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sábado, 21 de junho de 2014

Finalmente: sangue artificial seguro e duradouro

http://klb.lt/files/0_0_393_http-__offlinehbpl.hbpl_.co_.uk_News_PG_122054E2-9FB3-4822-BBB9F434EBD83A06.png?1334751094Estamos mais perto de usar sangue artificial em transfusões reais do que nunca

O projeto HaemO2, da Universidade de Essex, na Inglaterra, pode ser o primeiro sucesso nesse campo, graças a criação de uma molécula transportadora de oxigênio segura que pode ser armazenada à temperatura ambiente durante longos períodos de tempo.

Os cientistas  tem tentado criar sangue artificial há anos,  por motivos óbvios: falta sangue para transfusões nos hospitais de todos os cantos do mundo, apesar de milhares de doações serem feitas. Além disso, mesmo que doações suficientes fossem feitas, em alguns lugares a falta de estrutura para cuidar desse sangue e armazená-lo seria um impedimento para salvar vidas.

Mas “inventar” sangue não é uma coisa fácil.

O sangue humano é repleto de células do sistema imunológico e de uma infinidade de proteínas. Os pesquisadores estão particularmente interessados na célula vermelha do sangue, no que diz respeito à transfusão. 

Essas células não nucleadas em forma de anel são o principal constituinte sólido do sangue, dando-lhe a famosa cor vermelha. Essa cor vem da molécula que está no coração da célula, que serve para transportar oxigênio – a hemoglobina. Esta proteína pega átomos de oxigênio nos pulmões e os libera em outras partes do corpo para manter as células abastecidas. 

É isso que o projeto HaemO2 conseguiu replicar com sucesso.

A questão que havia frustrado tentativas anteriores de desenvolver sangue artificial é que as moléculas de hemoglobina podem ter efeitos colaterais tóxicos quando não estão contidas dentro das paredes de uma célula vermelha do sangue. 

Quando expostas à corrente sanguínea, essas proteínas se decompõem em compostos de ferro reativos e radicais livres. Isso não é o tipo de coisa que você quer em seu sangue.

HaemO2 se baseia numa molécula de hemoglobina modificada, criada através da inserção de genes em bactérias E. coli cultivadas em laboratório. As bactérias produzem a proteína desejada durante sua atividade metabólica normal, e mais tarde os cientistas colhem as células vermelhas transformadas, que são purificadas e concentradas para serem usadas no produto final.

A Universidade de Essex já patenteou seu design de hemoglobina nos EUA e na Austrália, e aguarda aprovação na União Europeia.

Vantagens do sangue artificial
As vantagens do sangue artificial são enormes. 

Para começar, tem o fato que citamos no começo desse artigo: as doações de sangue atuais não são suficientes para atender a demanda.

Além disso, usando sangue criado em laboratório, as equipes de emergência não precisariam se preocupar com a tipagem sanguínea em meio a um cenário de desastre, porque não haveria marcadores de tipo sanguíneo no sangue artificial. Hoje em dia, receber sangue do tipo errado pode matar uma pessoa.

Também, o sangue do projeto HaemO2 pode durar até dois anos em temperatura ambiente, o que o torna perfeito para emergências e distribuição em áreas remotas. 

A transfusão de sangue ainda seria mais segura para indivíduos imunocomprometidos. 

Mesmo que o seu sistema imunológico funcione bem, sangue humano nunca vem sem riscos. Há sempre a possibilidade de, por exemplo, patógenos ainda não descobertos aparecerem no fornecimento de sangue natural, que foi o que aconteceu no início da epidemia de HIV.

O HaemO2 parece as mil maravilhas reunidas, mas a má notícia é que não teremos sangue artificial correndo em nossas veias amanhã. Ainda há muito trabalho a ser feito antes disso acontecer. 

Hypescience

Tudo que você sempre quis saber sobre puns e nunca teve coragem de perguntar

http://www.cienciaempauta.am.gov.br/wp-content/uploads/2013/02/ai__proibido_peidar_-_by_AL.jpgEsqueçam a pena de morte e o aborto: os assuntos escatológicos são, sem dúvida, alguns dos maiores tabus da humanidade. Os cheiros e fluídos que nossos corpos emitem causam asco na maioria das pessoas, o que nos deixa com muitas questões não feitas e, consequentemente, sem resposta

 Hoje estamos aqui para falar de pum e, para entender por que peidamos, você primeiro precisa saber algo sobre o volume de gases produzidos nas nossas entranhas.

Imagine quanto espaço 25 litros de gás ocuparia – aproximadamente um terço do interior de um carro pequeno. Essa é a quantidade de gás que você produz todos os dias em seus intestinos. Por isso, flatulências e arrotos são relativamente comuns.

Grande parte dessa produção de gás é reciclada, por reabsorção e uso dentro do intestino, particularmente pelos quase dois quilos de bactérias que moram no seu cólon. Com efeito, cerca de 22,5 litros são absorvidos pelo intestino, utilizados pelas bactérias intestinais ou expirados através dos pulmões.

Os dois litros e meio que sobram é o que você expele todos os dias – sim, todo mundo faz, não precisa ter vergonha – você está entre amigos aqui. Em média, os homens soltam puns 12 vezes por dia, enquanto as mulheres o fazem sete vezes – em porções de 30 a 120 mililitros. O total é o equivalente a uma bexiga de festa.

O número de vezes que alguém expele esses gases varia de pessoa para pessoa, de acordo com a hora do dia. Mas isso depende em grande parte da sensibilidade do sistema nervoso no seu reto. Se você tem uma maior sensibilidade, talvez por causa de uma condição como a síndrome do intestino irritável, você pode soltar puns com mais frequência.

A maior parte dos gases que seu corpo produz não tem aroma algum. Apesar disso, cerca de 40% da população têm a capacidade de produzir o fedorento gás sulfureto de hidrogênio no lado esquerdo do intestino porque transportam uma bactéria particular.

Peidos fedidos não são de grande importância médica, exceto em alguém com colite, que é uma inflamação do intestino grosso ou cólon. Um surto de colite é frequentemente associado com a produção de gases malcheirosos, então é bom consultar um médico se você tem flatulências fedidas acompanhadas de diarreia ou sangramento.

Uma gravidez prévia, particularmente com as complicações, cirurgias e o envelhecimento podem resultar em alterações nos músculos pélvicos, o que torna difícil de controlar os gases. Isso pode ser socialmente esquisito, especialmente se você é do tipo que tem gases mais mal cheirosos.

O que faz com que você produza mais gases?
Seu organismo produz mais gás após as refeições, especialmente aqueles que contêm grande quantidade de fibras, como cereais, pão e macarrão. Existem ainda muitos outros alimentos, tais como alcachofras, feijão, couve de Bruxelas e berinjela, que também influenciam grandemente o volume e o cheiro dos puns.

Alimentos que contêm enxofre como conservante, como suco de frutas, vinho, carnes processadas e frutas secas também fazem com que você solte mais flatulências. Estes alimentos são utilizados pelas bactérias produtoras de enxofre no seu intestino para formar o gás sulfeto de hidrogênio.

