, mais de 130 mil pessoas passaram um tempo sem trabalhar por causa do problema - o Ministério da Previdência Social não tem dados específicos sobre casos de lombalgia.

Maioria dos casos não tem causa específica
Como o exemplo descrito acima, a dor lombar pode ser desencadeada por espasmo muscular causado por movimentos bruscos ou repetitivos. "A coluna é toda enervada (cheia de nervos), então tudo pode ser uma possível fonte de dor, seja um problema no ligamento, na articulação, no músculo", afirma o fisioterapeuta Gabriel Delfino.

O ortopedista Alberto Gotfryd, do Hospital Albert Einstein e da Santa Casa de São Paulo, conta, no entanto, que, dependendo do caso, o diagnóstico de causa não é feito. "Não se acha um problema específico que justifique essa dor. Mas, a falta do diagnóstico não compromete o sucesso do tratamento, porque, no geral, essa (lombalgia) é uma condição que não oferece riscos à saúde", diz.

Gotfryd explica que quando a dor é aguda, o tratamento indicado é fazer uma compressa de água morna e tomar analgésico, se a pessoa tiver um leve desconforto. "Se a dor for intensa, é preciso ir ao pronto-socorro para receber uma medicação mais forte e para que o médico avalie se há fatores de alerta", explica.

Nos casos crônicos, o tratamento é medicamentoso, aliado à fisioterapia convencional. "Fazer RPG, pilates, acupuntura, também é indicado. O medicamento que será prescrito vai depender da origem da dor, nos casos que é possível diagnosticá-la", afirma Alexandre Elias, neurocirurgião do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.

A ordem é manter-se ativo
O fisioterapeuta Gabriel Delfino explica que é bastante importante a pessoa se manter ativa. "Os pacientes, no geral, ficam com medo de se movimentar, inclinar para frente, se manter ativo. Mas, é preciso saber que o repouso absoluto é o que mais compromete o tratamento da dor lombar", afirma.

Então, a ordem é se movimentar, principalmente para quem sofre da dor crônica. "É preciso trabalhar a musculatura do abdômen, da parte de trás das costas, da região do quadril e dos glúteos, porque esse conjunto de músculos ajuda a estabilizar a coluna vertebral. Esses exercícios ajudam a distribuir melhor a carga do corpo, a sobrecarregar menos a articulação da coluna", explica o fisioterapeuta do Centro de Qualidade de Vida, Raphael Vilela.

Além disso, condutas cotidianas podem tanto prevenir quanto amenizar a dor. "A maneira como a pessoa deitar e levantar da cama, como ela se senta na cadeira do escritório, como dirige, varre a casa, segura no ferro do ônibus, pode sobrecarregar as articulações da coluna. Por isso, é preciso ficar atento a essas atividades cotidianas", completa.

Dor lombar também pode indicar problemas graves
A lombalgia pode ser sintoma de um problema mais grave, por isso, o médico precisa estar atento a fatores de risco. "A idade é um fator preocupante. Se a pessoa tem mais de 65 anos, aquela dor na região lombar pode indicar a presença de outras condições, como osteoporose e doenças neoplásicas (tumorais). Nas crianças, os dois diagnósticos possíveis são infecção na coluna e tumores", explica Gotfryd.

A dor pode indicar também o estreitamento do canal vertebral, chamado de estenose lombar, que pode ser causa da dor. "A pessoa pode perder o controle da bexiga, ou sentir dormência na região anal, na virilha", diz Delfino.

Além disso, traumas também podem ser a causa da dor lombar, além de tumores e inflamações. "Se a pessoa que sente a dor tem entre 20 e 40 anos, ela pode ter origem inflamatória. A espondilite anquilosante, por exemplo, causa uma dor que começa devagar, vai aumentado e não vai embora", explica Celio Roberto Goncalves, reumatologista responsável pelo ambulatório de espondilite anquilosante do Hospital das Clínicas de São Paulo. A espondilite é uma doença autoimune e pode levar a incapacidade se não for tratada precocemente.

UOL

6 motivos pelos quais grávidas precisam ter prioridade em ônibus e filas

Ainda que gravidez não seja doença, gestantes devem ter direitos respeitados
Getty Images: Ainda que gravidez não seja doença, gestantes
devem ter direitos respeitados
Quem nunca presenciou a cena de alguém que fingiu dormir no ônibus para não ceder o lugar a uma grávida? Há quem justifique a falta de educação dizendo que "gravidez não é doença"
 
Embora esta seja uma verdade, a gestante deve, sim, ter o direito de passar na frente em filas de bancos e supermercados, assim como precisa ter prioridade para se sentar no transporte público.
 
