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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Cloridrato de Amitriptilina Engorda ou Emagrece?

Ao recebermos a indicação do médico para utilizar determinado remédio, nem sempre questionamos o doutor a respeito dos efeitos colaterais que a substância em questão pode nos trazer. E se ele não nos dá essa informação por iniciativa própria, é só no decorrer ou no final do tratamento que percebemos e lamentamos as reações indesejadas trazidas pelo medicamento
 
Para não ser surpreendido por um efeito negativo de um remédio, a melhor alternativa é buscar informações a respeito dele e do que ele pode causar no organismo dos pacientes que o utilizam. É por isso que trouxemos informações e dados a respeito do Cloridrato de Amitriptilina.
 
O que é e para que serve essa substância? Será que o Cloridrato de Amitriptilina engorda ou emagrece? Quais seus efeitos colaterais? Confira tudo isso a seguir:
 
O que é? 
O Cloridrato de Amitriptilina é um medicamento de uso adulto e pediátrico, para crianças com mais de 11 anos de idade e que deve ser administrado oralmente. Ele está disponível para venda em embalagens que trazem 20, 30, 60, 100 ou 200 comprimidos de 25 mg. Sua comercialização está autorizada exclusivamente mediante apresentação de receita médica.
 
Para que serve? 
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O remédio age como um antidepressivo que possui propriedades calmantes e ansiolíticas – que diminuem a ansiedade e a tensão. Suas indicações são para o tratamento de depressão e/ou enurese noturna, que é o ato de urinar na cama durante a noite.
 
De acordo com a bula do remédio produzida pelo laboratório Teuto, os efeitos antidepressivos da substância podem aparecer depois de três ou quatro dias do início de seu uso ou demorar 30 dias para surgir.
 
Cloridrato de Amitriptilina engorda? 
Uma preocupação que as pessoas que se importam especialmente com a boa forma ou não querem acumular quilos em excesso durante o tratamento com um medicamento é a possibilidade que o produto em questão promova o aumento de peso.
 
Neste caso, essa preocupação deve ser transformada em cuidados especiais, pois é possível sim afirmar que o Cloridrato de Amitriptilina engorda. Em primeiro lugar porque a elevação do peso é um dos efeitos colaterais mencionados na bula do remédio. Segundo, porque o aumento do apetite também aparece como uma de suas reações adversas, o que colabora para o crescimento do número de calorias ingeridas nas refeições e o acréscimo de quilos no corpo.
 
Além desses dois fatores, outros aspectos que nos levam a crer que o Cloridrato de Amitriptilina engorda é que ele é capaz de causar sonolência, fraqueza e fadiga ao paciente que o utiliza. Com isso, ele se sentirá mais cansado e menos disposto para ter um dia a dia ativo e praticar exercícios físicos. Assim, o seu gasto calórico será menor, o que fará com que ele junte mais calorias em seu corpo e corra o risco de engordar.
 
Para combater a possibilidade de aumentar de peso enquanto ingere o Cloridrato de Amitriptilina, a sugestão é que o consumidor faça um esforço para seguir uma alimentação saudável e equilibrada, sem exagerar nas calorias e tamanhos das porções nas refeições e evitando ao máximo as guloseimas e alimentos mais calóricos.
 
Cloridrato de Amitriptilina emagrece?
Pode parecer estranho, mas apesar do medicamento ter a chance de causar o aumento de peso, em alguns casos, o emagrecimento é que pode ser experimentado, pois a redução do peso também está listada como um dos possíveis efeitos colaterais do Cloridrato de Amitriptilina na bula do remédio.
 
Essa diminuição do peso merece um cuidado especial porque outro efeito que pode surgir com o uso de medicamento é a anorexia, um distúrbio alimentar que desencadeia um emagrecimento excessivo e longe de ser saudável e que tem como alguns de seus sintomas o medo de engordar, mesmo quando já está abaixo de peso adequado, imagem corporal distorcida, idas ao banheiro logo após as refeições, perda de resistência dos ossos, desgaste dos músculos e a prática extremamente frequente de exercícios físicos.
 
Portanto, ao utilizar ou conviver com alguém que usa a substância e perceber algum efeito em relação à alteração do peso ou os sintomas da anorexia, não deixe de pedir ajuda do médico responsável pelo tratamento para saber como proceder ou se o uso do Cloridrato de Amitriptilina deve ser interrompido.
 
Além disso, o conselho do tópico anterior de procurar manter uma alimentação saudável e equilibrada durante o tratamento com o medicamento, também serve para os casos em que ele traz o efeito de redução do peso. Assim, tanto em um caso ou no outro, o corpo não deixará de receber os nutrientes que necessita para o seu bom funcionamento.
 
