quarta-feira, 13 de abril de 2011
Álcool mata mais que Aids, violência e tuberculose Alcohol kills more than AIDS, tuberculosis and violence
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que 4% de todas as mortes do mundo estão ligadas ao consumo de álcool. A porcentagem é maior do que as mortes causadas por Aids, violência e tuberculose. No total, são 2,5 milhões de mortes causadas pela bebida por ano.
Na faixa de 25 a 39 anos, 320 mil pessoas morrem em decorrência do uso de bebida, somando 9% das mortes neste grupo. O consumo excessivo de álcool está ligado ao desenvolvimento de problemas psiquiátricos, doenças como epilepsia, problemas cardiovasculares, cirrose hepática e vários tipos de câncer.
Maconha aumenta risco de psicose Marijuana increases risk of psychosis
Uma pesquisa feita pela Universidade de Maastricht, na Holanda, mostrou que usuários de maconha na adolescência e no início da vida adulta têm mais chances de apresentar sintomas de psicose. Foram acompanhadas 1.923 pessoas de 14 a 24 anos num período de 10 anos. Apesar de outros estudos já terem correlacionado a maconha com distúrbios psicóticos, não se sabia exatamente se a droga desencadeava os sintomas ou se as pessoas com traços psicóticos é que eram mais predispostas a usar maconha. O novo estudo mostra que a primeira possibilidade é mais provável.
Os participantes que apresentavam quadro anterior de psicose foram excluídos do estudo. Os que já fumavam maconha no começo da pesquisa mostraram um risco maior de ter sintomas psicóticos persistentes. O risco se mostrou aumentado mesmo com a análise de outros fatores, como situação sócio-econômica, uso de outras drogas e outras condições psiquiátricas.
Para ler mais sobre a pesquisa acesse
Progesterona faz espermatozóide seguir óvulo Progesterone makes follow sperm egg
Um estudo feito na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e outro do Centro Europeu de Pesquisa e Estudos Avançados mostraram que a progesterona, um dos principais hormônios femininos, é o responsável por fazer o espermatozóide chegar até o óvulo.
A progesterona é secretada por células que circundam o óvulo. Os espermatozóides têm receptores para o hormônio, que fazem com que a célula se dirija até o local onde está o óvulo. O estudo abre portas para o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino – que bloquearia os receptores de progesterona nos espermatozóides, atrapalhando o caminho até a fecundação.
A progesterona é secretada por células que circundam o óvulo. Os espermatozóides têm receptores para o hormônio, que fazem com que a célula se dirija até o local onde está o óvulo. O estudo abre portas para o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino – que bloquearia os receptores de progesterona nos espermatozóides, atrapalhando o caminho até a fecundação.
Para ler mais sobre o estudo acesse:
O preço da cabeleira The price of the wig
Um estudo sugere que o principal remédio contra a calvície causa problemas sexuais duradouros
One study suggests that the main remedy against baldness cause sexual problems lasting
Um estudo divulgado na semana passada causou burburinho entre os homens por envolver duas de suas maiores preocupações: a calvície e a impotência. O endocrinologista Michael S. Irwig, da Universidade George Washington, investigou os efeitos da droga finasterida (a mais usada no combate à perda de cabelo) sobre a vida sexual. Irwig entrevistou 71 homens (entre 21 e 46 anos) que tomavam o remédio e relataram dificuldades sexuais. Nesse grupo específico, 94% tiveram redução da libido, 92% sofreram disfunção erétil e 69% apresentaram dificuldades de atingir o orgasmo. Os problemas – e essa é a grande novidade, em relação ao que se sabia do produto – persistiram em média 40 meses depois da interrupção do tratamento. “Um em cada cinco homens relatou dificuldades até cinco anos depois de parar de tomar o remédio”, disse Irwig a ÉPOCA. Seu artigo foi publicado no Journal of Sexual Medicine.
No Brasil, mais de 20 produtos contêm a substância finasterida. O mais conhecido é o Propecia, da Merck Sharp & Dohme. A bula informa que a droga pode provocar problemas sexuais, mas que eles são revertidos em, no máximo, três meses após a interrupção do tratamento. A pesquisa de Irwig é a primeira a mostrar que os efeitos indesejados podem durar muito mais tempo. Nenhum representante da Merck Sharp & Dohme falou sobre o assunto. A empresa tampouco informa quantas unidades do medicamento são vendidas no Brasil. Em nota, afirma que em estudos realizados com 3.200 pacientes, apenas 1,8% sofreu efeitos colaterais como diminuição da libido, disfunção erétil e redução do volume ejaculatório. Segundo a empresa, esses efeitos foram revertidos em poucas semanas ou, no máximo, em um trimestre.
O estudo de Irwig tem limitações. A principal delas é ter sido realizado apenas por meio de entrevistas telefônicas, sem avaliações clínicas ou análises laboratoriais. O endocrinologista diz que decidiu investigar o remédio depois de receber queixas de pacientes e de conhecer o site propeciahelp.com, que reúne homens que atribuem seus problemas sexuais ao uso da finasterida. Sua amostragem, portanto, contém apenas homens que tiveram problemas com a droga – uma fração do universo total dos que tomam o remédio.
“Não podemos encarar esse estudo como se ele fosse uma verdade absoluta”, diz Francisco Le Voci, membro do departamento de cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia.“Tratei cerca de 5 mil pacientes com esse remédio. Uns 2% reclamaram de redução de libido, mas o problema sempre foi transitório”, afirma. O trabalho de Irwig tem o mérito de chamar a atenção para um tema que merece ser investigado. No Reino Unido e na Suécia, as agências regulatórias informam os pacientes de que houve relatos de disfunção erétil persistente mesmo depois da interrupção do tratamento. Mesmo que o problema tenha ocorrido em poucos pacientes, informação nunca é demais.
Eles podem reduzir seus pneuzinhos They can reduce your fats
Comer mirtilo pode ajudar a inibir o desenvolvimento de células de gordura
Eating blueberries may help inhibit the development of fat cells
Eating blueberries may help inhibit the development of fat cells
Os benefícios do consumo do mirtilo já foram demonstrados em diversos estudos científicos, sobretudo aqueles relacionados à proteção do coração, que derivam de seu altor teor de polifenóis. Por isso, a frutinha já mostrou efeitos positivos sobre quase tudo: do envelhecimento à síndrome metabólica. Recentemente, uma pesquisadora da Universidade da Mulher do Texas estudou se o mirtilo também pode ter um importante papel na redução de um dos maiores desafios do mundo na área da saúde: a obesidade. E ela provou que sim, quanto mais o consumo de mirtilo – e seus polifenóis –, maior a redução das células de gordura, ou seja, do tecido adiposo do corpo.
Shiwani Moge decidiu analisar se a fruta desempenharia alguma função na diferenciação de células adiposas – o processo em que células não especializadas adquirem recursos para se tornar adipócitos. Estes são células do tecido conjuntivo especializadas em sintetizar e armazenar gordura. Na literatura científica há muitos artigos que provam que polifenóis vegetais combatem a adipogênese, o desenvolvimento de células de gordura, e induzem a lipólise, a quebra de lipídios ou gordura.