Há, ainda, uma variedade de ingredientes alimentares que também podem aumentar o inchaço abdominal, particularmente aqueles com alto teor de fibras, que fermentam no cólon para produzir gás. Uma delas é a frutose (açúcar contido nas frutas), que leva a uma maior produção de gás porque não temos uma enzima para quebrá-la – maçãs, peras e o seus sucos são especialmente potentes. O mesmo ocorre com frutas com grandes caroços, como pêssegos, que quando não estão completamente maduras têm alto teor de pectina, que também é fermentada no cólon.

Bananas verdes também têm um teor mais elevado de amido e menos açúcar do que os frutos maduros. Este passa para o cólon como um amido resistente, produzindo mais gás com sua interação com as bactérias do intestino. O miolo da laranja também pode ser seu inimigo nesse quesito.

Muitas vezes, à medida que envelhecemos, o funcionamento da glândula pâncreas, que está envolvida na digestão, diminui lentamente e não conseguimos mais lidar com frutas e legumes que antes comíamos sem maiores consequências. O pâncreas produz insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue e estas enzimas importantes são obrigadas a digerir a gordura, proteínas e carboidratos.

Especialmente depois de ler tudo isso, é impossível não fugir da conclusão que já passou da hora de aceitarmos que puns são normais para a grande maioria das pessoas. Se você sentir se sentir incomodado, tente prestar mais atenção à sua dieta antes de consultar um médico sobre um potencial problema gastrointestinal. 

Hypescience

Saiba como lidar com o fofoqueiro do seu trabalho

O perfil de profissional pior visto pelos colegas é o “fofoqueiro”
Pesquisa aponta que este tipo de profissional é o que mais incomoda os colegas em um ambiente corporativo

“Eu vou lhe falar uma coisa, mas você não pode contar para ninguém, ok?” – Quantas vezes algum colega do seu escritório já não começou uma conversa com essa frase? E, muito provavelmente, o que veio depois era pura fofoca? Pois saiba que, apesar de ser muito comum, esse é um comportamento que deve ser evitado ao máximo em ambientes corporativos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), com 6.945 pessoas, o perfil de profissional pior visto pelos colegas é o “fofoqueiro” – com 27,43%, ganhando dos “enrolados” (27,30%) e do “ranzinza” (22,75%).

Para a consultora Ana Vaz, o resultado da pesquisa demonstra o quanto esse tipo de profissional afeta diretamente no clima do ambiente corporativo, por causar insegurança nos colegas. “As pessoas nunca sabem realmente do que ele é capaz, até onde ele pode chegar. Não dá para ter certeza da ética dele e ele acaba sendo alguém que não consegue formar aliança na empresa”, comenta.

Quem concorda é o headhunter Ricardo Nogueira, presidente da empresa de recrutamento Junto Brasil. Para o especialista, o fofoqueiro é o profissional mais despreparado e inseguro. “Não é culpa da empresa ou do estilo de gestão do líder, é realmente uma pessoa que não consegue gerar resultados por si só e acaba falando pelos cotovelos”, observa.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), com 6.945 pessoas, o perfil de profissional pior visto pelos colegas é o “fofoqueiro” – com 27,43%, ganhando dos “enrolados” (27,30%) e do “ranzinza” (22,75%).

Para a consultora Ana Vaz, o resultado da pesquisa demonstra o quanto esse tipo de profissional afeta diretamente no clima do ambiente corporativo, por causar insegurança nos colegas. “As pessoas nunca sabem realmente do que ele é capaz, até onde ele pode chegar. Não dá para ter certeza da ética dele e ele acaba sendo alguém que não consegue formar aliança na empresa”, comenta.

Quem concorda é o headhunter Ricardo Nogueira, presidente da empresa de recrutamento Junto Brasil. Para o especialista, o fofoqueiro é o profissional mais despreparado e inseguro. “Não é culpa da empresa ou do estilo de gestão do líder, é realmente uma pessoa que não consegue gerar resultados por si só e acaba falando pelos cotovelos”, observa.

Para Nogueira, essa situação é inerente ao ambiente corporativo. “Criam-se panelinhas nas empresas e, sempre que aparecem esses grupos, com certeza tem fofoca. Não tem um grupinho que vai almoçar e que não faça uma fofoquinha, mas você tem de lidar com isso para que não se torne um ponto negativo”, aconselha.

Ao contrário do que possa se pensar, ignorar o fofoqueiro ou bater de frente pode não ser a melhor saída, ainda mais se a fofoca vier do seu próprio chefe. Segundo os especialistas, o confronto direto pode piorar o clima entre os colegas. O recomendável é que o receptor preste atenção no que está sendo dito, sem emitir muitas opiniões, para no final desviar a conversa para outro assunto. O mais importante é não repassar o que ouviu.

"A partir do momento em que as pessoas tiverem esse tipo de comportamento, o fofoqueiro abandona o hábito. Se ninguém quiser ouvir esse tipo de informação, a pessoa não vai levar isso adiante", conta Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia, consultoria em RH.

Desmascarando a fonte da fofoca
No entanto, dependendo do teor do boato, é preciso tomar certas atitudes para evitar que alguém seja prejudicado. Como qualquer outro erro ou desvio de comportamento inaceitável dentro de um escritório, é importante que o funcionário seja avisado e arque com as consequências de sua atitude.

Ao ficar sabendo quem está espalhando a fofoca, o aconselhável é que o profissional converse com seu gestor e deixe que ele tome as providências necessárias de acordo com a política de comportamento da empresa. Caso o fofoqueiro seja o seu próprio chefe, marque um horário com o setor de Recursos Humanos e conte sobre sua situação.

“Em um primeiro momento, uma conversa é o mais recomendável, deixando claro que, caso isso ocorra novamente, a empresa tomará medidas mais duras para reverter a situação”, diz Ana Vaz.

iG

Produtos dietéticos devem ser consumidos com equilíbrio

http://3.bp.blogspot.com/-LNaTmb0he4g/T_rwWAnJ-NI/AAAAAAAAALs/KLh5lJOeXQY/s1600/refrigerante-diet.jpgEles foram feitos para pessoas com diabetes, mas possuem maior teor de sódio do que os alimentos originais e o excesso pode levar a problemas cardiovasculares

No mês de novembro todo o mundo se une em prol de uma causa muito importante, informar sobre o diabetes. Comemorado anualmente no dia 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes chama a atenção de todos para questões que envolvem a doença, incluindo prevenção e tratamento. O Brasil ocupa a quarta posição entre os países com prevalência de diabetes e a obesidade e o sedentarismo estão entre as principais causas dessa epidemia. 

Recentemente o Ministério da Saúde divulgou a prevalência de obesidade em nosso país, quase metade da população brasileira esta com sobrepeso ou obesidade. A mudança no perfil alimentar tem sido fortemente relacionada à epidemia de obesidade, representada principalmente pelo aumento do consumo de alimentos refinados, industrializados e produtos prontos. Em comum, além do elevado valor calórico, esses alimentos também são ricos em sódio.

O consumo excessivo de sódio tem sido tema de grandes discussões pela forte associação com outra doença, a hipertenção arterial e pelo aumento do risco de doenças cardiovasculares. Porém, o que mais se questiona atualmente é a quantidade elevada de sódio em produtos dietéticos ou com baixo valor calórico. De fato é um tema que expõe uma grande contradição, como produtos alimentares idealizados para tratar o diabetes e diminuir o excesso de peso pode elevar o risco de outra doença? 

