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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Brasil cria remédio contra efeito de quimioterapia

A droga, produzida a partir de organismo vivo, deve chegar ao mercado no ano que vem

Uma droga de produção inédita no Brasil, que reduz os efeitos colaterais do tratamento de câncer, deve chegar ao mercado no ano que vem, depois de ter sido aprovada há pouco mais de um mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  

O Fiprima (filgrastim) é o primeiro medicamento biossimilar inteiramente desenvolvido no Brasil - e o primeiro da América Latina. Biossimilares são parecidos a medicamentos biológicos, que por sua vez são produzidos a partir de um organismo vivo, e não apenas por meio da manipulação química de sais em laboratório. Isso torna o seu desenvolvimento muito mais complexo.

Para se ter uma ideia, em todo o mundo existem apenas 20 biossimilares registrados, incluindo o produto brasileiro, que são considerados uma nova fronteira para a indústria farmacêutica global.

A nova droga é uma versão de um medicamento biológico originalmente desenvolvido pela Roche, cuja patente expirou no início dos anos 2000. Ela é indicada para pacientes que apresentam o sistema imunológico comprometido pela realização de tratamento quimioterápico.

O medicamento permite o restabelecimento da imunidade, evitando o surgimento de doenças infecciosas oportunistas.

O novo biossimilar foi desenvolvido pela Eurofarma. Por meio de um acordo de transferência de tecnologia, será produzido pela Fiocruz e distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a produção própria, o Ministério da Saúde diz esperar economizar R$ 9,3 milhões por cinco anos.

Glóbulos brancos
O remédio é fundamental para os pacientes submetidos a tratamentos quimioterápicos e que acabam apresentando uma contagem muito baixa de neutrófilos - glóbulos brancos que ajudam no combate às infecções. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer em todo o mundo a cada ano. 

Apenas no Brasil, o Inca estima 580 mil novos casos em 2015. A aprovação do remédio foi publicada no último dia 20 de outubro no Diário Oficial da União.

O desenvolvimento do biossimilar contou com financiamento de R$ 12 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e levou dez anos para ser concluído

Organismo vivo
Remédios biológicos como o Fiprima são muito mais complexos do que os remédios tradicionais justamente porque não são sintéticos. Ou seja, não dependem apenas de uma manipulação de substâncias químicas em laboratório para serem produzidos.

Os remédios biológicos são em geral proteínas produzidas por um organismo vivo - que pode ser uma bactéria, uma levedura ou uma célula de mamífero.

Os cientistas alteram geneticamente esses organismos vivos para que passem a produzir exatamente aquela substância de que precisam e nada mais. Eles cultivam, então, os organismos para que se transformem em "fábricas" de proteínas.

"Os primeiros remédios biológicos surgiram nos anos 80", explica a vice-presidente da Eurofarma, Martha Pena.

"Quando parecia que a indústria farmacêutica tinha começado a ficar limitada, que tínhamos resolvido parte das doenças e que outras, simplesmente, não conseguiríamos resolver, surgiu essa nova tecnologia que nos permitiu interferir em mecanismos biológicos, receptores de células, algumas formas de vírus."

Tanto é assim, diz Martha Pena, que a Filgastrima foi um dos primeiros medicamentos biológicos desenvolvidos no mundo e, só agora, foi possível criar uma cópia. No caso, o Fiprima.

A farmacêutica tem hoje uma parceria em andamento com o Instituo Bio-Manguinhos, via Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que garante o abastecimento do mercado público e a transferência de tecnologia.

Segundo Martha, o mercado privado deve absorver 50% das vendas do biossimilar e o governo, a outra metade.

"O processo de transferência (de tecnologia) prevê a incorporação das diversas etapas de produção paulatinamente", explicou o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Artur Couto. 

"Neste caso, podemos dizer que o início dos processos se dá imediatamente a obtenção do registro por parte da Fiocruz, o que tem prazo para ocorrer até 12 meses após a assinatura do contrato. Estamos trabalhando para ter o contrato assinado ainda no primeiro semestre de 2016."

BBC Brasil / Terra

Acesse os dados de HIV/Aids do seu município

No Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro), a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde disponibilizou pela primeira vez dados básicos de aids dos 5.570 municípios do Brasil. Os dados estão disponíveis no endereço www.aids.gov.br/indicadores

dados DF

São apresentados os dados de a) população residente, segundo grupos específicos; b) número de nascimentos; c) casos de aids, segundo características específicas (raça/cor, escolaridade, categoria de exposição); e, d) óbitos por aids. E, os indicadores de: a) taxa de detecção de casos de aids; b) razão de sexos; c) taxa de gestantes infectadas pelo HIV; e, d) coeficientes de mortalidade por aids.

O objetivo dos dados é subsidiar os gestores municipais com informações para formulação, gestão e avaliação de políticas e ações públicas para a resposta à epidemia de HIV/Aids.

O conjunto de indicadores foi construído tendo como fontes de dados as notificações compulsórias de HIV/aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os registros dos casos no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel) e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) e dados obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Além de dados populacionais dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível no site do DataSUS.

A qualidade dos indicadores depende, principalmente, das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação, como a frequência dos casos de aids e tamanho da população do município. Assim sendo, é necessário tomar em conta o tamanho da localidade, principalmente quando se observa a evolução no tempo, pois, em cidades pequenas, pode haver oscilações acentuadas associadas ao pequeno número de casos/óbitos existentes.

Os usuários dos dados poderão analisar e interpretar estes indicadores para refletir a efetiva situação da aids, subsidiando os poderes públicos em todos os níveis de gestão e participação social do SUS, bem como a comunidade técnico-científica e as instâncias de representação política do país.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Doação de órgãos ganha reforço com renovação de acordo

Transporte de órgãosAgilidade é fundamental durante um transplante. As horas que se passam entre a retirada do órgão do doador até a chegada em que irá recebe-lo são decisivas para o sucesso da operação

Após a retirada, os órgãos suportam muito pouco tempo sem circulação sanguínea. No máximo: pulmão e coração (4-6h), fígado (12-24h), pâncreas (12-24h), rim (24-48h), córneas (até 7 dias). Por isso, o acordo entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Aviação Civil e as empresas aéreas e aeroportuárias, que facilita e regulamenta o transporte de órgãos, é tão importante. Essa parceria foi renovada e aprimorada nesta quinta-feira (03/12). Agora, a iniciativa passa a incluir a medula óssea entre os órgãos passíveis de serem transportados por avião para fins de transplante.

O transporte da medula dependia da criação de um fluxo específico, tendo em vista que passar pelo sistema de raio-x poderia deteriorar o tecido. A inclusão no termo propicia a regulamentação técnica que viabiliza que esses materiais passem a ser transportados sem a necessidade de colocar na esteira do aparelho.

O acordo, assinado em dezembro de 2013, tinha duração de dois anos e está sendo renovado pela primeira vez. Com a parceria, foi possível ampliar o número de voos disponíveis para transportar órgãos e otimizar a operação, evitando desperdício, aumentando a oferta, reduzindo as distâncias e desigualdades regionais, além de beneficiar as pessoas que aguardam por um órgão em todo o Brasil.

IMG-20151203-WA0027Marco Porto, coordenador da Secretaria de Navegação Aérea Civil da SAC, foi o organizador do projeto que envolve articulação e preparação dos atores aeroportuários para facilitar, agilizar e priorizar o transporte aéreo de órgãos, tecidos e equipes médicas para fins de transplante.“Em 2011, o Ministério da Saúde procurou a SAC para que pudéssemos reorganizar o termo de cooperação. Tentamos fazer algo mais organizado, trazendo as obrigações de cada ente e estruturando um planejamento de logística. Hoje, temos uma possibilidade antes de enviar um órgão para algum lugar, já sabermos as condições meteorológicas, para escolher além do voo mais rápido, o que é mais viável. Algumas medidas que podem ser tomadas no aeroporto também colaboram. Como priorizar que o voo seja o primeiro a sair ou a pousar. Até mesmo facilitar o trajeto dentro aeroporto, com escolta para facilitar o caminho até a aeronave”, explica Marco.

Em 2011, no início da operação, quando ainda não havia um acordo formalizado, foram utilizados 1.907 voos no transporte de algum tipo de material biológico ou equipe médica para transplante no Brasil. Em 2013 foram 6.064 voos, mais que o triplo. Em 2014, 5.061 voos transportaram órgãos e equipes de saúde. Nesse período foi registrada queda no número de voos pela otimização da utilização da malha aérea e do fluxo de distribuição. Ou seja, a rede transportou mais itens com menos voos, resultado de processos logísticos mais apurados. Até outubro deste ano já foram contabilizados 3.317 voos.