"Apesar de não estarem doentes, as grávidas estão em uma situação especial por conta das modificações que acontecem no corpo durante a gestação", diz o ginecologista Francis Helber do HCor (Hospital do Coração), de São Paulo. Segundo o ginecologista e obstetra Kleber Cassius Rodrigues, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, também na capital paulista, as grávidas também devem ter direito a poltronas e filas preferenciais devido ao desgaste físico causado pela gestação. "Não é apenas o peso que aumenta, mas há toda uma alteração osteoarticular e vascular que acarreta uma sobrecarga", afirma.

Veja quais são os principais motivos para que as futuras mamães tenham direito ao atendimento preferencial:

1. Falta de equilíbrio
Para Helber, o ganho de peso excessivo em pouco tempo está entre as transformações que deixam as gestantes mais desconfortáveis. O aumento começa a ocorrer a partir da segunda metade da gravidez, com mais ênfase no último trimestre. "Por causa desse ganho de peso, e também pela sua distribuição mais na região abdominal, o centro de massa da mulher muda. Com isso, a forma como ela anda e fica em pé e parada se modifica", diz. As alterações mais evidentes são na forma de andar: com os pés mais afastados um do outro e abertos. "Por causa dessas adaptações repentinas, o risco de queda aumenta ao caminhar. Além disso, a dificuldade de permanecer em pé, em equilíbrio correto, também pode levar a traumas para a mãe e o bebê", afirma o ginecologista do HCor.

2. Dores nas costas
Segundo o ginecologista Reynaldo Augusto Machado Junior, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de dificultar o equilíbrio, o peso mais elevado e o aumento do abdome aumentam a possibilidade de a gestante sofrer com dor lombar. "O problema se acentua principalmente na 20ª semana, que é quando todos percebem que a mulher está grávida", afirma.
 
3. Risco de traumas
Quem anda de transporte público bem sabe que, em horários de pico, é comum que as pessoas fiquem espremidas dentro do veículo. "As pessoas empurram no metrô e no ônibus, e a gestante precisa evitar traumas", diz Machado Junior. De acordo com ele, como durante a gravidez há maior produção de hormônios, principalmente de progesterona, as articulações ficam embebidas por líquidos e são mais suscetíveis a traumas, o que justifica evitar que a mulher fique muito tempo em pé. "Isso já acontece logo no início da gravidez. Mas, quanto mais pronunciada a gestação, pior, acentuando-se no quinto mês", afirma o ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

4. Pressão baixa e hipoglicemia
Nos primeiros seis meses, é comum que a grávida se sinta mal e desmaie. Isso porque, nesse período, a pressão tende a ficar mais baixa, assim como o nível de glicose. "Se a grávida fica sem comer por duas horas, a glicose já chega a um nível como se estivesse em jejum, e, com isso, ela passa mal", diz Machado Junior. Segundo ele, nas primeiras 26 semanas de gestação, a tendência a ter hipoglicemia é maior. Já a pressão, que costuma ficar mais baixa na gravidez, normaliza-se apenas na 28ª semana.

5. Circulação do corpo alterada
Rodrigues ressalta que o volume de sangue que circula no corpo da mulher aumenta durante a gestação. De acordo com Helber, mesmo durante o desenvolvimento de uma gravidez normal, a circulação sanguínea pode ficar mais devagar, por conta da ação hormonal e do ganho de peso. Por isso, durante o último trimestre de gravidez, o ideal é mudar constantemente de posição. Segundo Rodrigues, ficar muito tempo em pé provoca um acúmulo de líquidos nos membros inferiores, o que pode causar dor e aquela sensação de pernas pesadas.
6. Fator emocional
Além da sobrecarga na lombar, do acúmulo de líquidos nos membros inferiores e nas articulações e da maior chance de ter uma sensação de desmaio, há outra transformação importante na gravidez que justifica o direito de assentos e filas preferenciais: a instabilidade emocional. Por conta das alterações hormonais, a gestante se irrita e chora mais facilmente, por isso é melhor evitar situações de estresse, como filas. "Essa série de alterações que acontecem no corpo da gestante, associada ao fator emocional, justifica o direito da gestante de ter atendimento preferencial", afirma o ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
 
Mulher.uol.com.br

Aplicativo de celular promete prevenir a gravidez

Divulgação/Caroline Berg Eriksen
Blogueira Gabriela Pugliesi gerou polêmica nas redes sociais após comentar a eficácia do método
 
O mesmo método utilizado pelas avós para tentar evitar a gravidez quando eram jovens promete controlar o período fértil da mulher de hoje. Só que agora com a ajuda de um celular. Pouco popular no Brasil, o Natural Cycle é um aplicativo criado por cientistas suecos que indica os dias mais e menos férteis por meio do controle da temperatura corporal. Embora de eficácia duvidosa, há quem confie no termômetro como contraceptivo.
 