Moghe apresentou sua pesquisa no encontro Experimental Biology 2011, da Sociedade Americana de Nutrição, no último domingo. "Eu queria ver se o uso dos polifenóis presentes no mirtilo poderia inibir a obesidade ainda na fase molecular", disse Moghe. O estudo foi realizado em culturas de tecidos retirados de ratos. Ao fim do experimento, o teor de lipídio do grupo controle era significativamente maior do que o do tecido que havia recebido três doses de polifenóis de mirtilo. O tecido que recebeu a maior dose da substância teve uma redução de 73% em lipídios. Já a menor dose resultou em uma redução de 27%. "Nós ainda precisamos testar essa dose em humanos, para ter certeza de que não há efeitos colaterais e de que ela é efetiva. Determinar a melhor dose para humanos será importante agora", diz Moghe.
Dono de laboratório farmacêutico é preso em Belo Horizonte Owner of pharmaceutical company is stuck in Belo Horizonte
BELO HORIZONTE - O dono do laboratório Hipolabor, Ildeo de Oliveira Magalhães, e o químico da empresa, Renato Alves da Silva, foram presos nesta terça-feira em Belo Horizonte. O laboratório e o empresário são acusados de sonegação fiscal, suspeita de fraude em licitações públicas, adulteração de medicamentos, sonegação fiscal e formação de cartel. Magalhães estava em sua cobertura triplex de 800 metros quadrados, localizado em um bairro de luxo na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Pelo menos duas pessoas teriam morrido depois de ingerir medicamentos produzidos pela empresa, outras quatro tiveram sequelas.
Fleury inaugura centro de diagnóstico materno-fetal
por Saúde Business Web
12/04/2011
Gestar Fleury oferece mix de exames disponíveis no mesmo local, assessoria médica, laudo integrado e apoio psicológico
O grupo Fleury inaugurou nesta terça-feira (12) um centro integrado e especializado no diagnóstico em medicina materno-fetal, batizado de Gestar Fleury. O empreendimento fica na unidade Paraíso do Fleury Medicina e Saúde.
Continue lendo: http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=77354
Colaboração é o fator-chave para profissionais de TI Collaboration is the key factor for IT professionals
por Saúde Business Web
12/04/2011
Tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente é um dos maiores desafios da área de tecnologia, sedundo pesquisa Avaya
Melhorar os cuidados com o paciente e a satisfação através de soluções de colaboração - o que inclui comunicações móveis, alcance automatizado e tecnologias para definição de processos de trabalho - são os pontos chave da saúde para a maioria dos profissionais de tecnologia do setor. A constatação é da pesquisa pesquisa "Healthcare Technology Outlook", da Avaya, realizada em fevereiro, durante a Conferência 2011 HIMSS.
por Saúde Business Web
12/04/2011
Tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente é um dos maiores desafios da área de tecnologia, sedundo pesquisa Avaya
Melhorar os cuidados com o paciente e a satisfação através de soluções de colaboração - o que inclui comunicações móveis, alcance automatizado e tecnologias para definição de processos de trabalho - são os pontos chave da saúde para a maioria dos profissionais de tecnologia do setor. A constatação é da pesquisa pesquisa "Healthcare Technology Outlook", da Avaya, realizada em fevereiro, durante a Conferência 2011 HIMSS.
Quer ficar por dentro sobre tudo o que acontece no setor de saúde? Assine gratuitamente a nossa newsletter diária e receba os destaques em sua caixa de e-mail.
Quando perguntados, "Quais são os resultados que você espera obter com seus investimentos em tecnologia? "a maioria (74%) citou "melhoria no atendimento e resposta aos pacientes". E, na sequencia, foi perguntado o que eles consideravam ser o maior valor das comunicações móveis, e, a maioria escolheu: "melhorar a assistência ao paciente, melhorando o tempo de resposta (67%)."
Foco nas pessoas
Quando se fala dos obstáculos da indústria de saúde à prestação de melhor atendimento ao paciente, constata-se que a primeira preocupação se volta às questões de gestão de pessoas. Questionados sobre os principais desafios que enfrentam, a resposta mais mencionada, com mais de 32%, refere-se ao "tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente", seguido por "falta de comunicação entre as equipes", e "falta de processos no fluxo de atendimento aos pacientes".
"Com os resultados da pesquisa, vemos que o maior problema para profissionais de saúde é o tempo gasto longe dos pacientes, o que tem grande impacto sobre o atendimento e a eficiência", disse, em comunicado, o líder da prática de saúde da Avaya, Bruce Wallace. De acordo com ele, para enfrentar tais desafios, os profissionais do setor estão buscando soluções de colaboração mais rápidas e produtivas.
A pesquisa também revelou que os questionados acreditam que comunicações por vídeo na indústria de saúde podem ter o impacto mais significativo em áreas importantes como consultas médicas e telemedicina - ambos empataram em primeiro lugar em termos de impacto percebido. Segundo Wallace, a utilização de soluções de vídeo traz uma nova dimensão para o setor de saúde, onde um único médico ou um grupo de médicos pode monitorar seus pacientes em tempo real e compartilhar documentos e imagens, aumentando assim a velocidade do processo.
Pensando no futuro, os profissionais de TI da área de saúde responderam sobre os principais problemas que seus hospitais e clínicas enfrentam e que seriam importante resolver nos próximos três anos, "comunicação e integração do fluxo do trabalho no sistema de informação sobre saúde (por sua sigla em Inglês, Healthcare Information Systems - HIS) foi destacado como o item mais importante, com 95% de respostas classificadas como extremamente importante ou muito importante, seguidos de acompanhamento automatizado dos pacientes e colaboração multi-modal.
http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=77345
12/04/2011
Tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente é um dos maiores desafios da área de tecnologia, sedundo pesquisa Avaya
Melhorar os cuidados com o paciente e a satisfação através de soluções de colaboração - o que inclui comunicações móveis, alcance automatizado e tecnologias para definição de processos de trabalho - são os pontos chave da saúde para a maioria dos profissionais de tecnologia do setor. A constatação é da pesquisa pesquisa "Healthcare Technology Outlook", da Avaya, realizada em fevereiro, durante a Conferência 2011 HIMSS.
por Saúde Business Web
12/04/2011
Tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente é um dos maiores desafios da área de tecnologia, sedundo pesquisa Avaya
Melhorar os cuidados com o paciente e a satisfação através de soluções de colaboração - o que inclui comunicações móveis, alcance automatizado e tecnologias para definição de processos de trabalho - são os pontos chave da saúde para a maioria dos profissionais de tecnologia do setor. A constatação é da pesquisa pesquisa "Healthcare Technology Outlook", da Avaya, realizada em fevereiro, durante a Conferência 2011 HIMSS.
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Quando perguntados, "Quais são os resultados que você espera obter com seus investimentos em tecnologia? "a maioria (74%) citou "melhoria no atendimento e resposta aos pacientes". E, na sequencia, foi perguntado o que eles consideravam ser o maior valor das comunicações móveis, e, a maioria escolheu: "melhorar a assistência ao paciente, melhorando o tempo de resposta (67%)."
Foco nas pessoas
Quando se fala dos obstáculos da indústria de saúde à prestação de melhor atendimento ao paciente, constata-se que a primeira preocupação se volta às questões de gestão de pessoas. Questionados sobre os principais desafios que enfrentam, a resposta mais mencionada, com mais de 32%, refere-se ao "tempo gasto com questões não relacionadas aos cuidados do paciente", seguido por "falta de comunicação entre as equipes", e "falta de processos no fluxo de atendimento aos pacientes".
