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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Chá de Genciana: Benefícios e propriedades

Chá de genciana - Benefícios e propriedades
Foto: Reprodução
Sente fome e tem evitado comer seus pratos preferidos por causa de problemas digestivos? Esqueça isso! Apresentamos o chá de genciana
 
Esse vegetal está entre os elementos mais eficazes no combate à má digestão e seus derivados.
 
A Gentiana lutea (genciana) é uma planta medicinal cuja espécie tem origem nos cárpatos que são tipicamente nativos em cadeias montanhosas da Europa e Ásia. A planta tem cultivo específico para fim medicinal.
 
Planta
Esse tipo de vegetal é perene com raiz grossa e que apresenta uma roseta de folhas elípticas. Um caule alto e oco com folhas sésseis e opostas brota no centro dessa roseta ao final de quatro a oito anos. Extensas folhas amarelas estão agrupadas em feixes na axila das folhas superiores. O fruto dessa espécie de vegetal se dá em formato de capsula que se encerra em sementes aladas. A genciana é também conhecida como gencianela, genciana-amarela, gengiva, junciana ou unciana. Suas partes mais utilizadas são as folhas e raízes para fazer infusão, cujo liquido deve ser ingerido sempre antes das refeições.
 
Benefícios
Dotada de uma considerável quantidade de substância amargas que têm função favorável aos movimentos intestinais, a genciana é um potente estimulante da saliva, do suco gástrico e dos movimentos peristálticos.
 
Esse vegetal é ainda um forte aliado no tratamento de amenorreia, alergias, diarreia, anemia, febre, azia, dor reumática, anorexia, cálculos biliares, diabetes, fraqueza geral, artrite, gota, gastrite, náuseas, icterícia, vermes, vômitos e resfriado.
 
Genciana e suas propriedades
Tome nota: a genciana possui ação antiemética, antidiabética, antimicrobiana, anti-inflamatória, laxante, digestiva, vermífuga e tônica.
 
Efeitos adversos e contraindicações
Se consumida em grande quantidade, a genciana pode provocar dor de cabeça e vômitos. Vale ressaltar que a ingestão dessa erva é contraindicada para gestantes e hipertensos, podendo provocar úlceras no estômago.
 
Receita
As folhas e as raízes da genciana são tipicamente utilizadas para fazer o chá dessa erva. Tome nota da receita: Adicionar duas colheres das de sopa de genciana em meio litro de água (500 ml).
 
Leve o liquido para o fogo e deixe cozinhar durante 10 minutos contando a partir da fervura da água.
 
Feito isso, deixe a infusão em repouso por mais 10 minutos. Em seguida coe e beba. Dica: tomar de duas a três xícaras ao dia.

Remédio Caseiro

Grávidas fumantes podem trocar o cigarro por fraldas; entenda

Cigarro pode causar nascimento prematuro
Programa de saúde americano visa reduzir número de partos prematuros por causa do fumo
 
Um programa de saúde de Ohio, nos Estados Unidos, está oferecendo fraldas grátis em troca de as grávidas fumantes abandonarem o mau hábito. As informações são da agência de notícias AP (Associated Press).
 
O objetivo da iniciativa é reduzir o número de nascimentos prematuros e a mortalidade infantil. Estudos mostram que o fumo durante a gravidez pode antecipar o trabalho de parto e causar problemas de saúde para o bebê.
 
As futuras mamães que comparecerem a pelo menos quatro sessões do grupo de apoio e provarem, por meio de exames, que seus filhos estão livres dos efeitos do tabaco ganham um voucher de R$ 70 (US$ 25) por mês durante um ano.
 
A participante Brittney Lykes, de 24 anos, está grávida de gêmeos e costumava fumar meio maço por dia, mas reduziu o consumo para um cigarro por dia e está esperançosa em abandonar o vício antes de os gêmeos nascerem.
 
— Eu não quero causar qualquer prejuízo a eles.
 
Laurie Adams, criador do programa, acredita que mensagens positivas ajudam as mães a se sentirem apoiadas durante o desafio de parar de fumar.
 
— Estamos incentivando essas mães a pararem de fumar durante a gravidez, mas a parte mais difícil é que elas se mantenham no programa.
 
R7

Quer se tornar vegetariano? Médico dá dicas importantes antes de cortar a carne do prato

Foto: Thinkstock
Especialista ressalta que é possível substituir a carne por feijão, lentilha e soja. Saiba mais
 
Cansou de comer carne vermelha ou branca? Apesar de o vegetarianismo poder ser adotado por diferentes razões, é importante entender como funciona o "regime alimentar" para driblar eventuais prejuízos à saúde. Especialista no assunto, o médico Eric Slywicth, diretor do departamento de Medicina e Nutrição da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), desmistifica alguns tópicos.
 
Confira a seguir!
 
O que é o vegetarianismo? 
Eric Slywicth — Vegetarianismo é um modo de vida que consiste em não se alimentar de forma a causar a morte de animais. Assim, o vegetariano não consome carnes de qualquer tipo, sejam elas vermelhas ou brancas. Há também os vegetarianos que consomem ovos e laticínios, sendo chamados de ovolactovegetarianos. E também há os que excluem completamente esses derivados animais, sendo chamados vegetarianos estritos.
 
Como se tornar um vegetariano com saúde? 
Eric Slywicth — Se tornar vegetariano é extremamente simples, pois basta trocar 100 g de carne (que é o máximo preconizado por diversas diretrizes internacionais) por uma concha de feijão. A substituição fornece as mesmas 190 kcal. Mas, nessa troca, ganhamos fibras, ferro e cálcio, além de reduzir o teor de gordura total, saturada e conservantes. Isso se a carne não for de churrasco, pois se preparada a temperaturas elevadas ainda teremos a formação de diversas substâncias comprovadamente cancerígenas. E o que costuma acontecer é que ao retirar a carne, a pessoa tende a se preocupar também com os demais alimentos que come. Com isso, o padrão alimentar tende a mudar e melhorar. Não é à toa que estudos mostram que a alimentação do vegetariano costuma ser mais diversificada e mais saudável que a de onívoros.
 
É necessário ajuda de um profissional para ser um vegetariano? 
Eric Slywicth — Se soubermos que 100 g de carne equivale a uma concha de feijões, não é necessário que um profissional de saúde oriente o vegetariano. Na maioria das vezes, buscar um profissional para particularizar as orientações é interessante, seja qual for a dieta adotada (com ou sem carne). Mas se observarmos que mais de 50% das pessoas no Brasil estão acima do peso, e todas elas deveriam melhorar seu padrão alimentar, entendemos o quanto essas pessoas (onívoras) precisam de orientação.

Por outro lado, os estudos populacionais mostram que os vegetarianos apresentam redução de todas as doenças crônicas não transmissíveis. Assim, em termos de ajuda profissional, podemos dizer que as pessoas que seguem o padrão de consumo de carne precisam de mais ajuda profissional que o vegetariano, que tende a modificar de forma positiva sua alimentação ao retirar as carnes do cardápio.
 
Deixar de comer carne pode fazer mal à saúde? 
Eric Slywicth — Não há piora à saúde ao deixar de comer carne, desde que a pessoa não troque as carnes por queijos e doces. Além de os queijos serem mais gordurosos, os doces contêm um perfil nutricional totalmente diferente da carne. Quanto ao ferro, em 100 g de carne vermelha há 2 mg. Absorvemos 18% do nutriente, ou seja, 0,36 mg. Em uma concha de feijão temos 4,2 mg de ferro, sendo absorvido 10% dele, resultando em 0,42 mg. Assim, vemos que a carne contém ferro de maior absorção, mas pelo fato de os feijões conterem mais ferro que elas, eles ainda preservam maior absorção.

