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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Entenda por que o cigarro vicia

Tabagismo é doença e precisa de tratamento
 
Dependência
Infelizmente, nem sempre o tabagismo foi considerado doença. Foi somente no final dos anos 1980, com a descoberta dos receptores da nicotina no cérebro e seu poder de viciar (maior do que drogas como cocaína e heroína), que a coisa mudou de figura.

Hoje sabe-se que os receptores específicos para a nicotina no cérebro, quando ativados, liberam substâncias que garantem sensação de prazer. É por isso que um cigarrinho já basta para amenizar sintomas de ansiedade e depressão. Diga-se, não à toa tem ganhado muitos adeptos nestes tempos de estresse crônico.

Na busca por essa sensação de bem-estar, a pessoa passa a acender um cigarro atrás do outro, condicionando-se. Nos viciados, deixar de fumar por algumas horas dá uma sensação terrível e um desejo incontrolável de tragar - é a síndrome da abstinência. Quem fuma mais de 15 por dia é considerado grande dependente.

Abstinência de nicotina
Quando as pessoas usam o tabaco de forma regular, o corpo delas desenvolve uma necessidade por nicotina. Se elas não ingerirem a nicotina, elas começam a ter sintomas de abstinência. Esses sintomas variam de pessoa para pessoa e dependem do quanto de nicotina a pessoa está acostumada a ingerir. Quanto maior a quantidade, mais fortes são os sintomas:
  • Cansaço
  • Irritação
  • Nervosismo
  • Ansiedade
  • Tristeza ou depressão
  • Fome maior do que usual

Pessoas que estejam com abstinência da nicotina podem achar difícil:
  • Dormir
  • Lidar com o estresse
  • Concentrar-se

A abstinência da nicotina começa normalmente 24 depois de a pessoa parar de fumar ou de usar substâncias com tabaco. Os sintomas podem piorar entre 24 e 48 horas depois de a pessoa parar de fumar e podem durar poucos dias ou até quatro semanas. A duração média dos sintomas é de três a quatro semanas. A vontade de fumar e o aumento do apetite podem durar meses. O tratamento para a abstinência inclui remédios, terapia ou grupos de apoio, uma dieta e exercícios regulares.

Fumar para melhorar o humor ou aliviar a tensão
Pergunte a você mesmo algumas questões para descobrir se você fuma para aliviar a tensão, a irritação, o stress ou para melhorar o humor.

Fumar vem à sua cabeça automaticamente quando você está frustrado, tenso, nervoso ou triste?

Fumar lhe acalma quando você está nervoso?

Você fuma mais cigarros quando está nervoso?

Se você já tentou parar de fumar no passado, você sentiu mais a falta do cigarro quando estava em período de maior stress?

O alívio que você sente ao fumar vem do ato de tirar um tempo para fumar e também dos efeitos químicos da nicotina no cérebro. Se você retornar ao ambiente estressante logo depois de acabar o cigarro, a tensão logo voltará e você precisará de outro cigarro. O cigarro, na verdade, não faz a tensão, o stress ou depressão sumirem. A única forma de realmente controlar o stress na sua vida é identificar o que causa o stress e aprender a mudar o jeito que você reage a situações estressantes.

Fumar para controlar o peso
É verdade que a nicotina presente nos produtos de tabaco reduz seu apetite e lhe anima quando você sente que o nível de energia está caindo por causa da fome. Mas esses efeitos não duram e, antes que você espere, já está com fome de novo. Usar o cigarro para manter o peso baixo tem outras desvantagens. Fumar não faz nada por seus músculos. Você pode até perder peso, mas seus não estarão tonificados e você também não terá a energia que vem da combinação de exercícios e alimentação correta. Se você está fumando porque tem medo de ganhar peso quando parar, lembre-se que nem todo mundo engorda quando deixa de fumar.

Sensações que o fumo proporciona

Pense em que momentos do dia o cigarro é necessário:
  • Depois que os efeitos do café da manhã começam a passar?
  • Perto das refeições?
  • Depois de ficar parado por um longo tempo?
Às vezes as pessoas fumam para ganhar concentração ou se manter alertas. A nicotina presente nos produtos de tabaco geralmente é suficiente para despertar seu cérebro, mas não há substituto a uma boa noite de sono, alimentação saudável, exercícios e curtir a vida.

Para se enturmar
Fumar pode ser uma coisa muito importante na sua vida social. Você fuma automaticamente quando está ao lado de alguém que fuma? Algumas pessoas, lugares ou coisas parecem fazer você querer fumar? Seus amigos fumam? Os amigos se importam um com os outros, dão apoio e fazem atividades juntos para confirmar as afinidades que possuem. Mas por que compartilhar uma atividade que coloca sua vida em risco? Se seus amigos fumam, pergunte se eles não querem parar também. Talvez muitos se convençam que seja hora de parar. Um poderá ajudar o outro.

Caso eles não queiram, peça que não fumem perto de você, não lhe oferecem cigarros ou não deixem cigarros por perto.

Adolescentes e tabaco
Você pode ter começado a fumar para se adequar a seus amigos. Ou talvez seus pais fumem. Qualquer que seja o motivo que o levou a fumar, há muito mais razões para parar:

  • Você estará controlando mais sua vida depois que você parar de fumar
  • Você ficará mais bonito. Seu cabelo, suas roupas e sua respiração ficarão melhores e seu dente ficará mais branco. Adolescentes sempre dizem que preferem namorar ou beijar quem não fuma
  • Some o quanto você gasta por semana, mês ou ano com cigarros. O que mais você poderá fazer com o dinheiro?
  • Fumar causa mau-hálito, problemas nos dentes, dores ou manchas na boca
  • Fumar não é um jeito inteligente de perder peso ou evitar de ganhar peso. Atividade física é uma forma muito melhor de controlar o peso e isso vai dar mais massa muscular. Embora algumas pessoas ganhem peso depois que param de fumar, isso é temporário. Em alguns casos, ocorre até perda de peso porque as pessoas se tornam mais ativas depois que param de fumar
  • Depois que você pára de fumar, você irá se cansar menos depois das atividades físicas
 
Fonte Minha Vida

Leis antifumo reduzem internações por doenças relacionadas ao cigarro

Hospitalizações por doenças cardiovasculares ou respiratórias caem até 24%
 
Um levantamento feito pela Universidade da Califórnia com o Instituto Nacional de Saúde (NHI, sigla em inglês) dos Estados Unidos, descobriu que a aplicação das leis que proíbem o fumo de lugares fechados, como restaurantes e bares, é capaz de reduzir rapidamente o número de internações decorrentes de doenças relacionadas ao tabagismo, principalmente doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. Os resultados foram publicados dia 30 de Outubro no periódico Circulation, da Associação Americana do Coração.
 
Os autores do estudo revisaram 45 pesquisas que analisaram durante um ano as consequências de 33 leis antifumo aplicadas em diversos países, entre eles Estados Unidos, Alemanha e Uruguai. Segundo os resultados, as legislações que proíbem o fumo em bares, restaurantes ou no trabalho diminuíram em 15% as hospitalizações por ataque cardíaco, em 16% as internações por acidente vascular cerebral (AVC) e em 24% as hospitalizações por problemas respiratórios, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. A pesquisa ainda mostrou que as leis mais abrangentes - ou seja, que proíbem o tabagismo em bares, em restaurantes e também no trabalho - são as que provocam os maiores benefícios. Essa diminuição ocorre tanto entre os fumantes quanto entre pessoas expostas ao fumo passivo.
 