Outros efeitos colaterais 
 
Além do aumento ou diminuição do peso, elevação do apetite e anorexia, o remédio pode trazer os seguintes efeitos colaterais:
  • Boca seca;
  • Sonolência;
  • Tontura;
  • Alteração do paladar;
  • Dor de cabeça;
  • Visão turva;
  • Dificuldade de concentração;
  • Prisão de ventre;
  • Coceira;
  • Urticária;
  • Erupções cutâneas;
  • Inchaço na pele e/ou língua;
  • Dificuldade de respirar ou engolir;
  • Hipotensão – redução da pressão arterial;
  • Hipertensão;
  • Taquicardia;
  • Palpitação;
  • Síncope;
  • Infarto do miocárdio;
  • Arritmia;
  • Bloqueio cardíaco;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Confusão;
  • Distúrbios de concentração;
  • Delírios;
  • Alucinações;
  • Excitação;
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Pesadelo;
  • Formigamento;
  • Neuropatia periférica – doença que ataca os nervos periféricos, que encaminham informações do cérebro e medula espinhal para o resto do corpo;
  • Falta de coordenação;
  • Tremores;
  • Coma;
  • Tonturas;
  • Movimentos involuntários anormais;
  • Zumbidos;
  • Diminuição da sensibilidade;
  • Sensações anormais na pele como pressão, frio e queimação;
  • Disartria – distúrbio da fala;
  • Retenção urinária;
  • Dilatação do trato urinário;
  • Aumento da pressão dentro do olho;
  • Fotossensibilidade;
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Língua negra;
  • Hepatite;
  • Vômito;
  • Estomatite;
  • Febre acima de 41º C;
  • Interrupção temporária na movimentação intestinal (íleo paralítico);
  • Ginecomastia – crescimento de mama em homens;
  • Aumento das mamas e secreção de leite inesperada nas mulheres;
  • Alteração na libido nas mulheres;
  • Impotência sexual nas mulheres;
  • Elevação ou redução das taxas de açúcar no sangue para as mulheres;
  • Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético para as mulheres;
  • Alargamento da bolsa escrotal para os homens;
  • Tontura;
  • Edema;
  • Aumento da transpiração;
  • Alopecia – queda de cabelo ou pelo;
  • Aumento da transpiração;
  • Diminuição do estado de alerta;
  • Crescimento da frequência urinária.
Contraindicações e cuidados
Cloridrato de Amitriptilina não é indicado para mulheres que estejam grávidas ou em período de amamentação de seus bebês, após a recuperação de infarto do miocárdio, pacientes que usam outros antidepressivos, em especial os inibidores de monoaminoxidase (IMAO), que tenham asma, glaucoma, disfunção hepática, problemas cardíacos ou gastrointestinais e ao mesmo tempo que a ingestão de bebidas alcoólicas.
 
Aqueles que são alérgicos a qualquer um dos componentes da fórmula também devem ficar longe do produto.
 
Como o medicamento pode trazer redução ao estado de alerta do usuário, não é recomendado que a pessoa dirija, opere máquinas ou realize qualquer atividade de risco enquanto estiver sob o efeito do remédio.
 
Sob hipótese alguma o medicamento deve ser consumido sem autorização, prescrição e acompanhamento médico. As ordens do doutor em relação à dosagem do tratamento devem ser respeitadas. E ao sofrer com um ou mais efeitos colaterais, é aconselhado buscar a ajuda do médico para saber como proceder ou se o seu uso deve ser interrompido.

Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

Mundo Boa Forma

Em pleno século 21, EUA convivem com a peste, que matou milhões na Idade Média

"O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear
 carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", diz Epstein.
Peste bubônica, a forma mais comum da doença, afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena
 
Os Estados Unidos levaram o homem à Lua há quase 50 anos, mas americanos ainda morrem de uma doença que arrasou a Europa na Idade Média. Por que isso ocorre?
 
A chamada peste negra causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no século 14. A epidemia dizimou metade da população europeia.
 
O último surto em Londres foi a Grande Praga de 1665, que matou um quinto dos moradores da cidade. Depois houve uma pandemia na China e na Índia no século 19, que ceifou mais de 12 milhões de vidas.
 
A doença, contudo, não ficou relegada ao porão da história. Ainda é endêmica (mantida sem necessidade de contaminação do exterior) em Madagascar, na República Democrática do Congo e no Peru. E o mais surpreendente é que ela ainda mata pessoas nos EUA.
 
Até o momento há registros de 15 casos no país em 2015, com quatro mortes - ante uma média de sete casos por ano neste século, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do governo americano.
 
A bactéria responsável pela doença - Yersinia pestis - entrou nos EUA em 1900, por meio de barcos a vapor infestados de ratos, de acordo com Daniel Epstein, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
"A praga era bastante presente (nos EUA), com epidemias em cidades portuárias da costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do país", afirma Epstein.
 
Se não for tratada, a doença - tipicamente transmitida a humanos por pulgas - tem um índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos, contudo, são efetivos se há diagnóstico precoce.
 