"Com os resultados da pesquisa, vemos que o maior problema para profissionais de saúde é o tempo gasto longe dos pacientes, o que tem grande impacto sobre o atendimento e a eficiência", disse, em comunicado, o líder da prática de saúde da Avaya, Bruce Wallace. De acordo com ele, para enfrentar tais desafios, os profissionais do setor estão buscando soluções de colaboração mais rápidas e produtivas.
A pesquisa também revelou que os questionados acreditam que comunicações por vídeo na indústria de saúde podem ter o impacto mais significativo em áreas importantes como consultas médicas e telemedicina - ambos empataram em primeiro lugar em termos de impacto percebido. Segundo Wallace, a utilização de soluções de vídeo traz uma nova dimensão para o setor de saúde, onde um único médico ou um grupo de médicos pode monitorar seus pacientes em tempo real e compartilhar documentos e imagens, aumentando assim a velocidade do processo.
Pensando no futuro, os profissionais de TI da área de saúde responderam sobre os principais problemas que seus hospitais e clínicas enfrentam e que seriam importante resolver nos próximos três anos, "comunicação e integração do fluxo do trabalho no sistema de informação sobre saúde (por sua sigla em Inglês, Healthcare Information Systems - HIS) foi destacado como o item mais importante, com 95% de respostas classificadas como extremamente importante ou muito importante, seguidos de acompanhamento automatizado dos pacientes e colaboração multi-modal.
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Movimento médico se prepara para novos desdobramentos Movement doctor prepares for new developments in Brazil
por CFM
12/04/2011
Tibiriçá propôs visitas aos hospitais públicos para constatar a situação da oferta da assistência sob a ótica dos direitos humanos
"Atingimos nosso objetivo com o protesto de 7 de abril. O alerta foi dado às operadoras de planos de saúde e à sociedade com relação aos problemas percebidos pela categoria médica. De agora em diante, esperamos que seja feita uma negociação real pelas empresas para acabar com a defasagem dos honorários e a interferência na autonomia dos profissionais". Essa foi a avaliação do coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Aloísio Tibiriçá Miranda, sobre o dia de mobilização dos médicos contra os planos de saúde.
Ele acompanhou a movimentação nos estados a partir de Brasília e recebeu, ao longo do dia, informes de várias entidades regionais. "Houve grande adesão em todos os estados. Recebemos relatos de que quantidade significativa de médicos participou do protesto e suspendeu suas atividades. No entanto, sem causar prejuízos para o usuário dos planos de saúde", lembrou o coordenador, que também é vice-presidente do CFM. De acordo com Tibiriçá, os procedimentos desmarcados serão reagendados e os casos de urgência e emergência foram atendidos.
Em 30 dias os líderes do movimento de 7 de abril se reunirão para reavaliar o andamento das negociações com os representantes dos planos de saúde. Este trabalho será conduzido pelas entidades médicas em nível regional. Paralelamente, algumas outras iniciativas acontecerão na esfera política. Já está prevista a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o tema e encontrar uma solução. Contudo, os parlamentares responsáveis pela solicitação não descartam o pedido de abertura de CPI para apurar supostas irregularidades na saúde suplementar.
No Senado - Pela manhã, a Paralisação dos Médicos chegou também ao Congresso Nacional. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal promoveram audiência pública especial em torno das reivindicações dos médicos. Sensibilizado pelo apelo dos profissionais, o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do grupo, anunciou a criação de uma subcomissão de saúde dentro da Comissão. "Esta mobilização dos médicos é um grito do povo brasileiro em relação à saúde", ressaltou o parlamentar.
O coordenador do movimento, Aloísio Tibiriçá Miranda, que participou da audiência, propôs aos senadores a montagem de uma agenda comum, inclusive com visitas aos hospitais públicos para constatar a situação da oferta da assistência sob a ótica dos direitos humanos. Paulo Paim transformou o pedido em ato normativo diante do 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes, e do conselheiro suplente de Alagoas, Alceu Pimentel, que também compareceram no Senado.
Durante a audiência, o senador Paulo Davim (PV-RN) defendeu a paralisação dos médicos por acreditar que o trabalho com a vida é um "direito sacrossanto". Por outro lado, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) enfatizou que o Congresso Nacional já tem o diagnóstico da calamidade da saúde só falta ação. "É um sistema perverso que maltrata o médico".
Outro parlamentar que saiu em defesa da causa médica foi o sergipano Eduardo Amorim (PSC-SE). Para ele é uma perversidade que os planos de saúde sejam reajustados regularmente sem que os valores pagos aos médicos também o sejam. "Os médicos ainda recebem por uma tabela da década de 90 e muitos convênios se aproveitam disso. Assistimos o reajuste ser somente para o usuário. É justa a reivindicação da categoria médica", apontou.
Como proteção de dados pessoais pode prejudicar a saúde How personal data protection can damage your health
por *Milva Gois
12/04/2011
"Se o PL de proteção de dados pessoais for aprovado, a manutenção dos programas de promoção e prevenção de doenças será invibializado"
Durante anos desenvolveu-se a imagem de vilão dos planos de saúde: empresas que pretendiam ganhar dinheiro com as mensalidades que cobravam sem oferecer muita coisa em troca. Estimulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e buscando melhorar o atendimento, os planos passaram a desenvolver programas de promoção de saúde e prevenção de doenças, contribuindo para a mudança do modelo assistencial vigente no sistema de saúde e para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, visto que grande parte das doenças é passível de prevenção.
Além disso, ao adotar programa de promoção de saúde e prevenção de doenças, os planos reduzem o seu custo e melhoram a qualidade assistencial e a satisfação do beneficiário.
Mas para oferecer uma solução sob medida para a necessidade do beneficiário é preciso estudar a carteira de usuários e identificar os grupos de risco. Na maioria dos casos este trabalho é realizado por uma empresa de gestão da saúde especialmente contratada pela operadora ou pela empresa empregadora do beneficiário para este fim.
Inobstante a mudança de foco do plano de saúde e a efetiva melhora na qualidade assistencial oferecida, observo que os beneficiários permanecem desconfiados e suspeitam que toda informação acessada pelo plano de saúde será utilizada contra ele.
A exagerada desconfiança por parte dos beneficiários me remete ao Projeto de Lei proposto pelo Ministério da Justiça que tem como objetivo criar uma legislação de proteção de dados pessoais no Brasil.
De acordo com a proposta em debate, os dados pessoais só poderão ser utilizados mediante o consentimento prévio e expresso do titular para a finalidade específica para a qual foram coletados. As informações não poderão ser comercializadas e divulgadas a terceiros, sem que o portador dos dados aceite.
A regulamentação deste tema é de grande importância neste momento em que milhares de consumidores acessam gradativamente a Internet e disponibilizam seus dados pessoais para participar de diversas plataformas virtuais. No entanto, para a implantação de um efetivo programa de gestão da saúde se faz necessária a análise de banco de dados, composto por dados sensíveis fornecidos aos planos por seus usuários. Atividade que com a aprovação do projeto não será mais possível realizar.
Considero necessária a existência de legislação específica que proteja o tratamento e divulgação de dados pessoais, mas, se este projeto de lei for aprovado na íntegra, inviabilizará a manutenção dos programas de promoção de saúde e prevenção de doenças que contribuem com a necessária mudança do modelo assistencial vigente no sistema de saúde brasileiro, mudança esta fortemente defendida pela ANS.