Os cientistas acreditam que os resultados apoiam a posição da Associação Americana do Coração, que acredita que leis antifumo deveriam se estender a todos os ambientes de trabalho e lugares públicos. Segundo os autores, legislações mais fortes significam reduções imediatas nos problemas de saúde relacionados ao tabagismo.
 
Você realmente conhece os perigos do fumo?
No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo. O fumo passivo também é um grande problema. O pneumologista da Unifesp, Fernando Sérgio Studard, explica que permanecer em um bar onde há pessoas fumando equivale a fumar quatro cigarros para quem não fuma. O tabagismo é o principal causador de doenças pulmonares, tumores e doenças cardiovasculares. Tire suas dúvidas e entenda as ameaças ocultas do fumo para a saúde.
 
O fumo passivo pode ser responsável por quais doenças?
Tabagismo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A exposição à fumaça do cigarro pode aumentar os riscos de doença psiquiátrica, mortalidade cardiovascular, doenças respiratórias, câncer e sinusite crônica, além de piorar a audição de adolescentes.
 
Qual é o risco de fumar em locais fechados?
Segundo especialistas, o ar da residência de um fumante usual contém três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do usuário após passar pelo filtro do cigarro. Assim, fumar em lugares públicos fechados, além de proibido por lei em algumas regiões, é também um veneno para os pulmões.
 
Para parar de fumar, qual é o melhor caminho?
De acordo com o pneumologista especialista em tabagismo da Unifesp, Sérgio Ricardo Santos, a maioria das pessoas consegue parar sem ter que recorrer a um profissional. Nos casos em que a pessoa não consegue largar o vício sozinha, o melhor a fazer é procurar um centro especializado em tabagismo. "Qualquer profissional de saúde pode resolver o problema, tanto um psicólogo quanto um pneumologista", diz o especialista.
 
Para os bebês, quais problemas o fumo passivo traz?
Um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, diz que 90% das mães que perdem seus bebês para a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) são fumantes. A morte súbita acontece quando bebês de até um ano morrem sem apresentar qualquer sintoma, geralmente durante o sono. "A exposição à fumaça de tabaco, tanto na gravidez como no pós-natal, leva a uma série de efeitos sobre o desenvolvimento da criança", esclarece Sérgio Ricardo Santos.
 
Fonte Minha Vida

Malária afeta 34 milhões de pessoas fora da África

A malária afeta 34 milhões de pessoas e provoca 46.000 mortes por ano fora da África, indica um informe divulgado esta sexta-feira, durante a conferência "Malária 2012: salvando vidas na Ásia-Pacífico", celebrada em Sidney.
 
Oitenta e oito por cento destes 34 milhões de casos e a maioria das 46.000 mortes anuais é registrada na região Ásia-Pacífico, que tem 20 países onde a malária é endêmica, o que levou vários especialistas a solicitar uma ação mais enérgica contra a malária nesta região.
 
Segundo o informe, intitulado "Derrotar a malária na Ásia, no Pacífico, nas Américas, no Oriente Médio e na Europa", a população de risco total chega a 3,3 bilhões de pessoas no mundo, das quais 2,5 bilhões vivem fora da África.
 
A malária é uma doença transmitida por um mosquito e causada por um parasita, o 'Plasmodium falciparum'. Grande parte dos recursos internacionais para lutar contra ela financiam iniciativas na África.
 
Fora da Ásia, há 1,1 milhão de casos nas Américas, onde 1.200 pessoas morreram com a doença em 2010 e 2,9 milhões de casos no Oriente Médio e no Cáucaso, onde morreram 3.100 pessoas em 2010.
Nas Américas, "a maioria dos casos de malária surgem da Bacia do Amazonas, em distritos de Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela", diz o informe.
 
"Muitas infecções estão associadas a projetos de colonização, atividades mineradoras e silvicultura", ressalta.
 
Por outro lado, "Hispaniola é a única ilha do Caribe onde a malária é endêmica. A maioria dos casos se apresenta em Haiti, que reportou aproximadamente 84.000 casos confirmados em 2010. A República Dominicana deu parte de 2.500 casos, a maioria em regiões fronteiriças com o Haiti", continua.
 
"As pessoas entre os 5 e os 49 anos de idade, ou seja, nas idades mais produtivas da vida, são a maioria dos casos diagnosticados" nas Américas.
 
Por ocasião da divulgação deste relatório, Fatoumata Nafo-Traore, que dirige a associação Fazer Retroceder a Malária, reforçou que "a Ásia tem a segunda maior carga em matéria de malária, a segunda depois da África".
 
"A região precisa reforçar sua liderança política", declarou. "Também precisa desenvolver estratégias de financiamento que compreendam investimentos internos substanciais e constantes, a tradicional ajuda multilateral e bilateral, e fontes de financiamento realmente inovadoras", acrescentou.
 
Na quarta-feira, especialistas que participam desta conferência haviam advertido que uma forma de resistência ao principal medicamento contra a malária está se espalhando na Ásia.
 
A malária resistente ao tratamento padrão, a artemisina, foi confirmada no Camboja em 2006 e desde então apareceu a 800 km na direção oeste, na fronteira entre Tailândia e Mianmar, afirmaram os pesquisadores.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os medicamentos de baixa qualidade e as falsificações representam um grande problema para o mundo, em um momento em que emergem indícios de uma resistência crescente à artemisina, o principal tratamento contra a malária, uma doença que segundo a OMS matou 655.000 pessoas em 2010.
 
Fonte R7

Pfizer corta previsões para 2012 após queda dos lucros no 3º trimestre

O número um do mundo do setor farmacêutico, o laboratório norte-americano Pfizer, cortou nesta quinta-feira sua projeção de resultados para 2012, após a queda de seus lucros líquidos no terceiro trimestre.
 
A empresa registrou uma queda de 14% de seus lucros líquidos, em relação ao mesmo período do ano anterior, a 3,2 bilhões de dólares. Contudo, suas receitas caíram 16%, a 14 bilhões de dólares.
 
A farmacêutica reduziu suas estimativas para 2012 a uma margem de entre 58 e 59 bilhões de dólares, de uma previsão anterior de 60 bilhões de dólares.
 
A empresa perdeu, em novembro de 2011, a exclusividade da venda do medicamento contra o colesterol Lipitor e enfrenta agora a concorrência dos genéricos no mercado.
 
Fonte R7

Com doença rara, 'manequim humano' tenta carreira na moda

Desordem genética provoca a conversão de músculos e outros tecidos em ossos
 
Um canal de TV britânico levou ao ar nesta quinta-feira (1) um documentário sobre a jovem escocesa Louise Wedderburn, de 19 anos, que sofre de fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP), doença rara que provoca a conversão de músculos e outros tecidos em ossos.
 
Manequim Humano é o título do programa exibido pelo Channel 4, que mostra o cotidiano e acompanha a incursão da jovem no mundo da moda.
 
No documentário, Louise tenta o "impensável", como define a narradora do programa: conseguir um emprego no mundo da moda.
 
"Será que a indústria da moda, tão focada em imagem, vai aceitá-la?", questiona o documentário, que mostra Louise ajudando na preparação de modelos antes de um desfile e em cenas domésticas.
 
Louise posou para fotos para a revista Elle e para um estilista durante a Semana de Moda de Londres.

Doença rara
 — A doença jamais vai me impedir de fazer o que eu quero. Tenho que fazer isso, tenho que provar que posso.
 
Luise deve ser cuidadosa para evitar quedas, que aceleram a formação de novos ossos. Como não há cura conhecida, a expectativa de vida de pessoas que nascem com FOP — uma desordem genética — é de apenas 41 anos de idade.
 