A praga
Mais de 80% dos casos nos EUA são de peste bubônica, a forma mais comum da doença, que afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena. Há outros dois tipos, a séptica, que causa infecção no sangue, e a pneumônica, que afeta os pulmões. A doença pode ser difícil de identificar em seus estágios iniciais, porque os sintomas, que normalmente se desenvolvem após sete dias, parecem com o de uma gripe comum - um teste de laboratório pode confirmar o diagnóstico. A maioria dos casos ocorre no verão, quando as pessoas passam mais tempo em áreas externas.
 
"O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", diz Epstein.
 
Essas áreas nos EUA são os Estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado, segundo o CDC.
 
Todos os casos de 2015 no país foram registrados nesses Estados, ou outros Estados a oeste do meridiano 100, que divide o país no meio - Amesh Adalja, um especialista em doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, refere-se a esse meridiano como a "linha da praga".

"O cão-da-pradaria (mamífero roedor) é o principal meio de transmissão da praga, e ele se concentra a oeste do meridiano 100", diz Adalja. A geografia e o clima do oeste dos EUA favorecem a presença desses roedores, e como eles são "animais sociais", acabam contribuindo na proliferação de pulgas infectadas.
 
A bactéria Yersinia pestis se espalha por meio de pulgas que habitam cães-da-pradaria.
 
O furão-do-pé-preto e o lince-do-Canadá são outras espécies suscetíveis, afirma Danielle Buttke, epidemiologista do Serviço Nacional de Parques dos EUA.
 
A existência desses "reservatórios animais" explica a dificuldade em erradicar a praga, afirmam especialistas.
 
A única doença humana erradicada até o momento, a varíola, não existe em animais. O mesmo ocorre com a poliomielite, que a OMS trabalha para erradicar, mas ainda é endêmica em três países - Nigéria, Afeganistão e Paquistão (e também na Síria desde a atual guerra civil).
 
"A não ser que exterminemos os roedores, (a praga) sempre vai estar por aí", afirma Epstein.
 
Por outro lado, cientistas no Centro Nacional de Saúde da Vida Selvagem dos EUA vêm trabalhando com parques no desenvolvimento de vacinas orais para proteger furões-do-pé-preto e cães-da-pradaria - esses últimos parecem preferir iscas com sabor de manteiga de amendoim.
 
Uma vacina injetável para os furões também foi criada. Isso abre a possibilidade de eliminar a doença nesses animais, ao menos nos parques nacionais mais visitados dos EUA.
 
A pesquisa sobre a doença está em um estagio "vibrante", afirma Adalja, com cientistas trabalhando em diagnósticos e vacinas humanas efetivas.
 
Isso ocorre porque a praga foi classificada como uma "arma biológica categoria A", segundo o pesquisador. Uma média de sete casos por ano é uma coisa, mas o risco de uma guerra biológica, ainda que remoto, é algo bem diferente.
 
Especialistas estão buscando eliminar as pulgas em furões e roedores em parques nacionais dos EUA
 
BBC Brasil / R7

Impressão 3D na medicina: conheça sua aplicações

Por Charles Facchini*
 
Os estudos na área médica são milenares, os egípcios, por exemplo, já realizavam operações complexas. Ao longo desse período, algumas invenções revolucionaram o setor da saúde, como os exames diagnósticos por imagem. Agora, mais uma inovação ganha espaço no auxílio de médicos e profissionais da área: a impressão 3D
 
Em pesquisa recente, A.T. Kearney, especialista em consultoria empresarial, verificou que o mercado atual de impressão 3D movimenta em torno de USD 4,5 bilhões com expectativa de atingir USD 17,2 bilhões até 2020. Segundo o estudo, o setor de saúde representa de 15 a 17% do mercado atual com um crescimento projetado de 20 a 25% para os próximos cinco anos.
 
O uso da impressão 3D na medicina começou a ganhar espaço no final da década de 2000 e início da década de 2010, com o surgimento de materiais biocompatíveis (certificados pela ISO10993). As aplicações vão desde a impressão de biomodelos, utilizados para o planejamento cirúrgico, até a impressão customizada de implantes ortopédicos.
 
Embora a popularização da tecnologia tenha sido mais intensa nos últimos cinco anos, as impressoras 3D já possuem mais de 30 anos. Em 1984 Charles Hull patenteou a estereolitografia, um dos processos ainda usados nas máquinas de hoje. No mesmo ano ele fundou a 3D Systems, um dos grandes fabricantes atuais de impressoras 3D. A partir das iniciativas de Hull começaram a surgir as diferentes máquinas de impressão 3D que temos hoje no mercado.
 
Em meados da década de 2000 as patentes que protegiam as grandes empresas fabricantes das máquinas de impressão 3D foram caindo. A partir da queda das principais patentes, que protegiam as máquinas e os processos, começaram a surgir inúmeras pequenas empresas oferecendo máquinas de baixo custo e acessíveis a pequenas empresas e aos consumidores domésticos. Por isso também, as pesquisas avançaram e já é possível imprimir desde modelos biomédicos a próteses inteiras.
 