Doação de órgãos Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.

Saiba mais na matéria do Blog da Saúde.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Alimentação saudável todos os dias

Processo Seletivo da Prefeitura de Eldorado - MS

A Prefeitura de Eldorado, no Estado do Mato Grosso do Sul, torna público o extrato do edital nº 001/2015 de processo seletivo, cujo objetivo é selecionar profissionais de ensino fundamental, médio e superior, com o intuito de suprir vagas em seu quadro de servidores, por prazo determinado.

As oportunidades são para os cargos de Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro e Motorista, para atuarem no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Para participar do certame, é necessário realizar a inscrição na Secretaria Municipal de Saúde, até 04 de dezembro de 2015.

A Secretaria Municipal de Saúde fica localizada na Rua Irma Aristela, nº 531, Centro, no horário de 8h às 11h.

Concurso UFSM - Edital 154/2015 para Professor

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgou a abertura de inscrições para concurso público destinado ao provimento de cargos para ingresso no quadro do Magistério Superior, na classe de Professor Adjunto A, Nível I e Professor Auxiliar A, Nível I, na cidade de Santa Maria.

O edital regulador é o de nº 154/2015. Há cinco vagas para Professor das áreas de Educação Física (1), Educação Especial (LIBRAS - 2 vagas), Medicina Veterinária/Clínica e Cirurgia Animal/Radiologia de Animais (Diagnóstico por Imagem - 1 vaga) e Zoologia (Invertebrados)/Morfologia dos Grupos Recentes/ Comportamento Animal/ Taxonomia dos Grupos Recentes (1).

A remuneração é de até R$ 8.639,50, por jornada de trabalho de 40 horas por semana ou regime de dedicação exclusiva.

As inscrições na modalidade online (via internet), podem ser feitas exclusivamente no endereço eletrônico www.ufsm.br/concurso, até o dia 1º de janeiro de 2016.

O valor da taxa de inscrição é de R$ 215,00 ou R$ 100,00, a depender da vaga almejada.

A seleção poderá ser por meio de Prova Escrita, Prova Didática, Prova de Defesa de Produção Intelectual, Prova de Títulos e Prova Prática (se houver).

As datas dos eventos estão disponíveis no edital completo. 

O prazo de validade da seletiva será de um ano, podendo ser prorrogado. 

Edital e atualizações estão disponíveis no: http://coral.ufsm.br/concurso/ 

Fonte: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=02/12/2015&jornal=3&pagina=78&totalArquivos=272

Prefeitura de Rolim de Moura - RO abre vagas na área da saúde

Em Rolim de Moura, no Estado de Rondônia, a Prefeitura lançou edital de chamamento público n° 002/2015/SEMUSA para contratação temporária de excepcional interesse público em caráter emergencial de profissional na área da saúde.

Serão distribuídas 19 vagas para os cargos de Enfermeiro, Fonoaudiólogo, Médico Clínico Geral e Médico Anestesista (nível superior) com salários variados de R$ 2.228,93 e R$ 6.801,25 em carga horária de 40 horas semanais para todas as funções.

As inscrições poderão ser realizadas nos dias 07 e 11 de dezembro de 2015, das 07h30 às 13h30, na Secretaria Municipal de Saúde, sito à Av. Natal, 5562- Planalto- Rolim de Moura-RO.

O processo de seleção se desenvolverá nas seguintes etapas: 
- Análise de curriculum;

- Títulos e experiência profissional;

- Entrevista.

A análise de Currículos e Títulos será feita pela comissão designada para esse fim, no dia 14 de dezembro de 2015.

A publicação do resultado de análise dos recursos quanto à entrevista, será divulgado pela Comissão no dia 29 de dezembro de 2015.

Após a homologação final, que será realizada no dia 05 de janeiro de 2016, não será admitida interposição de recurso.

Os candidatos aprovados deverão comparecer a Coordenadoria de Recursos Humanos na Prefeitura no dia 08 de janeiro de 2016, para formalização contratual.

As contratações serão por tempo determinado de seis meses, podendo ser prorrogado por igual período, vinculado ao Regime Geral de Previdência Social.

O edital encontra-se disponível no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Rondônia, de 03 de dezembro de 2015, n° 1592.

Concurso público da Prefeitura de Pirangi - SP

Situada no interior do Estado de São Paulo, a Prefeitura de Pirangi realiza inscrições de concurso público para contratação efetiva de 16 profissionais de todos os níveis de escolaridade.

O comunicado foi feito através do edital nº 01/2015, que prevê remuneração de R$ 889,42 a R$ 9.636,20, por jornadas semanais de 24 a 40 horas por semana.

As chances são para Agente de Desenvolvimento Infantil, Auxiliar de Campo de Vetores, Auxiliar de Finanças, Atendente de Gabinete Odontológico-CEO, Cirurgião Dentista-CEO, Coletor de Lixo, Diretor de Escola, Inspetor de Aluno, Médico da ESF (Estratégia de Saúde da Família), Merendeira, Motorista, Monitor de Transporte Escolar, Monitor, Professor de Educação Básica II - Artes, Técnico Esportivo, Técnico em Enfermagem, Farmacêutivo e Técnico de Informática.

Interessados têm até o dia 13 de dezembro de 2015, para se inscreverem.

As inscrições são realizadas via endereço eletrônico: www.proamac.com.br, mediante pagamento de taxa no valor de R$ 17,78 a R$ 192,73.

Está prevista a aplicação de prova objetiva para o dia 10 de janeiro de 2016, com início às 9h, no prédio da EMEF. “Joaquim de Abreu Sampaio Vidal”, localizada na Rua Prudente de Moraes nº 993, Centro, em Pirangi.

Provavelmente o gabarito será divulgado no dia seguinte a prova e o resultado final no dia 1º de fevereiro de 2016. Sob a organização da empresa PROAM Assessoria e Consultoria, o concurso público terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, uma única vez, a critério da Administração Municipal, a contar da data da publicação de sua homologação, exceto para os cargos de Atendente de Gabinete Odontológico e Cirurgião Dentista, que terão validade enquanto durar o Programa CEO no município de Pirangi/SP.

UFV - MG abre vagas em concurso

A Universidade Federal de Viçosa - UFV, no estado de Minas Gerais, divulgou avisos de editais de concurso público, com o objetivo de contratar Professores, nas classes Auxiliar e Adjunto. A remuneração prevista pode chegar a até R$ 8.639,50.

De acordo com os editais publicados, podem participar do concurso professores que possuam habilitação para docência nas áreas de Medicina/Anatomia Patológica (113/2015), Medicina/Pediatria (114/2015), Medicina/Psiquiatria (115/2015), Didático-Pedagógica da Educação Física/ Fundamentos Pedagógicos Aplicados à Educação Física/ Esportes, Metodologia do Ensino da Educação Física, Estágios Supervisionados e Práticas de Ensino (116/2015), Bioquímica e Biologia Molecular (117/2015) e Bioquímica Fisiológica e Farmacologia (118/2015).

Os interessados em se inscrever têm um prazo de 30 dias contados da data de publicação dos avisos, que foi no dia 03 de dezembro de 2015, para efetivarem a sua participação.

As inscrições devem ser realizadas de segunda a sexta-feira, nos seguintes locais: 
a) Secretaria da Comissão Permanente do Pessoal Docente - CPPD, Sala 205 - Ed. Arthur da Silva Bernardes - Campus Universitário - 36570-000 - Viçosa - MG. Informações: 

b) CPPD - tel. (31)3899-2134; b) Escritório da Reitoria: Belo Horizonte: Rua Sergipe, 1.087, 9º andar, Savassi - CEP: 30130-171 - Te l . (31)3227-5233.

A taxa de inscrição é de R$ 120,75.

As formas de seleção serão comunicadas futuramente no link abaixo, cabendo ao candidato sempre acompanhar o edital oficial.

O concurso terá validade de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação dos resultados, podendo ser prorrogado.

Os editais completos devem ser lidos diretamente na página de concursos da UFV: http://www.soc.ufv.br/?page_id=1392 

Fonte: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=03/12/2015&jornal=3&pagina=42&totalArquivos=340.