Isso significa que em uma questão de anos, Louise poderia ter músculos e outros tecidos ossificados, sendo obriga a usar uma cadeira de rodas para se locomover.
 
A jovem também é obrigada a ser extremamente cuidadosa em seus movimentos, para evitar quedas, que podem provocar aceleração da formação de ossos em lugares machucados.
 
— Tendo a não pensar nas coisas até que elas aconteçam. Se começar a pensar, não saio de casa.
 
De acordo com a Associação Internacional de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva , menos de 3 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença no mundo.
 
Pesquisas recentes com camundongos tentam reduzir a formação de ossos provocada pela mutação genética, descoberta em 2006 por uma equipe da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
 
Fonte R7

Alergia ao trabalho: barbeiro espirra toda vez que corta o cabelo de alguém

Salih sente coceira nos olhos e coriza enquanto trabalha
 
Salih Saruhan, de 21 anos, tem alergia ao trabalho: o barbeiro espirra toda vez que corta o cabelo de alguém.
 
O rapaz, que mora em Kent, Inglaterra, sente coceira nos olhos e coriza quando está trabalhando.
 
Esse problema começou há dois anos quando o rapaz ainda fazia o curso para cabeleireiro. Após uma consulta, os médicos diagnosticaram alergia ao cabelo humano, segundo o site Daily Mail.
 
O quadro surge quando Salih respira as partículas de cabelo que flutuam no ar depois que são cortados.
 
Apesar de sua alergia, o rapaz se recusa a mudar de carreira e, para reverter esse quadro, ele usa um spray nasal e toma dois comprimidos anti-histamínicos por dia.
 
— Eu realmente gosto do meu trabalho e não vou deixar que um espirro atrapalhe a minha carreira.
 
Salih garante aos seus clientes que sua condição não é contagiosa e a coriza não é constante, apesar de ele assoar o nariz algumas vezes ao dia.
 
Fonte R7

Intolerância faz britânica seguir dieta bizarra

Clare Greasly, 45 anos, come apenas de carne de veado e couve-nabo-da-Suécia
 
A mãe de duas crianças foi forçada a seguir uma dieta bizarra que contempla apenas carne de veado e couve-nabo-da-Suécia depois de se tornar intolerante a quase todos os alimentos.

Clare Greasly, 45 anos, afirma que essas são os únicos alimentos que param em seu estômago, já que seu corpo parece rejeitar tudo o que come.

De acordo com o site do jornal Daily Mail, a mulher que um dia foi saudável um dia perdeu parte de sua vitalidade devido à sua condição complicada, para a qual médicos ainda não conseguiram encontrar solução. 

Greasly, que mora em Manchester, afirma:

— Carne de veado e couve-nabo-da-Suécia são as únicas comidas que causam uma reação mais leve em mim. Sem isso, eu estaria limitada a comer ruibarbo (que lembra o aipo) e cereja seca.

Ela conta que costumava amar sua vida, correr pela casa e cuidar dos filhos, mas agora mal tem energia para fazer qualquer coisa.

— Meu marido e meus filhos estão extremamente preocupados comigo e, tenho de admitir, acho que meus dias estão contados. Sua intolerância a comida teve início no ano passado, quando começou a desenvolver uma dor abdominal.

— Comecei a sentir dores horríveis no meu estômago, do lado e no abdômen e fui ao médico. Ele pediu alguns exames, mas eles sempre davam que estava tudo normal. Decidi tentar uma dieta sem glúten para ver se ajudava. Fez eu me sentir melhor, mas ainda não completamente bem.

Com o tempo, ela conta, mesmo os alimentos livres de glúten pareciam causar uma má reação. A intolerância passou a ficar cada vez pior, a ponto de ela chegar um dia ao hospital com terríveis dores no corpo e na cabeça.

— Fui levada para o hospital e ali fiquei quatro semanas. Fiz milhões de exames, mas nada funcionou.

A mãe britânica se diz devastada por tanta mudança em sua vida em tão pouco tempo:

— Eu era uma mulher brilhante, feliz, com energia e um pouco acima do peso, mas agora sou uma sombra do que já fui um dia.
 
Fonte R7

Droga contra câncer reduz recorrência de esclerose em placas

Um medicamento desenvolvido inicialmente para combater certos tipos de câncer se mostrou promissor contra à recorrência da esclerose em placas, revelam estudos publicados nesta quarta-feira na revista britânica The Lancet.
 
O Alemtuzumab, desenvolvido originalmente para tratar uma forma de leucemia e outros tipos de câncer pelo laboratório Genzyme, do grupo Sanofi, reduziu a taxa de recorrência da esclerose em placas além dos tratamentos disponíveis, segundo testes da fase 3 (estudo de eficácia comparativa) em mais de mil pacientes.
 
Estas recorrências, que se manifestam de forma intermitente com sintomas como fraqueza muscular, problemas de visão e perda de sensibilidade, acabam por invalidar a grande maioria dos pacientes.
 
Nos testes com pacientes não tratados antes, o grupo que recebeu Alemtuzumab teve, em média, quase a metade das recorrências registradas entre os pacientes tratados com interferon - o principal tratamento contra a esclerose em placas - em um período de dois anos (22% contra 40%).
 
Resultados similares foram observados em uma segunda bateria de testes, com pacientes recorrentes sob tratamento, e ambos "oferecem a perspectiva de progresso significativo na qualidade de vida e em um futuro melhor" para as pessoas que sofrem de esclerose em placas, destacou Alastair Compston, da Universidade de Cambridge, principal responsável pelos estudos.
 
A esclerose em placas atinge 100 mil pessoas na Grã-Bretanha, 80 mil na França e 400 mil nos Estados Unidos.
 
Mas o Alemtuzumab, um anticorpo monoclonal, tem sérios efeitos colaterais: infecções, problemas de imunidade envolvendo a tiróide e queda das plaquetas no sangue, destaca o editorial da revista.
 
As autoridades americanas e europeias devem autorizar o Alemtuzumab, sob o nome comercial de Lemtrada, no próximo ano, segundo Genevieve Maul, porta-voz da Universidade de Cambridge.
 
O grupo Sanofi adquiriu em 2011 a Americain Genzyme, que desenvolveu o medicamento contra a leucemia comercializado inicialmente sob o nome de Campath, depois rebatizado de Lemtrada (com dosagem diferente).
 
Fonte R7

Planos de Saúde e médico: como deixar a relação mais saudável

Por Henrique Oti Shinomata
 
No mês de outubro comemorou-se o dia do médico e durante todo o mês muito se discutiu sobre a profissão, e um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi a relação entre médicos e planos de saúde.
 
Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila, cada vez mais, os médicos estão se descredenciando das operadoras, por conta dos valores pagos pelo atendimento e pela falta de liberdade que o profissional sofre. Para ele, o país está prestes a viver uma crise no sistema de saúde complementar.
 
Como já abordei aqui no portal, os profissionais da saúde já organizaram algumas paralizações reivindicando o aumento do valor pago pelas operadoras nos atendimentos realizados por eles, nos últimos meses foram pelo menos duas paralizações, sendo que uma delas aconteceu em 21 estados e permaneceu por 15 dias.
 
Atualmente os médicos credenciados recebem em torno de R$40, abaixo do que se paga em uma consulta particular. Para esses médicos, as operadoras deveriam fazer ajustes anuais, assim como fazem com as mensalidades pagas pelo beneficiário.
 
Outro tópico que se tem levantado é a questão de falta de autoridade para a atuação da área, por exemplo, a solicitação de exames complementares, gerando ainda mais um mal estar entre as operadoras e os médicos.
 