Implantes ortopédicos
Os grandes fabricantes de implantes ortopédicos têm usado a impressão 3D para produzir implantes padrões que apresentam melhor osteointegração. Por meio da tecnologia é possível produzir superfícies e estruturas que melhoram as características das próteses atuais. A fabricação de guias para diferentes procedimentos ortopédicos como a colocação de próteses de joelho e de quadril, usando a impressão 3D, também já faz parte do dia-a-dia dos grandes fabricantes multinacionais. A personalização em massa é sem dúvida a tendência da impressão 3D na área ortopédica. Isso permitirá a execução de procedimentos mais seguros e rápidos tanto para o médico quanto para o paciente além de tornar a adaptação e recuperação do paciente muito mais acelerada.
 
Neurocirurgia
No último ano apareceram na mídia inúmeros casos de procedimentos neurocirúrgicos realizados graças à biomodelos dos pacientes feitos em impressoras 3D, fabricados a partir de exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Os arquivos dos exames de imagem são reconstruídos em 3D e enviados a uma impressora 3D. A partir de uma réplica do paciente em escala real, o médico cirurgião pode planejar e simular o procedimento cirúrgico no modelo, antes da intervenção. Entre os benefícios, destaque para a segurança do médico, além de diminuição relativa do tempo da cirurgia, reduzindo, por consequência, o tempo de anestesia do paciente. Vale ressaltar, ainda, a redução de todos os custos envolvidos nos procedimentos, como tempo de sala cirúrgica, tempo de UTI, internação, pós-cirúrgico, etc.
 
Testes in vivo
Recentemente a empresa de cosméticos L’Oreal divulgou uma parceria com a empresa norte americana Organovo, que desenvolveu uma tecnologia de impressão de tecido humano. A parceria tem objetivo de imprimir pele humana para testes in vivo de cosméticos eliminando a necessidade de testes com animais antes dos produtos chegarem ao mercado.
 
Cirurgias do crânio
As cirurgias de reconstrução parcial de crânio ou buco-maxila estão sendo feitas com sucesso em diferentes centros especialistas do mundo. A impressão 3D em titânio de partes de crânios desfigurados em acidentes tem reestabelecido a vida de inúmeros pacientes.
 
Próteses de membros
A tecnologia permitiu o aparecimento de diversas organizações sem fins lucrativos, focadas no desenvolvimento e suprimento de próteses de membros. Devido ao caráter social dessas instituições, as próteses plásticas impressas em 3D custam apenas o valor da matéria-prima utilizada, o que torna o produto acessível, com um preço bem mais barato do que as próteses comerciais. Apesar de materiais e tecnologias simplificadas, a operação e funcionalidade das próteses impressas 3D são semelhantes às demais.
 
Impressão de dispositivos médicos
A empresa Gliax permite que médicos baixem os arquivos 3D para imprimirem seus dispositivos médicos em qualquer lugar. Criada a partir da necessidade de dispositivos em regiões de difícil acesso como zonas de guerras, áreas de terremotos ou desastres naturais, a Gliax disponibiliza arquivos de três produtos: estetoscópio, oxímetro de pulso e um ECG (eletrocardiograma).
 
Além de todas as aplicações citadas, a impressão 3D tem sido usada nos treinamentos de médicos e residentes, possibilitando a apresentação de casos específicos não encontrados nos modelos anatômicos educativos comerciais.
 
O caminho a percorrer na área médica ainda é grande, com pesquisas ainda nas fases iniciais, como no caso de órgãos feitos por impressoras 3D, por exemplo, que já apresentam excelentes resultados, mas estima-se que as primeiras bioimpressões 3D de tecidos vivos para transplante humano só serão possíveis em 10 anos. Depois disso teremos ainda mais alguns anos para a adequação e liberação regulatória.
 
A evolução das tecnologias que fazem parte das impressoras, a queda de importantes patentes que protegiam os grandes fabricantes e as pesquisas aplicadas de técnicas de impressão 3D tornarão os biomodelos indispensáveis na prática da medicina moderna onde o grande ganhador será sempre o paciente.
 
*Charles Facchini, M.Eng Sócio-fundador da bk3D
 
Saúde Business

Novas drogas para hepatite C devem chegar até dezembro

Novas drogas para hepatite C devem chegar até dezembro Brian Goodman/Shutterstock
Foto: Brian Goodman / Shutterstock
Pacientes ainda aguardam incorporação dos medicamentos ao SUS
 
Após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do SUS em junho, pacientes ainda aguardam a incorporação ao Sistema Único de Saúde de um novo tratamento que aumenta as chances de cura da hepatite C. Daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir são esperança de cura principalmente para os infectados que se encontram no estágio mais avançado da doença – o que não era possível com os antigos tratamentos. O Ministério da Saúde conseguiu negociar preços com as indústrias farmacêuticas, obtendo descontos de mais de 90% em relação aos preços de mercado, mas mantém o prazo de dezembro para a implementação.
 