Concurso da Prefeitura de Jaguaruna - SC

A Prefeitura de Jaguaruna, interior do Estado de Santa Catarina, lançou o edital nº 01/2015 de concurso público. A finalidade é a contratação de 96 novos profissionais de ensino fundamental, médio e superior, visando integrar o quadro de pessoal do funcionalismo público municipal.

Os vencimentos ofertados vão de R$ 854,54 a R$ 7.829,19, em jornadas de trabalho de 20, 30 ou 40 horas por semana.

Os cargos com vagas são: Advogado, Agente de Serviços Gerais, Analista Administrativo Financeiro, Analista de Controle Interno, Analista de Recursos Humanos, Assistente Social, Auditor Técnico de Serviço da Saúde, Auxiliar Administrativo, Auxiliar Contábil, Coordenador de Programas Descentralizados da Saúde, Educador/ Cuidador Social, Enfermeiro, Enfermeiro - PSF, Engenheiro Agrimensor, Engenheiro Civil, Facilitador de Oficinas, Farmacêutico, Fiscal de Tributos, Fisioterapeuta, Mecânico, Medico do Trabalho, Médico - PSF, Merendeira, Motorista cnh "B" ou "D", Nutricionista, Oficial Administrativo de Controle de Frotas, Transportes e Viagens, Oficial Administrativo do Serviços de Tratamento Fora do Domicilio, Operador de Máquina, Orientador Educacional, Orientador Social, Pedreiro, Psicólogo, Agente Comunitário de Saúde, Agente da Dengue, Odontólogo, Técnico de Enfermagem e Técnico de Saúde Bucal.

As inscrições devem ser feitas até o dia 3 de janeiro de 2016, pelo site www.infinityprovas.com.br.

O valor da taxa de inscrição para cargos de ensino fundamental é de R$ 50,00, ensino médio R$ 90,00 e ensino superior R$ 120,00.

Serão destinadas aos portadores de necessidades especiais 5% do total de vagas existentes, desde que a deficiência de que são portadores não seja incompatível com as atribuições do cargo a ser preenchido.

A seleção dos inscritos se dará através de provas escrita objetiva, prática e análise de títulos, obedecendo os métodos de avaliação de cada cargo.

A prova objetiva está prevista para ser aplicada no dia 17 de janeiro de 2016, no município de Jaguaruna/SC, em local e horário a serem previamente informados, através do site usado para realizar as inscrições.

O concurso público é válido por dois anos, contados a partir da data de homologação final, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.

Concurso da Prefeitura de Cristiano Otoni - MG

A Prefeitura de Cristiano Otoni, no Estado de Minas Gerais, através do Diário Oficial da União do dia 03 de dezembro, abriu o extrato do edital nº 01/2015, informando que realizará concurso público destinado para o provimento de vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de níveis fundamental, médio e superior.

O concurso será conduzido por meio da empresa INAZ do Pará e as vagas oferecidas são para Agente Administrativo, Auxiliar de Secretaria Escolar, Agente de Combate a Endemias, Agente Comunitário de Saúde, Inspetor de Aluno, Auxiliar de Serviços Gerais Escolares, Almoxarife, Assistente Social, Atendente Geral, Auxiliar de Serviços Públicos, Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar Técnico de Programas Sociais, Bioquímico, Calceteiro, Coordenador do CRAS, Coordenador Pedagógico, Coveiro, Eletricista, Enfermeiro ESF, Enfermeiro, Especialista de Educação Básica, Farmacêutico, Fiscal Sanitário, Fiscal de Serviços Externos, Fiscal de Serviços Tributários, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Instrutor de Música, Instrutor de Informática, Mecânico de Manutenção, Médico Pediatra, Médico ESF, Médico Cardiologista, Médico Ginecologista, Motorista, Nutricionista, Odontólogo ESF, Oficial Especializado, Operador de Máquinas Leves, Operador de Máquinas Pesadas, Operário, Orientador Social, Pedreiro, Professor (Ciências, Educação Física, Artes, Inglês, Educação Infantil e Anos Iniciais); Psicólogo, Psiquiatra, Técnico Educacional, Técnico Enfermagem, Técnico Saúde Bucal Estratégia Saúde da Família, Terapeuta Ocupacional, Vigia e Zelador Escolar.

As inscrições devem ser realizadas entre os dias 02 de fevereiro e 02 de março de 2016, nos sites www.paconcursos.com.br e www.cristianootoni.mg.gov.br, e/ou de forma presencial na Biblioteca Mun. Pe. Manoel Mendes, localizada a Rua Manoel Domingos Baêta, 219, Centro, de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h e 13h às 16h.

As provas serão realizadas em dia, hora e local a serem ainda divulgados pela organizadora.

A íntegra do edital estará disponível na Pref. Mun. de Cristiano Otoni, à Rua Manoel Domingos Baêta,191, Centro e o extrato do edital encontra-se disponível no Diário Oficial da União (seção 3), n° 231, do dia 03 de dezembro de 2015, 311.

Prefeitura de Placas - PA abre processo seletivo

A Prefeitura de Placas, no Estado do Pará, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou o extrato do edital de processo seletivo n.º 001/2015.

A seleção oferece 33 vagas para os cargos de Agente Comunitário de Saúde (ACS) e sete vagas de Agente de Combate às Endemias (ACE).

Os interessados deverão se inscrever entre os dias 7 a 18 de dezembro 2015. As provas serão realizadas na data provável de 10 de janeiro de 2016.

Extrato do edital publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 3 de dezembro de 2015, pág. 87.

Prefeitura de Votorantim - SP promove processo seletivo

A Prefeitura de Votorantim, Estado de São Paulo, divulgou o edital nº 2/2015 de processo seletivo. A finalidade é a contratação de seis profissionais de ensino fundamental completo, visando compor o quadro de funcionários públicos do município, em caráter temporário.

Serão contratados Agentes Comunitários de Saúde, por remunerações de R$ 1.052,08, em jornada de trabalho de 40 horas por semana.

Os interessados devem realizar suas inscrições a partir do dia 7 de dezembro até 28 de dezembro de 2015, pelo endereço eletrônico: www.publiconsult.com.br.

Em seguida é preciso efetuar o pagamento da taxa de inscrição de R$ 12,40. Serão destinadas aos portadores de deficiência 5% do total de vagas existentes, desde que a deficiência de que são portadores não seja incompatível com as atribuições do cargo a ser preenchido.

A prova objetiva é composta por assuntos de Língua Portuguesa e Interpretação de Textos, Matemática e Raciocínio Lógico Quantitativo, Conhecimentos Gerais, Atualidades e Conhecimentos Específicos.

O teste provavelmente será aplicado no dia 17 de janeiro de 2016, às 9h, em local a ser comunicado com antecedência, através dos sites www.publiconsult.com.br e www.votorantim.sp.gov.br.

O processo seletivo terá validade de um ano sendo facultada a sua prorrogação, uma vez, por igual período.

CIOP de Presidente Prudente - SP abre concurso público

O CIOP – Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista, com sede em Presidente Prudente, Estado de São Paulo, lançou edital de concurso público n° 002/2015, com a finalidade de preecnher 73 vagas para profissionais de níveis fundamental e superior, com salários variados de R$ 1.075,00 a R$ 12.000,00 em carga horária de até 40 horas semanais.

A organização, aplicação e correção do concurso público serão de responsabilidade da CONSESP – Concursos, Residências Médicas, Avaliações e Pesquisas Ltda. As oportunidades ofertadas são para os cargos de Cirurgião Dentista, Médico – Ginecologista e Obstetra, Farmacêutico, Médico – Clínico Geral, Médico de Vigilância em Saúde, Terapeuta Ocupacional, Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Farmácia, Auxiliar de Saúde Bucal, Cuidador em Saúde e Recepcionista.

As inscrições serão feitas exclusivamente via internet, no site www.consesp.com.br, até o dia 28 de dezembro de 2015 (horário de Brasília).

As taxas variam de R$ 27,00 e R$ 28,00 de acordo com a função escolhida.

As provas objetivas (escritas) serão realizadas provavelmente no dia 24 de janeiro de 2016, em locais e horários a serem divulgados por meio de Edital próprio que será afixado no local de costume do CIOP – Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista, por meio de jornal com circulação no município e do site www.consesp.com.br, com antecedência mínima de 3 dias.

O gabarito oficial e a prova objetiva (teste de múltipla escolha) serão disponibilizados no site www.consesp.com.br, por meio da busca por CPF/RG, entre as 13h e 18h da segunda-feira subsequente à data da aplicação da prova, e permanecerão no site pelo prazo de 5 dias.