Com certeza, vale a reflexão e o debate, para que se façam as alterações necessárias capazes de evitar que este Projeto de Lei engesse o segmento da saúde.
*Milva Gois é advogada e Relações Institucionais da AxisMed
Hospital Paulistano trabalha em projeto de expansão de serviços e estrutura
por Saúde Business Web
12/04/2011
Com a construção de mais um prédio, instituição deseja criar um Complexo Hospitalar
O Hospital Paulistano, localizado na região da Bela Vista, está trabalhando em um projeto de expansão de sua estrutura e serviços. A concepção tem como objetivo construir mais um prédio no mesmo terreno onde o hospital está localizado. Pois, no futuro, quando estiver finalizada, a construção será anexada às instalações já existentes e passará a integrar um Complexo Hospitalar.
Estima-se que a obra será entregue no final de 2012 e contará com um prédio de sete andares. Segundo Márrcio Arruda, diretor médico do Hospital Paulistano, o projeto prevê a criação de novos consultórios e áreas específicas para a realização de exames de ultrassom e Raio X no Pronto Socorro. Bem como a modernização dos setores de realização dos exames de tomografia e Ressonância Magnética
Além disso, acredita-se que o novo espaço terá uma área exclusiva para atender o público feminino, que contará com equipamentos para a realização de exames de densitometria óssea, mamografia e ultrassom. Os pacientes com câncer também serão beneficiados com a expansão da infraestrutura do Paulistano.
Essa não é a primeira iniciativa que o hospital realiza para o tratamento do câncer. A partir deste mês o local passa a contar com um equipamento chamado PET-CT, que ajuda a diagnosticar diversos tipos de câncer tumores e doenças neurológicas e cardíacas.
Segundo dados da instituição, com o crescimento do Complexo Hospitalar, as melhorias nos procedimentos atingirão 20%. Ao todo serão 220 leitos, distribuídos em 20 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 8 de Semi-Intensiva e 11 salas cirúrgicas.
Samcil fecha hospital Panamericano
por Saúde Business Web
12/04/2011
Motivo seria contenção de despesas
O Hospital Panamericano, localizado em São Paulo e pertencente à operadora de planos de saúde Samcil, foi fechado para contenção de despesas. As informações são do jornal Valor Ecnômico.
Atualmente, a empresa está sendo comandada, provisoriamente, por Luiz Roberto Horst, filho do fundador, Luiz Roberto Silveira Pinto, encontrado morto na semana passada em seu escritório.
Obesos que perdem peso melhoram a capacidade de memória e concentração Obese patients who lose weight improve memory and concentration
Pesquisa diz que a melhora das condições cardiovasculares se reflete no cérebro
Research says that the improvement in cardiovascular conditions is reflected in the brain
Research says that the improvement in cardiovascular conditions is reflected in the brain
Um estudo realizado nos Estados Unidos descobriu que perder peso ajuda a pessoa a melhorar sua capacidade de memória e concentração. A pesquisa será publicada na revista científica Cirurgia para Obesidade e Doenças Relacionadas.
De acordo com o principal autor do estudo, John Gunstad, professor de Psicologia da Universidade do Estado de Kent, ele resolveu fazer a pesquisa porque notou que seus pacientes- que estavam tentando perder peso – cometiam erros parecidos, relacionado à resolução de problemas.
Os pesquisadores avaliaram 150 pacientes, dos quais 109 passaram pela cirurgia bariátrica (de redução do estômago) e 41 eram voluntários obesos. Os participantes foram testados antes da cirurgia, 12 semanas após a cirurgia, um ano depois da operação e também no ano seguinte.
Os cientistas descobriram que os pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica melhoraram sua memória e concentração 12 semanas após a operação.
Gunstad não ficou surpreso com o resultado. Segundo ele, há diversas condições que acompanham a obesidade, como pressão alta, diabetes e apneia do sono, e que podem prejudicar a mente.
- Esses problemas danificam o cérebro, mas são reversíveis. Assim que eles vão embora, o funcionamento da memória melhora.
Para Gunstad, os resultados são animadores para os pacientes que têm problemas de memória e de concentração.
- Nós descobrimos que a cirurgia é algo que eles podem fazer para melhorar em um curto espaço de tempo.
O próximo projeto do grupo vai verificar se as pessoas que perderam peso com mudança de comportamento atingiram os mesmos efeitos dos pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica. Gunstad acredita que sim.
- O que nós sabemos é que, se a condição cardiovascular de uma pessoa melhora, a saúde de seu cérebro também aumenta.
Demora no atendimento é o principal problema do SUS, diz ministro da Saúde
Alexandre Padilha disse que reduzir esse tempo será prioridade em sua gestão
O tempo de espera para atendimento é o principal problema do SUS (Sistema Único de Saúde), disse nesta terça-feira (12) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Segundo Padilha, a demora para ser atendido é um dos grandes desafios da saúde pública e será prioridade de sua gestão. Ele lembrou que, anualmente, são feitas 3,5 bilhões de consultas e procedimentos ambulatoriais, além de 11 milhões de internações.
Ainda durante o debate na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o ministro voltou a afirmar que não houve desabastecimento de nenhum antirretroviral usado por pacientes com HIV/Aids entre fevereiro e março deste ano.
Ele ressaltou que todos os estoques dos medicamentos que apresentaram problemas já foram normalizados. Segundo Padilha, o ministério estuda o envio de um comunicado para tranquilizar as pessoas em tratamento.
Dengue tipo 4 já infectou dez pessoas em São Paulo Dengue type 4 has infected ten people in Sao Paulo
Todos os casos são na região de São José do Rio Preto
Ao menos dez pessoas já foram infectadas pelo tipo 4 da dengue em São Paulo. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, todos os casos são da região de São José do Rio Preto, a 441 km da capital.
A secretaria não indicou em quais cidades da região foram registrados cada caso da doença. Também não informou o estado de saúde dos dez pacientes que contraíram essa variação da dengue.
Esse tipo de vírus não circulava no Brasil há 28 anos, mas voltou ao país em agosto de 2010. Desde então, oito Estados já registraram o vírus. Além de São Paulo, os outros são: Roraima, Amazonas, Pará, Piauí, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.
O subtipo 4 da dengue atua como os demais em circulação (1,2 e 3 ) e apresenta também os mesmos sintomas – dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. A forma de tratamento também é a mesma: repouso e hidratação.
Apesar de não ser mais perigoso que os demais, o tipo 4 preocupa as autoridades de saúde porque boa parte da população brasileira, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.
A Secretaria de Saúde ainda está fazendo o trabalho de investigação para saber se há mais infectados e também para descobrir se essas pessoas viajaram e foram picadas pelo mosquito em outra região.
Governo de SP oferece treinamento profissional para portadores de HIV Government of São Paulo offers professional training for HIV
Além dos cursos, algumas pessoas já foram para universidades
Portadores do HIV e familiares estão fazendo desde o início do ano aulas como cursos de informática, culinária, hotelaria, estética, jardinagem e idiomas. A iniciativa faz parte d eum projeto de capacitação profissional da Secretaria Estadual de Saúde de SP.
Os encontros são todas as segundas e quintas-feiras, das 13h às 15h, quando os assistentes sociais do CRT Aids (Centro de Referência e Treinamento em DST) fazem os encaminhamentos de acordo com o perfil do interessado.