Para esses profissionais, muitas vezes eles têm que seguir regras e protocolos que as operadoras estabelecem, o que além de tirar a autonomia profissional do médico, faz com que o processo de liberação de exames e o resultado final demore mais do que o normal.
 
Mas como mudar isso? Acredito que se a Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, tivesse mais controle sobre as ações dos planos de saúde e liberasse mais a autoridade do médico, já seria um começo.
 
Assim como em toda área de atuação, para sanar os problemas entre a instituição e o prestador de serviços, o ideal é que órgãos de saúde realizem ações de incentivo para a valorização da carreira desses profissionais.
 
Fonte Saudeweb

Diferenças entre laboratório Clínico Ambulatorial x Hospitalar

Por Luiz Gastão Mange Rosenfeld*
 
O Diretor de Relações Institucionais da Dasa, Luiz Gastão Rosenfeld, mostra as diferenças operacionais e de custo, com tabela de índices, relativos entre os dois modelos
 
A tecnologia atual dos equipamentos de laboratório clínico conduziu, em todo o mundo, à organização de grandes núcleos técnicos centralizados onde os equipamentos automáticos realizam, cada um, milhares de testes por hora dos exames de alta freqüência. Os exames antes de baixa freqüência, nessas centrais, tendem a um significante aumento, pois esses centros recebem amostras de milhares de pacientes por dia, atendidos em unidades descentralizadas, trazendo significante aumento de sinergia e produtividade.
 
A tecnologia da informação hoje suporta um sistema seguro de cadastramento único de pacientes; identificação de amostras por código de barras e transmissão e impressão de resultados à distância, proporcionando absoluta segurança nessa centralização. Os níveis de automação são elevados para quase todos os tipos de exames e o controle da qualidade, muito mais rigoroso, proporciona níveis de coeficientes de variação entre 1% e 3%, níveis esses nunca atingidos nos antigos laboratórios de baixo volume que há poucos anos operavam com coeficientes de variação entre 5% e 10%, quando não de 30%.
 
A disponibilidade de capital para os grandes investimentos, para a logística envolvida na movimentação de amostras, estrutura organizacional dinâmica e o conhecimento e experiência dos profissionais são necessários para a viabilização dessas organizações.
 
O custo operacional antes concentrado na execução dos exames desloca-se para o atendimento dos pacientes, logística, tecnologia da informação e gestão do conhecimento e operação. Isto propicia um custo final menor para as fontes pagadoras permitindo uma democratização maior dos recursos de alta tecnologia e qualidade na área de medicina diagnóstica.
 
Essa é a visão da Diagnósticos da América, que permite o acesso ao mesmo produto de alto nível técnico e de qualidade, por meio de suas diferentes marcas, com custos diferenciados aos diversos segmentos de planos de saúde e da população.
 
O segmento de laboratório clínico hospitalar também passou por forte transformação. Foram desenvolvidos equipamentos automáticos de médio porte, com alta velocidade de execução e baixíssimos níveis de interferência medicamentosa; sistemas precisos de beira de leito (point of care) e exames com alto valor preditivo, facilitando e solidificando a decisão médica. Na gestão da saúde e hospitalar passou a ser visão comum que quanto mais curta a permanência do paciente e mais efetivo os resultados, menores serão os custos do paciente internado.
 
Os modelos de unidade laboratorial hospitalar da Diagnósticos da América são focados na rápida execução diuturna (operação e fluxo contínuo) dos exames que suportam as mais frequentes decisões clínicas. Esses exames são realizados no próprio hospital por equipe técnica treinada; com equipamentos que permitem execução, uma a uma, dos exames; com baixo nível de interferência e alta precisão técnica.
 
São disponibilizados nos núcleos técnicos ou até em laboratórios de apoio no exterior a mais ampla gama de exames que suportam decisões em casos clínicos mais complexos, com redução das vias indiretas de diagnóstico mais onerosas e demoradas. Finalmente disponibilizamos o apoio médico na indicação e interpretação dos exames de forma a permitir que o médico do paciente possa orientar o diagnóstico ou terapêutica sem depender, em algumas áreas clínicas, do apoio de outros especialistas na assistência ao paciente.

Análise dos impactos nos custos
Esses diferentes modelos – ambulatorial versus hospitalar –, e entre hospitais de diferentes movimentos e complexidade tem certamente diferenças nos seus custos operacionais. Impactam nesses custos as diferenças entre:
 
1. Equipamentos e reagentes
Os custos de equipamentos de médio porte com métodos adequados aos pacientes hospitalares (em uso de numerosos equipamentos) são proporcionalmente maiores do que os equipamentos de grande porte utilizados nos núcleos técnicos – principalmente quando se considera a produtividade e ociosidade variável por porte e número de exames de cada hospital. Os reagentes também são mais onerosos por unidade e os gastos com calibração, controles, repetições e perdas por durabilidade e desperdício (utilização dos kits) também são significantemente maiores.
 
Essas diferenças podem atingir 3 a 15 vezes o custo da amortização por exame dos equipamentos e 5 a 10 vezes, o custo de reagente por exame remunerado -ilustrados na tabela abaixo.
 
2. Recursos Humanos
A mão de obra utilizada nos hospitais diverge na sua qualificação quando comparada ao núcleo técnico. Neste último, muitas das manipulações internas são realizadas por auxiliares técnicos com a supervisão de profissionais universitários mais qualificados. Nos hospitais são quase todos universitários e realizam também as operações mais simples, pois há uma ociosidade maior das suas atividades técnicas. A produtividade de exames por técnico é muito menor nos hospitais, principalmente pela manutenção da operação 24 horas por dia.
 
O mesmo ocorre com os colhedores de amostra que precisam se dirigir leito a leito retornando ao laboratório com o material colhido, enquanto no ambulatório permanecem em um box de coleta, atendendo até 12 pacientes por hora.
 
Essas diferenças de produtividade podem atingir para os técnicos 1,5 a 5 vezes e para a coleta 2 a 7 vezes, dependendo do porte do hospital.
 
O suporte médico é extremamente diverso. Os exames ambulatoriais são, em sua maioria, normais ou levemente alterados, enquanto nos hospitais são frequentemente alterados e muitos significam gravidade e exigem intervenção e apoio médico mais intenso. Essa variação também depende do tipo do hospital e complexidade do paciente. Em hospitais gerais com muitas especialidades, pronto socorro e UTI a tendência é precisarem muito mais do apoio dos médicos do laboratório do que os hospitais especializados, com menos tipo de variação de pacientes. Apenas para ilustrar essa diferença, para os exames ambulatoriais um médico é suficiente para cobrir a necessidade de apoio para cerca de 30.000 pacientes/mês, enquanto que em alguns hospitais temos a necessidade de um médico para cerca de 500 pacientes/mês, fornecendo o apoio operacional e especializado nas áreas de hematologia e microbiologia.
 
3. Área Física e Instalações
A área hospitalar é reconhecida como o metro quadrado mais caro entre todos os tipos de construção. Os hospitais sempre oneram o laboratório, seja por um valor fixo de ocupação da área proporcional a seus custos e ou pelo valor variável em relação à receita da atividade. Esses valores são sempre superiores à despesa correspondente das instalações do laboratório ambulatorial podendo o seu rateio por exame atingir até 10 vezes mais, em função da baixa produtividade e da área desproporcionalmente maior necessária para a instalação do laboratório quase independente do porte do hospital.
 