O sódio é um nutriente largamente utilizado pela indústria de alimentos. É utilizado principalmente como conservante e adoçante. O ciclamato de sódio e sacarina sódica são os adoçantes que contribuem para elevação de sódio em produtos dietéticos. A indústria substitui o açúcar por uma combinação de adoçante, incluindo esses que contém sódio, em produtos como doces diet, iogurte light ou diet e principalmente bebidas como sucos e refrigerantes. Quando comparados aos produtos originais, nota-se maior teor de sódio, mas não necessariamente são ricos em sódio. 

O fato é que o consumo desses produtos não traz à saúde riscos adicionais, o consumo excessivo, esse sim parece ser o maior vilão. Infelizmente, é difícil saber exatamente a quantidade de adoçante ingerida diariamente, pois nem sempre os fabricantes disponibilizam esses valores nos rótulos. Também não sabemos quanto de sódio tem nessas porções. Por isso, é fundamental controlar a quantidade de alimentos contendo adoçante e não a quantidade máxima de adoçante. 

Afinal, o uso indiscriminado de adoçantes parece estar dando o aval para que as pessoas consumam mais alimentos e com eles, muito mais calorias. A saída é procurar entender um pouco mais sobre os alimentos que consumimos, para que possamos usufruir das possibilidades alimentares que dispomos hoje, como, por exemplo, o grande avanço que foi a descoberta dos adoçantes, principalmente para pessoas com diabetes. Além delas, as pessoas que desejam perder peso ou até manter peso também foram beneficiadas, pois conseguem reduzir bastante às calorias ingeridas durante o dia com a troca do açúcar pelo adoçante. 

Já o uso do sódio como conservante de alimentos industrializados gera muito mais preocupação, pois esses produtos são realmente ricos em sódio. Não são produtos destinados a grupos específicos e estão diretamente relacionados ao surgimento de doenças crônicas como obesidade e hipertensão. Esse é um tópico tão importante que levou o Ministério da Saúde a firmar acordos com a indústria de alimentos visando à diminuição do sódio em alimentos processados. 

A mensagem mais importante para àqueles que já desenvolveram a doença e para um grande número de pessoas que ainda podem fazer a prevenção é de que o sódio em alimentos dietéticos não traz danos adicionais à saúde, desde que consumidos moderadamente. A discussão sobre o sódio não deve ficar restrita apenas para produtos industrializados. No Brasil o sal de adição ainda é o nosso maior problema. Buscar equilíbrio entre o consumo de sal refinado, a diminuição do consumo de produtos processados, o aumento da atividade física e o alcance das metas de peso é sem dúvida uma grande desafio, mas nessas medidas encontraremos a garantia de um futuro saudável!

Minha Vida

Distração ou déficit de atenção? Entenda a diferença

Cabeça nas nuvens - Foto: Getty Images O déficit de atenção ocorre, principalmente, quando a distração atrapalha o dia a dia

Sabe aquelas pessoas que vivem no mundo da lua? Parece que enquanto a cabeça está lá nas alturas, é o corpo apenas que fica circulando aqui embaixo, e nem sempre fazendo o que deve! Muitas vezes qualquer pessoa pode acabar ligando o piloto automático, e simplesmente ir executando suas tarefas sem prestar realmente atenção no que está fazendo.

Mas existe um limite entre a pura e simples distração e o déficit de atenção (TDAH). E muito se engana quem pensa que o problema tem que estar sempre associado à hiperatividade. A psiquiatra clínica Evelyn Vinocur nos ensina que o quadro pode ser dividido em três tipos: predominantemente desatento, o predominantemente hiperativo-impulsivo e o combinado (que mistura os dois outros). 

"Em princípio, você até pode confundir o TDAH de tipo desatento com uma simples distração natural. Mas, se conviver um tempo com a pessoa, você vai perceber que é uma qualidade diferente de distração", assinala a especialista. 

Como podemos diferenciar? Confira as principais diferenças entre cada um desses problemas:   

De olho nos sintomas
O primeiro diferencial entre desatenção e déficit de atenção é a duração: "a distração comum é passageira, tem um início e um fim. Cessa quando cessa o estímulo que a causa", explica a psiquiatra clínica Evelyn Vinocur. Para o psicólogo Fernando Elias José, especialista em cognição humana, o principal sintoma é quando a falta de atenção começa a atrapalhar o dia a dia. Por exemplo, quando ela não consegue se concentrar de forma alguma em uma tarefa importante que exige atenção.

De qualquer forma, existem alguns critérios para o diagnóstico: no caso do TDAH tipo desatento, o adulto ou a criança precisam apresentar, no mínimo, seis características marcantes de falta de atenção, como dificuldade de concentração em uma aula ou palestra, problemas de memória de curto prazo e facilidade para desviar a atenção de uma tarefa. Em caso de desconfiança desse tipo de diagnóstico, vale consultar um psiquiatra ou psicólogo e fazer o teste completo.
 
Criança distraída - Foto: Getty ImagesCrianças merecem atenção!
Normalmente o déficit de atenção surge na infância, e dois terços delas costumam levar o problema para a idade adulta. Quanto mais cedo você descobrir o problema, melhor! Nas crianças os sintomas são um pouco diferentes do que nos adultos. "A desatenção faz com que a criança passe a não entender todo o conteúdo das aulas e que, consequentemente, perca o interesse pelos estudos e até pela escola, uma vez que ela comete muitos erros por distração, não entende direito o que é falado", explica a psiquiatra Evelyn. Quando a criança começa a apresentar esse tipo de sintoma, vale os adultos ficarem mais de olho.

Porém, como muitas vezes os pais e professores percebem o TDAH devido à hiperatividade, uma criança com o tipo desatento pode não ser diagnosticada, até porque ela pode conseguir executar suas tarefas e atividades, só precisará de mais energia para isso. 

O que pode tirar o foco
A distração pode ser causada por diversos tipos de fatores. "Fome, problemas de difícil resolução e até mesmo um sapato apertado podem tirar sua atenção", enumera a psiquiatra Evelyn. Ter muitas coisas em mente também acaba tirando o nosso foco do aqui e agora, e isso é normal!

Já no caso de uma pessoa diagnosticada com déficit de atenção, nem sempre a distração terá uma razão. Aliás, o que a motiva é uma questão neurológica: há uma desregulação na operação das regiões pré-frontal, fronto-estriatal, límbica e cerebelar, que são as áreas cerebrais responsáveis pela atenção e pelos impulsos, como nos ensina a especialista. Por isso, elas só respondem a tarefas com alto grau de motivação que ativam as áreas de prazer do cérebro. 

O que causa o problema?
No caso da TDAH, investiga-se ainda o que possa motivar o aparecimento do problema. Algumas evidências mostram que isso pode ser genético, como aponta a psiquiatra Evelyn. "Não raro, um dos pais e/ou outros membros da família são diagnosticados como portadores de TDAH durante a consulta da criança", explica a especialista.

Já a distração em si é causada por uma questão de automatismo. "Algumas atividades acabam ficando fixadas em nossa mente pela repetição, é o que chamamos de memória implícita", explica o psicólogo Fernando Elias José, especialista em cognição humana. Por isso mesmo, ao fazer essas tarefas, como dirigir, nós não precisamos prestar 100% de atenção. E às vezes acabamos prestando nenhuma mesmo! 