O gerente de projetos da Associação Brasileira do Portadores de Hepatite (ABPH), Eduardo Lima, acredita que, para o governo, o tratamento precoce dos pacientes é conquista econômica.
 
– Evitar que o portador de hepatite C venha a ter complicações mais sérias como cirrose pode reduzir o custo desse paciente para o sistema público no futuro – afirma Lima.
 
Composto por três medicamentos, o tratamento apresenta taxa de cura de cerca de 90%.
 
– Pela primeira vez, teremos um remédio para tratar cirrose avançada (consequência da hepatite C).
 
Pessoas nessa condição, se submetidas ao novo tratamento, podem ser curadas sem precisar de transplante de fígado, por exemplo – diz Hugo Cheinquer, professor titular da Faculdade de Medicina da UFRGS e coordenador do Ambulatório de Hepatites do Hospital de Clínicas.
 
Um novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com hepatite C está sendo incorporado ao SUS e é outro avanço no acompanhamento da doença: a Elastografia Hepática Ultrassônica. Considerado seguro, indolor e não invasivo, o teste deve estar disponível no SUS em até 180 dias.
 

Por que é tão importante

A doença

Silenciosa, a hepatite C é transmitida pelo sangue ou por materiais contaminados como seringas, objetos cortantes, alicates de unha e instrumentos utilizados em tatuagens e piercings. Também pode ser transmitida por contato sexual – em índice menos elevado. O órgão mais afetado pelo problema é o fígado, no qual podem ser identificadas lesões pequenas e até cirrose, passando por hepatite aguda e crônica, que chega ao câncer.

A diferença

Como é
– O paciente é tratado à base de interferon alfa recombinante (injetável). Mais tarde, surgiu o interferon peguilado – com efeitos colaterais mais toleráveis em comparação ao primeiro –, combinado com ribavirina (comprimido).

– Chance de cura: cerca de 40%

– Duração: 48 semanas

– Efeitos colaterais: cansaço, anemia, dor muscular, depressão, irritabilidade e lesões de pele. Em razão do enorme desconforto, causado principalmente em pacientes com cirrose avançada, o tratamento tem uma taxa de interrupção de 10% a 20%.

– Indicação: estágio inicial.
 
Como será
– Por meio da combinação dos medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir. A combinação de dois desses medicamentos já apresenta eficácia.

– Chance de cura: cerca de 90%

– Duração: de 12 a 24 semanas

– Efeitos colaterais: cerca de 10% das pessoas apresentam dor de cabeça, náuseas ou cansaço, dizem os especialistas.

– Indicação: pacientes em todos os estágios. No Brasil, os medicamentos serão para quem se encontra nos estágios de fibrose 4, 3 e 2 há mais de três anos.

– Também pacientes coinfectados com o HIV e outros casos específicos.
 
Zero Hora

Treino com videogames melhora memória de crianças que sobreviveram ao câncer

Treino com videogames melhora memória de crianças que sobreviveram ao câncerA pesquisa, liderada por especialistas do hospital infantil St. Jude Children’s Research Hospital, com sede na cidade de San Francisco, na Califórnia, pode revolucionar a gestão dos efeitos secundários dos tratamentos contra o câncer

Um programa de treinamento informático intensivo com videogames ajudou a melhorar a memória e outras habilidades cognitivas de crianças sobreviventes de câncer, segundo um estudo divulgado na mais recente edição da revista “Journal of Clinical Oncology”.
 
A pesquisa, liderada por especialistas do hospital infantil St. Jude Children’s Research Hospital, com sede na cidade de San Francisco, na Califórnia, pode revolucionar a gestão dos efeitos secundários dos tratamentos contra o câncer.
 
Os pesquisadores descobriram melhoras significativas na memória, na atenção e na capacidade de processar informação dos sobreviventes de câncer que completaram entre 20 e 30 sessões de treino com videogames.
 
As sessões, com duração de 30 a 45 minutos, incluíam exercícios visuais e verbais apresentados como jogos, mas que tinham o objetivo de melhorar a memória.
 
Os benefícios do treinamento são comparáveis aos obtidos com o uso de remédios, segundo os pesquisadores. Os 30 sobreviventes que completaram o programa fizeram com que o desempenho de sua memória e atenção se situasse em níveis normais.
 
As enfermeiras do hospital indicaram também que foi registrada uma melhora significativa nos pacientes em aspectos como o planejamento e a capacidade de abordar múltiplas tarefas ao mesmo tempo.
 
“Os resultados sugerem que o treino informático pode ajudar a preencher um vazio na gestão dos efeitos sobre a habilidade cognitiva que têm um impacto na qualidade de vida dos sobreviventes de câncer e que incluem a probabilidade de estes completarem seus estudos e viverem de forma independente”, afirmou a principal autora do estudo, Heather Conklin.
 