4. Suporte Administrativo
Englobamos nesse grupo de custos o pessoal que realiza os procedimentos administrativos relativos ao atendimento nos hospitais e o processamento das contas centralizadas na administração da Diagnósticos da América. Esse custo é muito mais dependente dos recursos de tecnologia da informação disponíveis em cada hospital e da complexidade dos processos administrativos, do que do número de exames realizados. Esse custo é sempre significativamente maior do que no processo ambulatorial, onde a automação é completa, inclusive com interface eletrônica com a maioria das fontes pagadoras.
 
Impacto no Custo Total
Considerando os impactos no custo de cada um dos componentes acima descritos e seu percentual de participação no custo total, e ainda descontando os custos relativos às unidades de atendimento ambulatorial a Diagnósticos da América vem operando uma dezena de unidades hospitalares com diferentes preços finais dependendo do porte do hospital, complexidade de seus pacientes, tipos de leitos e necessidade de suporte médico, analisados caso a caso, e visando sempre manter os mesmos princípios de qualidade, disponibilidade e tempo de atendimento para garantir a segurança dos pacientes.
 
Essas variações podem inexistir em um hospital de grande porte quando comparada ao atendimento ambulatorial, ou até atingir 3 ou mais vezes nos hospitais de médio e pequeno porte. A opção de diluir os altos custos das unidades hospitalares em todos os nossos atendimentos implicaria em reduzir a acessibilidade de inúmeros pacientes à nossa tecnologia, contrariando a visão da Diagnósticos da América.
 
Índices relativos de custo no Laboratório Ambulatorial vs Hospitalares por porte

Ambulatorial
Núcleo
Técnico
+ 2 milhões de exames por mês
Hospitalar
5-10.000 de
exames/mês
Hospitalar
10–20000 de exames/mês
Hospitalar
20–30000 de
exames/mês
Hospitalar
30–50000 de
exames/mês
Hospitalar
50–100000 de
exames/mês
1.Equipamentos
(Bioquímica + Hematologia)
Índice relativo de custo
Amortização+Manutenção/teste


1,0
(0, 028)


15,7
(0,44)


7,8
(0,22)


4,6
(0,13)


3,0
(0,08)


3,0
(0,08)
2. Reagentes
(Bioquímica + Hematologia)
Índice relativo de custo
Custo Médio/teste cobrado


1,0
(0,33)


9,3
(3,07)


7,3
(2,40)


6,4
(2,12)


5,8
(1,90)


3,0
(0,99)
3. Técnicos
Índice relativo de produtividade
Exame/Técnico/mês

1,0
(6.746)

5,3
(1.250)

3,1
(2.175)

2,2
(3.039)

1,5
(4.444)

1,2
(5.600)
4. Coleta
Índice relativo de produtividade
Coleta/Colhedor/hora contratada

1,0
(6,1)

6,8
(0,9)

5,3
(1,15)

3,5
(1,75)

2,3
(2,6)

1,8
(3,4)
5. Área Física
Índice relativo de custo
Área ocupada
Custo/exame

1,0
(7.000)
(0,03)

22,0
(100)
(0,66)

16,6
(150)
(0,50)

13,3
(200)
(0,40)

12,3
(300)
(0,37)

9,0
(400)
(0,27)
 
*Luiz Gastão Mange Rosenfeld: Diretor de Relações Institucionais da Dasa
 
Fonte SaudeWeb

TI recebe nota 6 de gestores de saúde

Por Cláudio Giulliano Alves da costa
 
A média de uma enquete com líderes do setor, realizada pela IT Mídia, foi 5,86. "Para mim, uma TI que recebe nota abaixo de 6 inspira cuidados”, diz Cláudio Giulliano em seu blog
 
No Saúde Business Fórum deste ano, apresentamos o estudo “Antes da TI, a Estratégia em Saúde”. Veja mais detalhes em http://saudeweb.com.br/blogs/antes-da-ti-a-estrategica-em-saude.
 
Durante os dois intercâmbios de idéias nos quais apresentamos os achados desse estudo, tivemos a oportunidade de discutir “assuntos de TI” com Diretores e Superintendentes de hospitais e operadoras de plano de saúde, oriundos de diversas cidades do País.
 
No final, fizemos uma enquete muito simples e objetiva entre os presentes na sala. Abaixo estão os resultados encontrados.
 
1) Como você percebe a TI?
72,4% responderam que a TI é um “componente estratégico para o negócio” e 27,6% disseram que a TI é um “elemento de transformação positiva para o negócio”.
 
2) De 0 a 10, qual a nota que você dá ao desempenho da sua TI:
Resultado: média de 5,86.
 
3) Como você avalia o conhecimento do seu Diretor/Gerente de TI a cerca do negócio (Saúde)?
58,6% classificaram o conhecimento do Diretor/Gerente de TI sobre o negócio Saúde como intermediário; 20,7% como avançado e também 20,7% como básico.
 
Comentários dos resultados:
Sem mencionar se isso tem representatividade estatística, se a amostra foi corretamente definida ou qualquer outra discussão metodológica, para mim, uma TI que recebe nota abaixo de 6 “inspira cuidados”. Como sou um “professor” muito benevolente, no título deste post, arredondei para 6! Na minha escola primária, esse aluno ficaria em recuperação.
 
Acredito que a TI nos hospitais e operadoras de plano de saúde tem um desafio enorme. Pouco orçamento, muitos projetos, vários chefes e outros tantos problemas afetam o desempenho da TI nessas instituições, bem como atrapalham uma percepção mais positiva por parte da Diretoria.
 
É preciso investimento, muito mais conhecimento e transformação de cultura para que a TI na Saúde alcance os níveis sonhados, desejados e, indiscutivelmente, necessários; para que assim faça realmente a diferença no nosso setor!
 
E você? Qual a nota que você dá para a sua TI?
 
Fonte SaudeWeb

Morosidade da Anvisa afeta programas de doenças, diz pesquisa

Dos protocolos que aguardam por inspeção internacional, 33 estão relacionados a doenças crônicas ou a programas para diabetes, oncologia, cardiologia ou doenças infecciosas
 
Realizada entre os dias 26 de setembro a 2 de outubro pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) junto as suas associadas, uma pesquisa espontânea apurou que dos protocolos que aguardam por inspeção internacional da Anvisa, 33 estão relacionados a doenças crônicas ou aos programas do governo tais como kits para diabetes, oncologia, cardiologia ou doenças infecciosas como HIV.
 
Outro ponto revelado pelo levantamento é que 21,6% das empresas pesquisadas têm conhecimento de testes que estão sendo encaminhados para análise no exterior. “Isso pode gerar consequências como demora no diagnóstico e tratamento, maior custo, e não comprovação da qualidade, entre outras”, afirmou a CBDL em comunicado.
 
O estudo mostra os atrasos de registros não se restringem ao setor de medicamentos, ele atinge outros segmentos como é o caso de diagnóstico in-vitro, objeto do estudo. “As 19 empresas que responderam à pesquisa apontaram que 520 produtos deixaram de ser registrados pela agência porque as 319 fábricas que os produzem aguardam pela inspeção internacional da Anvisa”, relata o secretário executivo da CBDL, Carlos Eduardo Gouvêa.
 
Segundo o dirigente, em maio de 2010 entrou em vigor uma resolução da Anvisa, a RDC 25, que impôs ao setor que para obter o registro de produtos, as plantas das fábricas situadas no exterior deveriam passar por uma inspeção internacional feita pela Anvisa para a obtenção da Certificação de Boas Práticas. “Só depois de obter esse certificado é que a empresa pode requerer o registro do produto pela Anvisa, que não tem estrutura para cumprir a sua própria norma”, explica.
 