Diferentes graus de prejuízo
Pessoas com déficit de atenção normalmente tem o cotidiano afetado pelo problema - tanto que esse é um dos critérios de diagnóstico! "O TDAH é uma disfunção executiva, o que traz inúmeros prejuízos na vida da pessoa. No caso da criança, é comum que ela tenha dificuldade de manter atenção e seguir instruções, pareça não escutar e seja desorganizada. Já o adulto erra por descuido, esquece e perde as coisas e tem dificuldade de completar tarefas", enumera a psiquiatra Evelyn.

O distraído também precisa tomar cuidados! Se a pessoa não presta atenção ao trânsito, por exemplo, já que dirigir é um dos atos de memória implícita, ações causadoras de acidentes podem acontecer, como passar um sinal vermelho ou não perceber uma ultrapassagem. Muitas vezes uma mudança na rotina pode ser esquecida. Isso que acaba sendo a causa de pais esquecerem as crianças no carro, por exemplo. 

Formas diferentes de resolver
Para um desatento comum, a melhor forma de desligar o piloto automático é o óbvio: prestar mais atenção! Quando a falta de foco está atrapalhando o dia a dia, sair das situações de conforto é a melhor saída, explica o psicólogo Elias José. Se seu carro já o leva automaticamente ao trabalho, por exemplo, por que não mudar um pouco o caminho? A auto-observação é a melhor forma de fazer isso! Mas mexer o corpo também é útil. "Já existem comprovações de que exercícios físicos podem ajudar na memorização e atenção", conta o especialista.

No caso de quem tem déficit de atenção, esse tipo de técnica pode ajudar, mas sempre será preciso aliá-la com outros métodos. A medicação é a mesma para qualquer tipo de TDAH. "Os psicoestimulantes são bastante eficazes para os sintomas de hiperatividade e impulsividade (em torno de 70-80%) e tem em torno de 50% de eficácia para a desatenção tanto nas crianças como nos adultos", relaciona a psiquiatra Evelyn. 

Mais de uma saída
O acompanhamento do transtorno de déficit de atenção normalmente é multidisciplinar e vai além da medicação. "Muitos pacientes usam a psicoterapia focada e direcionada. No caso a terapia cognitiva-comportamental é o que costuma dar mais resultado nos pacientes", conta o psicólogo Elias José. Técnicas como coaching para TDAH também são alternativas.

O neurofeedback também pode ajudar. O tratamento consiste em ensinar a pessoa a controlar alguns estímulos de seu corpo, através de um gráfico com linhas que mudam de posição conforme o estímulo correto ou errado, ou com a interface de jogo. "A pessoa com TDAH tem uma alteração sinal eletroencefalográfico, que é captada pelo nosso aparelho. Usamos então um jogo, que tenha uma figura se mexendo. A figura só se moverá da forma correta quando a pessoa controlar esse sinal" explica Jerri Godoy, fisioterapeuta sênior do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein.

Minha Vida

Selênio: essencial ao bom funcionamento da tireóide

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Oleaginosas são excelentes fontes de Selênio
Reposição do micronutriente reduz prevalência da tiroidite pós-parto

Por Dra. Glaucia Duarte

O selênio é importante na nutrição humana e animal. Está presente em uma enzima antioxidante (glutationa peroxidase), que atua impedindo a formação excessiva de radicais livres e no controle de processos envolvendo estresse orgânico. Também é necessário na tireóide, atuando na conversão do hormônio T4 em sua forma mais ativa, T3.

A ingestão recomendada a um adulto é de 55 a 70 mcg (microgramas) e as principais fontes nutricionais onde ele está presente são a castanha-do-Pará (que contém 120 mcg em apenas uma unidade), nos frutos do mar, aves e carnes vermelhas, além de nos grãos de aveia e no arroz integral.

Sua deficiência pode causar dores e sensibilidade muscular, alterações no pâncreas e, estudos relatam, maior suscetibilidade em alguns casos de câncer. Seu excesso, em contrapartida, provoca fadiga muscular, alterações vasculares, queda de cabelo, unhas fracas, alterações no esmalte dos dentes, dermatites e vômito.

Devido à sua ação no sistema imunológico, combatendo os danos causados pelo excesso de oxidação, o selênio está associado à modulação de processos inflamatórios, como a tiroidite pós-parto.

É uma doença caracterizada pelo hipertiroidismo seguida de hipotireoidismo, ambos transitórios ou permanentes. Ocorre em 5 a 9% das puérperas em até 12 meses pós-parto e é mais comum em mulheres já predispostas a desenvolver a doença, ou seja, que já tinham os anticorpos antitireodianos pré-existentes e, durante a gravidez, pelo aumento dos títulos destes auto-anticorpos, terminam com um distúrbio auto-imune precipitado por alterações imunológicas do puerpério.

Pesquisas mostram a persistência do hipotireoidismo em 20 a 30% dos casos. Em um estudo, realizado por Negro et al, 77 mulheres com anticorpos antitireoidianos foram suplementadas, durante e após a gestação, com 200 mcg de selênio ao dia.

A prevalência de tiroidite pós-parto foi menor naquelas que usaram a suplementação (28,6%) quando comparadas às que não suplementaram (48,6%). O autor concluiu que os resultados são promissores, mas ainda não se deve generalizar a suplementação como consenso a todas as gestantes, deverá ser uma indicação futura àquelas com sinais de tiroidite.

Mas, o que deve, sim, ser uma prática, é a dosagem de hormônios na gestação e no puerpério, fazendo um rastreamento preventivo da tiroidite pós-parto.

Dra. Glaucia Duarte é médica endocrinologista, doutorada em Endocrinologia e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Sociedade Latino Americana de Tireóide e do ICCIDD (International Council for the Control of Iodine Deficiency).
Minha Vida

Tire 12 dúvidas sobre o câncer de tireoide

Nódulos indolores podem ser sinal de câncer de tireoide
Esta doença é muito comum em mulheres e afeta glândula importante

O câncer de tireoide pode ser considerado o mais comum na região da cabeça e pescoço e acomete, principalmente, as mulheres. No Brasil, correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer matriculados no INCA de 1994 a 1998 e a 6,4% de todos os cânceres da cabeça e pescoço. A seguir, tire as principais dúvidas sobre o câncer de tireoide. 

O que é a tireoide?
 A tireoide é uma das glândulas mais importantes do nosso corpo. É ela que regula a produção de hormônios que interferem no funcionamento de vários órgãos do corpo humano, como o coração, os rins, intestino e, no caso das mulheres, regula o ciclo menstrual. Ela tem apenas 25 gramas e fica no pescoço, entre a laringe e a faringe.

Quais são os tipos de câncer de tireoide?
Segundo o endocrinologista Fabiano Tegão Nave, da clínica OrthoHormone, em São Paulo, há três tipos de carcinomas: os bem diferenciados (papilífero e folicular), os moderadamente diferenciados (medular) e os indiferenciados (anaplásico).

- Papilífero: é o mais comum e menos agressivo - corresponde a cerca de 80-85% dos casos de câncer de tireoide.

- Folicular: também é pouco agressivo e corresponde a cerca de 15% dos casos.

- Medular: tipo de câncer um pouco mais agressivo, que corresponde a cerca de 3-5% dos casos da doença.