O estudo contou com a participação de 68 crianças sobreviventes de câncer que receberam radiação craniana, quimioterapia intratecal ou ambos para o tratamento de leucemia ou tumores cerebrais. A quimioterapia intratecal é usada para reduzir o tumor ou erradicar as células cancerígenas da espinha dorsal ou do cérebro.
 
Esse tipo de tratamento aumenta o risco de uma menor habilidade cognitiva, que reduz o desempenho escolar, laboral e social. Os participantes do estudo têm entre 8 e 16 anos, completaram o tratamento contra o câncer e estão em remissão há pelo menos um ano.
 
EFE Saúde

Pesquisa mostra que alívio rápido é o principal pensamento no momento da dor

Pesquisa inédita feita pelo IBOPE CONECTA em parceria com Advil, analgésico da Pfizer Consumer Healthcare, traçou o panorama “A dor no cotidiano”
 
O estudo realizado com 1.007 brasileiros com acesso à internet identificou as dores mais frequentes entre a população, como a dor de cabeça, a dor nas costas e a dor muscular, e o quanto elas atrapalham o dia a dia das pessoas. A pesquisa constatou que quando sentem dor, os principais pensamentos estão ligados ao alívio rápido, sendo que 92% esperam que passe rápido, 86% pensam no que podem fazer para melhorar mais rápido e 78% pensam em algum recurso para o alívio imediato.
 
O impacto da dor na vida das pessoas chega a ser tão expressivo que três em cada quatro brasileiros revela que a dor atrapalha de duas a três atividades diárias. A pesquisa conversou com homens e mulheres a partir de 18 anos e para 63% deles o trabalho é a principal atividade impactada, seguida do sono (32%), atividades domésticas (30%) e até mesmo o lazer (29%).
 
Mesmo sentindo dor, o estudo deixa claro que as pessoas mantêm suas obrigações. Quando questionados sobre a frequência com que as atividades deixam de ser cumpridas, apenas 6% interrompem suas responsabilidades. Mas, para a Dra. Lin Tchia Yeng, médica fisiatra do Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, apesar da necessidade em dar continuidade às ações, a dedicação com que as atividades são realizadas não é a mesma. “Sentimos dor devido a algum desbalanço entre estímulos dolorosos vindos do meio externo e/ou interno do organismo e também pela capacidade do corpo em lidar com eles. Quando a dor persiste por mais tempo ou não é adequadamente controlada, há impactos em áreas do cérebro que podem comprometer o humor, o bem-estar, a capacidade de raciocínio, a concentração e até qualidade da execução das atividades do dia a dia. É como se o trabalho estivesse sendo desempenhado, mas sem ser o foco principal, comprometido pela dor”, diz a médica.
 
Ela ainda explica que a pesquisa é muito interessante, pois ilustra exatamente o pensamento no momento de dor: “Como precisamos de disposição para realizar todas as atividades, o alívio rápido da dor será sempre o maior desejo de todos”.
 
A pesquisa “A dor no cotidiano” também abordou as dores mais comuns entre os brasileiros, e concluiu que a dor de cabeça e enxaqueca (65%), a dor nas costas (41%) e a dor muscular (40%) foram as dores mais frequentes nos últimos três meses. Mas a dor de cabeça ainda é a grande “vilã”: 20% de todos os entrevistados a apontaram como a que mais atrapalha o dia a dia.
 
Quando analisamos essas dores por gênero, percebemos que homens e mulheres têm reclamações diferentes. Enquanto a dor de cabeça, afeta principalmente mulheres de todas as faixas etárias e os jovens de 18 a 34 anos, a dor nas costas é a principal queixa dos homens.
 
Segundo a Dra Lin, tudo isso também tem relação com a sociedade moderna. “Hoje em dia a vida é muito corrida, o estilo de vida contemporâneo provoca entre outros fatores, o aumento de estressores físicos e emocionais, as multitarefas, o sedentarismo e a alimentação fast food. Estes aspectos estão totalmente conectados às queixas das pessoas com dor”, comenta ela.
 
De acordo com a pesquisa, no momento da dor o que as pessoas mais buscam é o alívio rápido para que possam retomar as atividades do dia a dia. Essa solução pode ser encontrada com Advil, analgésico em cápsula líquida, que tem seu início de ação mais rápido, a partir de 10 minutos.
 
Segundo o Dr. Luiz Henrique Fernandes, diretor médico da Pfizer Consumer Healthcare, devido a composição de ibuprofeno em cápsula líquida, o medicamento é facilmente absorvido pelo organismo, proporcionando alívio rápido, de forma segura e eficaz. Esse resultado atende exatamente o desejo de quem está com dor: solucionar o problema rapidamente sem que a mesma tenha qualquer tipo de interferência sua vida”, comenta o médico.
 