Carlos, que é também presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), entidade que reúne a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) e a própria CBDL, avalia que a pesquisa feita por esta última é apenas uma pequena mostra do que vem acontecendo no setor de produtos para saúde. “Se considerarmos as empresas afiliadas às três associações, há em torno de 1.600 fábricas aguardando por inspeções da Anvisa, que só tem capacidade para realizar aproximadamente 225 inspeções ao ano. Ou seja, só esse contingente demoraria até o ano de 2019 para ser atendido”, destaca.
 
“Se a Anvisa não tomar medidas concretas, num prazo razoável, um apagão tecnológico será inevitável, com graves consequências para os sistemas públicos e privados de saúde e, consequentemente, para os pacientes”, alerta.
 
Ele lembra que o estudo da CBDL também apurou o que as empresas sugerem à Anvisa para equacionar o problema e evitar esse apagão tecnológico. “Entre as principais sugestões estão o reconhecimento de Certificações Internacionais como a ISO 13.485 e a aceitação do protocolo de pagamento da taxa de inspeção para os processos de registro de produtos novos, possibilitando a análise e efetivo deferimento do registro”, finaliza Carlos Gouvêa.
 
Fonte SaudeWeb

Ministério lança Programa Nacional de Qualidade em Citopatologia

O PNQC será implantado pelas Secretarias de Estado, dos Municípios e do Distrito Federal. Todos os laboratórios que realizam exames citopatológicos, para o SUS devem aderir ao programa
 
Laboratórios que realizam exames citopatológicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) devem aderir ao Programa Nacional de Qualidade em Citopatologia (PNQC), lançado pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, na terceira reunião do Comitê de Mobilização Social, formado por representantes do governo e especialistas da sociedade médica.
 
Desde esta quarta-feira (31) entrou em consulta pública, um conjunto de medidas voltadas para a melhoria da qualidade dos exames Papanicolau (indicado para a detecção das lesões precursoras do câncer de colo do útero), com o objetivo de qualificar a assistência oncológica no país. O esforço do governo federal é estruturar um programa nacional de monitoramento da qualidade dos serviços que realizam exames de Papanicolau (citopatológicos) no âmbito do Sistema Único de Saúde.
 
As ações previstas no PNQC estão inseridas no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama – uma ampla estratégia lançada em março do ano passado -, com investimentos do Ministério da Saúde da ordem de R$ 4,5 bilhões, até 2014.
 
Entre as principais medidas está a capacitação de profissionais de saúde e de vigilância sanitária para o controle de qualidade dos exames realizados assim como o monitoramento, através do Sistema de Informação (SISCAN).
 
Implantação
Durante o mês de novembro o PNQC estará em consulta pública para que os especialistas possam opinar sobre as propostas apresentadas. Após o período de 30 dias será publicada a portaria que institui o programa de prevenção do câncer de colo do útero. As sugestões podem ser encaminhadas para o endereço eletrônico: câncer@saude.gov.br.
 
O PNQC será implantado pelas Secretarias de Estado, dos Municípios e do Distrito Federal. Todos os laboratórios que realizam exames citopatológicos, para o SUS devem aderir ao programa.
 
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) ficará responsável por acompanhar e fiscalizar esse processo junto às secretarias de saúde. O não cumprimento dessa nova ação pode acarretar o descredenciamento do laboratório pelo gestor.
 
Ao todo, 1.472 laboratórios que atendem ao SUS devem implantar o PNQC. A ideia é que, todo ano, sejam consolidados relatórios nacionais com os resultados do programa para, entre outras ações, a produção de indicadores que vão permitir a padronização, ampliação e o monitoramento das informações sobre o rastreamento do câncer do colo do útero em todo o país.
 
Incidência
No primeiro semestre de 2012 foram realizados 5.533.534 exames citopatológicos, sendo 4.340.282 na faixa prioritária (25 a 64 anos). Em relação ao câncer de colo do útero, a estimativa é que neste ano podem surgir 17 mil novos casos. Em 2010, 4.986 óbitos foram decorrentes desse tipo de câncer, que é uma doença que pode ser evitada com a realização do “exame preventivo” – o Papanicolau.
 
Na prevenção do câncer, além de exames periódicos, o Ministério da Saúde recomenda a adoção de hábitos saudáveis de vida, com alimentação de qualidade e prática de atividades físicas. Também se deve evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.
 
Integração
Durante a reunião do Comitê de Mobilização Social, o ministro Alexandre Padilha anunciou, também, a criação do novo Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), que é a integração do SISCOLO (Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero) e do SISMAMA (Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama).
 
A novidade do SISCAN é que este sistema possibilitará o rastreamento das pacientes que realizaram exames no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Antes, era informado ao SISMAMA e SISCOLO somente a quantidade de exames citopatológicos e mamografias, a partir de agora, será possível identificar a paciente para depois monitorá-la. As unidades de saúde serão responsáveis pela coleta, confirmação diagnóstica e tratamento, terão acesso ao sistema para solicitar exames e cadastrar informações no módulo seguimento, que permite o acompanhamento dessas pacientes.
 
Assim, será possível realizar busca ativa de mulheres que não realizaram os exames dentro do prazo previsto ou que nunca realizaram o exame (módulo rastreamento).
 
Enfrentamento de desigualdades
Em um esforço para diminuir as desigualdades regionais na oferta de exames preventivos dos cânceres femininos, o Ministério da Saúde intensificou estratégias para melhorar o acesso das mulheres aos serviços de referência para o diagnóstico e tratamento de câncer de colo do útero e de mama. Em 2011, o governo federal – com recursos da ordem de R$ 1,1 milhão – assinou 11 convênios para a criação de Serviços de Referência para o Diagnóstico e Tratamento de Câncer de Colo do Útero nos estados de Pernambuco, Acre, Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso e Minas Gerais.
 
Só em 2012, mais 31 propostas foram aprovadas, o que representa um investimento de R$ 8,3 milhões distribuídos nos estados: Acre, Pernambuco, Roraima, Piauí, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Além da estruturação de 20 novos centros no país.
 
Fonte: Agência Saúde – Ascom/MS
 
Fonte SaudeWeb

Médicos apresentam emendas ao projeto da carreira médica

As propostas de emendas do Sindicato incluem principalmente melhoras dos critérios para fixação do Prêmio de Produtividade Médica (PPM), excluindo-o de avaliações individuais puras
 
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) apresentou uma série de propostas de emendas ao projeto de lei complementar nº 39 de 2012, que trata da carreira do médico no estado de São Paulo, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na tarde da última terça-feira (30).
 
Para a Simesp, o projeto proposto pelo governo é um avanço, mas não é suficiente para atender às reivindicações da categoria. A remuneração, por exemplo, está distante do piso salarial preconizado pela Federação Nacional dos Médicos, de R$ 9.813.
 
Para o presidente do Simesp, Cid Carvalhaes, outro problema é o número reduzido de vagas para jornadas de 40 horas semanais, com dedicação exclusiva. “O projeto limita pouco mais de 1.200 vagas para essa jornada. É um número pequeno para atender à crescente demanda assistencial da população”, avalia.
 
As propostas de emendas do Sindicato incluem principalmente melhoras dos critérios para fixação do Prêmio de Produtividade Médica (PPM), excluindo-o de avaliações individuais puras. Para Carvalhaes, a conquista do PPM não poderá sofrer punições como concebido no projeto original, que exclui do seu ganho médicos que tiveram uma única falta injustificada no ano. “Nossa sugestão é que haja proporcionalidade conforme já previsto em outra lei estadual”, sugere. Outro fator de destaque é a garantia da sexta-parte sem restrições, uma vez que elas (restrições) confrontam com a legislação vigente no estado.
 
