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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Pesquisa diz que brasileiros apoiam mais ações contra o tabagismo

tabaco bannerBrasileiros fumantes e não fumantes apoiam a criação de novas ações governamentais para a cessação do tabagismo. Existe um forte apoio até mesmo para a proibição total da comercialização dos produtos de tabaco – algo que não está agenda legislativa, mas demonstra a aprovação da atuação do Estado no controle do tabagismo

As informações constam do Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco (Projeto ITC) criado para medir o impacto das ações da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados nacionais (Projeto ITC Brasil) foram divulgados nesta sexta-feira, durante o “Congresso INCA 80 Anos: Desafios e Perspectivas para o Controle do câncer no Século XXI”, realizado no Rio de Janeiro, até sábado, 30.

O Projeto ITC perguntou a todos os entrevistados se eles apoiam ou se opõem à proibição total de produtos de tabaco nos próximos 10 anos, dado que o governo forneceria tratamento para ajudar fumantes a deixarem de fumar. Os resultados mostram que 68% dos fumantes e 77% dos não fumantes pesquisados "apoiam" ou "apoiam fortemente" essa proibição.

“Isso mostra a discrepância do que os fumantes e não fumantes querem que os governos façam e aquilo que os governos realmente fazem”, provocou o investigador principal do Projeto Internacional ICT, Geofrey T. Fong, do Departamento de Psicologia e Instituto para Pesquisa em Câncer do Canadá.

Fong também destacou dois pontos nas campanhas de comunicação contra o cigarro: as imagens impactantes dos danos à saúde causados pelo produto na frente das embalagens e o banimento dos displays nos pontos de venda. No primeiro caso, ele citou o fato de entre dez países desenvolvidos pesquisados, o uso das imagens nas embalagens como advertência sanitária só não reduziu o consumo na França e no Reino Unido – justamente os que não colocaram as imagens na frente das embalagens. O Brasil também não fez isso ainda e os resultados são pouco significativos.

“A literatura mundial diz que o texto não tem o impacto adequado [como advertência sanitária]: as imagens são mais efetivas”, explicou a investigadora principal do Projeto ICT Brasil, a psicóloga Cristina de Abreu Perez, da Fundação do Câncer. O Brasil foi o segundo país do mundo, em 2001, a implementar advertências sanitárias com imagens nas embalagens de produtos do tabaco.

Quanto ao banimento do display nos pontos de venda, há um consenso entre os pesquisadores que é extremamente importante: que o Brasil efetive a proibição via parlamento. O tabagismo é uma doença pediátrica e mostrar o produto atraente ajuda a capturar os jovens”, explicou a secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro (Conicq/INCA), Tânia Cavalcante.

A pesquisa do Projeto ITC Brasil revela, aliás, que fumantes e não fumantes apoiam fortemente duas políticas-chave para reduzir publicidade e promoção de produtos de tabaco: a proibição de exibição de produtos de tabaco nos pontos de venda e a padronização das embalagens de cigarros. Aproximadamente três quartos dos fumantes (72%) apoiam a proibição de displays dentro de lojas e quase metade (49%) apoiam as embalagens padronizadas. O apoio é ainda maior entre os não fumantes:86% apoiam a proibição dos displays dentro de lojas e 56% são a favor das embalagens padronizadas.

A pesquisa perguntou a fumantes e ex-fumantes quais as razões que os levaram a pensar em deixar de fumar nos últimos seis meses ou os levaram a parar. As razões mais comuns para pensar em deixar de fumar "muito" entre fumantes e ex-fumantes eram preocupações com a própria saúde (68% dos fumantes, 89% dos ex-fumantes); dar exemplo para crianças (66% dos fumantes, 63% dos ex-fumantes); e preocupações sobre os danos causados pelo tabagismo passivo em não fumantes (51% dos fumantes e 60% dos ex-fumantes). O preço dos cigarros foi o motivo para metade dos entrevistados (50% dos fumantes e ex-fumantes).

A chefe do Secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS, Vera Luiza da Costa e Silva, disse que as discussões sobre a implantação dos maços genéricos de cigarros estão no Congresso Nacional, da mesma forma que a necessidade de controlar o contrabando do produto no País. A diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho, que introduziu as discussões, disse que o objetivo do Instituto em relação à saúde pública “é fazer cada vez mais e melhor pelos próximos 80 anos”.

Esta é a terceira edição do Projeto ITC no Brasil – a primeira foi em 2009 e a segunda em 2013. Além do Brasil, a edição 2017 englobou outros 27 países, onde residem dois terços dos fumantes no mundo. No Brasil, a pesquisa ouviu 1.358 fumantes e 470 não fumantes.

O projeto ITC do Brasil é coordenado pelo INCA em associação com a Universidade de Waterloo, do Canadá, e em parceria com a Fundação do Câncer, Cetab/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Aliança de Controle do Tabaco (ACTbr) e Secretaria Nacional da Política sobre Drogas (Senad).

Congresso INCA 80 Anos
O Congresso, foi realizado na sexta-feira e sábado (29 e 30 de setembro) no Rio Othon Palace, em Copacabana, conta com a participação de cerca de 700 pessoas por dia, 300 palestrantes, 30 convidados internacionais, 157 palestras e 32 mesas-redondas.

