No mês de outubro comemorou-se o dia do médico e durante todo o mês muito se discutiu sobre a profissão, e um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi a relação entre médicos e planos de saúde.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila, cada vez mais, os médicos estão se descredenciando das operadoras, por conta dos valores pagos pelo atendimento e pela falta de liberdade que o profissional sofre. Para ele, o país está prestes a viver uma crise no sistema de saúde complementar.
Como já abordei aqui no portal, os profissionais da saúde já organizaram algumas paralizações reivindicando o aumento do valor pago pelas operadoras nos atendimentos realizados por eles, nos últimos meses foram pelo menos duas paralizações, sendo que uma delas aconteceu em 21 estados e permaneceu por 15 dias.
Atualmente os médicos credenciados recebem em torno de R$40, abaixo do que se paga em uma consulta particular. Para esses médicos, as operadoras deveriam fazer ajustes anuais, assim como fazem com as mensalidades pagas pelo beneficiário.
Outro tópico que se tem levantado é a questão de falta de autoridade para a atuação da área, por exemplo, a solicitação de exames complementares, gerando ainda mais um mal estar entre as operadoras e os médicos.
Para esses profissionais, muitas vezes eles têm que seguir regras e protocolos que as operadoras estabelecem, o que além de tirar a autonomia profissional do médico, faz com que o processo de liberação de exames e o resultado final demore mais do que o normal.
Mas como mudar isso? Acredito que se a Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, tivesse mais controle sobre as ações dos planos de saúde e liberasse mais a autoridade do médico, já seria um começo.
Assim como em toda área de atuação, para sanar os problemas entre a instituição e o prestador de serviços, o ideal é que órgãos de saúde realizem ações de incentivo para a valorização da carreira desses profissionais.
Fonte Saudeweb
Nenhum comentário:
Postar um comentário