Histórico
Desde dezembro de 2010 as entidades médicas negociavam a administração estadual o projeto de carreira do médico. Uma série de reuniões foi realizada com as diversas secretarias – Saúde, Administração, Planejamento e de Governo – para discutir as propostas do projeto, inclusive com a criação de uma comissão de trabalho. Em 2012, porém, instaurou-se o silêncio no governo, não havendo qualquer tipo de diálogo com as entidades representativas da categoria até o dia 18 de outubro.
 
Fonte saudeWeb

Programa do Einstein com M’Boi Mirim será expandido para outros hospitais

Ministério convidou hospitais em cidades que têm de 100 mil a 1 milhão de habitantes a se candidatarem para terem serviço de Telemedicina do Einstein
 
Em atividade desde maio no Hospital Municipal Moysés Deutsch – M’Boi Mirim, o projeto de assistência, que faz parte das ações de filantropia do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS), é referência no País.
 
No M’Boi Mirim, os casos que necessitam de uma avaliação mais acurada por parte de um especialista que não faz parte do escopo do hospital municipal, ou uma avaliação por parte de outro par em tempo real, são analisados pela equipe do Hospital Albert Einstein (HIAE), que fica à disposição sete dias por semana, 24 horas.
 
Os principais casos que estão sendo acompanhados são traumas, AVCs, infartos e infecções que recebem condutas mais seguras, orientadas por especialistas que nem sempre podem estar presentes no local, a exemplo de neurologistas e neurocirurgiões – especialidades que não fazem parte do corpo clínico do Hospital M’Boi Mirim, por este ser um hospital secundário, orientando, por exemplo, a transferência para a rede referenciada para alta complexidade.
 
Além da segunda opinião em si, a construção de protocolos conjuntos de atendimento é outro benefício gerado e a transferência de conhecimento.
 
Novos projetos
Após o projeto-piloto que já está em andamento com o M’Boi Mirim, o HIAE vai implantar o projeto na Paraiba, no Amazonas e em Minas Gerais. O Ministério da Saúde convidou hospitais em cidades que têm de 100 mil a 1 milhão de habitantes e serviços acima do mínimo de saúde. Os hospitais podem se candidatar e, após a visita de uma equipe do Einstein, que avalia as condições de cada centro, 15 serão escolhidos para terem o serviço de Telemedicina implantado.
 
A responsabilidade pela infraestrutura é de cada hospital e a doação dos equipamentos de teleconferência via internet é do Proadi-HIAE.
 
Segundo o dr. Milton Steinman, um dos líderes do projeto “uma das grandes virtudes da telemedicina, da forma como está sendo utilizada dentro desse programa do Einstein, é a transferência de conhecimento ao vivo e online”.
 
Fonte SaudeWeb

Hipnose ajuda a reduzir sintomas da menopausa

Pesquisadores da Universidade de Baylor, nos EUA, mostram em um novo estudo que a hipnose pode ajudar a reduzir as ondas de calor que ocorrem durante a menopausa em até 74%.
 
Para o estudo, a equipe recrutou mulheres na pós-menopausa que receberam hipnoterapia ou “atenção estruturada”, usada como intervenção de controle com efeito mínimo.
 
As mulheres que se submeteram à hipnose passaram por cinco sessões semanais onde receberam sugestões de imagens mentais de lugares frios, seguros, de relaxamento, ou um lugar de sua preferência. Elas também receberam uma gravação de áudio de indução hipnótica e foram convidadas a praticar diariamente.
 
O grupo controle passou por cinco sessões em que um médico propunha discussões sobre os sintomas, a escuta atenta, a troca interpessoal, monitoramento, medição e encorajamento e evitava sugestões negativas. As mulheres do grupo controle também receberam uma gravação com informações sobre ondas de calor, que ouviram diariamente.
 
Todas as mulheres mantiveram um diário onde monitoravam a frequência de ondas de calor. Elas tiveram a frequência dessas ondas medidas por um monitor de condutância da pele.
 
Após 12 semanas, as mulheres que se submeteram à hipnose relataram 74% menos ondas de calor e uma redução de 80% na pontuação das ondas de calor (uma combinação de frequência e gravidade), em comparação com 13% e 15% respectivamente das mulheres do grupo controle.
 
A condutância da pele mostrou uma redução de 57% nas ondas de calor para as mulheres que se submeteram à hipnose, em comparação com 10% entre aquelas do grupo controle.
 
As participantes que receberam hipnose também relataram significativamente menor interferência das crises na vida diária e um sono melhor. Além disso, o seu nível de satisfação com o tratamento foi alto.
 
O mecanismo por trás desta melhora das ondas de calor por meio da hipnose ainda não está claro. Mas os autores do estudo especularam que isto possa ocorrer devido a uma ação sobre o sistema nervoso parassimpático. Este sistema é chamado popularmente de sistema do “descanso e digestão”, o que coloca um freio no sistema nervoso que controla as funções do corpo durante as ondas de calor, como o suor e a frequência cardíaca.
 
 
Fonte O que eu tenho

Como “desligar” maus hábitos

Os hábitos são comportamentos enraizados que, não seria exagero, dizer que conseguimos executá-los automaticamente. Isso permite que você siga o mesmo caminho para o trabalho todos os dias sem focar nisso, liberando o seu cérebro para pensar em outras coisas, como onde ir almoçar mais tarde.
 
Agora, em um novo estudo com modelos animais, pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) podem ter descoberto uma forma de interferir nas vontades de alguém, fazendo com que ratos simplesmente abandonassem um hábito.
 
Para o estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, foram usados ratos em um labirinto e uma técnica conhecida como optogenética, que permite inibir células específicas do nosso corpo com luz.
 
Presos em um labirinto em forma de T, toda vez que os animais ouviam um sinal sonoro, eles corriam para o lado esquerdo do percurso para buscar um chocolate. Esse era o hábito. Porém, ao usarem a optogenética para “desligar” a atividade do córtex IL por alguns segundos, por mais que o aviso sonoro tocasse, os ratos não corriam mais atrás do doce.
 
O córtex IL é uma região cortical no córtex pré-frontal ventromedial que é importante na inibição de estruturas subcorticais e respostas emocionais, como o medo.
 
O líder da pesquisa, Kyle Smith, sugere que desligar o córtex IL altera o cérebro dos ratos de um “modo automático reflexivo” para um modo mais cognitivo ou focado em um objetivo – que os faria “questionar” o porquê de se comportarem daquela forma.
 
Apesar dos resultados, os autores acreditam que seria muito invasivo usar intervenções de optogenética para acabar com hábitos em seres humanos, mas eles acreditam que esta tecnologia poderá evoluir a ponto de ela se tornar uma opção viável no tratamento de transtornos que envolvam o comportamento excessivamente repetitivo ou mesmo vícios.
 
Em estudos de acompanhamento, os pesquisadores estão tentando identificar quando exatamente, durante o percurso em um labirinto, o córtex IL seleciona o hábito apropriado. Eles também esperam inibir diferentes tipos de células no córtex lL para descobrir quais especificamente estão mais envolvidas no controle dos hábitos.
 
Fonte O que eu tenho

Estudo conclui que variações genéticas raras variam geograficamente

Especialista acredita que pesquisa poderá levar a estratégias de prevenção e de tratamento voltadas exclusivamente para determinada população
 
Variações genéticas raras encontradas em chineses não são as mesmas identificadas em italianos ou porto-riquenhos, por exemplo. A conclusão de que essas variantes tendem a estar restritas a determinadas regiões geográficas é de um estudo que analisou o genoma de 1.092 pessoas, representantes de 14 grupos populacionais vindos da Europa, África, Ásia e Américas.