Metodologia
A Pesquisa “A dor no cotidiano” foi elaborada para entender quais são as dores mais frequentes e o quanto atrapalham a vida de homens e mulheres. Realizada pelo IBOPE CONECTA e encomendada pelo analgésico Advil, a enquete foi nacional, com usuários de internet.
 
Foram realizadas 1.007 entrevistas com homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes ABCDE, em todo país, com base proporcional à da população de internautas no Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Para fazer download, clique aqui

Fonte Ibope Conecta

Jamais tome medicamentos sem consultar o seu médico!

Tylenol não inibe apenas a dor, mas também as emoções, aponta estudo

Um estudo recente demonstrou que o paracetamol (Tylenol), popular remédio contra a dor, também pode tornar as pessoas insensíveis a emoções positivas e negativas
 
Em um experimento randomizado e controlado, 85 pessoas tomaram 1.100 miligramas de Tylenol ou um placebo. Uma hora depois, os pesquisadores apresentaram a eles 40 imagens em ordem aleatória.
 
As imagens eram muito agradáveis (por exemplo, crianças rindo com gatinhos em um parque), neutras (um rolo de macarrão em cima de uma mesa) ou muito desagradáveis (um vaso sanitário cheio de excrementos). O estudo foi publicado online no periódico “Psychological Science”.
 
Os participantes que tomaram Tylenol estavam 20% menos propensos a classificar as imagens como sendo muito desagradáveis e 10% menos propensos a classificá-las como bastante agradáveis, em comparação com os que tomaram placebo. Embora os mecanismos permaneçam incertos, pesquisas anteriores sugeriram que o Tylenol reduz a dor agindo na ínsula, parte do cérebro que influencia nas emoções sociais, entre outras funções.
 
“Não queremos dar conselhos sobre o uso do paracetamol. Essas diferenças são modestas e foram obtidas em um ambiente muito controlado. Recomendamos seguir o conselho de seu médico para o controle da dor com o Tylenol”, afirmou Geoffrey R.O. Durso, doutorando de psicologia da Universidade Estadual de Ohio.
 
UOL

Fosfoetanolamina ‘não é remédio’, diz USP sobre substância controversa

Obrigada a distribuir composto, universidade estuda denunciar funcionários. Rumor de que substância cura o câncer é obra de ‘oportunistas’, diz reitoria
 
A reitoria da USP emitiu hoje uma carta dirigida a pacientes de câncer que estão requisitando à universidade cápsulas da fosfoetanolamina, anunciada como cura para o câncer pelo professor de química Gilberto Chierice, aposentado pela universidade. “Essa substância não é remédio”, afirma a reitoria, sugerindo que a propaganda da droga como panaceia é obra de “exploradores oportunistas”.
 
O comunicado foi uma reação da universidade à decisão judicial que a obrigou a distribuir o composto para doentes de câncer e familiares persuadidos de que a droga teria algum efeito benéfico.
“A USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos”, afirma o comunicado. “Não há registro e autorização de uso dessa substância pela Anvisa e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula.”
 
A droga vinha sendo inicialmente fornecida de graça por funcionários da USP no campus de São Carlos, mas uma portaria do Instituto de Química restringiu a distribuição. A partir daí, criou-se uma disputa judicial que culminou na liberação da substância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Pessoas têm formado filas todas as semanas para retirar o produto no campus de São Carlos, contrariando a recomendação de vários oncologistas que se pronunciaram sobre o assunto.
 
‘Oportunistas’
Mesmo obrigada a distribuir a fosfoetanolamina, a universidade diz que se sentiu no dever de informar o status de pesquisa do composto, por “respeito” aos pacientes. “É compreensível a angústia de pacientes e familiares acometidos de doença grave. Nessas situações, não é incomum o recurso a fórmulas mágicas, poções milagrosas ou abordagens inertes”, diz o comunicado “Não raro essas condutas podem ser deletérias, levando o interessado a abandonar tratamentos que, de fato, podem ser efetivos ou trazer algum alívio. Nessas condições, pacientes e seus familiares aflitos se convertem em alvo fácil de exploradores oportunistas.”
 
A universidade também afirma não tem capacidade de produzir a substância na escala com que vem sendo solicitada. A reitoria sugere que a Justiça busque a indústria química caso queira obrigar uma distribuição da fosfoetanolamina em grande escala. “Não há, pois, nenhuma justificativa para obrigar a USP a produzi-la sem garantia de qualidade”, diz o comunicado.
 
Briga judicial
A reitoria diz que as decições judiciais serão cumpridas, mas vai brigar para revertê-las. “A USP está verificando o possível envolvimento de docentes ou funcionários na difusão desse tipo de informação incorreta”, diz o comunicado. A USP “estuda, ainda, a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes.” Nada disso exclui, porém, que “estudos clínicos suplementares possam ser desenvolvidos no âmbito desta Universidade”, encerra o comunicado.
 