A Avaliação Psicológica terá um prazo de validade de um ano a contar de da data de sua realização, de acordo com a resolução CFP n° 25/2001.

O que é viver ao máximo para o brasileiro?

Para entender melhor a percepção que o brasileiro tem a respeito da própria vida, e o que almeja para ser mais feliz, a Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, realizou uma pesquisa nacional com mais de 5 mil homens e mulheres, acima dos 20 anos; das classes A, B e C, e provenientes de todos os Estados brasileiros

Intitulada “O que é para o brasileiro viver ao máximo”, a pesquisa elencou o que é fundamental para ter uma vida plena, hoje e no futuro, e quais os principais obstáculos para conquistar este objetivo.

O estudo foi realizado entre os dias 31 de agosto e 25 de setembro de 2015, em conjunto com a área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril.

Perfil da amostra




“A Abbott assumiu o compromisso, no Brasil e no mundo, de levar as pessoas a se questionarem sobre ‘o que seria realmente viver uma vida plena’. Para isso, resolvemos conhecer profundamente os anseios do brasileiro. Queremos saber o que o inspira a viver ao máximo, com experiências, levando em consideração seus sonhos, medos e aspirações pessoais; não importando idade, gênero ou região em que viva”, conta Marcos Leal, Diretor de Marketing Corporativo da Abbott para a América Latina. “A ideia é continuar essa investigação online , cujo objetivo é atingir um milhão de pessoas em todo o mundo, pois acreditamos que uma boa saúde é o ponto de partida para que tudo seja possível.”

Segundo a pesquisa, quando o tema é a vida atual, pouco mais da metade dos brasileiros, 52%, considera que está feliz; e apenas 10% dessa fatia afirmam estar totalmente satisfeitos.


Para a maioria dos entrevistados, 60%, o convívio familiar é o fator que mais justifica essa percepção, seguido das relações afetivas, com 57%. Entre os 48% insatisfeitos, aspectos do dia a dia explicam a sensação de que algo não vai bem: o que mais incomoda é a estética do corpo, 66%, que aparece à frente da vida social e profissional, ambas com 57%.



A pesquisa mostra ainda que a maioria dos totalmente satisfeitos é formada por homens (54%), com idade média de 41 anos, é casada (73%), e está particularmente mais feliz com a vida familiar (77%), afetiva (73%) e espiritual (63%).


No extremo oposto, o dos muito insatisfeitos, a maioria é mulher (58%), na faixa dos 34 anos, e tem na falta de motivação e na vida profissional os principais pilares de seu descontentamento, com 56% e 53% de peso, respectivamente.

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Além disso, 63% das mulheres extremamente insatisfeitas apontam o estresse do dia a dia como um problema constante e que impede uma vida plena. “A pesquisa traduz muito o dia a dia da mulher que ainda está em busca da ascensão profissional, da igualdade e do equilíbrio entre vida familiar e afetiva”, explica Andréa Costa, Diretora de Inteligência de Mercado, responsável pela pesquisa.

Relacionamentos, otimismo e saúde
A pesquisa mostrou que 39% dos brasileiros consideram que vivem ao máximo hoje, sendo que destes, apenas 5% estão realmente explorando todo o seu potencial. E o que isso significa? Com percentagens acima de 90%, a pesquisa mostrou os seguintes valores como fundamentais para uma vida plena: “ficar bem consigo mesmo” (97%); “ter otimismo para lidar com as diversidades” (95%); “viajar e conhecer lugares novos” (95%); “envelhecer de modo saudável” (94%), “ter saúde plena” (94%) e “acesso à educação” (93%). O ítem “poder comprar o que se quer” apareceu como o de menor importância para os entrevistados, ficando com 25% de peso, mostrando que o consumo não é visto como uma prioridade para uma vida plena.


Segundo a pesquisa, as áreas que mais determinam uma vida plena são: o convívio familiar (86%), o cuidado com a saúde (77%), a vida social (74%), a profissional (74%) e a afetiva (71%). A falta de dinheiro (60%) e de tempo (43%) é o que mais dificulta essa conquista, segundo o estudo. Problemas com dinheiro são mais aparentes entre as mulheres, que também estão mais descontentes em relação à vida amorosa, à carreira e com a aparência do corpo.

Com relação ao futuro de curto prazo, cinco anos, a pesquisa mostra que o brasileiro segue otimista com sua própria vida, apesar de não estar vivendo tudo o que gostaria. A maior parte (87%) tem boas perspectivas, principalmente as mulheres (52%) que, embora mais insatisfeitas, são as mais esperançosas. Os principais sonhos para o futuro são: viajar mais (79%) e ter uma saúde plena (71%). Já o grande desafio, para 53% dos brasileiros, é vencer o sedentarismo, seguido do estresse (46%), do despreparo físico (44%) e do sobrepeso ou obesidade (43%). Apenas 9% dos brasileiros mencionaram a aposentadoria como um plano. Segundo a pesquisa, as áreas que mais determinam uma vida plena são: o convívio familiar (86%), o cuidado com a saúde (77%), a vida social (74%), a profissional (74%) e a afetiva (71%). A falta de dinheiro (60%) e de tempo (43%) é o que mais dificulta essa conquista, segundo o estudo. Problemas com dinheiro são mais aparentes entre as mulheres, que também estão mais descontentes em relação à vida amorosa, à carreira e com a aparência do corpo.

Com relação ao futuro de curto prazo, cinco anos, a pesquisa mostra que o brasileiro segue otimista com sua própria vida, apesar de não estar vivendo tudo o que gostaria. A maior parte (87%) tem boas perspectivas, principalmente as mulheres (52%) que, embora mais insatisfeitas, são as mais esperançosas. Os principais sonhos para o futuro são: viajar mais (79%) e ter uma saúde plena (71%). Já o grande desafio, para 53% dos brasileiros, é vencer o sedentarismo, seguido do estresse (46%), do despreparo físico (44%) e do sobrepeso ou obesidade (43%). Apenas 9% dos brasileiros mencionaram a aposentadoria como um plano.


A saúde e a relação com “viver ao máximo”
A saúde é um aspecto que permeia o conceito e por isso não estar bem ou ter algum problema pode dificultar o caminho para uma vida ao máximo. Aspectos físicos e ligados a hábitos e atitudes como sedentarismo, stress, falta de preparo físico, estar acima do peso são os impeditivos mais frequentes para viver ao máximo.



“Esta iniciativa nos ajuda a criar um diálogo global com as pessoas sobre que é importante para obter o máximo de suas vidas. Acreditamos que saúde é a base de tudo o que podemos desfrutar e conseguir na vida, e queremos inspirar as pessoas a pensar sobre o que importa para motivá-las a viver de forma saudável. E entender mais sobre o que as pessoas valorizam nos ajudará a atendê-las melhor”, diz Leal.

Conclusões
Para o brasileiro, não há uma receita pronta para se viver uma vida plena, pois é uma questão interna do ser humano, enriquecida com fatores relacionados ao autoconhecimento, envelhecimento pleno com vitalidade, ter saúde e estar com sua família, bens que não podem ser tirados. Viver ao máximo não está ligado ao consumo, mas a buscar o que se ama.


“A falta de dinheiro, de tempo e o excesso de burocracia são obstáculos para se viver plenamente. Porém, o brasileiro é otimista com o futuro e o prazer do lazer, de viajar com saúde e ao lado e sua família são fundamentais para ele”, conclui Leal.

Saúde Business

Tecnologia da Informação: O futuro da saúde

Na última década, a indústria da saúde realizou grandes avanços na adesão e no uso da Tecnologia da Informação, visando não só reduzir gastos, mas também aumentar a qualidade do atendimento aos pacientes

Até 2013, 59% dos hospitais nos EUA já haviam adotado um sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), com funcionalidades avançadas, representando um número quatro vezes superior aos registrados em 2010. Hoje, as taxas mundiais de utilização de PEP giram em torno de 70%.

Além disso, embora ainda seja lento o progresso para atingir o segundo estágio de avaliação de maturidade no uso de prontuário eletrônico – critério definido pelo HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society) e que contempla oito estágios – 68% dos respondentes da edição de 2015 da pesquisa anual desta instituição já aplica a TI diretamente nos cuidados com a saúde. O objetivo comum destas organizações é aperfeiçoar a “Experiência do Atendimento”, abordagem que faz parte do IHI Triple Aim, modelo desenvolvido pelo Institute for Healthcare Improvement, que descreve uma abordagem para otimizar a performance dos sistemas de saúde e engloba tanto a qualidade do cuidado como a satisfação do paciente.