Os resultados, que fazem parte da primeira fase do Projeto dos 1.000 Genomas, foram publicados nesta quinta-feira na revista Nature. Segundo os autores, enquanto a maioria dos polimorfismos de nucleotídeo único (quando a diferenciação ocorre em apenas um par de "letrinhas" do DNA) já foi identificada em estudos anteriores, aquelas que aparecem em menor frequência permanecem desconhecidas.

São justamente essas variantes genéticas raras — que atingem menos de 1% da população mundial — que têm maior potencial de estar relacionadas a doenças. Resultado de uma colaboração internacional de centenas de pesquisadores, o estudo permitiu identificar 98% dessas mutações raras. Agora, falta descobrir quais delas estão realmente associadas a problemas de saúde.

— Nossa pesquisa descobriu que cada pessoa aparentemente saudável carrega centenas de variantes genéticas raras que têm um impacto significante em como os genes funcionam e de duas a cinco alterações raras que comprovadamente contribuem com a ocorrência de doenças — diz o principal autor do estudo, o professor da Universidade de Oxford Gil McVean.

Para a geneticista Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) da Universidade de São Paulo (USP), a importância de saber que as especificidades genéticas variam geograficamente pode levar a estratégias de prevenção e de tratamento voltadas exclusivamente para determinada população.

Mayana dá um exemplo da utilização desse conhecimento: existe um gene relacionado ao transporte da molécula serotonina. Na população brasileira, grande parte desses genes tem alelo longo, o que determina uma rapidez maior no transporte da serotonina. Já no Japão, ocorre o contrário: a maioria da população tem alelo curto.

— Portanto, uma droga que atua no transporte de serotonina que for eficaz para brasileiros pode não ser tão boa para os japoneses — conclui a especialista.

O geneticista Décio Brunoni, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), observa que os resultados ainda não têm aplicação imediata. Ele lembra que, atualmente, a realização de testes genéticos só é indicada em casos clínicos específicos, em que a identificação de determinada mutação pode ajudar na indicação de uma conduta médica ou de uma estratégia de prevenção.

— Caso contrário, é um dilúvio de informações que vai levar o paciente a se preocupar mais do que deveria. Recrimino a realização aleatória desses exames.

Atualmente, o Brasil realiza uma pesquisa semelhante. O Projeto 80 Mais, do CEGH, está recrutando pessoas saudáveis com mais de 80 anos para colher amostras de DNA. O objetivo é chegar a mil idosos. Para se candidatar, é só enviar um email para 80mais@gmail.com.

Segundo Mayana, o projeto vai contribuir com a interpretação dessas mutações.

— Se identifico que a variante está presente em pessoas com mais de 80 anos saudáveis, posso saber que não está associada a doenças — conclui.
 
Fonte Zero Hora

Alerta: Sucos caseiros preparados com frutas e vegetais crus exigem cuidado redobrado

Conhecido como doutor Bactéria devido a qadro do programa de TV "Fantástico", o biomédico Roberto Martins Figueiredo alerta para riscos no consumo de sucos
 
Não é necessário ser um expert para saber que alguns alimentos e bebidas são mais consumidos quando as temperaturas sobem. É o caso de sucos. Com o calor, o consumo de sucos industrializados e frescos aumenta significativamente.
 
— E os problemas de intoxicação relacionados a esses alimentos também — alerta o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como doutor Bactéria por causa de um quadro no Fantástico, da RBS TV.
 
Ele lembra que sucos caseiros preparados com frutas e vegetais crus exigem cuidado redobrado dos consumidores.
 
— As frutas e hortaliças devem ser devidamente higienizadas. Além de lavagem em água corrente, é necessário realizar uma desinfecção em água com cloro — ensina.
 
No Brasil, os sucos em embalagem longa vida são seguros, garante Figueiredo. Mas devem ser tomados cuidados com sucos frescos engarrafados em supermercados ou quiosques. Dependendo das condições de limpeza e higienização, esses sucos podem sofrer contaminação de agentes causadores de doenças.
 
Nos EUA, alguns sucos industrializados já foram responsáveis por surtos provocados por esses agentes contaminadores. Até mortes foram registradas.
 
— Um desses surtos foi ocasionado por um lote de suco de maçã contaminado por uma bactéria — diz.
 
Segundo ele, desde então a Food and Drugs Administration (FDA), entidade responsável pelo controle de alimentos e drogas nos Estados Unidos, propôs uma série de medidas para reduzir o risco de doenças provocadas por sucos industrializados, incluindo a adoção de pasteurização e outros processos de eliminação de microorganismos patogênicos.
 
Fonte Zero Hora

Preço de remédios para rinite varia 230%

Um remédio para contornar os sintomas da rinite alérgica pode custar mais de três vezes o preço do concorrente, segundo um estudo feito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
 
Assim, o custo do tratamento mensal da rinite pode variar de R$ 40 a R$ 130.
 
Entre medicamentos com o mesmo princípio ativo, as diferenças chegam a 140%.
 
O boletim "Saúde & Economia" compara os preços de 13 anti-histamínicos orais para adultos e nove infantis --genéricos, similares e medicamentos de referência.
 
Foram considerados os preços máximos autorizados no mercado para os produtos de segunda geração, os mais modernos contra a doença.
 
Apesar da disparidade, aponta a Anvisa, não há evidências científicas que indiquem uma superioridade terapêutica entre os produtos.
 
"A principal conclusão é que, para rinite alérgica, há várias opções terapêuticas, princípios ativos e preços diferenciados. E, como não há evidência de superioridade, é relevante levar o custo em consideração", diz Gabrielle Troncoso, gerente de avaliação econômica de novas tecnologias da Anvisa.
 
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal, que se estende até os seios da face. Tem como sintomas comuns o entupimento nasal, a secreção, os espirros e a coceira.
 
A forma alérgica da doença é desencadeada pela reação exagerada da pessoa a uma substância, diz a médica Fátima Fernandes, presidente da regional São Paulo da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.
 
Os anti-histamínicos estudados pela Anvisa, explica a médica, minimizam os sintomas da rinite alérgica --mas não atuam na origem dela.
 
Diferenças
Segundo Fernandes, os remédios listados pela Anvisa apresentam eficácia semelhante quando se analisam grupos de pacientes. "Qualquer um deles está perfeitamente indicado para o tratamento inicial de uma rinite."
 
Individualmente, porém, continua a médica, as respostas dos pacientes podem variar com cada substância.
 
Assim, médicos acabam indicando produtos ou marcas nas quais mais confiam e trocam a medicação se o paciente não se deu bem com ela.
 
Um efeito a ser considerado, por exemplo, é a potencial sonolência provocada pelo uso desse tipo de produto.
 
Evitar problemas como sonolência e interação com outros medicamentos é, justamente, um dos pontos promovidos pela empresa que lançou no país, neste ano, a substância mais nova entre as analisadas --a bilastina.
 
Putro lado
A MSD, responsável pelo Singulair (remédio de referência na categoria, listado como mais caro para adultos), afirma ter um programa de descontos para alguns remédios por meio de cadastro no site --o anti-histamínico citado tem desconto de 35%.
 
A Sanofi, que comercializa o medicamento de referência Allegra (54% mais caro que a sua versão genérica para adultos), afirmou que o preço do remédio segue as regras do setor. A empresa informou não ser possível fazer comparações com genéricos, que por lei devem ser pelo menos 35% mais baratos.
 
 
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Fonte Folhaonline