O serviço social e os cursos gratuitos são disponibilizados para pacientes e familiares de portadores de HIV/Aids, além de pessoas em situação de rua, sempre acompanhados em ambos os locais.
Os encaminhamentos para os cursos são realizados respeitando a situação, perfil e momento de vida do paciente. O projeto é oferecido em parceria com a “Casa de Serviço”, entidade filantrópica que assiste a pessoas em situação de alta vulnerabilidade social.
Luiza Cerqueira, assistente social do CRT, ressalta que a iniciativa é a ampliação de um trabalho individual iniciado durante atendimento no ambulatório do Centro.
- Alguns pacientes que já foram encaminhados para cursos profissionalizantes, hoje se encontram empregados.
Além dos cursos profissionalizantes, alguns casos ingressaram em universidades, após orientação e encaminhamento social.
Município do Rio registra mais de mil novos casos de dengue em 24 horas
Zona oeste concentra o maior número de vítimas do mosquito Aedes aegypti
O município do Rio de Janeiro registrou mais de mil novos casos de dengue em 24 horas. Segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, o número de vítimas passou de 19.603 na segunda-feira (11) para 20.744 nesta terça-feira (12).
A zona oeste é a área que concentra maior número de infectados. Só em Santa Cruz, 1.464 pessoas foram vítimas do mosquito Aedes aegypti. Até segunda-feira, eram 1.352. Em Campo Grande, mais de 60 pessoas contraíram a doença de segunda para terça. Em Bangu, o número aumentou de 768 para 777; e em Realengo, de 791 para 754.
A zona oeste é a área que concentra maior número de infectados. Só em Santa Cruz, 1.464 pessoas foram vítimas do mosquito Aedes aegypti. Até segunda-feira, eram 1.352. Em Campo Grande, mais de 60 pessoas contraíram a doença de segunda para terça. Em Bangu, o número aumentou de 768 para 777; e em Realengo, de 791 para 754.
Outra área que registra grande número de infectados é a Rocinha, em São Conrado, na zona sul. Na comunidade, há 698 moradores com dengue.
Nesta terça-feira, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde encontraram focos do mosquito Aedes aegypti em uma casa abandonada no Méier, na zona norte. Funcionários começaram a entrar pela primeira vez em imóveis fechados, após aprovação do decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza os agentes de vigilância em saúde a vistoriar os locais sem a presença do proprietário.
Eles vão inspecionar ainda dois imóveis, em Inhaúma e no Engenho de Dentro, também na zona norte, cujos responsáveis não responderam às notificações feitas após as tentativas de visita.
Desde janeiro, os agentes tentam entrar nos imóveis, sem sucesso. O uso do decreto reforça a postura da prefeitura de combater, preventivamente, situações que representam risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue.
A ação conta com apoio da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal, e com a presença do secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann.
Nesta terça-feira, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde encontraram focos do mosquito Aedes aegypti em uma casa abandonada no Méier, na zona norte. Funcionários começaram a entrar pela primeira vez em imóveis fechados, após aprovação do decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza os agentes de vigilância em saúde a vistoriar os locais sem a presença do proprietário.
Eles vão inspecionar ainda dois imóveis, em Inhaúma e no Engenho de Dentro, também na zona norte, cujos responsáveis não responderam às notificações feitas após as tentativas de visita.
Desde janeiro, os agentes tentam entrar nos imóveis, sem sucesso. O uso do decreto reforça a postura da prefeitura de combater, preventivamente, situações que representam risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue.
A ação conta com apoio da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal, e com a presença do secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann.
Garoto de dez anos morre de meningite no interior de SP
A cidade já tem duas mortes confirmadas e uma terceira em investigação
Um menino de dez anos morreu na última sexta-feira (8) em Barretos, no interior de São Paulo, vítima de meningite tipo B. Essa é a segunda morte confirmada na cidade neste ano. O garoto, que começou a apresentar os sintomas da doença no dia 5, estava internado em um hospital da cidade.
O primeiro caso da doença foi constatado no dia 4 de março, quando uma criança de um ano foi hospitalizada. Dois dias depois, a paciente morreu.
Uma terceira morte está sendo investigada. Neste mês, uma criança de três anos morreu no dia 3 com suspeita de meningite. A Secretaria Municipal de Saúde disse que aguarda o resultado de exames que confirmem a causa da morte. O irmão desse paciente, de um ano de idade, também contraiu a doença e está hospitalizado. Ambos são parentes do garoto que morreu na sexta-feira.
A secretaria afirmou que 49 pessoas que conviviam com as crianças já passaram por tratamento preventivo.
Planos de saúde ganham 3,6 milhões de clientes
Marcos Burghi
A coordenadora de vendas Anne Cardon, de 26 anos, tem plano de saúde desde abril de 2010. Ela obteve pela primeira vez o benefício após ser contratada por uma escola de inglês. “Antes de conseguir o emprego estava pesquisando preços de planos individuais, mas só encontrei alternativas caras em relação a meu orçamento”, afirma.
Anne conta que, na empresa, tem parte do valor do plano descontado do salário. “São cerca de R$ 105 todo o mês, a metade do que eu pagaria nos planos individuais dos quais eu havia feito cotação há um ano”, observa.
A jovem trabalhadora está entre os 3,6 milhões de brasileiros que ingressaram no sistema privado de saúde em 2010 como resultado do bom momento econômico vivido pelo País, que levou ao aumento do número de postos de trabalho formais e, como consequência, a um maior número de pessoas que podem usufruir dos serviços dos planos de saúde.
No ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o sistema atingiu a marca de 45,6 milhões de vidas, um aumento próximo dos 9% em relação ao total registrado em 2009, de 41,9 milhões de vidas. O crescimento é o maior registrado entre um ano e outro desde 2000, quando as informações começaram a ser contabilizadas.
Luiz Tadeu Lopes, sócio-diretor da Torres Benefícios, consultoria de benefícios e gestão empresarial, avalia que o aumento do número de beneficiários é consequência direta do crescimento econômico. Ele lembra que quase 60% dos beneficiários estão vinculados a planos coletivos empresariais, ou seja, o serviço depende de vínculo empregatício.
Lopes acrescenta, ainda, que o crescimento do número de participantes dos planos coincide com o pico histórico da geração de postos de trabalhos formais no País. Em 2010, apontam números do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados 2,5 milhões de novas vagas com carteira assinada, maior volume em cinco anos.
O consultor não acredita em problemas de atendimento ao aumento da demanda. “As empresas têm investido a fim de dar conta deste crescimento”, afirma.
Segundo a ANS, o número de pontos de atendimento dos planos privados de saúde — contando consultórios, hospitais e pontos para exames clínicos — cresceu 12,47%, de 88,2 mil unidades em 2009 para 99,2 mil em 2010.
O consultor Pedro Fazio, especialista no mercado de saúde suplementar, explica que em função da recuperação econômica pós-crise internacional de 2008, boa parte da elevação dos planos coletivos empresariais se relaciona ao segmento de micros e pequenas empresas.
O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) Arlindo Almeida, afirma que o bom momento do mercado de trabalho elevou o número de planos coletivos empresariais e as operadoras trabalham para dar conta da demanda.
