Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 17 de maio de 2011

Logística Intra-Hospitalar

 

Logística intra-hospitalar é a logística que ocorre nas dependências internas do hospital, e  que começa com a prescrição médica e termina com a utilização do produto no paciente.

São duas as funções mais importantes da logística: prever e prover.

 
Prever: antecipar-se, calcular através das médias de consumo históricas produtos e quantidades a serem adquiridas.

 
Prover: providenciar, comprar e adquirir e abastecer de suprimentos necessários as diversas áreas assistenciais e administrativas para o bom andamento da rotina hospitalar.

 
A logística intra-hospitalar está relacionada com todos os locais do hospital que tenha movimentação de materiais e medicamentos, desde o pedido de compra que pode surgir para o atendimento de uma prescrição médica ou de uma necessidade de algum setor administrativo ou assistencial.

 
Setores que fazem parte da logística intra-hospitalar:
  • Departamento de Compras
  • Follow Up
  • Setor de Recebimento
  • Almoxarifado
  • CAF
  • Farmácia
  • Farmácias Satélites
  • Subestoques

 
Processos que fazem parte da logistica intra-hospitalar:
  • Solicitações dos setores
  • Solicitações em nome do paciente
  • Contagens rotativas
  • Recebimento
  • Conferência Cega
  • Entrada da Nota Fiscal no Sistema
  • Armazenagem
  • Fracionamento
  • Unitarização
  • Dispensação
  • Devoluções dos setores
  • Devoluções dos pacientes
  • Inventários

 
autoria de Mauro Munhoz

Medicamentos antigos - Emulsão de Scott

Quem não foi obrigado a tomar uma colherada deste quando crianças?

Era ruim de doer, aliás, de engolir!!

Sorocaba registra 1,3 mil casos de dengue em 2011

Grande maioria dos casos foram contraídos na própria cidade

Subiu para 1.345 o número de casos confirmados de dengue em Sorocaba, no interior de São Paulo. Deste total, 1.296 casos são autóctones (contraídos na própria cidade) e 49 são importados. A cidade registrou uma morte por dengue hemorrágica no dia 27 de abril - a vítima foi uma jovem de 17 anos.

A mudança no clima, com a queda na temperatura nos últimos dias, pode contribuir para uma queda progressiva no número de casos, segundo a Área de Vigilância em Saúde. De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (16), a maioria dos casos confirmados na cidade apresenta-se sob a forma de dengue clássica, com registro de raros episódios de complicações.

Campinas registra seis mortes por meningite em 2011

Foram confirmados 13 casos da doença em pacientes do município

A cidade de Campinas (SP) já registrou seis mortes por meningite neste ano. Ao todo, foram confirmados 13 casos da doença em pacientes do município. Uma pessoa permanece internada em estado grave.

A faixa etária dos pacientes varia entre 4 anos e 52 anos e há predominância da doença entre adultos jovens. Na maioria dos casos, a apresentação clínica foi a forma mais grave da doença, a meningococcemia.

Em três casos a doença se manifestou exclusivamente como meningite. No ano passado, foram confirmados 20 casos de meningite entre janeiro e maio.

Jovem morre vítima de dengue mesmo após ser liberada de hospital particular no Rio

Em nota, hospital diz que deu todo o atendimento necessário à menina

O número de vítimas com dengue não para de crescer no Rio de Janeiro. Mesmo debilitada pela doença, o hospital Memorial deu alta à jovem J.H.F, de 17 anos. A menina passou mal em casa e foi levada ao estabelecimento particular em Engenho de Dentro, na zona norte da cidade, onde não teria recebido os cuidados necessários.

Segundo Alexandre Ferreira, pai da menina, a médica que deu o primeiro atendimento foi negligente e não prestou toda a assistência médica que era possível mesmo na presença de um quadro clássico de dengue.

- Não podia ter mandado ela para casa, ela tinha que ter ficado hidratando ali direto. Ela deu alta e pediu para eu voltasse dois dias depois para refazer o exame de sangue, para ver as plaquetas dela.

Em nota, o hospital informa que deu todo o atendimento necessário à menina e que quando o quadro ficou mais grave, encaminhou a paciente ao centro de terapia intensivo, mas não diz que só fez isso depois de receber uma ordem da justiça. A família explica ainda que uma recepcionista se recusou a encaminhar o atendimento, com a alegação de que o plano de saúde não cobria.

-Ela só seria internada se eu pagasse R$ 10 mil ou então eu teria que pegar esse laudo da médica e procurar pelos hospitais do Rio de Janeiro por um CTI vago para poder internar a minha filha.

As notificações confirmadas de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegaram a 39.726 casos, aumento de 708 infectados nas últimas 24 horas, segundo balanço divulgado na sexta-feira (13) pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em um mês, o número de ocorrências confirmadas chegou a 7.652 na capital fluminense, valor que supera em 142% o total de casos de todo o ano de 2010 (3.149 notificações confirmadas).

A situação é mais preocupante em seis bairros da cidade, que possuem taxas de incidência de dengue consideradas como surto da doença ou epidemia: Cocotá (na Ilha do Governador), Bonsucesso e Guadalupe (zona norte), Jardim Sulacap, Pedra de Guaratiba e Sepetiba (zona oeste), Todos da direita para a esquerda no mapa abaixo.