A retirada do leite da dieta pede apenas a inclusão de alimentos ricos nesse mineral, como couve, rúcula, agrião, mostarda, escarola, brócolis e tofu. Temos no mercado diversos leites vegetais com teor de cálcio idêntico ao leite de vaca. A vitamina B12 está ausente no reino vegetal. No entanto seu estado nutricional depende mais do nosso metabolismo do que da ingestão de alimentos fontes. Cerca de 50% da população brasileira, comendo carne e laticínios, tem carência de vitamina B12. Comer carne e laticínios não garante bons níveis de B12 e nem mais elevados do que os presentes em veganos.
 
Quais alimentos podem substituir a proteína da carne? 
Eric Slywicth — As leguminosas são as substitutas das carnes. Por exemplo, um bife grelhado (64 g) corresponde a sete colheres de sopa de lentilha cozida. Outro exemplo é que três colheres e meia de sopa de carne moída refogada pode ser substituída por cinco colheres e ¼ de sopa de soja em grãos cozida.
 
Quais os benefícios em deixar de comer carne? Eric Slywicth — Há benefícios para a saúde, para os animais e para o planeta. Sem a Floresta Amazônica, a precipitação de chuvas no Sudeste fica sensivelmente afetada. Segundo a FAO, cerca de 70% da Floresta Amazônica devastada se deve ao avanço da pecuária. Assim, pouco adianta minimizar o consumo rotineiro doméstico de água (por exemplo tomando banhos mais curtos ou lavando menos calçadas) se  mantivermos a cultura do consumo de carne. A produção de 1 kg de carne demanda 15.000 litros de água. Por razões como essa, reduzir ou eliminar o consumo de carnes deixa de ser uma opção para se tornar uma necessidade.
 
Quais as principais dificuldades para quem pretende parar de comer carne? 
Eric Slywicth — A maior dificuldade relatada pelos vegetarianos é no meio social, pois muitas pessoas ainda têm uma imagem caricaturada do vegetariano e ideias nutricionais cercadas de mitos. Isso às vezes demanda mais explicações. Outro ponto é que a comida na rua pode ser complicada em alguns locais, pelo fato de muitos estabelecimentos colocarem carne e seus derivados em vários alimentos que poderiam ser consumidos pelos vegetarianos. Não é incomum encontrarmos feijão com bacon, molho ao sugo com caldo de galinha, risoto com pedaços de presunto, etc...
 
Qual a dica você dá para quem quer se tornar um vegetariano? 
Eric Slywicth — Aprenda mais no site da Sociedade Vegetariana Brasileira (www.svb.org.br), pois a informação é uma das primeiras ferramentas para tomarmos decisões conscientes. Especialmente pela urgente questão ambiental, reduzir ou abolir o consumo de carnes não é mais uma opção, mas sim uma necessidade.
 
R7

Obama pede aos pais que vacinem seus filhos para conter o sarampo

Carolyn Kaster / AP: Obama entende preocupação de famílias,
mas disse que a ‘ciência é bastante indiscutível’
Presidente afirmou em entrevista que a doença é evitável
 
Washington - O presidente Barack Obama está pedindo aos pais para vacinar suas crianças em meio a um surto de sarampo que já infectou mais de 100 pessoas nos Estados Unidos.
 
Em trechos de uma entrevista com a NBC News que irá ao ar nesta segunda-feira, Obama disse que o sarampo é uma doença evitável. 
 
Ele disse que enquanto ele entendeu que há famílias preocupadas com o efeito da vacinação, a ciência é “bastante indiscutível”.
 
“Há todos os motivos para se vacinar, mas não há motivos para não fazê-lo”, disse ele, acrescentando: “Você deve vacinar seus filhos”.
 
Ele disse que quanto maior for grupo de pessoas não vacinadas, as crianças e as pessoas que não podem se vacinar por problemas de saúde ficam mais vulneráveis.
 
Houve 91 casos de sarampo na Califórnia, com pelo menos 58 epidemiologicamente ligados a um grupo que começou na Disneyland, em dezembro. Mais de uma dúzia de outros casos foram confirmados em outros 13 estados dos Estados Unidos e no México.
 
Não foram relatadas mortes em conexão com o surto, que as autoridades de saúde pública suspeitam que começou quando uma pessoa infectada de fora dos Estados Unidos visitou a Disneyland em Anaheim, Califórnia, entre 15 de dezembro e 20 de dezembro.
 
O surto de sarampo renovou um debate sobre o chamado movimento anti-vacinação no qual os temores sobre os potenciais efeitos colaterais de vacinas, alimentadas pela pesquisa agora desmascarada sugerindo uma ligação ao autismo, levaram uma pequena minoria de pais a recusar-se a permitir que suas crianças fossem vacinadas.
 
Alguns pais também optam por não vacinar os filhos por razões religiosas ou outras.

O Globo

Leite não é 'alimento perfeito', segundo estudos

Alguns estudos ligaram o leite ao risco de câncer de ovário e próstata Foto: fotoedu  / iStock
Foto IStock: Alguns estudos ligaram o leite ao risco de câncer
 de ovário e próstata
Estudo recentes constataram problemas relacionados ao alto consumo do produto
 
O leite é conhecido como um “alimento perfeito”, que colabora muito com a saúde. Mas alguns estudos começaram a sugerir potenciais efeitos nocivos de seu alto consumo. Confira detalhes sobre o assunto, listados pelo jornal Huffington Post.
 
1) Diz-se que uma dieta rica em leite ajuda as crianças a terem ossos fortes e evita danos da osteoporose em idosos. No entanto, alguns pesquisadores observaram taxas de fratura baixas nos países asiáticos, onde pouco leite é consumido, e questionaram se há evidência suficiente para apoiar as recomendações do consumo do alimento. Além disso, alguns estudos ligaram o leite ao risco de câncer de ovário e próstata, embora muitos cientistas acreditem que mais pesquisas são necessárias antes de tirar conclusões de que o leite é a causa.
 
2) No ano passado, um estudo sueco publicado em uma revista médica britânica descobriu que o grupo de mulheres que bebiam três ou mais copos de leite apresentou taxas maiores de morte que o daquelas que beberam menos de um copo por dia. Ossos quebrados se mostraram mais comuns em voluntárias que consumiam muito o produto. Outros itens lácteos não estavam ligados a esses problemas. O principal autor da pesquisa, Karl Michaelsson, da Universidade de Uppsala, disse que os resultados são muito preliminares para indicar a necessidade de uma mudança nas recomendações dietéticas.
 
3) “A ideia de que o leite é um alimento perfeito foi desacreditada”, disse o nutricionista David Levitsky, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Mas continua a ser uma rica fonte de cálcio e ainda é visto como uma parte valiosa de uma dieta bem equilibrada, especialmente para as crianças, acrescentou o especialista. “É um bom alimento. Mas você não deve olhar para ele como um alimento mágico”, comentou.
 
Terra

Obs.: Quando fui fazer minha especialização em acupuntura, aprendi que na medicina chinesa costuma-se dizer que "O homem é o único mamífero que que depois de crescido continua a beber leite".

Na Medicina Tradicional Chinesa, o leite é responsável pela produção de muco que está associado a doenças como bronquite, asma, sinusite, etc...; então quando temos um paciente com essas patologias, uma das primeiras orientações que damos é a de cortar o leite, e os benefícios são imediatos.

Adeus, gordurinha! Matchá é mais potente que o chá verde

Produto ajuda a dissolver gordura e a eliminá-la mais rapidamente
 
Os chás são conhecidos como aliados da perda de peso. O novo queridinho do pedaço é o matchá, ainda mais potente que o chá verde, segundo os especialistas. “Tem propriedades emagrecedoras incríveis e, aliado a uma dieta balanceada com a prática regular de exercícios físicos, ajuda no processo de aceleração do metabolismo”, disse o endocrinologista Alfredo Cury, do Spa Posse do Corpo. 
 