Os retornos substanciais fazem sim parte das perspectivas dos hospitais e organizações de saúde, especialmente nas instituições que reconhecem a existência de uma lacuna entre as necessidades apresentadas pelos médicos e o que o PEP efetivamente pode entregar. E mais do que isso, naquelas capazes de perceber que este hiato pode ser preenchido com os recursos de apoio a decisão clínica, que auxiliam os profissionais da saúde a tomarem decisões melhores, mais rápidas e precisas. Essas ferramentas são cruciais para ajudar a maximizar o ROI (retorno sob o investimento) relacionado a TI.

Um dos mais expressivos estudos sobre esta questão, conduzido pelo Journal of Hospital Medicine – reconhecida publicação na área de pesquisa e educação médica hospitalar, associa a adoção destas ferramentas às reduções significativas dos riscos de mortalidade. Estima-se que 11,5 mil vidas tenham sido salvas em um período de três anos. Anteriormente, o International Journal of Medical Informatics também concatenou os recursos de apoio à decisão clínica como sendo eloquentes ao melhor desempenho de uma série de métricas que dizem respeito à segurança, risco de complicações e a menores tempos de permanência do paciente nos hospitais. Por outro lado, existem benefícios financeiros. Um grande sistema de saúde em Minnesota reporta economias da ordem de 29.5 milhões de dólares por ano e um ROI 102 vezes superior aos seus investimentos neste tipo de ferramenta. Outro exemplo é um hospital de médio porte em Nova Iorque percebeu uma redução de gastos anuais de 5.4 milhões de dólares e um ROI 235 vezes maior que o capital destinado a esta tecnologia.

Já as instituições de saúde brasileiras precisam percorrer um longo caminho para abandonarem de vez o papel e se transformarem em hospitais digitais. No País, ainda existe um vácuo muito grande a ser preenchido, especialmente nos recursos que apoiam a tomada de decisão. De acordo com a segunda edição da pesquisa TIC Saúde 2014, 42% dos respondentes utilizam o prontuário em papel; 49% já adotaram uma solução PEP, mas ainda mesclam com a utilização dos controles em papel; e apenas 8%, são considerados paperless, ou seja, 100% digitais.

Ademais, para desencadear o sucesso é preciso ter claro que os médicos precisam de soluções aderentes às suas expectativas e necessidades e que realmente os apoiem na execução de um primoroso atendimento. Obtenção rápida de orientações baseadas em evidências e total segurança de que podem confiar nas informações apresentadas sobre os tratamentos são aspectos que influenciam na adesão. A conveniência é outra consideração importante. Esses recursos precisam ser acessados por meio de diversas plataformas, seja via dispositivos móveis, portais ou bibliotecas, e independente do local. E mais do que isso precisam estar integrados aos PEPs.

No Brasil, o Hospital Sírio-Libanês é um exemplo de que é possível melhorar o atendimento ao paciente com o suporte móvel a decisões médicas. Nos últimos 12 meses, o número de tópicos vistos em uma solução de apoio à decisão ultrapassou 2.500 por mês, sendo as especialidades consultadas: oncologia, informações sobre medicamentos, cardiovascular e neurologia. A principal motivação está na capacidade de prover este apoio aos seus clínicos, também no ambiente extra-hospitalar, flexibilizando as opções para consultas de pacientes e permitindo que elas aconteçam a qualquer hora e em qualquer lugar que seja conveniente para os pacientes e médicos.

Por conta disso, é fato que a relação da saúde com a TI está em seu ponto crucial de virada. O retorno de bilhões investidos, embora esteja sendo percebido lentamente, está próximo. A chave para acelerar a percepção desse potencial realístico é o entendimento de que tanto os PEPs como os recursos de apoio a decisão clínica podem criar valor adicional aos cuidados com a saúde.

* Por Denise Basow, MD, é presidente e CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer, líder mundial em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da saúde, que desenvolveu o solução para suporte a decisões médicas UpToDate®

Saúde Business

Micoses: Proteção propícia

Alguns ambientes, como vestiários, piscinas ou banheiros, são os que mais favorecem a contaminação por fungos e bactérias. As crianças são as mais acometidas pela baixa imunidade

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Sol, praia, piscina e muito, mas muito calor. A estação mais quente do ano está se aproximando e, com ela, além de diversão e dias de descanso, existem alguns problemas de saúde que podem afetar a população de tal maneira que o lazer dá lugar à preocupação.

Com o aumento das pessoas que frequentam praias e piscinas, também aumenta o contato com os fungos causadores das micoses, já que estes ambientes são úmidos e quentes, se tornando ideais para a proliferação e contaminação.

E não adianta muito fugir do problema, já que cerca de 90% da população irá ter a doença pelo menos uma vez na vida. Mas isso não quer dizer que o consumidor não deva se prevenir, já que pele, unhas e cabelos são as áreas mais atingidas pelos fungos, que estão presentes no solo e na própria derme humana.

As micoses são caracterizadas por manchas brancas ou vermelhas que causam coceiras em áreas de dobras, como axilas, virilhas ou entre os dedos das mãos e dos pés. É uma doença produzida por fungos e pode ser classificada como superficial ou profunda. O tratamento é prolongado e deve ser seguido à risca, para evitar o reaparecimento ou o contágio para outras pessoas.

Como destaca a dermatologista do Hospital Bandeirantes, Dra. Suzy Rabello, essas doenças podem ser apenas superficiais (restringindo-se a lesões de pele, cabelos ou unhas) ou profundas. “As micoses profundas são mais frequentes em pacientes com alterações da imunidade, como os portadores de doenças graves, ou mesmo em pacientes com a imunidade íntegra, mas com contato de porções internas com os fungos (por exemplo, doenças como esporitricose e cromomicose que são adquiridas por entrada de farpas contaminadas).” Mas, segundo a especialista, as micoses mais comuns são aquelas superficiais.

Como se dá o contágio
Como os fungos se desenvolvem melhor em ambientes úmidos, os meses mais quentes do ano (verão) são os mais propícios para o aparecimento da micose.

De acordo com o pediatra formado pela Faculdade de Medicina do ABC, com especializações e títulos pela Universidade Federal de São Paulo na Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California – Los Angeles (Ucla), Dr. Sylvio Renan, os fungos são habitantes usuais do organismo humano e costumam provocar micoses quando ocorre alguma queda de imunidade no indivíduo.

O contágio, como explica o clínico geral do Hospital San Paolo, Dr. Bento Carvalho Filho, pode se dar diretamente por meio do contato com a pele contaminada ou indiretamente, por intermédio de materiais contaminados, como tesouras, alicates de unhas, sapatos e roupas de outras pessoas. Como as micoses acometem principalmente a pele, costumam provocar lesões dérmicas, principalmente em regiões mais úmidas (pés, axilas, virilhas e região de fraldas, em bebês), como completa o Dr. Renan.

Se a micose ocorrer na pele, pode haver o aparecimento de uma área avermelhada com certa descamação e prurido. “Em unhas, pode haver desde um aspecto amarelado até descolamento e espessamento da unha”, detalha a dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Samantha Kelmann.

A coceira é o sintoma mais frequente, mas o paciente pode sentir ardor nos locais afetados também, como relata a dermatologista do Hospital Bandeirantes. Há formas de micose que não causam coceira, apenas modificação da cor da pele – que é o caso da Pitiríase versicolor vulgarmente conhecida como pano branco.

As micoses das unhas não trazem sintomas, mas modificações da coloração e da espessura das unhas.

“Quando o paciente chega a sentir dor, é pela compressão da pele pela unha espessa, já que a unha é uma estrutura morta e, portanto, indolor”, alerta a Dra. Suzy.

É importante salientar que a superfície da pele é habitada por fungos que não causam doenças habitualmente até que ocorra alguma falha nas barreiras de defesa do corpo, como, por exemplo, na maceração da derme pelo suor nas dobras. “A pele íntegra é fundamental para que os microrganismos que estão apenas sobrevivendo na superfície não causem doenças”, acrescenta a especialista.

Formas de tratamento
Como a maioria das infecções por fungos ocorre na pele, de acordo com o pediatra Dr. Renan, o tratamento das micoses é feito habitualmente por pomadas, cremes ou loções de uso local. As lesões mais disseminadas, assim como as que acometem outros órgãos que não a pele, necessitam de tratamento mais intensivo, podendo haver necessidade até de tratamento endovenoso.

