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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A imunoterapia em breve será um tratamento padrão contra o câncer

 EFE/ [ARCHIVO]
EFE/Arquivo
A imunoterapia tumoral, que permite ao sistema imunológico combater o câncer, se afiança já como um tratamento padrão contra o melanoma
 
A imunoterapia tumoral, que permite ao sistema imunológico combater o câncer, se afiança já como um tratamento padrão contra o melanoma, deixando de lado a quimioterapia, e em breve o será para outros tipos de câncer, assegura o pesquisador espanhol Antoni Ribas.
 
“Vamos progredir bastante em pouco tempo”, assegura este hematologista e oncologista em entrevista telefônica com a Efe em Los Angeles (EUA), onde estuda, há 19 anos, o melanoma, o câncer de pele mais agressivo.
 
“Há dois anos a investigação nos dizia que tínhamos avançado o suficiente para pensar que a imunoterapia se uniria aos tratamentos de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Agora está claro que já é um tratamento padrão para o melanoma e, dentro de pouco, o será para outros cânceres”, afirmou Ribas.
 
O cientista destacou que a pesquisa está mais avançada em câncer de pulmão, de bexiga e em linfoma de Hodgkin, “mas as possibilidades que funcione em outros está aí”.
 
É do Jonsson Comprehensive Câncer Center da Universidade da Califórnia, que o oncologista analisa os grandes avanços em oncologia e em imunoterapia em particular.
 
“Tentávamos estimular o sistema imune para atacar o câncer, mas descobrimos que não se deve estimulá-lo, mas é preciso tirar-lhe os freios que lhe impedem atacar. Freios provocados por moléculas como PD-1 e PD-L1″ disse.
 
Segundo Ribas, com isso se obtém respostas de diminuição do câncer a longo prazo “de um terço de pacientes com melanoma, de um quinto de pacientes com câncer de pulmão e até mais do 80 %  em doença de Hodgkin”.
 
A imunoterapia é mais eficaz em aqueles tipos de câncer provocados por alterações genéticas e de origem virótico, já que o sistema imune tem que reconhecer ao câncer e diferenciá-lo das células normais.
 
“Isto é mais provável se há um vírus dentro do câncer, como nos  de bexiga e de colo do útero e como o causado pelo papiloma humano. E também nos casos de câncer induzidos por cancerígenos, como o tabaco ou os raios ultravioleta do sol, que provocam alterações genéticas”, afirma o doutor.
 
“A maioria dos pacientes que respondem aos bloqueantes do PD1 e PD-L1 têm benefícios que agora se estão contando em anos. Mas ainda estamos ao princípio deste tratamento, ainda não sabemos se curamos. É um tratamento muito novo que deve seguir mais tempo”, explicou.
 
Respeito à combinação da imunoterapia com outros tratamentos como os tratamentos diana, reconheceu que a combinação de ambas em alguns cânceres “são o tratamento padrão e não a quimioterapia”.
 
Perguntado pela possibilidade que a “azar” influa na aparição de um câncer, por causa de um estudo publicado na revista “Science”, reconhece que há fatores que não controlamos e que a genética e a exposição ambiental não é tudo.
 
No entanto, insistiu que “há pior sorte se a procura, se fuma terá mais probabilidade de ter a mutação que leva ao câncer de pulmão, mas se não fuma também pode passar, mas é menos provável. A ideia que é tudo azar, também não é verdade, a sorte a buscamos nós”.

EFE Saúde

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