O matchá é extraído da mesma planta que o chá verde, a camellia sinensis, mas tem com um processo de produção diferente, feito de forma artesanal, como informou Cury. “É elaborado com as folhas mais novas e tenras do chá verde, vindas de plantações protegidas do sol. Depois de colhidas, as folhas são trituradas muito lentamente em um moinho de pedra, até que sejam reduzidas a pó. O gosto herbal é muito pronunciado, é preciso educar o paladar para degustar”, detalhou a nutricionista Caroline de Salve, da Salutem - Nutrição e Bem Estar.

O vegetal produz mais clorofila, aminoácidos e l-teanina, que ajudam a dissolver a gordura e a eliminá-la mais rapidamente. “Possui substâncias como a cafeína e as catequinas, que estimulam o metabolismo e, com isso, podem auxiliar na perda de peso”, acrescentou a nutricionista Patricia Ramos, do Hospital Bandeirantes.
 
A nutricionista Caroline lembra que é diurético e, assim, diminui inchaço e retenção hídrica, mas ressalta que não se pode estipular quanto peso alguém perde com o seu auxílio, já que depende da reação do organismo de cada um e de outros hábitos, como alimentação e atividade física. “Os pesquisadores constataram que homens saudáveis que consumiram a bebida durante treinamentos de intensidade moderada tiveram um aumento de 17% a 25% na taxa de queima de gordura”, acrescentou a profissional.

Outros benefícios
Segundo a nutricionista Patricia, o matchá também pode contribuir com o controle do colesterol por ser rico em fibras. “Outro benefício é que ele ajuda na recuperação muscular e, por isso, é muito indicado para quem pratica atividades físicas regularmente”, lembrou o endocrinologista Cury. A nutricionista Caroline ainda listou ação antienvelhecimento, aumento de energia, combate à inflamação e à oxidação, além de redução no risco de câncer de mama, incômodos pré-menstruais e celulite.
 
Outra boa notícia é que tem poucas calorias, apenas três em uma porção do chá. A dica da nutricionista Caroline é ingeri-lo no lugar de outras bebidas, como cappuccino (74 calorias em uma xícara) e leite desnatado com chocolate (140 calorias em uma xícara).

Preparo
Além do tradicional chá, o produto pode ser ingrediente de smoothies, sorvetes, iogurtes, sucos, vitaminas. “Como ele é em pó, algumas pessoas utilizam no preparo de bolos e pães”, lembrou a nutricionista Patricia. O consumo recomendado é de 15 g a 20 g por dia. É possível comprar matchá em lojas de produtos naturais.

Cuidados
Apesar dos benefícios, o excesso pode causar alguns efeitos colaterais. “Dores no estômago, insônia, dores de cabeça, irritabilidade, diarreia e azia, devido à grande concentração de cafeína e clorofila em sua composição”, listou o endocrinologista Cury.
 
E não são todos que podem lançar mão de suas propriedades. “Pessoas com gastrite ou úlceras devem evitar consumir matchá, pois pode agravar as crises devido à cafeína presente no chá”, disse a nutricionista Caroline. “Não há uma contraindicação específica, porém gestantes, idosos e crianças que possuem necessidades nutricionais diferenciadas devem evitar seu consumo excessivo, além de pessoas com insônia pelo teor de cafeína, já que o seu consumo noturno pode tirar o sono das mais sensíveis à cafeína”, completou.
 
Terra

Doenças da Infância: Difteria

Reprodução
Praticamente sem casos recorrentes no Brasil, a difteria é uma das doenças que devem ser prevenidas na infância através das vacinas DTP e DTPa (proteção contra difteria, tétano e coqueluche) e, em adulto, dT (proteção contra difteria e tétano)
 
A doença é toxi-infecciosa , aguda, transmissível, imunoprevenível, provoca a presença de placas branco-acinzentadas e aderentes, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele.

A difteria permanece endêmica em países em desenvolvimento com baixas coberturas vacinais. No Brasil, o esquema básico de vacinação na infância começa no primeiro ano de vida. Nas crianças, é feito com três doses de DTP, aos dois, quatro e seis meses de idade, seguindo-se de um reforço aos 15 meses e outro aos quatro anos. A partir daí, a cada dez anos, deve ser feito um reforço com dT, para assegurar proteção adequada.
 
Os adultos que nunca foram vacinados devem receber três doses da vacina dT, preconizando um intervalo de um a dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis a doze meses entre a segunda e a terceira dose, no intuito de assegurar o número de anticorpos protetores por tempo mais prolongado. Admite-se, entretanto, que a vacinação possa ser feita com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Depois de completada a série de três doses, para manter a proteção adequada é necessário o reforço de uma dose a cada dez anos.
 
Em caso de transmissão, que se dá pelo contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar, o tratamento é feito com soro antidiftérico (SAD), que deve ser administrado em unidade hospitalar, cuja finalidade é inativar a toxina o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de excesso de anticorpos em quantidade suficiente para neutralizar doença. O soro atribui imunização temporária de curta duração, em média 2 semanas. A doença normalmente não confere imunidade permanente, devendo o doente continuar seu esquema de vacinação após a alta hospitalar.
 

Parto normal fortalece a saúde do bebê e tem melhor recuperação

O nascimento de um filho é certamente uma das etapas mais especiais da vida de uma mulher
 
É o momento em que ela e a família direcionam todos os seus esforços para que tudo corra bem com a mãe e com o bebê. Logo, o parto é um momento decisivo para a construção de um vínculo duradouro.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dar à luz a um bebê é um ato natural. De acordo com a instituição, se tudo estiver bem com mãe e com a criança, o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica. A cesárea, cirurgia de médio porte, é recomendada em casos de complicações reais para a mulher e para o bebê e necessita, portanto, de indicação médica. Conforme a OMS, o índice aceitável de cesarianas fica em torno de 15%.
 
No entanto, atualmente, 55% dos partos realizados no Brasil são cesarianas. O índice – que é de 40% no SUS – chega a 84% na rede privada. Para reduzir esses números, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) anunciaram, em janeiro, uma série de medidas para estimular a realização de partos normais e reduzir o alto índice de cesáreas desnecessárias no País.
 
Vantagens
Para a dentista Andreia Barroca (33), que passou pelos dois tipos de parto – cesariana na primeira gravidez e parto normal na segunda gestação – não existe comparação entre os dois procedimentos. Segundo ela, são inúmeras as vantagens do parto normal para a mãe e para o bebê, tanto física quanto emocionalmente. Andreia é mãe de Lucca (5) e de Cauã, de um mês.
 
“A recuperação do parto normal é muito melhor. É maravilhoso você estar bem e não ter a dor depois do parto, não ter aquela restrição de movimentos que a cesárea ocasiona. Você poder estar ali inteira para cuidar do bebê, para atender as necessidades do seu filho, sem as restrições que uma cirurgia geral tem”, revela.
 
Além disso, Andreia, que em sua segunda gravidez fez um parto humanizado, destaca que o parto natural estimula fortemente o vínculo entre mãe e bebê. “O meu filho nasceu e veio direto para o meu colo. Ele ficou em contato, pele a pele comigo, de uns 30 a 40 minutos. Só então ele foi levado para fazer os exames. Ele nasceu bem, porque ele nasceu na hora dele”, afirmou.
 
Segundo a obstetra Renata Reis, a cesariana é uma cirurgia extraordinária que sempre salvou muitas vidas. Entretanto, a profissional alerta que é fundamental o procedimento ser realizado quando necessário. De acordo com a médica, uma cesariana marcada representa uma chance três vezes maior de morte tanto para a mãe quando para o bebê. Além disso, há maiores chances de hemorragia, infecção, trombose, além dos riscos relacionados à anestesia.
 
Consequências para a criança
Para a criança, a principal consequência é a prematuridade e a imaturidade pulmonar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cesáreas agendadas também aumentam em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e se trata da principal causa do encaminhamento de bebês para UTIs neo-natais.
 
Renata também enfatiza que a única prova existente que um bebê está pronto para o nascimento é o trabalho de parto. “Realizar uma cesariana marcada, ainda que seja em uma idade gestacional mais avançada, com 39 ou 40 semanas, não significa que o bebê está pronto para nascer. Talvez aquele bebê precisasse de mais tempo para estar completamente formado”, alerta.
 