- Anaplásico: forma bem agressiva e rara que, geralmente, acomete idosos acima dos 70 anos de idade.
 Corresponde a cerca de 1% dos cânceres de tireoide e costuma ser fatal. 

Quais são os fatores de risco do câncer de tireoide?  
Segundo o cirurgião de cabeça e pescoço Dorival de Carlucci, do Hospital São Luiz, em São Paulo, o fator de risco mais conhecido é a exposição à radiação. "Por exemplo, com o acidente nuclear de Fukushima,no Japão, a incidência deste câncer aumentou bastante, assim como aconteceu em Chernobyl e em Goiânia, no acidente radiológico", afirma. Pessoas que trabalham com radiação ou pacientes que realizam muitos exames que envolvam substâncias radioativas também devem estar atentos. 

É possível se prevenir contra o câncer de tireoide?  
Infelizmente, não é possível prevenir este tipo de câncer. "O máximo a ser feito é o diagnóstico precoce", diz Carlucci. 

Quais são os sintomas desse câncer?  
O principal sinal é a aparição de um nódulo indolor na tireoide. "Por isso, faz parte do exame clínico apalpar essa região para identificar possíveis nódulos", explica o endocrinologista Pedro Saddi, da Unifesp.  

Ultrassom detecta o câncer de tireoide
Como o câncer de tireoide é detectado?  
A ultrassonografia confirma a presença do nódulo. "Hoje em dia, o ultrassom está cada vez mais potente. Ele detecta nódulos cada vez menores e ainda informa a quantidade, se ele é sólido etc.?, explica o cirurgião do Hospital São Luiz. ?Essas são pistas necessárias para a detecção correta do câncer.?

No entanto, para saber se ele é benigno ou maligno, o paciente deverá ser submetido a uma biópsia. "O diagnóstico de câncer é feito com a punção aspirativa com agulha fina (PAAF), que consiste na introdução de uma agulha fina no nódulo e aspiração do conteúdo dele. O material será encaminhado a um patologista, que irá analisar as células colhidas e diferenciar se o nódulo é maligno ou não", esclarece o endocrinologista Fabiano Nave. 

Quais são os tratamentos para este tipo de câncer?  
O tratamento tem três etapas: a remoção cirúrgica, chamada de tireoidectomia, a ablação da tireoide remanescente e a terapia hormonal supressiva.

Cirurgia: com a detecção do câncer, os médicos realizam a tireoidectomia, ou seja, removem a tireoide.

Ablação da tireoide remanescente: ao contrário de outros tipos de câncer, a radioterapia externa não funciona no câncer de tireoide. Por isso, o paciente ingere iodo radioativo, que irá destruir as células de tireoide que sobraram depois da cirurgia. "A região do pescoço é muito delicada. Por isso, nem sempre isso é possível retirar completamente a glândula da tireoide. Aí entra o iodo radioativo", conta Dorival de Carlucci.  

Segundo o cirurgião, a tireoide precisa de iodo para funcionar. Nesse procedimento, o paciente fica um período de 20 a 30 dias sem receber iodo e, quando recebe, a substância vem em forma radioativa. As células de tireoide que sobraram irão se alimentar deste iodo que, por ser radioativo, irá destruí-las.  

"Ela é indicada apenas para os casos de câncer papilífero e folicular, menos agressivos, pois não funciona com os tipos medular e anaplásico?, conta o endocrinologista Fabiano. O médico também conta que existem grandes controvérsias sobre o tratamento ablativo em tumores pequenos (menores que 1 cm). ?Nesses casos, o tratamento com iodo deve ser discutido com o médico responsável pelo caso", afirma. 

Terapia hormonal supressiva: como o tratamento remove completamente a tireoide, o paciente desenvolve o quadro de hipotireoidismo. Como essa glândula produz hormônios fundamentais para a manutenção da vida, torna-se necessário repor essa falta de maneira artificial. "A reposição hormonal é feita com o hormônio tireoidiano T4 sintético (levotiroxina), tomado uma vez ao dia, em jejum", diz Fabiano Nave. 

Ultrassom também serve para acompanhar paciente depois da cura
O cirurgião Dorival de Carlucci explica que essa terapia, ao mesmo tempo em que repõe os hormônios, impede o crescimento de um possível tumor que tenha resistido. Isso porque a reposição hormonal faz com que a hipófise - área do cérebro que controla a glândula - pense que a tireoide está trabalhando e, dessa forma, não estimulará o seu funcionamento. Com isso, dois problemas são resolvidos: o hipotireoidismo e o risco de alimentar possíveis tumores. Esse tratamento deve ser feito durante, pelo menos, cinco anos. 

É sempre necessário remover a glândula tireoide completamente?  
No Brasil, o mais comum é que se retire completamente a glândula, pois, segundo Dorival de Carlucci, o câncer se manifesta dos dois lados em 50 a 60% dos casos. "A tireoide é parecida com uma borboleta. Em alguns casos, é como se o câncer ocorresse nas duas asas. No entanto, em alguns lugares do mundo, preconiza-se a remoção de apenas um dos lados da 'asa' em pacientes considerados de baixo risco, ou seja, com menos de 45 anos, que tenham tumores únicos, sem nenhum outro nódulo na glândula e cujo nódulo detectado seja inferior a dois centímetros", pontua o cirurgião. 

É verdade que o tratamento deste câncer deixa a pessoa rouca ou modifica a sua voz?  
"Quando realizada por cirurgião especialista, o risco de complicações mais sérias decorrentes desta cirurgia, como a rouquidão permanente, é menor do que 1% dos casos", afirma Abrão Cury, supervisor de Clínica Médica do HCor, em São Paulo. Isso acontece porque, conta Dorival de Carlucci, atrás da tireoide, bem encostada, existe um nervo, responsável pela movimentação das pregas vocais. 

"A cirurgia tem que ser precisa o suficiente para separar a glândula do nervo, mas nem sempre isso é possível, pois, em alguns casos, o câncer pode extravasar a tireoide e chegar ao nervo. Nessa situação, é obrigatório cortar o nervo, aí o paciente fica rouco", diz o cirurgião do Hospital São Luiz. 

O que é feito depois do tratamento do câncer?  
Depois do fim do tratamento, o paciente deve ser acompanhado com certa frequência. "Ele deverá fazer exames de imagem periodicamente, como ultrassom do pescoço e radiografia do pulmão a cada seis meses ou um ano", diz Dorival de Carlucci. Isso porque, segundo o cirurgião, a região do pescoço e dos pulmões e dos ossos são as mais ocorrentes no que se refere à metástase do câncer.

Além disso, é feita a dosagem periódica da tireoglobulina, substância produzida pela tireoide. "A substância fica zerada em quem não tem a glândula. Se a tireoglobulina subir no sangue, é indício de metástase em alguma parte do corpo", completa. 

Qual são as pessoas mais atingidas?  
Mulheres de 30 a 40 anos costumam ter mais nódulos de tireoide. "Para que se tenha noção, 40% das mulheres apresentam qualquer tipo de nódulo na glândula. Dessas, 8% tem câncer", aponta o cirurgião Dorival de Carlucci. 

Quais são as chances de cura?  
Os números são altos: aproximadamente 97% dos pacientes são curados.  