Greve
Quanto ao protesto dos médicos credenciados pelos planos, que há uma semana cruzaram os braços em protesto contra o baixo valor pago pela consulta, Almeida classifica como falta de compreensão sobre o funcionamento do sistema.
“Sabemos que os valores pagos são baixos, mas os custos do setor são altos, principalmente porque é preciso acompanhar a evolução tecnológica”, diz. Segundo ele, os honorários dos médicos variam entre planos, mas a média é de R$ 40 por consulta.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras privadas de assistência à saúde, diz que “suas afiliadas buscam adequar a sua rede de prestadores de serviços própria ou credenciada às necessidades de atendimento e não vem observando estrangulamentos ou perspectivas de colapso do sistema”.
Brasil já tem taxa de natalidade igual à de países desenvolvidos Brazil already has a birth rate equal to that of developed countries
Mulheres brasileiras têm, em média, 1,8 filho; o índice entre as que moram em nações ricas é de 1,7
Brazilian women have, on average, 1.8 children; index between those who live in wealthy nations is 1.7
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
CORRESPONDENTE / GENEBRA
A taxa de natalidade do Brasil já é semelhante à dos países mais ricos do mundo. A informação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que alerta para um rápido envelhecimento da população brasileira e consequências diretas para o financiamento de aposentadoria.
De acordo com a OCDE, cada mulher brasileira tem, em média, 1,8 filho. Entre as moradoras das nações mais ricas do mundo, a taxa de natalidade é, em média, de 1,74.
Entre os maiores países emergentes, apenas a China tem uma taxa inferior à do Brasil - 1,5 -, e isso graças a um controle de natalidade rígido imposto pelo governo. Na comparação com outros emergentes, o cenário brasileiro é radicalmente diferente. Na Índia, por exemplo, são 2,7 filhos por mulher.
Impacto. A redução do número de filhos terá impacto econômico para a União. Segundo a OCDE, a consequência será o envelhecimento da sociedade e a necessidade de garantir uma maior participação da população ativa no pagamento de impostos para assegurar as aposentadorias.
As prioridades de gastos públicos também terão de ser revistas. "No médio prazo, haverá uma pressão menor para destinar recursos para crianças e maior para os gastos com pensões e saúde, já que uma população mais velha exige também um serviço de saúde maior", diz Simon Chapple, da divisão de políticas sociais da OCDE.
Cirurgia bariátrica polêmica ganha apoio Bariatric surgery controversy gains support
Câmara técnica do CFM aprova, em votação esvaziada, técnicas ainda experimentais; médicos denunciam manobra
Karina Toledo - O Estado de S.Paulo
A Câmara Técnica Sobre Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou, no fim de março, a regulamentação de duas cirurgias consideradas experimentais por especialistas de todo o mundo. Uma delas é a gastrectomia vertical com interposição ileal, conhecida como cirurgia do Faustão depois que o apresentador Fausto Silva revelou ter se submetido ao procedimento.
Para ter validade, a decisão precisa ser referendada pelo plenário do CFM. Médicos que compõem a câmara técnica afirmaram ao Estado que o tema foi incluído na pauta da reunião que deve ocorrer nesta semana.
Ontem, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica divulgou carta de repúdio à "falta de transparência no processo de aprovação das novas técnicas". Segundo o texto, no dia da reunião, sete dos nove membros que compõem a câmara técnica estavam nos Estados Unidos, participando Congresso de Intervenção para Terapia do Diabetes Tipo 2. "Não existem ainda na literatura médica estudos clínicos em número suficiente para que seja possível aplicar tais técnicas com a devida segurança", diz a carta.
O médico Orlando Pereira Faria, que é membro da câmara técnica e pertence ao grupo excluído da reunião, diz que a decisão causou um sentimento de revolta no meio médico. "Estão querendo aprovar as técnicas de maneira rápida e com interesses que não são o bem-estar da sociedade."
A interposição ileal está proibida desde o ano passado por liminar da Justiça. O médico que criou a técnica, Áureo Ludovico de Paula, está sendo processado por ter operado diversos pacientes sem protocolo de pesquisa e por ter cobrado pelo procedimento. A outra técnica aprovada foi a bipartição gástrica, criada pelo médico Sérgio Santoro.
Procurado, o CFM negou por meio de sua assessoria a aprovação das técnicas. Depois voltou atrás, quando o Estado revelou ter a ata da reunião. Em nota, o órgão afirmou que "os encaminhamentos realizados no âmbito de suas comissões e câmaras técnicas não possuem caráter terminativo."
Hospitais não poderão cobrar taxa de quem acompanha parto Hospitals may not charge a fee to anyone following childbirth in Brazil
Lei estadual assegura a pai ou pessoa indicada por gestante direito de permanecer no centro [br]cirúrgico sem pagar nada
Karina Toledo - O Estado de S.Paulo
Lei publicada anteontem no Diário Oficial do Estado proíbe as maternidades particulares de cobrar taxas para permitir que o pai ou outro acompanhante escolhido pela gestante assistam ao parto no centro obstétrico.
De acordo com o texto, o veto se refere "aos valores cobrados a título de higienização, esterilização e demais procedimentos necessários para que a pessoa possa adentrar o centro obstétrico, independentemente da nomenclatura dada à cobrança".
A norma, no entanto, ainda precisa ser regulamentada pela Secretaria de Estado da Saúde, que deve determinar como será feita a fiscalização e qual será a punição para os hospitais que descumprirem a regra.
O direito a acompanhante durante o parto já era garantido por lei federal e estadual. Os textos, no entanto, não faziam menção à cobrança de taxas. Em 2008, uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que - no caso dos beneficiários de planos de saúde - as operadoras deveriam cobrir as despesas do acompanhante, ficando proibida qualquer cobrança aos usuários.
Irregular. Nem todas as maternidades, porém, cumprem a determinação. A advogada Andrea Proietti conta que deu à luz a filha Manuela em outubro de 2010, no Hospital São Luiz. O parto foi coberto por seu plano de saúde, mas, no momento da alta, veio uma cobrança de aproximadamente R$ 100 a título de "taxa de paramentação".
"Eu sabia que eles não podiam cobrar e já estava com o discurso pronto para não pagar. Mas naquela hora eu estava eufórica, só queria ir para casa. Meu marido acabou pagando", conta.
Procurado pela reportagem, o Hospital São Luiz afirmou, em nota, que a taxa de paramentação somente era cobrada quando não havia a cobertura pelo convênio da paciente. Disse ainda que observará a nova lei.
"A leis que existiam até agora davam margem a muitas interpretações. Muitos hospitais cobram taxas exorbitantes que, no fundo, têm o objetivo de coibir o direito da mulher de ter um acompanhante", afirma Deborah Delage, da Rede Parto do Princípio.
Segundo Deborah, diversos estudos mostram os benefícios do apoio à gestante no momento do parto. "Todos os indicadores melhoram. Diminuem as complicações pós-parto, as intervenções durante o parto e os índices de cesariana. Todos esses fatores influenciam para um desfecho melhor", afirma.
Sandra Zorveto, diretora do Departamento de Saúde da secretaria e do Hospital Maternidade Interlagos, concorda. "A experiência mostra que esse acolhimento diminui a sensação de dor e torna toda a experiência do parto menos traumática para a família", diz. Permitir o acompanhante, continua, não atrapalha a rotina hospitalar. "Mas muitos se aproveitam da situação para faturar."