A médica ainda destaca que o contato do bebê com as bactérias e os micro-organismos existentes no canal vaginal estimula o sistema imunológico do recém-nascido, fazendo com que o parto normal seja responsável por evitar doenças futuras como asma, obesidade e doenças autoimunes.
 
É o que também argumenta a mãe de Lucca e Cauã. Para Andreia, depois que a mulher tem acesso real à informação, é muito difícil que ela escolha uma cesárea agendada. “No meu segundo parto, eu fui atrás do empoderamento, da informação, para que bem informada eu pudesse fazer a melhor escolha. Eu acho que uma mulher que tem acesso de fato à informação vai querer, pelo menos, entrar em trabalho de parto”, afirma.
 
Ela fala do medo que muitas mulheres alimentam em relação ao parto normal: “O parto natural é trabalhoso, é cansativo, mas a recuperação é maravilhosa. É evidente que o parto normal dói, mas não é uma dor de sofrimento, é uma dor que tem como objetivo trazer o seu filho bem ao mundo”, defende.
 
Cultura
Para a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela, a reversão do número de cesáreas agendadas no Brasil passa por uma mudança cultural e comportamental no processo de atenção ao parto.
 
Segundo ela, os altos índices de cesáreas agendadas no País são resultado de fatores como a comodidade, em virtude da compatibilização de agendas entre mães e médicos, a relativa praticidade do procedimento cirúrgico – que não dura mais de duas horas – além do receio que muitas mulheres cultivam em relação ao parto normal.
 
É por isso que, de acordo com a coordenadora, o Ministério da Saúde tem investido, nos últimos anos, para instituir uma mudança no modelo de atenção ao parto de modo a melhorar e qualificar a assistência obstétrica e neonatal no Brasil.
 
Nesse sentido, ela destaca a importância da presença das enfermeiras obstétricas ou obstetrizes na atenção às mulheres em partos de baixo risco, a reformulação dos centros de parto normal em ambientes mais acolhedores para as gestantes, além do respeito à privacidade e à liberdade da mulher no momento do parto.
 
Medidas
Uma das medidas anunciadas recentemente pelo Ministério da Saúde prevê que as usuárias de planos de saúde tenham direito à informação sobre o percentual de partos normais e cesáreas realizados por médico, hospital e por operadora.
 
Os planos de saúde terão prazo máximo de 15 dias para prestar as informações. Para Esther Vilela, essa é uma medida fundamental para um processo de transparência e empoderamento das mulheres em relação ao parto e ao nascimento. “A partir de agora elas vão poder saber melhor o que estão contratando”, afirma.
 
Além disso, os planos de saúde precisarão fornecer às mulheres o cartão da gestante, um registro de todo o pré-natal. De posse desse cartão, qualquer profissional de saúde tem conhecimento sobre a gestação daquela mulher, facilitando o atendimento quando ela entrar em trabalho de parto.
 
Outra novidade é que os médicos e hospitais precisarão apresentar às operadoras de planos de saúde o chamado partograma; registro gráfico da evolução do trabalho de parto. O objetivo da medida é reduzir as cesarianas agendadas e ocorridas sem as mulheres entrarem em trabalho de parto. O documento será considerado parte integrante do processo para pagamento do parto.
 
De acordo com a obstetra Renata Reis, é por meio desse registro gráfico que o profissional consegue avaliar se aquele trabalho de parto evolui de maneira satisfatória. “Se não existir trabalho de parto, evidentemente não há partograma”, destaca.
 
Humanização
Para a educadora física Carmen Palet, que trabalha como doula há 12 anos, o parto é um processo tão natural, como a concepção, a gestação e a amamentação.
 
Nesse sentido, Carmen esclarece a diferença entre a função da doula e da parteira em um parto natural. Segundo ela, o papel é prover a mulher de conforto e de apoio físico e psicológico, enquanto a técnica e o trabalho clínico ficam por conta da enfermeira, do médico ou da parteira.
 
No processo, ela destaca a criação de um vínculo de confiança entre a mãe e a doula consolidado antes, durante e depois do nascimento do bebê como o primeiro passo para o sucesso de um parto humanizado. Ela ainda relata que nestes casos, as crianças são acolhidas de forma tranquila e respeitosa, que em muitos casos, sequer choram.
 
Sobre o receio das mulheres em relação às dores do parto, Carmen enfatiza que há várias técnicas não farmacológicas para alívio da dor, como massagens, água quente e mudanças de posições. Além disso, ela destaca que há sempre um plano B para casos de complicações, que são sempre detectadas precocemente.

Fonte: Blog do Planalto

Parceria entre Brasil e França oferece estágio em DST, HIV/aids e hepatites virais

São oferecidas 6 vagas para estágios de 60 a 90 dias na França
 
O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, abriu edital de seleção para bolsas de estágios de curta duração na França, no âmbito do Programa de Cooperação Técnica Brasil-França.
 
São 6 vagas nas áreas temáticas de Prevenção Combinada e Direitos Humanos, Epidemiologia, Tratamento e Assistência, Economia da Saúde e Laboratório. Para participar da seleção, o candidato deve ser servidor da administração pública direta ou indireta, ou ligado a instituições governamentais ou não governamentais que atuam no combate às epidemias de DST, aids e hepatites virais; ter idade mínima de 18 anos; fluência no idioma francês; haver concluído o ensino superior; e cumprir as determinações do edital.
 
O Ministério das Relações Exteriores da França, por meio da Embaixada da França no Brasil, irá conceder ao estagiário uma bolsa de estudos no valor de €1.704 (um mil, setecentos e quatro euros), por mês, para cobrir despesas com hospedagem, transporte local e alimentação. E o Ministério da Saúde do Brasil, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, cobrirá as despesas com passagens aéreas, em classe econômica, desde a cidade de origem no Brasil até a de destino na França, e retorno.
 
O prazo para os candidatos enviarem a documentação requerida na primeira etapa do processo seletivo se encerra no dia 1º de março, e a divulgação do resultado final ocorrerá em 30 de abril. Os estágios serão realizados entre os meses de maio e dezembro de 2015.
 
Fonte: Aids.gov.br

2015: 30 anos de Resposta Brasileira à Epidemia de HIV/AIDS

Para marcar o 30º aniversário da formalização de uma resposta nacional à epidemia de HIV/AIDS, instituída pelo Ministério da Saúde em 1985, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais está lançando uma série de fascículos com artigos de algumas das pessoas e organizações que foram relevantes nessa história
 
 
As “30 histórias de Luta Contra a AIDS” fazem parte dessas comemorações. A publicação inova em seu formato por fascículos, editada em cadernos, com lançamento mensal de três em três capítulos (acesse versão online aqui).
 
Nesse primeiro fascículo, Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde, Richard Parker, diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), Marinella Della Negra, médica Infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, contam suas memórias e atuações na reposta brasileira à epidemia de AIDS.
 
A coleção impressa acompanhará uma capa dura para guardar todos os fascículos. A publicação online está disponível a partir de hoje e segue pelos 10 primeiros meses de 2015.
 
Uma resposta construída a muitas mãos teve destacada participação do governo federal, de estados e municípios; universidades e pesquisadores; profissionais de saúde de vários rincões; ativistas e organizações da sociedade civil, sociedades de profissionais de saúde e organizações internacionais, dentre outros atores fundamentais.
 
Uma obra que narra, com visões as abrangentes de diversos dos atores envolvidos com a questão da epidemia de AIDS, o desafio que foi e que continua sendo a construção de uma resposta integrada para combater um dos problemas contemporâneos mais intrigantes.
 
Para solicitar o primeiro fascículo impresso, acesse aqui.
 