A diferença de cada um dos tratamentos é a via de administração, sendo as pomadas, loções e os sprays de uso em via tópica e os medicamentos orais, de uso em via sistêmica. A indicação varia entre os locais acometidos, a extensão e gravidade do quadro.

Além disso, o Dr. Renan destaca que a decisão entre pomadas, creme, loções ou sprays depende da região, do tipo de pele e da intensidade da lesão.

Para as lesões mais antigas, as mais profundas e as de outros órgãos, podem exigir tratamentos mais resolutivos, como comprimidos, suspensões, ou mesmo injetáveis. “O tempo do tratamento depende da intensidade, do tempo de duração da doença e da velocidade de resposta ao tratamento.”

Praticamente, não há diferença nas manifestações das micoses em adultos e crianças, mas é necessário tratamento especializado visto que a pele das crianças são mais sensíveis e absorvem mais que a pele dos adultos.

A diferença mais flagrante nas manifestações de micoses são as dos cabelos: adultos podem até ser portadores dos fungos, mas não manifestam micoses no couro cabeludo. Nas crianças, de acordo com a dermatologista do Hospital Bandeirantes, pode-se, além de apresentar a doença nos cabelos, ter uma inflamação muito intensa.

Outras diferenças são a predisposição a micoses na área das fraldas (idosos podem ter quadros similares). O que inicia o quadro é a alteração da pele pela irritação causada pela urina ou fezes e a subsequente doença causada pelo fungo que vive no aparelho digestivo.

Guia da Farmácia

Suplementos: os brasileiros adoram

Uma pesquisa inédita mostrou que 54% dos brasileiros tomam algum tipo de suplemento alimentar. O índice é quase igual ao dos Estados Unidos, onde 68% das pessoas afirmam utilizá-los

Uma pesquisa inédita mostrou que 54% dos brasileiros tomam algum tipo de suplemento alimentar. Divulgado com exclusividade pelo site de VEJA, o estudo revelou que entre os compostos mais consumidos, estão: ácidos graxos (ômega-3), aminoácidos (BCAA), minerais (cálcio), óleos (óleo de fígado de bacalhau), plantas (goji berry), proteínas (whey protein), vitaminas (multivitamínicos) entre outros (fibras, probióticos).

Participaram do levantamento 1.007 brasileiros com mais de 17 anos, de todas as regiões do país. Sobre os hábitos cotidianos, 53% dos participantes afirmaram manter uma alimentação saudável e 55% praticam de algum tipo de atividade física. O trabalho foi encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).

A principal finalidade do uso de suplementos alimentares, para 86% dos consumidores, é a saúde. Além disso, 83% afirmaram ingeri-los diariamente. Entre os principais motivos para o consumo estão a complementação da alimentação, a saúde e o bem-estar

Suplementação X complementação
Celso Cukier, nutrólogo e presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição, explica que, antes de começar a tomar qualquer substância, é preciso entender a diferença entre complementação dietética e suplementação nutricional. A primeira é realizada quando, por exemplo, ao praticar uma atividade física intensa, a alimentação não é suficiente para fornecer ao indivíduo toda a energia ou os nutrientes que ele precisa. Neste caso, o produto, como o whey protein, será administrado para complementar a alimentação do atleta. Já a suplementação é caracterizada pela administração de doses elevadas de um nutriente ou substância específica em caso de deficiência.

A maioria dos participantes (60%) disse que recebeu recomendação de um profissional de saúde seja médico (29%), educador físico (16%), farmacêutico (8%) ou nutricionista (7%). Em geral, os mais jovens tendem a receber recomendação de educadores físicos, enquanto os mais velhos, de médicos. Entre os que consomem por decisão própria, apenas 25% disseram informar seu médico.

As mulheres são as principais consumidoras, mas tendem a preferir substâncias ligadas à saúde como vitaminas, minerais e óleos. Já os homens compram mais itens relacionados à prática de exercícios, como proteínas e aminoácidos.

Em relação aos motivos para consumo, 86% afirmaram ser por questões de saúde – se manter saudável ou complementar a alimentação -, 57% pela prática de atividade física – para ter mais energia ou aumentar a força – e 45% por razões estéticas como definir a massa muscular ou prevenir o envelhecimento.

De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas começa a consumir suplementos entre os 31 e os 40 anos, com destaque para as mulheres dessa faixa etária.

Em compensação, os homens tendem a começar a tomar suplementos antes das mulheres: 19% dos homens afirmou tomá-los antes dos 20 anos, em comparação com 10% das mulheres.

Os jovens consomem mais whey protein
Em relação à faixa etária, os jovens tendem a usar mais suplementos relacionados à estética, como whey protein e BCAA e praticam musculação como principal atividade física. Já os mais velhos tendem a consumir mais ômega-3 e multivitamínicos e fazer caminhadas.

“Para funcionar bem, nosso organismo precisa receber a quantidade adequada de micro e macro nutrientes. Os micronutrientes, como vitaminas e minerais, desempenham um papel importante nos sistemas imune e metabólico e podem agir como antioxidantes. Por isso, é importante garantir a ingestão adequada. Neste caso, os suplementos ajudam a atingir esses valores, quando a alimentação não dá conta”, explicou Silvia Franciscatti Cozzolino, nutricionista professora da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Conselho Regional de Nutrição (CRN).

O outro lado
A maioria dos especialistas acredita que, quando necessários, os suplementos podem trazer benefícios para o organismo. A questão é: quando são necessários? A pergunta tem de ser respondida pelos médicos. Tomá-los sem a recomendação de um especialista pode significar perda de dinheiro – o gasto médio mensal com suplementos é entre R$51 e R$100 – ou, em alguns casos, o consumo pode até prejudicar o organismo.

O nutricionista Cukier afirma que o excesso de suplementos pode fazer mal ou ser inóquo, sobretudo se o consumo for feito sem orientação médica. A vitamina A, por exemplo, se ingerida em grandes doses e por um longo período, pode comprometer o fígado, levando até à cirrose hepática. Já o excesso das vitaminas D e C e de proteínas pode contribuir para o desenvolvimento de cálculo renal.

No caso dos multivitamínicos, Rodrigo Macedo, mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor da Faculdade Fatima, no Rio Grande do Sul, afirma que o organismo não consegue absorver tal combinação de diferentes compostos devido às interações entre os micronutrientes.

“A alimentação equilibrada sempre vai fornecer todas as substâncias que precisamos, da melhor forma possível sem ter impossibilidade de absorção e, neste caso, dificilmente haverá déficit de algum nutriente em seu organismo que justifique a suplementação”, diz Macedo.

Estados Unidos
O último levantamento do Conselho para a Nutrição Responsável (CRN, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, mostrou que 68% da população americana consome suplementos alimentares. Como no Brasil, as mulheres são maioria e correspondem a 71% destas pessoas. Além dos produtos, a maioria (86%) dos consumidores tentam manter uma alimentação balanceada e 52% afirmaram procurar uma opinião médica quanto precisam de informações sobre estas substâncias.

Como no Brasil, as vitaminas estão em primeiro lugar na lista de itens consumidos, em seguida vêm os “especializados” (como ômega-3, fibras e probióticos) e, por último, os de origem em plantas (como chá verde e ginseng) e direcionados para esportes e dietas (como proteínas e bebidas energéticas).

Veja

Médico da OMS recomenda que mulheres em área com surto de zika evitem engravidar

Transmitida pelo aedes aegyptiEm entrevista à BBC Brasil, especialista Jonas Schmidt-Chanasit diz ainda que melhor garantia contra microencefalia para mulheres que querem engravidar é ter contraído zika no passado: 'é como rubéola'

O médico Jonas Schmidt-Chanasit, do Centro de Colaboração e Pesquisa para Arbovírus e Febre Hemorrágica da Organização Mundial de Saúde, disse à BBC Brasil que evitar a gravidez pode ser uma estratégia para mitigar os riscos de ocorrência de casos de microcefalia causada pelo zika vírus.

Em entrevista telefônica, o especialista, que leciona no Instituto Bernhard-Nocht para Medicina Tropical em Hamburgo, Alemanha, destacou que adotar políticas públicas de controle de natalidade é um assunto sensível, mas pode funcionar.

"Essa é uma questão complicada porque há muitos fatores.(…) É uma decisão muito difícil dizer: 'Você não pode ficar grávida'. Eu não quero dizer isso às mulheres. Elas precisam saber por si só, mas isso foi recomendado".