Qual é o índice de recorrência?  
Segundo Dorival de Carlucci, do Hospital São Luiz, 3% dos portadores de câncer de tireoide acabam passando pelo processo de metástase. 

Minha Vida

Humor: Dengue em São Paulo

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Reino Unido lança maior estudo mundial sobre demência senil

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Foto: Reprodução
Pesquisa analisará hábitos de vida de dois milhões de voluntários. Demência senil é vilã da humanidade, diz premiê David Cameron

O maior estudo mundial sobre demência senil foi lançado nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron. "A demência senil é, ao lado do câncer, um dos grandes inimigos da humanidade", afirmou Cameron em coletiva de imprensa, em Londres, sobre a doença que afeta 40 milhões de pessoas em todo o mundo.

O novo estudo compilará informações médicas e de hábitos de vida de dois milhões de voluntários na Grã-Bretanha em mais de 50 anos para conhecer melhor a doença e encontrar tratamentos para a demência, cuja forma mais habitual é o Mal de Alzheimer.

"Levará anos de trabalho, mas demonstramos com outras doenças que podemos fazer avanços e os faremos outra vez", afirmou Cameron.

Cameron criticou um "erro de mercado", que fez com que os gastos globais com a demência fossem cinco vezes menores do que o investimento nas pesquisas sobre o câncer, o que resultou no lançamento de apenas três medicamentos em 15 anos.

Incentivo à pesquisa sobre demência
Ele pediu que os governos criem incentivos para pesquisas sobre a demência, que custaram à economia global US$ 604 bilhões em 2010, segundo a organização Alzheimer's Disease International.

A Grã-Bretanha usou sua posição na presidência do G8 em 2013 para convocar uma conferência internacional sobre a demência, na qual especialistas estabeleceram como meta encontrar a cura para a doença em 2025.

O governo britânico deve apresentar propostas para prolongar o período no qual as companhias farmacêuticas poderão manter as patentes para incentivar a pesquisa e está aumentando seu financiamento em pesquisas sobre a demência para 66 milhões de libras (US$ 113 milhões) em 2015, uma cifra 28 bilhões de libras maior com relação a 2009.

O evento também lançou um projeto de 100 milhões de libras pela campanha britânica de pesquisas sobre o Alzheimer, que inclui um centro de pesquisas sobre células-tronco e uma rede unidades de pesquisas sobre medicamentos nas universidades.

G1

Remédio para reumatismo faz nascer cabelos e pelos em paciente dos EUA

Homem com alopécia universal teve melhora após meses usando remédio. É o primeiro caso de tratamento bem-sucedido desta doença, diz estudo

Imagens mostram evolução do quadro de alopecia após tratamento com droga (Foto: Reprodução/Journal of Investigative Dermatology)
Foto: Reprodução/Journal of Investigative Dermatology - Imagens mostram evolução do quadro de alopécia após tratamento com droga
 
Cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriram que um medicamento criado para tratar reumatismo pode estimular o crescimento de cabelo e pelos em pessoas que sofrem de alopécia universal, quando há perda de todos os pelos do corpo.

De acordo com a pesquisa, publicada no “Journal of Investigative Dermatology”, do grupo "Nature", uma grande quantidade de cabelo cresceu após um tratamento proposto pelos médicos.

Atualmente, não há cura ou tratamento de longo prazo para este tipo de alopécia, enfermidade que deixou careca o paciente voluntário aos 25 anos. Segundo os investigadores, foi o primeiro caso de tratamento bem-sucedido para esta enfermidade.

Além do cabelo, cresceram ainda os pelos das sobrancelhas e cílios, além do rosto e axila, todos afetados pela alopécia. “Os resultados foram exatamente o que esperávamos”, disse Brett King, professor assistente de dermatologia da Escola de Medicina da Universidade Yale e autor principal do artigo científico. “É um enorme passo para o tratamento de pacientes com esta condição”, disse ele, em comunicado.
 
O caso
O paciente havia sido previamente diagnosticado com alopécia universal e psoríase em placas, condição caracterizada por áreas vermelhas escamosas na pele.

Os médicos decidiram usar o medicamento que tem o nome comercial Xeljanz (Tofacitinib Citrate), da empresa Pfizer. Com comercialização autorizada nos EUA, experimentos anteriores feitos com o remédio em camundongos tiveram bons resultados na reversão da psoríase -- mas não da alopécia.

O homem utilizou a droga por dois meses, consumindo 10 mg por dia. Durante esse período, a psoríase teve leve melhora, mas foi registrado crescimento de cabelo e pelos faciais.

Houve mais três meses de tratamento, com 15 mg por dia, e, ao longo desse tempo o voluntário recuperou grande parte dos cabelos e suas sobrancelhas já eram bem visíveis, além dos pelos faciais e da axila.

“O paciente relatou não sentir qualquer efeito colateral e não detectamos anormalidades nos testes laboratoriais”, disse Brittany Craiglow, coautora do estudo.

De acordo com os cientistas, haverá novos experimentos para se obter um creme com a droga. No entanto, eles dizem que os princípios ativos podem não ajudar em todos os casos.

G1

Descoberta mutação genética que reduz risco de doenças coronarianas

http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/10/heart_ecg.jpgMutação no gene "APOC3" confere níveis 40% menores de triglicerídeos. Resultado é um risco menor de desenvolver doenças coronarianas

Ao esquadrinhar o DNA de cerca de 4 mil pessoas, cientistas americanos descobriram quatro mutações raras de um gene que reduzem o risco de sofrer doenças coronarianas em 40%.

Esta descoberta pode levar a novos tratamentos, avaliam os pesquisadores que publicaram seus trabalhos esta quarta-feira (18) na revista americana "New England Journal of Medicine".

As gorduras que circulam no sangue estão ligadas a doenças cardiovasculares. Adquirem diversas formas, como o colesterol ruim (LDL), o colesterol bom (HDL) e os triglicerídeos.

Os cientistas se concentraram no papel dos triglicerídeos, que em quantidades excessivas no sangue contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Ao contrário, um nível muito baixo de HDL não é tão ruim quanto se acreditava.

"Recentes estudos clínicos não conclusivos sobre moléculas para aumentar o colesterol bom, em combinação com os resultados genéticos, estão alterando décadas de certezas médicas", explicou o doutor Sekar Kathiresan, diretor do serviço de cardiologia preventiva no Massachusetts General Hospital e principal autor do estudo.

Há tempos se acredita que uma taxa de HDL muito baixa é um fator importante nas doenças cardiovasculares, continuou. No entanto, os dados da pesquisa "indicam que a verdadeira causa não seria um HDL baixo demais, mas percentuais elevados de triglicerídeos", acrescentou.

O estudo genético mostrou que as pessoas portadoras de uma mutação no gene chamado "APOC3" tinham níveis de triglicerídeos cerca de 40% abaixo do normal.

Com isso, os níveis sanguíneos normais desses lipídios estão geralmente em menos de 150 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl). No caso dos indivíduos com a mutação do gene APOC3, os índices de triglicerídeos se situam ao redor de 85 mg/dl.

"Baseando-nos em nossas descobertas, prevemos que a redução dos triglicerídeos especificamente através de (...) APOC3 teria um efeito benéfico, reduzindo o risco da doença", disse o coautor da pesquisa, Alex Reiner, professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington.