Fonte: Aids.gov.br

Faltam quatro dias para a mobilização nacional contra a dengue e a Chikungunya

Faltam quatro dias para o Dia D de Combate à Dengue e à Chikungunya em todo o país, marcado para o próximo sábado, dia sete de fevereiro


Apesar da queda de 59% nos casos de dengue e 40% nas mortes provocadas pela doença no Brasil no ano passado, o Ministério da Saúde pede à população que reforce as medidas de prevenção. Qualquer recipiente que acumule água parada pode ser um criadouro dos mosquitos transmissores. Estar sempre alerta para eliminar possíveis focos dos mosquitos que transmitem a dengue e a febre chikungunya é importante para que os números de casos e mortes continuem caindo no país.
 
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforça que todos os brasileiros devem participar dessa grande mobilização. "Faltam cinco dias para o Dia D de mobilização contra a dengue e chikungunya. Vamos todos estar juntos neste sábado, dia sete de fevereiro, participando de uma grande mobilização nacional de combate ao mosquito transmissor. Seja um exemplo para a sua comunidade. Chame seu vizinho, seus amigos, sua família e mostre para eles que na sua casa todos já fazem parte dessa grande corrente de prevenção".
 
A relações públicas Morgana Viott adotou as medidas de combate à dengue e chikungunya. Ela lembra que se as pessoas não ficarem atentas, toda a comunidade corre o risco de contrair essas doenças. "Bom, eu moro em apartamento, mas eu tenho muitas plantas em casa. Então, normalmente eu não deixo água acumulada. Quando eu rego as minhas plantinhas, eu evito deixar excesso de água. Eu sempre retiro, então, essa água que fica acumulada lá. E no meu condomínio eu observo, também, que a equipe de limpeza está sempre cuidando para não deixar garrafa solta, latinha, eles sempre recolhendo entulho, esses lixos que ficam para também não acumular água. E é por isso que no nosso condomínio, eles são tão rígidos com relação à organização e limpeza do ambiente, para não só a mim, mas toda a vizinhança estar protegida".
 
 Para aumentar a vigilância, prevenção e controle de chikungunya e dengue o Ministério da Saúde repassou em janeiro mais 150 milhões de reais a todos os estados e municípios. Para o próximo sábado, sete de fevereiro, Dia D de mobilização contra as duas doenças, o Ministério convoca estados e municípios para mutirões de limpeza urbana e atividades de alerta aos profissionais de saúde para o diagnóstico correto das doenças. Para evitar a transmissão dos vírus da dengue e chikungunya é fundamental que a população verifique se a caixa d' água está bem fechada, não acumule vasilhames no quintal, não deixe calhas entupidas e coloque areia nos pratos dos vasos de plantas, entre outras iniciativas.
 
Fonte: Fábio Ruas/ Agência Saúde

Libéria começa a testar duas novas vacinas contra o ebola

A vacina já tinha sido patenteada no Brasil em 2005, mas agora será reconhecida internacionalmente. Foto: EFE/Matthias Hiekel
Foto: EFE/Matthias Hiekel
A vacina já tinha sido patenteada no Brasil em 2005,
mas agora será reconhecida internacionalmente
Libéria e Estados Unidos iniciaram um estudo para determinar a viabilidade de duas vacinas contra o ebola em uma amostra de 27.000 pacientes em Monróvia
 
Libéria e Estados Unidos iniciaram  um estudo para determinar a viabilidade de duas vacinas contra o ebola em uma amostra de 27.000 pacientes em Monróvia, informou o governo do país africano.
 
Trata-se do primeiro estudo em grande escala para provar duas novas vacinas que poderiam representar um salto qualitativo na luta contra um vírus que matou a mais de 8.500 pessoas no oeste da África em pouco mais de um ano.
 
“O que obtenhamos deste estudo suporá um avanço para que a Humanidade consiga aniquilar este vírus assassino”, declarou ontem o vice-presidente de Liberi, Joseph Boakai, antes de louvar o compromisso dos EUA e de seu próprio governo na luta contra a doença.
 
O estudo, conhecido como parceria para a pesquisa de Vacinas do ebola na Libéria (Prevail, em sua sigla em inglês, que significa prevalecer), será financiado pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, uma instituição pública americano dependente do Instituto Nacional de Saúde.
 
As vacinas, denominadas Chade3-EBO-Z (de GlaxoSmithKline) e rVSV-ZEBOV (da Merck e NewLink), já foram provadas em animais e em grupos reduzidos de pessoas, por isso que receberam a autorização pertinente para passar à fase seguinte do estudo: a prova em humanos a grande escala.
 
Trata-se de um teste clínico em Fase II/III, aleatório, controlado por placebo e duplo cego, o que quer dizer que os sujeitos de estudo receberão ao acaso uma injeção com a vacina ou com uma solução salina, mas nem sequer o médico que a administra saberá que há na seringa.
 
Os organizadores do estudo esperam recrutar cerca de 27.000 pessoas maiores de idade que prevejam estar pelo menos durante um ano em Monróvia, apesar de não aceitarão a pessoas que tenham febre ou tenham passado já o vírus nem a mulheres grávidas ou que estejam dando o peito a seus filhos.
 
EFE Saúde

A imunoterapia em breve será um tratamento padrão contra o câncer

 EFE/ [ARCHIVO]
EFE/Arquivo
A imunoterapia tumoral, que permite ao sistema imunológico combater o câncer, se afiança já como um tratamento padrão contra o melanoma
 
A imunoterapia tumoral, que permite ao sistema imunológico combater o câncer, se afiança já como um tratamento padrão contra o melanoma, deixando de lado a quimioterapia, e em breve o será para outros tipos de câncer, assegura o pesquisador espanhol Antoni Ribas.
 
“Vamos progredir bastante em pouco tempo”, assegura este hematologista e oncologista em entrevista telefônica com a Efe em Los Angeles (EUA), onde estuda, há 19 anos, o melanoma, o câncer de pele mais agressivo.
 
“Há dois anos a investigação nos dizia que tínhamos avançado o suficiente para pensar que a imunoterapia se uniria aos tratamentos de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Agora está claro que já é um tratamento padrão para o melanoma e, dentro de pouco, o será para outros cânceres”, afirmou Ribas.
 
O cientista destacou que a pesquisa está mais avançada em câncer de pulmão, de bexiga e em linfoma de Hodgkin, “mas as possibilidades que funcione em outros está aí”.
 
É do Jonsson Comprehensive Câncer Center da Universidade da Califórnia, que o oncologista analisa os grandes avanços em oncologia e em imunoterapia em particular.
 
“Tentávamos estimular o sistema imune para atacar o câncer, mas descobrimos que não se deve estimulá-lo, mas é preciso tirar-lhe os freios que lhe impedem atacar. Freios provocados por moléculas como PD-1 e PD-L1″ disse.
 
Segundo Ribas, com isso se obtém respostas de diminuição do câncer a longo prazo “de um terço de pacientes com melanoma, de um quinto de pacientes com câncer de pulmão e até mais do 80 %  em doença de Hodgkin”.
 
A imunoterapia é mais eficaz em aqueles tipos de câncer provocados por alterações genéticas e de origem virótico, já que o sistema imune tem que reconhecer ao câncer e diferenciá-lo das células normais.
 
“Isto é mais provável se há um vírus dentro do câncer, como nos  de bexiga e de colo do útero e como o causado pelo papiloma humano. E também nos casos de câncer induzidos por cancerígenos, como o tabaco ou os raios ultravioleta do sol, que provocam alterações genéticas”, afirma o doutor.
 
“A maioria dos pacientes que respondem aos bloqueantes do PD1 e PD-L1 têm benefícios que agora se estão contando em anos. Mas ainda estamos ao princípio deste tratamento, ainda não sabemos se curamos. É um tratamento muito novo que deve seguir mais tempo”, explicou.
 
Respeito à combinação da imunoterapia com outros tratamentos como os tratamentos diana, reconheceu que a combinação de ambas em alguns cânceres “são o tratamento padrão e não a quimioterapia”.
 
