Os engenheiros da Rice University, do estado do Texas, dos Estados Unidos, estão construindo um microscópio minúsculo, chamado FlatScope TM, e desenvolvendo um software que pode decodificar e desencadear neurônios na superfície do cérebro
De acordo com um comunicado de imprensa publicado recentemente pela Rice University, o objetivo da pesquisa, como parte de uma nova iniciativa governamental, é fornecer um caminho alternativo para que a visão e a audição sejam entregues diretamente ao cérebro, auxiliando na recuperação desse sentidos. No primeiro momento, o foco será nos neurônios da visão.
O projeto faz parte de um aporte de 65 milhões de dólares anunciado nesta semana pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa Federal (DARPA) para desenvolver uma interface neural de alta resolução. Entre muitos objetivos a longo prazo, o programa Neural Engineering System Design (NESD) espera compensar a perda de visão ou audição de uma pessoa através da entrega de informações digitais diretamente para partes do cérebro que podem processá-la. Para isso, o microscópio e seu software precisam decodificar e desencadear neurônios na camada mais externa do cérebro, o córtex.
Batizado de FlatScope, o objeto lembra um chip, que é implantado entre o crânio e o córtex cerebral. O escopo em desenvolvimento é tratado como um primo da FlatCam, uma câmera muito pequena que tem como objetivo eliminar a necessidade de lentes volumosas em câmeras, desenvolvida por cientistas da mesma Universidade.
A ideia é fazer com que uma proteína modifique neurônios e os faça ficarem luminosos quando ativados. A interface óptica do microscópio conseguiria identificá-los e estimulá-los. “Estamos adotando uma abordagem totalmente ótica em que o microscópio pode ser capaz de visualizar um milhão de neurônios”, Robinson, que integra a equipe do Departamento de Engenharia Elétrica e de Informática responsável pelo projeto, declarou no comunicado da universidade à imprensa.
A ideia é fazer com que uma proteína modifique neurônios e os faça ficarem luminosos quando ativados. A interface óptica do microscópio conseguiria identificá-los e estimulá-los. “Estamos adotando uma abordagem totalmente ótica em que o microscópio pode ser capaz de visualizar um milhão de neurônios”, Robinson, que integra a equipe do Departamento de Engenharia Elétrica e de Informática responsável pelo projeto, declarou no comunicado da universidade à imprensa.
“O microscópio que estamos construindo captura imagens tridimensionais, então poderemos ver não apenas a superfície, mas também uma certa profundidade abaixo”, disse Veeraraghavan, que integra a equipe de engenheiros do projeto. “No momento, não conhecemos o limite, mas esperamos poder ver 500 microns de profundidade nos tecidos”. “Isso deve nos levar às camadas densas do córtex, onde pensamos que a maioria dos cálculos realmente estão acontecendo, onde os neurônios se conectam”, disse Kemere, outro integrante da equipe.
R7
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