Já existem medicamentos que podem reduzir os níveis de triglicerídeos, mas não está provado que reduzam o risco de doenças cardíacas.

As doenças do coração são as que causam mais mortes nos Estados Unidos, onde matam 600 mil pessoas por ano.

G1

Justiça obriga Fifa a fazer parada técnica para hidratação de jogadores

http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/tinynoticias2012/balotelli-reuters-do_171.jpgA Justiça do Trabalho determinou ontem (20), por meio de liminar, que a Fifa faça paradas técnicas para hidratação dos jogadores que disputam a Copa do Mundo sempre que a temperatura superar os 32 graus Celsius no local da disputa.  Sempre que houver essa condição climática, o juiz da partida deverá fazer a parada aos 30 minutos de cada um dos tempos. 

A decisão foi proferida pelo juiz Rogério Neiva Pinheiro, da 1ª Vara do Trabalho do Distrito Federal. A multa pelo descumprimento é de R$ 200 mil por dia. A Fifa pode recorrer da decisão.

O juiz atendeu um pedido feito pelo Ministério Publico do Trabalho (MPT). O órgão alegou que, antes do início da Copa, a Fifa se comprometeu a seguir a recomendação de paralisar os jogos quando temperatura estivesse elevada e permitir que os jogadores pudessem se hidratar.  No entanto, segundo o MPT, a entidade informou que já respondia a uma ação de responsabilidade impetrada pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) e não iria seguir as recomendações.

Segundo o juiz, a decisão liminar é necessária para garantir que a Fifa cumpra a obrigatoriedade das paradas técnicas imediatamente. "Entendo que obrigar a Fifa a cumprir a norma que esta própria estabeleceu não pode ser considerada medida capaz de comprometer o bom andamento da competição. 

Por outro lado, impor tal procedimento, com eficácia de medida judicial e sanções para o descumprimento decorrente, faz com que se assegure a observância de todos os preceitos jurídicos de tutela à saúde no trabalho", argumentou Pinheiro na decisão. 

Agência Brasil

Médicos norte-americanos anunciam novo tratamento para câncer de ovário

http://p1.trrsf.com/image/get?src=http%3A%2F%2Fimages.terra.com%2F2013%2F06%2F01%2F152970346.jpg&o=s&w=600Uma equipe médica da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, anunciou ter descoberto um novo tratamento para o câncer de ovário, que pode atrasar a progressão da doença

Os resultados de uma pesquisa feita por investigadores do Centro Médico St. Joseph indicam que o novo tratamento pode melhorar as taxas de respostas, com aumento da taxa de redução do tumor. 

Os estudos mostram a tendência de melhoria na sobrevivência, mas os dados ainda não são garantidos.

O responsável pela Divisão de Oncologia Ginecológica na Universidade do Arizona, Bradley J. Monk, alertou que o câncer de ovário é quase sempre fatal. Segundo ele, é necessário buscar novos tratamentos para a doença.

Bradley J. Monk garantiu que a nova terapia não aumenta riscos de hipertensão arterial e a perfuração do intestino, como acontece com outros medicamentos já existentes para tratar o câncer de ovário.

 Agência Lusa / Agência Brasil

Número de casos de dengue chega a 11.392 em São Paulo

http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/09/22/dengue_300x225.jpgO total de casos de dengue confirmados na cidade de São Paulo chegou a 11.392 este ano, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde

Mais da metade (56,3%) dos casos foi registrada em quatro semanas, entre os dias 23 de março e 19 de abril, período correspondente ao pico da doença. A taxa de incidência da cidade passou para 101,2 casos para cada 100 mil habitantes.

Segundo o médico da Coordenação de Vigilância em Saúde José Olímpio Moura de Albuquerque, o número de notificações começou a desacelerar, e é provável que o pior período da dengue esteja superado. Entretanto, o acumulado do ano supera o total do ano de 2010, que era o pior, com 5.866.

O médico destacou que, no inverno, o normal era que houvesse a interrupção de casos, mas desde 2001 se observa que não há mais esse período de paralisação. “Em 2013, após a 29ª semana [do ano], no começo de julho, o maior número de casos foi dez por semana, mas depois oscilou entre três a seis, confirmando que, apesar de não cessar a transmissão, ela sofre certa redução. O número vai aumentar ainda e depois observaremos queda. Não será diferente do ano passado”.

Albuquerque ressaltou que em 2014 houve certas particularidades, como a temperatura maior do que a média dos anos anteriores. “Mas é claro que o combate à dengue tem que ser feito permanentemente. Não é fácil combater o vetor. A ocupação do espaço urbano e a capacidade de manter o espaço salubre tem que ser trabalho articulado com outras secretarias, e isso tem sido feito. A população tem que auxiliar também”.

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Agência Brasil/ G1

Médicos descartam uso da aspirina para prevenção de derrames

http://www.hcplive.com/_media/_upload_image/_thumbnails/aspirin(2).jpgBenefícios do medicamento são modestos e novos anticoagulantes ganham espaço 

Chega de aspirina para prevenir doenças do coração. Mal interpretado, o alerta desta semana do Instituto Nacional de Saúde e Assistência britânico (Nice) pode soprar tempestade em copo d'água: se infarto ou derrame já aconteceram, não vá deixar de tomar a sua aspirina. O que o Nice agora torna público é tecla cada vez mais batida pelos cardiologistas: quando o assunto é risco de acidente vascular cerebral (AVCs) em pacientes com arritmia, a aspirina ajuda pouco e ameaça efeitos colaterais como hemorragias internas.

Uma nova geração de drogas promete mais eficácia e segurança do que a aspirina, amplamente utilizada especialmente por idosos para afinar o sangue e impedir a formação de coágulos. As bolas da vez cumprem a missão anticoagulante e atendem pelas graças de "Apixabana", "Dabigatrana" e "Rivaroxabana".

— A aspirina era classicamente usada para prevenção de AVC em alguns pacientes, mas os benefícios são limitados se compararmos com anticoagulantes como os antagonistas de vitamina K (cuja principal função é garantir a coagulação do sangue), usados até pouco tempo atrás. Agora surgiram essas drogas oferecendo benefícios no mínimo iguais aos anticoagulantes tradicionais, mas com menos interações medicamentosas e menos variação de efeito — observa cardiologista Marcelo Kruse, do Instituto de Cardiologia.

Especialista em arritmias, Kruse lembra que a aspirina segue "amplamente recomendada" para quem sofreu infarto agudo do miocárdio ou apresenta alto risco de desenvolver doença coronariana. A aspirina fica descartada quando há fibrilação atrial, arritmia relativamente comum em pacientes de mais idade que aumenta as chances de um evento cerebral.

— A arritmia predispõe a formação de coágulos que, no decorrer do tempo, podem migrar para a circulação cerebral e causar derrames. Para os pacientes de maior risco, costumamos recomendar a varfarina, que é bem testada e melhor que a aspirina. O problema é que, sendo anticoagulante, se associa ao sangramento e exige monitoramento com exames de sangue mensais — diz o cardiologista Luis Eduardo Rohde, chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas.