Perguntado pela possibilidade que a “azar” influa na aparição de um câncer, por causa de um estudo publicado na revista “Science”, reconhece que há fatores que não controlamos e que a genética e a exposição ambiental não é tudo.
 
No entanto, insistiu que “há pior sorte se a procura, se fuma terá mais probabilidade de ter a mutação que leva ao câncer de pulmão, mas se não fuma também pode passar, mas é menos provável. A ideia que é tudo azar, também não é verdade, a sorte a buscamos nós”.

EFE Saúde

No Dia Mundial do Câncer, Inca fará campanha sobre hábitos saudáveis

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) vai promover campanha na próxima quarta-feira (4) para alertar a população sobre a importância da dança de hábitos para evitar a doença
 
A campanha Qualidade de vida ao nosso alcance: escolhas saudáveis para prevenir o câncer contará com a participação de profissionais de saúde e personalidades ligadas à alimentação, esportes e práticas saudáveis. A iniciativa faz parte da agenda de eventos promovidos todos os anos para marcar o Dia Mundial do Câncer.
 
Segundo a chefe da Área de Alimentação e Nutrição do Inca, Sueli Couto, muita gente desconhece a importância dos alimentos na prevenção do câncer. “O consumo de [alimentos] industrializados, com altos índices de sódio, vêm crescendo muito, causando maior índice de obesidade e consequentemente, aumentando as chances de ter a doença. Um peso corporal adequado é importante para diminuir muitos tipos de câncer, incluindo os mais incidentes, como os de mama e de próstata, e principalmente os gastrointestinais.”
 
Sueli disse que a opção pela praticidade na alimentação gera um alto custo para a saúde. “A falta de tempo tem adoecido as pessoas. É preciso mudar essa lógica e tornar os bons hábitos alimentares uma questão de prioridade. Se a família dividir tarefas e se organizar, é possível preparar refeições de  qualidade.”
 
A nutricionista sugere a troca dos alimentos embutidos e industrializados, como salsichas, nuggets e lasanha congelada, pelo arroz, feijão, pelas verduras e legumes. Além disso, é bom evitar refrigerantes e refrescos em pó e dar prioridade aos sucos de frutas naturais, afirmou Sueli, ao lembrar que é preciso parar de fumar e limitar o consumo de bebidas alcoólicas.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 33% dos cânceres mais comuns podem ser evitados diminuindo-se o consumo de álcool e adotando dietas mais saudáveis, a exposição moderada ao sol e a prática de atividade física regular. A OMS estima que somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%.
 
Junto com a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, a OMS publicou, no ano passado, um estudo segundo o qual o número de novos casos de câncer deve aumentar 57% em 20 anos, chegando a 22 milhões de pessoas. As mortes por câncer, que no período do estudo chegaram a 8,2 milhões por ano, podem atingir 13 milhões nas próximas duas décadas.
 
No Brasil, a estimativa feita pelo Inca para este ano é 576 mil novos casos de câncer, incluindo os de pele não melanoma, o que reforça a magnitude do problema no país. Segundo a estimativa, o câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), do cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

Agência Brasil

Caminhoneiros terão que fazer exame toxicológico para renovar habilitação

A partir de 30 de abril, motoristas nas categorias C, D e E serão obrigados a fazer exame toxicológico para renovar  carteira de habilitação
 
Os motoristas que forem obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E serão obrigados, a partir de 30 de abril, a fazer exame toxicológico de larga janela – utilizado para identificar ou não o consumo de drogas por longos períodos -. Caso o laudo, que terá validade de 30 dias, constate a utilização de drogas ou substâncias proibidas, o motorista será considerado inapto temporário.
 
O exame, que deverá ser feito em clínicas credenciadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Detran),  testará, no mínimo, a presença de maconha e derivados, cocaína e derivados incluindo, crack e merla, opiáceos incluindo codeína, morfina e heroína, “ecstasy” (MDMA e MDA), anfetamina e metanfetamina.
 
Para conseguir a autorização para obter ou renovar a CNH, o exame do motorista deve apresentar resultados negativos para um período mínimo de 90 dias, retroativos à data da coleta. Para o teste, serão coletados material biológico que poderá ser cabelos ou pelos; na ausência destes, unhas.
 
De acordo com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada na sexta-feira (30) no Diário Oficial da União , os motoristas que não se submeterem ao exame também serão considerados inaptos temporários ou inabilitados enquanto não apresentarem o laudo negativo do exame toxicológico.
 
De acordo com o Contran, a medida atende dispositivo da Lei 12.619, de 30 de abril de 2012, conhecida como Lei do Motorista, que obriga o condutor das categorias C, D e E a submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado.
 
Agência Brasil

Lágrimas artificiais são classificadas como medicamento

Lubrificantes usados nos olhos passaram a ser considerados medicamentos. É o que determina Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada ontem (2) no Diário Oficial da União
 
A norma reclassifica lágrimas artificiais e lubrificantes oculares da categoria "produtos para a saúde" para a de "medicamentos específicos".
 
O medicamento continuará sendo vendido sem necessidade de apresentação da receita médica. A mudança é devida à utilidade terapêutica destes produtos.
 
Os pedidos de registro em avaliação na Anvisa com o enquadramento antigo continuam o processo normalmente, mas novos pedidos relativos às lágrimas artificiais ou lubrificantes oculares só serão avaliados se apresentados na nova categoria.
 
Para os produtos que estão no mercado, a norma prevê uma regra de transição que varia de acordo com o tempo que falta para o vencimento do registro. A mudança pode ocorrer em até dois anos.
 
As empresas que não solicitarem novo registro no prazo determinado terão a permissão de venda cancelada. A resolução entrou em vigor hoje.
 
Agência Brasil

CGU investigará fluxo de insumos e medicamentos em hospitais federais do RJ

A Controladoria Geral da União (CGU) abrirá auditoria para analisar falhas dos sistemas de controle de medicamentos e insumos hospitalares dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Domingo (1º), denúncia do programa Fantástico, da Rede Globo, revelou que próteses são retiradas do almoxarifado sem o registro da destinação do produto
 
A reportagem registrou casos ocorridos no período de 2010 a 2012, quando, em nome de um paciente, foram retiradas mais próteses do que o necessário para o procedimento. No caso do aposentado José Linhares, citado na matéria, foram 12 stents em seu nome, mas apenas um foi implantado em sua artéria. Cada stent custava aproximadamente R$ 11 mil.
 
A auditoria foi determinada pelo ministro Valdir Simão e, segundo a assessoria da CGU, a área técnica está definindo o escopo do trabalho. O objetivo da investigação é analisar como o sistema informatizado de cada hospital permite a saída de produtos sem informações sobre quem irá usá-lo.
 
Com a conclusão da auditoria, a CGU poderá enviar recomendações aos hospitais e iniciar processos administrativos contra funcionários e empresas.
 
De acordo com nota da CGU, investigações de 2012 mostram diversas irregularidades no manejo de insumos hospitalares nesses estabelecimentos. Segundo a controladoria, verificação feita no ano passado mostrou que quatro dos seis hospitais investigados em 2012 não cumpriram as recomendações.
 
No Hospital Federal do Andaraí, por exemplo, não foram seguidas 76% das recomendações da CGU, que tratavam da necessidade de adequação do controle de estoque da farmácia, do almoxarifado e do laboratório, de modo a permitir rastreabilidade.
 
À época, foram encontrados nesses hospitais indícios de superfaturamento na aquisição de produtos, montagem de pesquisa de preços em pregão, fragilidades no planejamento e no gerenciamento das compras e falhas no gerenciamento das compras. Os hospitais federais de Ipanema, de Bonsucesso, dos Servidores do Estado e da Lagoa também são investigados.
 
Conforme o Ministério da Saúde, no ano passado, começaram a ser implantadas medidas para aprimorar o processo envolvendo o gerenciamento de material médico-hospitalar e medicamentos, da aquisição até a distribuição.
 