"Isso vai causar um grande problema, se muitas mulheres jovens não são permitidas ou são desaconselhadas a engravidar por causa desse risco. Eu seria cuidadoso em apoiar isso, pois sabemos muito pouco, mas se você quer algo decisivo, sim, eu aconselharia mulheres a não engravidarem neste momento para reduzir os riscos ao bebê. Isso seria uma estratégia."

De acordo com o especialista da Organização Pan-Americana de Saúde Marco A. Espinal é preciso "acompanhar as mães com cuidado e fazer ultrassom no terceiro trimestre para garantir um diagnóstico o mais precoce possível".

Espinal reconheceu que, caso muitas mulheres optem por não engravidar, isso poderá ter impactos demográficos como a diminuição da população.

Ele acrescentou que mesmo que uma mulher descubra estar infectada com o zika vírus no primeiro trimestre, isso não significa que o bebê desenvolverá microcefalia.

"Ainda não sabemos como o vírus passa pela placenta, ainda não sabemos a probabilidade de gerar uma má-formação. Só porque uma grávida tem o zika vírus não quer dizer que o bebê será microcéfalo". Espinal ressalta ainda que o primeiro trimestre "é o mais delicado, quando mulheres podem adoecer muito facilmente".

Ambos os especialistas afirmaram que microcefalia não é necessariamente causada apenas pela exposição ao zika vírus, pois não estaria claro o quanto outros agentes patogênicos contribuíram para a presente epidemia de más-formações.

"Pode ser que o citomegalovírus, que é um vírus de herpes, esteja agindo em conjunto com o zika. Ou ainda, pode ser um novo vírus que está emergindo e ainda não conhecemos. Realmente não sabemos", disse Schmidt-Chanasit.

Epidemia
Em meio à epidemia de zika vírus, já foram constatados mais de 1.248 casos de microcefalia o Brasil. No último fim de semana, o Instituto Evandro Chagas estabeleceu a conexão entre o vírus e más-formações no feto ao encontrar a presença de zika em amostras de tecido e sangue de um recém-nascido microcéfalo.

A Organização Mundial de Saúde reconheceu a relação entre os bebês microcéfalos e a doença tropical, mas afirmou que não é possível confirmar se a relação entre eles seria de causalidade.

De acordo com Schmidt-Chanasit, o vírus é tão nefasto para as grávidas quanto a rubéola e a precaução deveria ser semelhante. "Antes de tentar engravidar você testa para ver se há anticorpos e aí toma a vacina, no caso da rubéola. Com o zika vírus é exatamente a mesma coisa, mas a diferença é que para ele ainda não há vacina".

Conforme disseram ambos os especialistas, o exame ultrassom é útil para detectar a má-formação, mas isso acontece quando já "é muito tarde". Dr. Schmidt-Chanasit ressalta que somente o teste de presença de anticorpos é realmente relevante para as mulheres que pretendem engravidar.

Schmidt-Chanasit explicou que futuras mães que já foram expostas ao vírus estão protegidas contra a microcefalia e, portanto, liberadas para engravidar: "A microcefalia é associada à infecção aguda, pelo o que sabemos atualmente.

Não está relacionada a infecções passadas, que ocorreram há seis meses atrás. Apenas a presença de anticorpos contra o vírus poderá proteger as mulheres que querem engravidar".

"Não é uma doença reincidente. O corpo desenvolve imunidade e supera o zika", resumiu Espinal.

Os dois médicos, entretanto, ressaltaram que o vírus poderá vir a sofrer uma mutação, o que o tornaria perigoso mesmo para mulheres que já superaram a infecção.

Análise
A análise laboratorial específica para anticorpos do zica ainda é muito restrita e estaria disponível exclusivamente em centros de pesquisa internacionais, como no americano CDC, Centre for Control Disease and Prevention, no francês Institut Pasteur e no próprio Instituto Berhard-Nocht.

A pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Renata Campos explicou que o Brasil possui exames de detecção do zika vírus, mas não de triagem de anticorpos refinada, que façam distinção ente a resistência à dengue, ao zika e a outros tipos de arboviroses.

Em parceria com o Instituto Bernhard-Nocht, a UFRJ desenvolve um estudo comparativo entre mulheres grávidas diagnosticadas com o zika. O laboratório carioca vai analisar amostras de mães com bebês microcéfalos e com bebês normais, para reconhecer as distinções entre as duas populações. O resultado deverá contribuir para o futuras pesquisas na criação de uma vacina ao vírus.

Recomendações
A médica infectologista Regina Coeli, do Hospital Oswaldo Cruz em Pernambuco, afirma que a gravidez é uma decisão de cada pessoa. "Não dizemos para as mães que não engravidem. Mas é muito importante fazer o pré-natal corretamente, fazer os exames. Muitas mães só descobrem (que a criança tem microcefalia) depois que nasce porque não fizeram o pré-natal."

"Nossa orientação é que usem repelentes, elas podem usar desde o início da gestação. Devem usar na pele e também por cima da roupa. Repelentes caseiros, cujas receitas já circulam por aí, não têm embasamento científico e não são confiáveis."

Já o secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa afirma que a recomendação é clara para as grávidas: "que conversem com seus médicos sobre isso".

"Para a gravidez não planejada, a mulher precisa se proteger, usar o repelente e roupas mais compridas, não se aproximar de pessoas que já estejam com exantema (manchas na pele) porque o mosquito pode estar próximo e ir de um para o outro."

Fluidos
Além de ocorrer por meio de picada do mosquito Aedes aegypti, o contágio do zika vírus também pode se dar por contato com fluidos corporais, mas isso não é razão para pânico, salienta o Dr. Schmidt-Chanasit.

"Não podemos comparar o zika vírus ao HIV, por exemplo. Só pode se transmitir o zika quando o vírus está circulando no sangue e essa situação é breve. Dura apenas o período compreendido entre uns dois dias antes de você ficar doente e uns dois dias enquanto você já está doente. Somente então pode ocorrer a transmissão por relação sexual", explicou.

"Mas eu acho que se você está doente, com febre e cansado, não vai tem vontade de ter relações sexuais, o que torna esse contágio bastante improvável", concluiu.

Foto: Thinkstock/Getty Images

BBC Brasil / iG

Zika vírus: 'Cidades não têm como enfrentar mosquito', diz secretário de Saúde

Governo do Pernambuco reclama de repasses insuficientes do Ministério da Saúde e luta contra o tempo para evitar epidemia

Em meio à epidemia de microcefalia no Brasil, o Estado de Pernambuco, que foi o primeiro a chamar a atenção para o problema e tem o maior número absoluto de casos notificados no País — 646 até o dia 28 de novembro —, se preocupa com um novo surto de dengue, chikungunya e zika vírus com a chegada do verão.

O governo estadual corre contra o tempo para dar conta do atendimento das famílias em hospitais, facilitar o diagnóstico da doença e encontrar maneiras mais eficientes de combater o mosquito Aedes aegypti.

Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de Saúde do Estado, Iran Costa, diz que a ajuda financeira insuficiente aos municípios por parte do governo federal é a principal responsável pela ineficiência do combate ao mosquito, que é vetor das três enfermidades.

"Na distribuição do SUS, o controle das larvas fica com a atenção primária e com os municípios. Mas a atenção primária representa 70% a 80% (do total do sistema) de saúde, e só 16% do orçamento da saúde fica com os municípios. Esse é o motivo pelo qual eu considero que a dengue nunca foi vencida”, afirma.

"O ministério deu a ação para os municípios, mas não deu condição para eles executarem. Só vamos vencer a dengue no dia em que dermos capacidade de gestão e recurso para os municípios."

O Ministério da Saúde está entre as pastas que passaram por cortes de gastos no processo de ajuste fiscal do governo federal, o que afeta os repasses aos municípios.

Cortes de gastos
Segundo Costa, que assumiu a pasta em 2015, a Secretaria Estadual planejava ações de capacitação e repasse de verbas a cidades pernambucanas, mas teve de cortar gastos em vez de fazer investimentos.

"Nossos planos foram retardados única e exclusivamente por que esse ano o desafio que tivemos aqui foi d,e em vez de investir, ter de reduzir gastos em algumas áreas e serviços. Todos os secretários tiveram de fazer, o ministério teve de fazer.”

Ele também reclama da portaria do Ministério da Saúde que, em julho, definiu novos limites para a contratação de Agentes de Combate a Endemias (ACEs) — as pessoas que visitam residências, orientam moradores e aplicam produtos contra o mosquito — em todos os municípios do País.