Mais estável que a varfarina, o recém-chegado trio de anticoagulantes orais dispensa os exames periódicos para conferir se houve hemorragia. Além disso, estudos com milhares de pacientes, relata Rohde, sugerem que os novatos são tão bons ou até melhores que a varfarina. Com isso, é possível divisar três cenários:

— O que se questiona é a aspirina na prevenção primária. Até pouco tempo atrás, pessoas aparentemente saudáveis recebiam a recomendação de consumir aspirina para prevenir um primeiro infarto. Os pequenos benefícios se perdem com o risco de sangramento. Ela deve ser usada na prevenção secundária, em pacientes que já tiveram eventos vasculares. Já no caso de fibrilação atrial e risco de AVC, o mais indicado é a varfarina e, agora, esses novos tratamentos mais estáveis — enumera Rohde.

De acordo com Kruse, os novos remédios foram liberados para uso clínico apenas recentemente nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, e a comunidade médica ainda está aprendendo com eles, "mas certamente são o futuro do tratamento".

Um dos obstáculos pode ser o custo. Enquanto a varfarina sai por cerca de R$ 10 por mês, podem exigir mais de R$ 200 mensais os remédios a base de apixabana, dabigatrana e rivaroxabana. Ainda assim, a ferida no bolso tem a contrapartida da praticidade, já que os exames mensais saem de cena.

Os números do Nice
— A fibrilação atrial aumenta em cinco vezes as chances de derrames cerebrais

— Anticoagulantes têm sido receitados para apenas 45% dos pacientes com fibrilação atrial no Reino Unido

— Naquele país, cerca de 800 mil pessoas sofrem de fibrilação atrial, sendo que 250 mil desconhecem a condição

— Estima-se que o sintoma cause 12,5 mil derrames por ano no Reino Unido. O Nice estima que 7 mil derrames e 2 mil mortes prematuras podem ser evitadas anualmente com a prescrição adequada de anticoagulantes

Prevenção primária
O paciente: não teve doença cardiovascular

Uso da aspirina: Não recomendado. Anticoagulantes buscam evitar a ocorrência da doença atacando a fibrilação atrial, que provoca a incidência da doença. Mas sob consulta do médico, o uso pode ser reavaliado.

Prevenção secundária
O paciente:
já teve alguma ocorrência de doença cardiovascular

Uso da aspirina: Continua indicado. Busca identificar e corrigir o quanto antes qualquer desvio do quadro de normalidade, retornando o paciente à uma condição saudável e limitando os eventuais danos, com diagnóstico precoce e tratamento imediato. É o caso da aspirina usada para afinar o sangue após um infarto, por exemplo.

Zero Hora

Qualidade da dieta diminui chances de desenvolver diabetes tipo 2

Qualidade da dieta diminui chances de desenvolver diabetes tipo 2 Divulgação/Divulgação
Foto: Divulgação
Perda de peso e exercícios físicos também contribuem para blindar o organismo contra a doença

Mais frutas e vegetais, menos bebidas açucaradas e gorduras saturadas reduzem significativamente o risco de diabetes tipo 2, independentemente de outras mudanças no estilo de vida, diz um novo estudo apresentado na Associação Americana de Diabetes.

A pesquisa, conduzida pela Escola de Saúde Pública de Harvard, acompanhou 148.484 participantes sem a doença. Os cientistas analisaram o tipo de alimentação dos voluntários usando o Índice de Alimentação Saudável Alternativo 2010, criado pela própria instituição de ensino.

De acordo com a investigação, aqueles que aumentaram suas pontuações do índice de qualidade da dieta em apenas 10% ao longo de um período de quatro anos eram 20% menos propensos a desenvolver a doença. Os resultados foram comparados entre os participantes que reduziram sua ingestão de calorias ou que aumentaram seu quociente de exercício. No entanto, o estudo concluiu que a qualidade da dieta foi o fator mais importante na defesa contra o diabetes tipo 2.

— Descobrimos que a alimentação estava de fato associada com o diabetes independentemente da perda de peso e do aumento da atividade física. Se você melhora outros fatores de estilo de vida, reduz as chances de desenvolver a doença ainda mais. Mas melhorar a qualidade da dieta por si só tem benefícios significativos— afirma a pós-doutorando Sylvia Ley.

Sylvia foi incentivada pelos resultados, notando que maximizar a qualidade da alimentação de alguém é mais fácil do que reduzir as calorias.

— Isso é importante porque muitas vezes é difícil para as pessoas manterem por muito tempo uma dieta com restrição de calorias. Queremos que elas saibam que, se conseguirem melhorar a qualidade geral do que comem - consumir menos carne vermelha e bebidas adoçadas com açúcar, e mais frutas, legumes e grãos integrais - melhorarão sua saúde e reduzirão o risco de diabetes— conclui.

Segundo ela, as dietas dos voluntários do estudo foram diversificadas na qualidade quando a pesquisa começou, mas os resultados indicam que uma melhora é benéfica não importa quão pobre a dieta tenha sido antes.

Zero Hora

Doente mental tem duas vezes e meia mais risco de ser vítima de homicídio

http://www.significadodesonhos.net/wp-content/uploads/2011/07/significado-de-sonhar-com-agress%C3%A3o.jpgEstudo mostra que tão necessário quanto avaliar os riscos de suicídio e violência é analisar a vulnerabilidade dos pacientes

Ao contrário do senso comum, o paciente com doença mental é mais vítima de violência do que vilão. Estudo realizado na Inglaterra e País de Gales mostrou que eles têm duas vezes e meia mais chances de se tornarem vítimas de homicídio do que a população em geral.

De acordo com o estudo publicado no periódico científico The Lancet Psychiatry, homicídios cometidos por pacientes com doença mental têm ganhado muito destaque na imprensa, porém raramente é analisado ou discutido o risco de homicídio aumentado que eles correm.

"Historicamente, a sociedade tem se mostrado muito mais preocupada com a possibilidade do paciente com doença mental cometer  violência do que com a vulnerabilidade dessas pessoas a atos violentos", explica Louis Appleby, líder do estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido. "No entanto, o resultado do nosso estudo mostra que médicos da Inglaterra e do País de Gales podem esperar que, a cada dois anos, um dos seus pacientes seja vítima de homicídio."

Os dados mostraram que há relação dos homicídios com o abuso de álcool e drogas. 93% dos autores tinham histórico de abuso de álcool e drogas e 66% das vítimas.

“Entendendo que o risco do paciente pode depender do ambiente em que eles estão— por exemplo, o uso de álcool ou drogas ou pelo contato com pacientes com histórico de violência. Avaliar adequadamente esses fatores de risco deve tornar parte fundamental dos cuidados clínicos", disse Appleby.

Dados
O estudo realizado com dados do sistema de saúde de 2003 a 2005 mostra que 1.496 pessoas foram vítima de homicídios, sendo que 6% (90) estavam sob cuidados do serviço de atenção à saúde mental um ano antes da morte. Um terço das vítimas (29) foi morta por outros pacientes com doença mental.

Em 23 dos casos onde a vítima foi morta por outro paciente com doença mental, em 9,35% das situações, vítima e autor eram casados, em 4,15%, parentes e em 10,38%, conhecidos. Em 21 dos 23 casos,  a vítima e o autor estavam em tratamento no mesmo centro de atendimento.

Appleby defende a necessidade de avaliar não só os riscos de suicídio e prática de violência, mas também os riscos dos pacientes com doença mental sofrerem a violência.

iG