O ministério condenou as irregularidades e, por meio de nota, informou que haverá reforço nas recomendações após as denúncias do programa. Representantes da pasta acrescentaram que as denúncias serão encaminhada à Polícia Federal para investigação.
 
Depois das primeiras denúncias do Fantástico, no início de janeiro, o Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal (PF), a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investigassem irregularidades na prescrição de dispositivos médicos, como próteses ortopédicas. Foi criado, à época, um grupo de trabalho interministerial para aprimorar os procedimentos envolvendo órteses e próteses.
 
Agência Brasil

Consumo de castanha pode melhorar função cognitiva

Consumo de castanha pode melhorar função cognitiva Reprodução/ReproduçãoNa pesquisa, foram selecionados 20 idosos de ambos os sexos, sendo que 95% deles apresentavam deficiência em selênio
 
Uma pesquisa da USP mostrou que o consumo diário de uma castanha-do-brasil — conhecida também como castanha-do-pará — recuperou a deficiência de selênio e teve efeitos positivos sobre as funções cognitivas de idosos com comprometimento cognitivo leve (CCL), considerado um estágio intermediário entre o envelhecimento normal e demências, como o Alzheimer.

A nutricionista Bárbara Cardoso explica que o CCL é caracterizado pela perda cognitiva (processo que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem) maior do que o esperado para a idade.

Entre as análises feitas pela nutricionista, está a associação entre os níveis de selênio e o estresse oxidativo (excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor de cada célula) em pessoas com CCL. Bárbara explica que o estresse oxidativo está envolvido no declínio cognitivo. Pacientes com comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer apresentam maiores níveis de estresse oxidativo.
 
— Com o avanço da idade, os neurônios apresentam maior ineficiência no processo de produção de energia, com o aumento da geração de radicais livres. Já a capacidade do sistema antioxidante, que combate esses radicais, tende a reduzir. Esse descompasso contribui para o comprometimento cognitivo leve porque os radicais livres acabam afetando o sistema motor, sensorial, a memória e o aprendizado — afirma.

O selênio é um importante mineral que constitui enzimas antioxidantes que tem, como finalidade, combater a formação de radicais livres. Os resultados da pesquisa indicam que o consumo da castanha-do-brasil pode melhorar a resposta antioxidante e atenuar o declínio cognitivo.
 
Na pesquisa, foram selecionados 20 idosos de ambos os sexos, sendo que 95% deles apresentavam deficiência em selênio. Durante seis meses, a nutricionista acompanhou dois grupos de idosos. O primeiro ingeriu uma castanha-do-brasil por dia e o outro não recebeu nenhuma intervenção. Após o período, no grupo que consumiu a castanha diariamente, todos deixaram de apresentar a deficiência de selênio.

Os grupos também passaram por avaliação neuropsicológica antes e depois da intervenção com a castanha-do-brasil.
 
— Os testes analisaram domínios cognitivos, como a fluência verbal, capacidade de copiar desenhos, reconhecimento de figuras, entre outros. E o grupo que ingeriu a castanha apresentou melhora nos aspectos de fluência verbal, avaliada pelo número de animais que o entrevistado consegue mencionar durante um minuto, e praxia construtiva, avaliada pela capacidade do entrevistado em fazer cópia de quatro desenhos apresentados pelo examinador (círculo, losango, retângulos sobrepostos e cubo) — explica a cientista.
 
Segundo a nutricionista, “apenas uma unidade de castanha-do-brasil forneceu 288,75 microgramas de selênio ao dia, aumentando o consumo de selênio para além da recomendação diária (55 microgramas/dia), mas sem ultrapassar o limite tolerável de 400 microgramas”.

Zero Hora

Suar realmente emagrece?

A transpiração é um processo que traz muitos benefícios ao corpo
A transpiração é um processo que traz muitos benefícios
ao corpo
Segundo especialista, transpiração por si só não é um processo em que se gaste energia suficiente para perder peso de forma consistente
 
O suor faz parte de nosso dia a dia e não podemos evitá-lo. Mas será que o fluido que nosso corpo expele é realmente um fator a ser considerado para quem quer perder peso e emagrecer?
 
Se a meta é afinar a silhueta, claro que é necessário queimar mais calorias do que se consome. A melhor maneira de alcançar tal equilíbrio é fazendo mais exercícios.
 
Ao realizar atividade física, a transpiração aumenta e, ao suar, o corpo perde líquidos.
 
A transpiração é um processo que traz muitos benefícios ao corpo. "Se a água perdida não é recuperada, perde-se muito peso”, afirmou César Kalazich, especialista em medicina esportiva da clínica MEDS, no Chile.
 
"Uma exercício de duração intensa ─ entre uma e duas horas ─ em um ambiente quente pode levar à perda de até 1% do peso corporal, momento em que a sede invariavelmente vai aparecer."
 
O problema é que esses fluidos perdidos devem ser repostos, pelo menos em parte.
 
"Há um consenso na medicina esportiva que a perda de 2% (mesmo que o atleta não perceba) do peso corporal é prejudicial ao desempenho físico e começa a prejudicar a saúde", afirmou Kalazich.
 
"Junto com o suor, o corpo humano perde eletrólitos, sendo os mais importantes sódio e potássio, que são essenciais para o equilíbrio celular (homeostase). Este peso é recuperado com a substituição de água."
 
Mais que uma gota
Mesmo assim, muitas pessoas ainda acreditam que quanto mais se sua, mais peso estão perdendo e, portanto, estão emagrecendo.
 
Mas suar em uma sauna não é o mesmo que suar fazendo exercício, que ocorre quando o corpo usa seu estoque de gordura para produzir energia.
 
"Em termos práticos, o suor não emagrece; perde-se apenas água. Suar não é um processo em que se gasta energia suficiente para perder peso de forma consistente ou emagrecer", explica Kalazich.
 
É por isso que métodos artificiais usados para estimular a transpiração não são benéficos para alcançar a silhueta tão desejada, dizem médicos.
 
Além disso, a sudorese é influenciada por outros elementos.
 
"O que varia entre as pessoas é a taxa de sudorese, que alguns estudos situam entre 0,9 e 1,7 litros por hora, mas que também depende da temperatura e da umidade, do vento, da intensidade do exercício, do tipo de roupa e do formato do corpo."
 
Autorregulação
Ainda que possa se tornar um fator para a perda de caso, mas não necessariamente determinante para emagrecer, a transpiração é um processo benéfico para o corpo.
 
"Ele é o principal mecanismo de termorregulação que nosso corpo possui", diz Kalazich.
 
O problema é que nosso corpo, ao liberar água para dissipar o calor produzido pela elevação da temperatura corporal, como quando fazemos exercícios físicos, perde também outros elementos vitais para prevenir doenças cardiovasculares, renais e cerebrais.
 
"No suor, também como forma de regulação de minerais e eletrólitos, perdemos potássio, magnésio, zinco, ácido láctico, ureia e amônia, entre outras substâncias úteis ou resíduos produzidos por nosso corpo", explica o especialista.
 
BBC Brasil /  BiG

8 dicas para acabar com o cansaço

Além do sedentarismo, depressão e distúrbios do sono contribuem para a fadiga
Além do sedentarismo, depressão e distúrbios do sono
contribuem para a fadiga
Estilo de vida saudável e exercícios físicos minimizam o problema; causa da fadiga deve ser investigada por um médico
 
O mundo cobra produtividade, mas a vontade é deitar em um sofá e não levantar mais. Se uma fadiga inexplicável te atinge e persiste por dias a fio, é sinal de que algo não anda bem com sua saúde, seja ela física ou emocional. Pesquisa feita pelo Ibope, em 2014, apontou que 61% dos brasileiros se sentem muito cansados frequentemente e o sedentarismo é a principal razão.
 
A falta de exercícios físicos e a inconstância ao praticar a atividade geram cansaço. E a partir de então, o corpo entra em um círculo vicioso: quanto menos alguém faz exercício, mais cansado fica.
 
