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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Doação de órgãos ganha reforço com renovação de acordo

Transporte de órgãosAgilidade é fundamental durante um transplante. As horas que se passam entre a retirada do órgão do doador até a chegada em que irá recebe-lo são decisivas para o sucesso da operação

Após a retirada, os órgãos suportam muito pouco tempo sem circulação sanguínea. No máximo: pulmão e coração (4-6h), fígado (12-24h), pâncreas (12-24h), rim (24-48h), córneas (até 7 dias). Por isso, o acordo entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Aviação Civil e as empresas aéreas e aeroportuárias, que facilita e regulamenta o transporte de órgãos, é tão importante. Essa parceria foi renovada e aprimorada nesta quinta-feira (03/12). Agora, a iniciativa passa a incluir a medula óssea entre os órgãos passíveis de serem transportados por avião para fins de transplante.

O transporte da medula dependia da criação de um fluxo específico, tendo em vista que passar pelo sistema de raio-x poderia deteriorar o tecido. A inclusão no termo propicia a regulamentação técnica que viabiliza que esses materiais passem a ser transportados sem a necessidade de colocar na esteira do aparelho.

O acordo, assinado em dezembro de 2013, tinha duração de dois anos e está sendo renovado pela primeira vez. Com a parceria, foi possível ampliar o número de voos disponíveis para transportar órgãos e otimizar a operação, evitando desperdício, aumentando a oferta, reduzindo as distâncias e desigualdades regionais, além de beneficiar as pessoas que aguardam por um órgão em todo o Brasil.

IMG-20151203-WA0027Marco Porto, coordenador da Secretaria de Navegação Aérea Civil da SAC, foi o organizador do projeto que envolve articulação e preparação dos atores aeroportuários para facilitar, agilizar e priorizar o transporte aéreo de órgãos, tecidos e equipes médicas para fins de transplante.“Em 2011, o Ministério da Saúde procurou a SAC para que pudéssemos reorganizar o termo de cooperação. Tentamos fazer algo mais organizado, trazendo as obrigações de cada ente e estruturando um planejamento de logística. Hoje, temos uma possibilidade antes de enviar um órgão para algum lugar, já sabermos as condições meteorológicas, para escolher além do voo mais rápido, o que é mais viável. Algumas medidas que podem ser tomadas no aeroporto também colaboram. Como priorizar que o voo seja o primeiro a sair ou a pousar. Até mesmo facilitar o trajeto dentro aeroporto, com escolta para facilitar o caminho até a aeronave”, explica Marco.

Em 2011, no início da operação, quando ainda não havia um acordo formalizado, foram utilizados 1.907 voos no transporte de algum tipo de material biológico ou equipe médica para transplante no Brasil. Em 2013 foram 6.064 voos, mais que o triplo. Em 2014, 5.061 voos transportaram órgãos e equipes de saúde. Nesse período foi registrada queda no número de voos pela otimização da utilização da malha aérea e do fluxo de distribuição. Ou seja, a rede transportou mais itens com menos voos, resultado de processos logísticos mais apurados. Até outubro deste ano já foram contabilizados 3.317 voos.

Doação de órgãos Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.

Saiba mais na matéria do Blog da Saúde.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

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