A blogueira fitness Gabriela Pugliesi causou polêmica ontem após comentar, em sua conta no Instagram, a escolha pelo aplicativo. “Tem 99,9% de segurança e tudo o que você tem que fazer é medir a sua temperatura logo que acorda e informá-la para o aplicativo”, explicou na legenda da foto, deletada logo em seguida à publicação. Ela, que foi alvo de críticas e comentários ofensivos nas redes sociais, também contou, por meio da rede social Snapchat, o motivo que a levou a adotar a técnica: “nada de hormônios!”. Entretanto, a blogueira alerta que doenças sexualmente transmissíveis não são prevenidas com tecnologia.
 
Aplicativo usa método contestado há décadas
José Geraldo Lopes de Ramos, professor de Ginecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que esse método segue na mesma linha da tabelinha: ambos são antigos e muito pouco eficientes, pois os ciclos menstruais não são tão constantes. Segundo o especialista, essas técnicas são mais indicadas para quando a mulher deseja engravidar, já que a chance de ovulação antes ou depois do período calculado é alta.
 
– Algumas mulheres podem ter aumento da temperatura e outras não. E como a pessoa precisa medir a temperatura assim que abre o olho, se esquecer e fizer isso minutos depois, o método já não é mais seguro – explica.
 
Além disso, outros fatores como gripes e consumo de bebidas alcoólicas podem comprometer a eficácia do aplicativo, alertou Ramos.
 
A pílula anticoncepcional teve aceitação positiva assim que foi desenvolvida, na década de 1960. Mas engana-se quem pensa que era possível prevenir a gravidez somente a partir dessa época. Os primeiros indícios de contraceptivos, mesmo sem eficácia, são antigos. Confira abaixo a evolução dos métodos anticoncepcionais.
 
Zero Hora

No DF, homem toma soro em chão de hospital durante lavagem de piso

Paciente toma soro em chão de hospital público do DF enquanto servidores fazem faxina no local (Foto: Antonio Marcos Batista/Arquivo Pessoal)
Foto: Antonio Marcos Batista/Arquivo Pessoal
Paciente toma soro em chão de hospital público do DF enquanto
servidores fazem faxina no local
Secretaria de Saúde diz que ele optou ficar acomodado no corredor. Paraplégico e morador de rua, paciente urinou e defecou no local
 
Imagens feitas por um servidor mostram um paciente tomando soro sentado no chão de um hospital público de Brasília enquanto funcionários faziam faxina no local. O registro foi feito no dia 22 de julho. Por e-mail, a Secretaria de Saúde afirmou que o homem escolheu ficar no piso e declarou não poder obrigar ninguém a se acomodar.
 
De acordo com o servidor público Antonio Marcos Batista, a situação se estendeu por sete horas. Ele conta que estava em uma unidade de saúde da Asa Norte para dar assistência ao sogro e se sentiu "revoltado" ao ver o paciente no corredor da internação por volta das 3h.
 
O servidor público afirma que o homem é morador de rua e paraplégico e estava sem acompanhante. "Ele foi deixado em uma cadeira [de rodas] a princípio. Após um certo tempo, ele reclamava muito de dores e não aparecia ninguém. Os enfermeiros foram dormir no horário", lembra. "Depois de um certo tempo tiraram ele da cadeira e deixaram ele deitado no chão."
 
Batista diz que o paciente urinou e defecou na própria roupa. Funcionários decidiram, então, lavar o local, e jogavam água e esfregavam o piso em torno do homem. O servidor público pediu a ajuda de uma pessoa que estava no hospital e que também era visitante para levar o paciente ao banheiro e improvisar um banho.
 
"Na verdade não só eu, mas muitas pessoas a mais que estavam lá sentiram uma coisa ruim, muito ruim. Até porque a gente via que o caramarada precisava de apoio, mas os enfermeiros lá não dão qualquer tipo de apoio", afirmou ao G1.
 
O homem só teria recebido apoio de servidores do hospital às 10h. De acordo com a Secretaria de Saúde, o paciente escolheu ficar no chão, e foi necessário que funcionários o convencessem a voltar para a cadeira de rodas.
 
"[Ele] foi acomodado na sala de observação, onde deveria ter permanecido até ser liberado. O caso não era de internação. A sala estava lotada e o paciente foi acomodado em uma cadeira de rodas enquanto recebia o soro com medicamento. Minutos depois, ele se deslocou da sala até o corredor, onde foi encontrado no chão", disse a pasta por e-mail.
 
G1