Fonte: INCA

Cientistas estão desenvolvendo chip que pode reverter cegueira e surdez

Os engenheiros da Rice University, do estado do Texas, dos Estados Unidos, estão construindo um microscópio minúsculo, chamado FlatScope TM, e desenvolvendo um software que pode decodificar e desencadear neurônios na superfície do cérebro

De acordo com um comunicado de imprensa publicado recentemente pela Rice University, o objetivo da pesquisa, como parte de uma nova iniciativa governamental, é fornecer um caminho alternativo para que a visão e a audição sejam entregues diretamente ao cérebro, auxiliando na recuperação desse sentidos. No primeiro momento, o foco será nos neurônios da visão.

O projeto faz parte de um aporte de 65 milhões de dólares anunciado nesta semana pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa Federal (DARPA) para desenvolver uma interface neural de alta resolução. Entre muitos objetivos a longo prazo, o programa Neural Engineering System Design (NESD) espera compensar a perda de visão ou audição de uma pessoa através da entrega de informações digitais diretamente para partes do cérebro que podem processá-la. Para isso, o microscópio e seu software precisam decodificar e desencadear neurônios na camada mais externa do cérebro, o córtex.

Batizado de FlatScope, o objeto lembra um chip, que é implantado entre o crânio e o córtex cerebral. O escopo em desenvolvimento é tratado como um primo da FlatCam, uma câmera muito pequena que tem como objetivo eliminar a necessidade de lentes volumosas em câmeras, desenvolvida por cientistas da mesma Universidade.

A ideia é fazer com que uma proteína modifique neurônios e os faça ficarem luminosos quando ativados. A interface óptica do microscópio conseguiria identificá-los e estimulá-los. “Estamos adotando uma abordagem totalmente ótica em que o microscópio pode ser capaz de visualizar um milhão de neurônios”, Robinson, que integra a equipe do Departamento de Engenharia Elétrica e de Informática responsável pelo projeto, declarou no comunicado da universidade à imprensa.

“O microscópio que estamos construindo captura imagens tridimensionais, então poderemos ver não apenas a superfície, mas também uma certa profundidade abaixo”, disse Veeraraghavan, que integra a equipe de engenheiros do projeto. “No momento, não conhecemos o limite, mas esperamos poder ver 500 microns de profundidade nos tecidos”. “Isso deve nos levar às camadas densas do córtex, onde pensamos que a maioria dos cálculos realmente estão acontecendo, onde os neurônios se conectam”, disse Kemere, outro integrante da equipe.

R7

Cápsulas de medicamento desenvolvidas à base de tapioca são nova opção do mercado

Além de atenderem várias exigências culturais e alimentares, são mais estáveis que as cápsulas de origem animal

A maioria das pessoas nunca parou para pensar sobre do que são feitas as cápsulas de medicamentos. E embora muita gente nunca tenha se preocupado com o assunto, só cresce o número de pessoas que têm buscando alternativas às tradicionais cápsulas existentes no mercado.

Os medicamentos podem ser fabricados de acordo com uma série de apresentações, como comprimidos, soluções, cremes e pomadas, gotas, entre várias outras formas. Uma das mais conhecidas são as cápsulas. Além de fáceis de engolir, permitem boa absorção no organismo.

As cápsulas atualmente são feitas na maioria dos casos com matéria-prima de origem animal. É utilizada proteína animal para a produção de gelatina, que por sua vez, será a substância utilizada na fabricação das cápsulas.

No entanto, uma parcela do público, formada principalmente por veganos e consumidores de produtos halal e kosher (muçulmanos e judeus) tem buscado alternativas às capsulas tradicionais. E a principal opção encontrada pela indústria farmacêutica são as cápsulas de origem vegetal, principalmente a tapioca. Ele já vem sendo usada com sucesso alguma farmácias de manipulação.

A tapioca é um alimento popular brasileiro que vem ganhando cada vez mais espaço na gastronomia do país. Por ter baixo índice glicêmico, baixo teor de sódio e não conter glúten, tem feito sucesso junto aos consumidores que buscam opções de alimentos saudáveis.

Segundo a farmacêutica Fernanda Lobo Vicentini, da Farma Conde Manipulação, a cápsula de tapioca, conhecida como Tapiocaps, tem sido uma alternativa cada vez mais procurada pelos clientes da farmácia. Ela ressalta, que além de atender os públicos veganos, halal e kosher, a Tapiocaps apresenta ainda uma série de outras vantagens em relação ao produto de origem animal.

“Mesmo aqueles que não possuem restrições alimentares podem se beneficiar da cápsula de tapioca, que já se tornou a alternativa mais natural do mercado”, salienta Fernanda.

Fernanda lista as principais vantagens da cápsula de tapioca produzida pela Farma Conde Manipulação:

1. Oferece melhor proteção ao medicamento
2. Livre de matéria-prima geneticamente modificada (transgênicos)
3. Satisfaz exigências alimentares e culturais
4. Rápida desintegração e absorção pelo organismo
5. 100% orgânica (certificação em andamento)

Imagem ilustrativa

SEGS