Cifra
R$ 156,67
É o valor cobrado pelo Hospital São Luiz para custear a paramentação do acompanhante da gestante no centro obstétrico
Anvisa convocará FDA e agência europeia para debater emagrecedores Anvisa FDA and European agency will convene to discuss weight loss
Órgão quer realizar um painel científico com especialistas estrangeiros para discutir a retirada de quatro medicamentos usados no País contra obesidade; para médicos brasileiros, Anvisa trará pessoas que têm a mesma posição defendida pela agência
Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai realizar um painel científico com especialistas de fora do Brasil para discutir de maneira definitiva a proposta de retirar do mercado brasileiro os quatro medicamentos usados no tratamento da obesidade.
Os compostos que estão na berlinda são aqueles que atuam apenas no sistema nervoso central: a sibutramina e os derivados anfetamínicos femproporex, dietilpropiona e mazindol. O orlistate, que atua no intestino, permanece no mercado.
A agência vai financiar a vinda de especialistas de fora do País para debater o assunto. A ideia é trazer representantes da FDA (agência americana que regulamenta fármacos), da Emea (agência europeia), além do autor principal do estudo Scout - que foi o gatilho para a proibição da sibutramina na Europa.
Não é a primeira vez que a Anvisa financia a vinda de especialistas para discutir alguma proibição - a mesma medida foi tomada em 2009, quando representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) vieram falar sobre a proibição do uso de câmaras de bronzeamento.
"Vamos convidar as entidades médicas envolvidas, representantes da nossa Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) e o Ministério da Saúde, além de representantes de outros países. A Anvisa tem de assegurar que essas medicações são realmente eficazes e seguras. Não podem ficar dúvidas", disse Dirceu Barbano, diretor da agência.
A proposta foi discutida ontem durante reunião da Diretoria Colegiada da agência, após a Anvisa apresentar um novo relatório, elaborado pelo Núcleo de Vigilância em Efeitos Adversos (Nuvig) depois da audiência pública que abordou o tema.
O novo documento mantém a orientação anterior de banir as medicações do mercado. "O Nuvig e a Cateme não têm dúvidas. Após analisar os dados apresentados pelas entidades médicas nós mantivemos o parecer sugerindo a retirada desses medicamentos do mercado", afirmou Maria Eugênia Cury, do Nuvig.
Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), diz que realização do painel pode ser benéfica, mesmo acreditando que a Anvisa já tem opinião formada sobre o tema.
"O painel será a nossa última alternativa para tentar demonstrar os benefícios dos medicamentos. E é uma forma de a agência esgotar as possibilidades de debate", diz. "Os nossos argumentos são exatamente opostos aos deles. A diferença é que eles estão com a caneta", diz.
Para Amélio Godoi Matos, do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro, a realização do painel não deve mudar a decisão da agência. "Eles vão trazer pessoas para defender a ideia deles. No fundo, querem é dar suporte a uma decisão já tomada e alegar que foram democráticos", disse Matos. / COLABOROU LÍGIA FORMENTI
Obesidade avança no País
13%
dos adultos no Brasil são obesos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde feita em 2009. Em 2006, o índice era de 11,4%.
43%
dos adultos que residem nas 26 capitais e do Distrito Federal estão acima do peso, segundo o Ministério da Saúde
6.368.547
comprimidos de sibutramina e de derivados da anfetamina foram comercializados em todo o País em 2010
Troca de válvula feita por cateter reduz mortalidade Valve replacement performed with a catheter reduces mortality
Uma técnica que substitui uma válvula no coração por meio de cateter tem taxa menor de mortalidade do que a cirurgia aberta.
A conclusão é de um estudo com 699 pacientes, apresentado na semana passada no encontro do American College of Cardiology, nos EUA.
A substituição da válvula aórtica, que sofre degeneração com o tempo, em geral é feita em idosos, que correm maior risco em cirurgias complexas.
Para Alexandre Abizaid, do Instituto Dante Pazzanese, o estudo comprova a eficácia da técnica, usada no país há dois anos.
A pesquisa mostrou, porém, um risco maior de derrame entre os que se submeteram à técnica menos invasiva (5,1% para o stent, contra 2,4% de risco da cirurgia).
Doses altas de vitamina D evitam perda da visão High doses of vitamin D prevent vision loss
Consumir 18 microgramas de vitamina D por dia, por meio de alimentos ou suplementos, diminui em 60% o risco de degeneração macular. A doença, relacionada ao envelhecimento, é a principal causa de cegueira no mundo todo.
Um estudo feito na Universidade de Búfalo (EUA) avaliou os níveis de vitamina D no sangue de 1.313 mulheres de 50 a 79. Elas responderam questionários sobre hábitos alimentares e tempo de exposição ao sol.
Os pesquisadores concluíram que quanto menor o consumo da vitamina, maior a chance de desenvolver o problema. A deterioração progressiva da retina não tem cura.
RECOMENDAÇÕES
A atual recomendação diária de vitamina D para idosos é de 15 microgramas. Segundo os responsáveis pelo estudo, é possível chegar às 18 mcg por meio de alimentos como peixes, ovos, leite e laticínios.
A exposição ao sol também é importante para aumentar os níveis da vitamina no corpo. No entanto, a análise dos questionários sobre hábitos das participantes da pesquisa mostrou que a alimentação foi o fator que fez a diferença para aquelas mulheres.
Segundo a coordenadora do estudo, Amy Millen, o uso de suplementos só deve ser feitos sob orientação médica. O uso prolongado de doses muito altas da vitamina pode causar danos ao fígado, aos rins e aos ossos.
Brasil testa novo implante para desobstruir artéria do coração Brazil tests new implant to unclog heart artery
Daqui a duas semanas, terá início no Brasil e em mais 67 centros do mundo a maior pesquisa já feita sobre um novo dispositivo que desobstrui artérias do coração bloqueadas por gordura.
O modelo que será testado é feito de um material que é absorvido pelo corpo.
O implante, um stent, é uma espécie de mola colocada via cateter (sem cirurgia aberta) na artéria coronária, para abri-la e permitir o fluxo sanguíneo. A prótese é uma alternativa menos invasiva à ponte de safena.
Depois de seis meses, quando o dispositivo já cumpriu sua função, ele começa a ser absorvido pelo corpo, diferentemente dos similares metálicos, usados hoje.
Os stents de metal ficam no corpo depois de implantados, o que pode causar problemas em novas cirurgias cardíacas e prejudicar a contração e a dilatação dos vasos.
Eles também podem atrapalhar a visualização de artérias coronárias em exames de imagem e causar inflamações, como queloides.
Os dispositivos bioabsorvíveis, feitos de um tipo de polímero, já foram aprovados na Europa no começo deste ano, mas, segundo especialistas, ainda não começaram a ser usados na prática.
Cardiologistas brasileiros dizem que as pesquisas sobre o novo stent são pequenas e faltam dados sobre sua segurança e eficácia a longo prazo.
REVOLUÇÃO CARDÍACA
Agora, o novo estudo envolverá mil pacientes, sendo cerca de 50 brasileiros. Eles serão avaliados no Instituto Dante Pazzanese e no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e no Instituto do Coração do Triângulo Mineiro, em Uberlândia (MG).