Costa diz que Pernambuco teve que cortar 40% de seus agentes por causa da nova determinação, o que causou um deficit de 2,4 mil funcionários e diminuiu a frequência das visitas.

Na última quarta-feira, o Exército disponibilizou 750 homens para agirem como ACEs em 20 municípios, incluindo a capital.

No início da semana, o governo pernambucano anunciou um investimento de R$ 5 milhões para o combate ao mosquito, outros R$ 5 milhões para campanha de sensibilização da população e R$ 15 milhões para adaptar centros de saúde regionais de atenção às crianças com microcefalia.

Segundo o secretário, os recursos só puderam ser disponibilizados em meio ao corte de gastos por causa da situação de emergência.

Corrida pelos testes
O zika vírus foi identificado em Pernambuco em abril, mas apenas quatro casos foram oficialmente confirmados por análises de amostras no Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA).

Entre os meses de março e junho, no entanto, mais de 60 mil casos de dengue foram notificados, um aumento de quase 500% em relação ao mesmo período no ano anterior, e cerca de 20 mil, confirmados.

"Tivemos um surto grande que, em nenhum momento foi esclarecido se era de zika ou de dengue nem pelo Ministério da Saúde nem pela Secretaria Estadual de Saúde, até porque a identificação do vírus não é tão simples", disse Costa.

"Conversei com pessoas do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) e com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e também com três laboratórios. Estou tentando operacionalizar, em larga escala, um exame específico para o zika vírus, um exame para o vírus da febre chikungunya."

Atualmente, é possível identificar ao menos dois tipos de dengue por meio do exame de sorologia - teste mais rápido, que analisa o soro sanguíneo -, mas esta opção ainda não existe para as outras duas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O PCR, uma técnica que busca fragmentos do vírus diretamente no sangue do paciente, identifica a zika, mas é caro e de acesso limitado, segundo o secretário de Saúde.

"Temos apenas um laboratório privado aqui que faz esse exame e queremos tornar o laboratório da Secretaria de Saúde capaz de fazer esse exame. Não é tão simples porque ainda é um exame caro."

Costa afirma que o Estado tem "no máximo, oito ou dez dias para fazer isso" e que este foi também o teor de sua reunião com a equipe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), no início da semana.

"Eles não chegaram com nenhum plano de ação para nós porque não há esse plano. Nenhum país tem dados. O plano de ação está sendo construído. Eu pedi que eles me ajudassem a fazer o diagnóstico mais fácil, eficiente e barato da zika."

Foto: Reprodução

BBC Brasil / iG

Colesterol alto familiar pode matar antes dos 40 anos; veja como se prevenir

Saiba mais sobre a hipercolesterolemia familiar (HF), que atinge uma a cada 200 pessoas e pode matar antes dos 40 anos

O advogado Ricardo Ayub, hoje com 51 anos, não gostava de ir ao médico. Mantinha uma vida saudável para não precisar visitar o doutor. Quando tinha 21 anos, no entanto, sentiu-se mal enquanto dirigia e viu que era prudente fazer um check-up. Os exames de sangue já detectaram uma anormalidade: colesterol muito alto. Os níveis de colesterol total de Ayub estavam por volta de 600 mg/dL, enquanto o desejável gira em torno de 200 mg/dL. 

“Procurei um cardiologista, mas fui atendido de uma forma muito precária na época [30 anos atrás]. O tratamento foi feito com uma estatina, por três meses, além da recomendação de fazer exercícios físicos e manter uma alimentação bem controlada, e depois fazer um novo exame de sangue”, conta.

Os níveis de colesterol abaixaram, mas continuaram fora da meta que o deixaria fora de risco.

“Meu pai também tinha colesterol alto, então, minha preocupação era com o coração, já que ele infartou aos 42 anos”, conta Ayub. Os avós também morreram por problemas cardíacos. “Eles também tinham colesterol alto”.

Mutação do colesterol
Ayub conta que, na época, o pai já estava sendo atendido pelo Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, e era o período em que eles estavam começando a fazer os exames genéticos para detectar hipercolesterolemia familiar (HF), ou colesterol alto herdado dos pais. “Chamaram meus irmãos e eu para o exame. Eles não tinham nada, mas eu tinha a mutação do colesterol”, explica o advogado.

Até agora, Ricardo faz acompanhamento para manter os níveis de colesterol dentro do padrão. Com outros tipos de estatinas, ele acaba tomando um verdadeiro coquetel de medicamentos diariamente. “Tomo seis remédios, e não posso ficar um dia sem tomar. Se vou viajar, a primeira coisa que faço é pegar meus medicamentos. Hoje, meu colesterol total está em torno de 190 e o LDL está controlado”, conta.

Uma cada 200 pessoas
Estima-se que 60% da população brasileira esteja com níveis de colesterol acima do recomendado, mas isso pode ser devido à má alimentação ou ao sedentarismo. No caso da hipercolesterolemia familiar (HF), a causa é genética, há uma mutação nos genes que fazem com que o colesterol fique muito mais alto do que o da população normal. Uma a cada 200 pessoas sofre com o problema.

Preocupação com os filhos
Essa mutação pode ser transmitida aos filhos. E aqueles que herdam a mutação desenvolvem colesterol mais alto do que o normal. Alguns chegam a ter valores de colesterol duas vezes mais altos do que o das outras pessoas. Outros, chegam a quatro. E aqueles que herdaram o gene do pai e da mãe, sofrendo duplamente, chegam até a seis vezes o valor normal, correndo risco alto de ter problemas cardíacos muito cedo.

O cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Lípides do InCor, em São Paulo, Raul dos Santos, explica que o HF não é uma doença rara e que deve ser tratada.

“Pelo fato de o colesterol estar alto desde o nascimento, as pessoas já são expostas a valores que normalmente seriam apenas na vida adulta, então, consequentemente, correm um risco muito grande de ter problemas cardiovasculares ainda jovens, pelo fato de a exposição ser muito precoce”, explica Santos.

Ele conta que 25% dos homens que carregam a mutação genética que aumenta o colesterol vão ter infartado ou ter morrido até os 40 anos de idade. As mulheres, pelo fato de serem mais protegidas com o hormônio estrogênio, ganham cerca de 10 anos a mais, infartando por volta dos 50 anos.

Primeiro infarto é aos 13 anos
Para aqueles que herdaram o gene que aumenta o colesterol do pai e da mãe, a situação é ainda mais grave. A média do primeiro infarto é aos 13 anos de idade. Esse problema, no entanto, é mais raro. Estima-se que haja cerca de 200 pessoas nessas condições no Brasil.

Colesterol alto não dá sintomas
“O grande problema da HF é que é assintomática, então, só se faz o diagnóstico se dosar o colesterol. A maior parte dos pacientes é diagnosticada quando um jovem infarta e, aí, você dosa o colesterol, vê que está muito alto, suspeita da HF e chama os outros familiares assintomáticos para fazer o diagnóstico”, conta o diretor da Clínica de Lípides do InCor.

Parentes de primeiro grau são diagnosticados primeiro. Confirmado o colesterol alto em alguns deles, é possível estender para o resto da família.

Tratamento
A cardiologista Maria Cristina Izar, da Associação de Portadores de Hipercolesterolemia Familiar e professora da Unifesp, explica que, no caso das pessoas que tem HF, a alimentação não influencia muito na melhora do colesterol.

“Ela contribui, mas não é capaz de trazer o colesterol para os níveis normais”, diz.

Isso não significa que quem tem colesterol alto pode sair comendo alimentos gordurosos por aí. Manter uma boa alimentação ajuda a não piorar ainda mais o problema.

O tratamento, então, é medicamentoso. Atualmente os pacientes são tratados com estatinas e ezetimibe, nas doses recomendadas pelo médico. Há outro medicamento em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que reduz cerca de 60% do colesterol além das estatinas e ezetimibe.

Esse remédio, o evolocumab, é um anticorpo monoclonal que inibe a proteína PCSK9, que, quando em muita atividade, destrói os receptores responsáveis por “recolher” o colesterol ruim circulante na corrente sanguínea e mandar embora.

Esse medicamento deve atingir uma parcela da população de pessoas com hipercolesterolemia familiar que não conseguem chegar aos níveis normais de colesterol somente com estatinas e ezetimibe.

A expectativa da farmacêutica fabricante, Amgen, é que o medicamento seja aprovado até o meio de 2016.

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