Tribunal de Justiça de São Paulo havia inicialmente suspendido a distribuição da substância, mas voltou atrás após uma liminar que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), acatando pedido de uma paciente do Rio de Janeiro que requeria a fosfoetanolamina.
 
Segundo a sentença do TJ-SP, a substância foi liberada a despeito da incerteza sobre sua eficácia, por uma questão de respeito a liberdades individuais na busca de melhores condições de saúde. “Do ponto de vista jurídico há uma real contraposição de princípios fundamentais”, escreveu o presidente do tribunal, desembargador José Renato Nalini. Para ele, porém, o “maior risco de perecimento é mesmo o da garantia à saúde.”
 
G1

Má gestão causou problemas da Unimed Paulistana, indica auditoria

Uma auditoria contratada pela atual administração da Unimed Paulistana indicou que os problemas financeiros da empresa foram causados por má gestão. A investigação nas contas da operadora foi feita pela PWC Consultores e PPC Auditores Independentes
 
Com base nos resultados preliminares da apuração, os advogados da Unimed enviaram ao Ministério Público Federal em São Paulo um pedido de abertura de inquérito criminal para investigar a possível prática de gestão fraudulenta. Somente em dívidas tributárias, a empresa acumulou mais de R$ 97 milhões em obrigações não recolhidas. As informações também foram enviadas à comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga os problemas com planos de saúde na Câmara Municipal de São Paulo, que repassou o material à Agência Brasil.
 
Entre os problemas apontados pelos auditores, está o investimento de R$ 10 milhões, feito no ano passado, em serviços que não puderam ser comprovados. “Pudemos constatar, na realidade, que, nos contratos assinados, não houve, apesar de constar no objetivo de cada contrato, um planejamento claro e conciso das atividades a desenvolver para ser imposto aos contratados. Também não existiam elementos, tais como relatórios periódicos para possibilitar avaliar e mensurar o desempenho das atividades”, destaca o relatório.
 
Foram apontadas ainda falhas nos mecanismos internos de controle da empresa. “Verifica-se que as oscilações aqui demonstradas indicam a ocorrência de problemas nos controles internos de gestão do faturamento da empresa, principalmente na movimentação dos contratos de adesão”, ressaltaram os auditores.
 
A operadora apresentava dificuldades financeiras desde 2009. Naquele ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) começou a intervir na empresa. No total, a agência submeteu a Unimed Paulistana a quatro regimes especiais de direção fiscal e dois regimes de direção técnica. Nesse sistema, um agente indicado pelo órgão faz acompanhamento presencial das atividades da empresa.
 
Apesar das medidas, No balanço de 2014, a Unimed Paulistana apresentou prejuízo de R$ 275 milhões e patrimônio líquido negativo de R$ 169 milhões. Devido aos problemas, a ANS determinou a transferência dos 740 mil beneficiários para outra operadora. Como não houve interesse na carteira de clientes, optou-se pela migração dos usuários para outras cooperativas médicas do sistema Unimed.
 
A auditoria mostrou ainda que o plano de recuperação implementado pela atual gestão não foi capaz de sanear a situação de empresa. “Em que pese o esforço aplicado pela atual administração, inclusive na reformulação de seus colaboradores e profissionais contratados especializados, visando buscar soluções administrativas e operacionais, os resultados auferidos indicam que não conseguirá a operadora êxito na busca do seu reequilíbrio econômico-financeiro no período planejado.”
 
Em depoimento na CPI da Câmara Municipal, o ex-presidente da Unimed Paulistana Paulo Leme disse que se esforçou para solucionar os problemas financeiros da empresa e atribuiu a situação à administração atual. A reportagem da Agência Brasil procurou Leme por intermédio de seu contato comercial, porém, não conseguiu falar com ele.

Agência Brasil

Publicada lista de candidatos inscritos nos Processos Seletivos para preenchimento de cargos de Gerente-Geral

Em cumprimento ao disposto nos editais de reabertura dos processos seletivos para os cargos de Gerente-Geral da GGALI, GGCOS, GGTIN, GGPES, GGTOX, GGCOF e GGTES, a Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (Gedep) divulga a lista de inscritos em cada um dos processos seletivos
 
Os candidatos deverão conferir seu nome nos links abaixo:
 
 
 
 
 
 
 
 
Os candidatos que realizaram as inscrições no prazo e cujos nomes não estiverem contemplados na lista de inscritos poderão interpor recurso no prazo de até 02 dias úteis após esta divulgação.
 
Os recursos devem ser encaminhados ao e-mail processos.seletivos@anvisa.gov.br.
 
Esclarece-se que após o relato de dois candidatos sobre falha na efetivação da inscrição nos processos seletivos, a Diretoria decidiu disponibilizar novo período para inscrição visando garantir a lisura do processo e a participação de todos.
 
Informação: Gedep/GGPES