Para aqueles que religiosamente mexem o esqueleto e ainda se sentem cansados, o clínico geral Paulo Camiz, do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que a fadiga pode ser causada por outras razões não muito claras. Em algumas ocasiões, nem os médicos conseguem descobrir o motivo de tanto cansaço. 
 
“Às vezes, procuramos e não encontramos nenhuma causa aparente”, diz ele. Nesse caso, costuma-se investigar se a pessoa teve alguma infecção viral tempos antes de começar a reclamar do cansaço.
 
 
Embora estudos científicos ainda não tenham comprovado essa relação, Camiz conta que em muitos casos de fadiga há o histórico de infecção.

Sono e cansaço frequentes podem ser consequência da má alimentação

Já entre as causas que os médicos conseguem diagnosticar, a depressão aparece com muita frequência. “Não dá para saber a relação causa-efeito: se foi a depressão que causou fadiga ou se a fadiga levou à depressão. Mas a verdade é que quando a depressão é tratada, os sintomas melhoram”, diz.

Pesquisa mostra que brasileiro está cansado e que isso prejudica o sexo, a produtividade e a prática esportiva

Desequilíbrio hormonal, má nutrição, alterações na tireoide, estresse e distúrbios do sono compõem o rol de problemas que contribuem para o sofrimento de grande parte dos brasileiros.

Muito cansado? Conheça 14 causas que podem estar por trás de sua fadiga
 
O clínico geral e diretor do Vita Check-up Center, Antonio Carlos Till, explica que cargas excessivas de trabalho atrapalham o desempenho intelectual, gerando cansaço.

Fadiga adrenal pode levar a excesso de cansaço
 
"Causa piora na produtividade, redução da capacidade de memória, dificuldade no foco, aumento de erros, apatia e falta de disposição para ir ao trabalho", explica o médico. “É um círculo vicioso, com menor descanso, menor recuperação do gasto de energia, elevação do cansaço e enfrentamento da jornada com mais dificuldade”, diz o clínico geral.

14 alimentos que combatem o cansaço
 
A fadiga, diz o médico, também pode facilitar a ocorrência de doenças, provocar baixa autoestima e comprometer o desempenho sexual. “É preciso estar atento aos seus primeiros sintomas, para não deixar que o quadro ganhe uma proporção desastrosa”, recomenda.
 
Se não tratado, esse cansaço pode provocar doenças e problemas em todo o organismo. A pele pode ser atingida, surgindo a dermatite seborreica e psoríase, o aparelho digestivo reclama por meio de gastrites, úlceras e síndrome do colo irritável, a cabeça manifesta sua insatisfação com enxaqueca, o sistema arterial sofre com pressão alta e o mau-humor impera. Casos de irritabilidade e intolerância são comuns em quadros de fadiga, explica o médico.  “Queda de cabelo e diminuição da força muscular também podem acontecer”, diz Till.
 
Veja 8 dicas para mandar o cansaço embora:
 
- Tente estabelecer regras básicas no dia a dia para diminuir o estresse, como conciliar os horários no contrafluxo do trânsito para evitar congestionamentos
 
- Beba bastante líquido e estabeleça horários para a alimentação, evitando intervalos longos entre as refeições
 
- Pratique exercícios a fim de quebrar o estresse exagerado de longas horas de trabalho e minimizar o sedentarismo
 
- Faça refeições leves para não atrapalhar a produtividade
 
- Mantenha o ambiente de trabalho adequado, deixando o computador na posição em que favoreça a postura correta. Além disso, temperatura agradável e boas condições de higiene melhoram as condições de trabalho
 
- À noite e nos fins de semana, desligue-se do trabalho para sair da rotina
 
- Desenvolva atividades motivadoras fora do trabalho, como fazer cursos em áreas de interesse ou dedicar-se a um hobby
 
- Invista em bons relacionamentos em casa, no trabalho e com os amigos
 
iG

Dia Nacional da Mamografia: o câncer de mama é a principal causa mundial de morte pela doença na população feminina

Fernanda Philadelpho, radiologista mamária da Clínica de Diagnóstico por Imagem, comenta o assunto
 
 
Instituído há quatro anos, o 5 de fevereiro é considerado o Dia Nacional da Mamografia. A data foi criada por projeto de lei da ex-ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e objetiva sensibilizar as mulheres para a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama.
 
O câncer de mama é a principal causa mundial de morte pela doença na população feminina, principalmente na faixa entre 39 e 58 anos. Cerca de 1,4 milhão de casos novos dessa neoplasia são esperados anualmente em todo o mundo, o que representa 23% de todos os tipos de câncer. No Brasil, são estimados mais de 50 mil novos casos por ano.
 
Segundo Fernanda Philadelpho, radiologista mamária da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), no Rio de Janeiro, esse tipo de câncer não possui causa definida, mas alguns fatores de risco são conhecidos, como histórico familiar (mãe ou irmã com esse tipo de tumor na pré-menopausa) e a presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados à doença – BRCA1 e BRCA2). “Quanto mais cedo for diagnosticada a predisposição à doença e a paciente iniciar o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos, mais chances ela terá de se curar”, afirma.
 
As mulheres devem ficar atentas aos sintomas do câncer de mama e, assim que um deles for percebido, procurar um médico o mais rápido possível.
 
Os principais sinais são o aparecimento de ínguas nas axilas, modificações na forma e no tamanho das mamas, saída de secreção escura ou com sangue pelo mamilo e modificações na pele, na aréola mamária ou no mamilo. “Não são todos os nódulos palpáveis na mama que representam um tumor maligno. Também existem as alterações benignas, como os cistos e os fibroadenomas, que podem ser percebidos ao toque e têm evolução favorável”, lembra a médica.
 
O diagnóstico precoce do câncer mamário pode ser feito pelo exame clínico das mamas (realizado por profissionais da saúde especializados) e por exames de imagem, como mamografia e ultrassonografia.
 
A mamografia é um exame de raios X das mamas que detecta alterações sugestivas de câncer, mesmo em seu estágio precoce, antes de se tornar palpável. Capaz de fornecer resultados mais precoces, esse diagnóstico pode diminuir as chances de morte da paciente pelo câncer de 30% a 70%. As mulheres devem realizar esse exame pela primeira vez aos 40 anos e se submeter a controles anuais a partir de então.
 
Já a ultrassonografia não é um método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições. Também é muito importante na orientação de punções de nódulos, que podem ser cistos, passíveis ou não de serem aspirados e resolvidos.
 
Câncer de mama em jovens
No caso de pacientes com menos de 40 anos, a doença costuma ser descoberta em estágios mais avançados, uma vez que essas pacientes não estão inseridas na rotina de rastreamento da doença e somente buscam auxílio médico quando o tumor já se apresenta palpável. “Para as jovens não é indicada a mamografia sem recomendação médica, já que é um exame que inclui a emissão de radiação ionizante que, quando aplicada de forma excessiva, pode ser nociva à saúde. Por isso, não devemos antecipar a inclusão da mamografia no cotidiano de uma mulher precocemente, caso ela não tenha histórico familiar ou alterações genéticas que justifiquem o exame”, ressalta.
 
Já para as pacientes com mais de 40 anos, que já realizam mamografia, mas que apresentam mamas densas, uma das alternativas para o diagnóstico de câncer é a mamografia digital. Uma pesquisa multicêntrica desenvolvida nos Estados Unidos com cerca de 50 mil mulheres demonstrou que a mamografia digital é mais eficaz na detecção de câncer, principalmente em pacientes jovens ou perto da menopausa. Em comparação com o exame analógico, ela tem mais recursos que podem tornar a análise mais apurada, como ampliação digital e possibilidade de manipulação do brilho e do contraste do exame, e é especialmente indicada para mulheres com mamas densas. “Na mamografia digital, os raios X emitidos pelo aparelho são transformados em sinal elétrico, por meio de tecnologia apropriada, que são repassados a um monitor de alta resolução”, explica Fernanda.
 
Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa