Homem com alopécia universal teve melhora após meses usando remédio. É o primeiro caso de tratamento bem-sucedido desta doença, diz estudo
Foto: Reprodução/Journal of Investigative Dermatology - Imagens mostram evolução do quadro de alopécia após tratamento com droga |
Cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriram que um
medicamento criado para tratar reumatismo pode estimular o crescimento
de cabelo e pelos em pessoas que sofrem de alopécia universal, quando há
perda de todos os pelos do corpo.
De acordo com a pesquisa, publicada no “Journal of Investigative
Dermatology”, do grupo "Nature", uma grande quantidade de cabelo cresceu
após um tratamento proposto pelos médicos.
Atualmente, não há cura ou tratamento de longo prazo para este tipo de alopécia, enfermidade que deixou careca o paciente voluntário aos 25 anos. Segundo os investigadores, foi o primeiro caso de tratamento bem-sucedido para esta enfermidade.
Além do cabelo, cresceram ainda os pelos das sobrancelhas e cílios, além do rosto e axila, todos afetados pela alopécia. “Os resultados foram exatamente o que esperávamos”, disse Brett King, professor assistente de dermatologia da Escola de Medicina da Universidade Yale e autor principal do artigo científico. “É um enorme passo para o tratamento de pacientes com esta condição”, disse ele, em comunicado.
Atualmente, não há cura ou tratamento de longo prazo para este tipo de alopécia, enfermidade que deixou careca o paciente voluntário aos 25 anos. Segundo os investigadores, foi o primeiro caso de tratamento bem-sucedido para esta enfermidade.
Além do cabelo, cresceram ainda os pelos das sobrancelhas e cílios, além do rosto e axila, todos afetados pela alopécia. “Os resultados foram exatamente o que esperávamos”, disse Brett King, professor assistente de dermatologia da Escola de Medicina da Universidade Yale e autor principal do artigo científico. “É um enorme passo para o tratamento de pacientes com esta condição”, disse ele, em comunicado.
O caso
O paciente havia sido previamente diagnosticado com alopécia universal e
psoríase em placas, condição caracterizada por áreas vermelhas
escamosas na pele.
Os médicos decidiram usar o medicamento que tem o nome comercial
Xeljanz (Tofacitinib Citrate), da empresa Pfizer. Com comercialização
autorizada nos EUA, experimentos anteriores feitos com o remédio em
camundongos tiveram bons resultados na reversão da psoríase -- mas não
da alopécia.
O homem utilizou a droga por dois meses, consumindo 10 mg por dia.
Durante esse período, a psoríase teve leve melhora, mas foi registrado
crescimento de cabelo e pelos faciais.
Houve mais três meses de tratamento, com 15 mg por dia, e, ao longo
desse tempo o voluntário recuperou grande parte dos cabelos e suas
sobrancelhas já eram bem visíveis, além dos pelos faciais e da axila.
“O paciente relatou não sentir qualquer efeito colateral e não
detectamos anormalidades nos testes laboratoriais”, disse Brittany
Craiglow, coautora do estudo.
De acordo com os cientistas, haverá novos experimentos para se obter um
creme com a droga. No entanto, eles dizem que os princípios ativos
podem não ajudar em todos os casos.
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