"Se a pesquisa comprovar que ele pode substituir os stents metálicos, teremos a nova revolução da cirurgia cardíaca", diz Alexandre Abizaid, chefe da seção de intervenções em coronárias do Instituto Dante Pazzanese.
Abizaid é também um dos diretores do encontro de inovações na cardiologia intervencionista que acontecerá em São Paulo nesta semana. Várias palestras terão o stent bioabsorvível como tema.
Segundo Expedito Ribeiro, supervisor do serviço de hemodinâmica do InCor, a tecnologia é promissora, mas ainda não há dados conclusivos. "Questões como os efeitos da absorção do material na artéria não foram esclarecidas", afirma.
Para Marco Antônio Perin, chefe da cardiologia intervencionista do hospital Albert Einstein, o stent bioabsorvível só tem vantagens.
Ele afirma, porém, que é necessário ver seus efeitos a longo prazo. "Precisamos analisar se não criará uma reação inflamatória maior nas artérias."
Abizaid acredita que o dispositivo começará a ser usado comercialmente no Brasil daqui a um ano e meio.
Deficiência de hormônio contribui para ausência de menstruação v
Pesquisa comprova que níveis baixos de leptina provocam a cessação da menstruação em mulheres com pouca gordura no corpo
Research shows that low levels of leptin cause cessation of menstruation in women with low body fat
Research shows that low levels of leptin cause cessation of menstruation in women with low body fat
A deficiência de leptina contribui para a ausência de menstruação em mulheres com índices extremamente baixos de gordura corporal, mas uma forma sintética do hormônio pode normalizar tanto os ciclos menstruais quanto a fertilidade, é o que mostra um novo estudo americano.
Índices extremamente baixos de gordura corporal podem ocorrer em mulheres frequentemente ativas, como corredoras e dançarinas, e também naquelas que sofrem de distúrbios alimentares. Tais mulheres estão propensas a desenvolver amenorreia hipotalâmica, termo médico que define a ausência de menstruação, que pode levar à infertilidade e à osteoporose.
Pesquisas anteriores já haviam revelado que mulheres que sofrem deste problema apresentam níveis cronicamente baixos de leptina. O novo estudo, publicado no site da Proceedings of the National Academy of Sciences, é o primeiro a oferecer provas definitivas de que a carência de leptina contribui para a amenorreia.
Participaram do estudo randomizado duplo-cego um total de 20 mulheres, entre os 18 e os 35 anos de idade, todas elas com amenorréia hipotalâmica. Muitas das participantes eram corredoras.
Durante um período de 36 semanas, as mulheres receberam injeções diárias de metreleptina, uma forma sintética de leptina, ou placebo. O tipo de injeção recebido era desconhecido tanto para as participantes quanto para os pesquisadores.
No primeiro mês de tratamento, as mulheres sob uso da metroleptina apresentaram um aumento significativo nos índices de leptina.
“Sete em cada dez mulheres começaram a menstruar, enquanto que quatro em cada sete apresentaram ovulação”, disse o Christos Mantzoros, diretor da unidade de nutrição humana do Beth Israel Deaconess Medical Center e professor de medicina da Escola de Medicina da Harvard, que conduziu o estudo.
“Quando comparadas ao grupo placebo, as mulheres que receberam o tratamento à base de metreleptina também apresentaram melhoras no perfil hormonal e níveis mais altos de indicadores de novas formações ósseas”, ele complementou.
A leptina sintética usada no estudo, parcialmente financiado pelo Instituto Nacional das Doenças Renais e Digestivas dos Estados Unidos, foi fornecida pela empresa Amylin Pharmaceuticals.
Lombalgia e hérnia de disco atingem 90% das grávidas Low back pain and herniated disk reaches 90% of pregnant women
Problemas na coluna são comuns nessa fase, mas podem ser contornados
Back problems are common at this stage, but can be circumvented
Back problems are common at this stage, but can be circumvented
Durante os quatro primeiros meses de gravidez, as mudanças no corpo da gestante ainda são sutis.
Mas é a partir desse momento que a barriga passa a pesar, o tronco se inclina mais e a dor nas costas costuma aparecer e acompanhar 90% das futuras mamães.
O corpo da mulher se prepara para o desenvolvimento adequado da criança e produz um hormônio chamado relaxina, que provoca frouxidão nos ligamentos e músculos de todo o corpo, inclusive das costas.
Mais soltos sob o efeito dessa substância, as estruturas responsáveis pela sustentação da coluna tem de fazer um esforço redobrado para mante-la no lugar. O resultado: dores na região lombar. Outro fator prejudicial e inerente ao período é a mudança no centro de gravidade.
“Com o crescimento do bebê, a curvatura da coluna vai se acentuando e o centro de gravidade é alterado”, afirma Ricardo Nahas, ortopedista do Hospital Nove de Julho, de São Paulo.
A postura causa dor, que aparece primeiro como um incômodo no final do dia, uma sensação de peso na região. Com a evolução dos meses, a dor apresenta-se como pontadas até finalmente instalar-se e virar presença constante no período de descanso da gestante. O uso de saltos nessa fase também pode piorar o quadro. Sapatos altos costumam arquear a coluna, aumentando o arco com a gravidez.
Mulheres que trabalham muito tempo sentadas também têm mais tendência a apresentar dores nas costas. Ficar na mesma posição pressiona a região lombar, contribuindo para o aparecimento ou intensificando o problema.
A hora de dormir também exige cuidados. A mulher sente dificuldade para se acomodar na cama por conta da barriga e acaba torcendo a coluna. O ideal é colocar um travesseiro entre as pernas, os joelhos devem estar dobrados, e, se houver necessidade, uma pequena almofada próxima ao abdome.
Hérnia de disco
Embora seja incomum o aparecimento de hérnia de disco na gravidez, mulheres que já têm este problema devem se precaver antes mesmo do início da gestação. Entre os preparativos para uma possível gravidez devem estar inclusas sessões de fisioterapia e exercício físico diário.
“O recomendado é que haja o fortalecimento da musculatura das costas para manter o equilíbrio da coluna e não prejudicar ainda mais uma hérnia já existente”, recomenda João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião revisor científico da Spine, importante publicação do setor de Coluna.
A preparação da coluna antes da gestação, aliás, é a recomendação dos especialistas para aquelas que não quiserem sofrer com as lombalgias. Segundo eles, é possível evitar as dores nas costas e passar a gravidez tranquilamente. Para isso, é necessário a inclusão do exercício na rotina diária.
“Pode ser pilates, reeducação postural, alongamento, mas é importante que seja voltado a esse período específico”, recomenda Franco. Nahas reforça. “Os exercícios podem tirar a dor. Mesmo no caso de uma mulher sedentária, as medidas posturais fazem com que os músculos se reeduquem.”
Confira seis dicas para evitar – ou aliviar – as dores nas costas:
- Se estiver com dor, bolsas quentes ajudam a aliviá-la
- Cuidado ao abaixar para pegar objetos no chão. Dobre os joelhos, agache e só então alcance o objeto. Nada de inclinar a coluna, o peso pode machucá-la
- Durma confortavelmente, de preferência coloque um travesseiro entre os joelhos dobrados
- Faça exercícios físicos e alongamentos, fortaleça a musculatura das costas
- Não fique muito tempo sentada em uma mesma posição, levante-se, faça alongamentos, movimente-se
- Cuidado com saltos altos, a curvatura da coluna se acentua podendo causar dor
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