Assista ao vídeo:



http://noticias.r7.com/saude/noticias/jovem-morre-vitima-de-dengue-mesmo-apos-ser-liberada-de-hospital-particular-no-rio-20110516.html

Veja até quando você pode se vacinar contra a gripe em cada Estado

Vacina protege contra três tipos de vírus, inclusive contra o H1N1

A campanha de vacinação contra a gripe do Ministério da Saúde chegou ao fim na última sexta-feira (13) com adesão de 18,1 milhões de pessoas, ou 60% do público-alvo. Como a meta é atingir 80%, o governo recomendou aos Estados e municípios que não alcançaram o objetivo que mantenham a vacinação por mais alguns dias.

Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, mostram que, até as 22h de sexta-feira, 18,1 milhões de pessoas já tinham recebido a vacina em todo o país. Isso representa 60% de todo o público-alvo da campanha – idosos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas e crianças entre seis meses e dois anos.

Para atingir o objetivo e imunizar 80% da população-alvo, ao menos 24 Estados seguirão com a campanha de vacinação – até a publicação dessa reportagem, o R7 não conseguiu confirmar o prazo final nos Estados de Amapá, Pará e Rondônia.

A vacina desse ano imuniza contra três vírus de gripe (dois são da sazonal, que é a gripe comum, e também o da influenza H1N1, também conhecida como gripe suína).

A diretora de Imunização da Secretaria da Saúde de São Paulo, Helena Sato, lembra que não há riscos de contrair a gripe ao tomar a vacina. Mesmo quem estiver com algum tipo de infecção, como conjuntivite e amidalite, ou estiver usando antibiótico, deve tomar a vacina contra a gripe.

- O organismo consegue responder ao mesmo tempo a diferentes tipos de antígenos.

Sato explica que o organismo é capaz de lutar contra uma infecção e, também, responder à vacina e dar imunidade ao corpo.

O infectologista Gilberto Turcato Junior, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, afirma que apenas quem estiver enfrentando um problema “mais agudo” de saúde é que deve adiar a vacina.

- Se a pessoa estiver com febre elevada, dor de cabeça forte não habitual e diarreia, por exemplo, ela não deve se submeter à vacinação. Porque aí não é hora de se vacinar, é hora de melhorar os sintomas e o quadro geral.

continue lendo...

Ativista menstrual incentiva mulher a celebrar sangramento

Segunda-feira passada foi comemorado o dia da menstruação. E não era marketing de marca de absorvente.

Era ativismo menstrual. O termo é usado para descrever ações como falar abertamente sobre o assunto ou promover produtos ecológicos para usar "naqueles dias" --expressão que não deve agradar às ativistas.

Quem são elas? O slogan da campanha, chamada "Segunda Vermelha" (2/5), dizia "1 milhão de mulheres celebrando sua menstruação". Cerca de uma dúzia delas se reuniram no final daquela tarde em São Paulo, em um centro de cultura hindu na zona oeste da cidade.

O objetivo era valorizar e dar visibilidade à menstruação e incentivar as mulheres a cuidar de sua saúde íntima e reprodutiva. Também havia a proposta de criar um "senso de diversão" em torno do tema e o mantra do "empoderamento" feminino.

"O ativismo menstrual faz parte da terceira onda do feminismo: ecofeministas, espiritualidade feminina", diz Sabrina Alves, 32, coordenadora do evento paulista.

Sabrina criou o coletivo de mulheres Clã Ciclos Sagrados. Ela é terapeuta corporal, mestranda em ciência da religião e "facilitadora" de eco-espiritualidade.

DIREITOS MENSTRUAIS

Algumas militantes defendem a criação de políticas públicas como o direito de faltar ao trabalho por causa de cólicas, a distribuição de produtos como absorventes de pano em postos de saúde e campanhas educativas.

Elas também querem colocar em discussão a segurança de tratamentos hormonais para parar menstruar e o uso de materiais sintéticos em absorventes e tampões.

A expansão do movimento, por sinal, foi nos anos 80, quando surgiram relatos de mortes por síndrome de choque tóxico causada pelo uso de absorventes internos.

As alternativas propostas são absorventes de pano (sim, as "toalhinhas" de nossas avós) e os coletores menstruais --que costumam causar certo frisson em quem ainda não está tão organicamente ligada ao seu fluxo mensal de sangue.

Marlene Bergamo/Folhapress
Absorventes de toalha (de R$ 10 a R$ 16) da Artefatos de Pano (artefatosdepano.blogspot.com)

Feito de material flexível (látex ou silicone), em forma de sino, o coletor é introduzido no canal vaginal. Ao ficar cheio, é retirado, esvaziado, lavado com água e sabão e recolocado. A operação deve ser repetida umas quatro vezes ao dia, mas, segundo os fabricantes, dá para segurar até 12 horas.

HONRA TEU SANGUE

Nem todas as presentes adotam o utensílio, mas aprovam o conceito. "Vivemos na cultura do desperdício, tudo é descartável. Quem aqui não joga sangue no lixo?", perguntou a psicoterapeuta Monika von Koss, que deu uma palestra sobre "o poder criativo da menstruação".

Marlene Bergamo/Folhapress
Coletor menstrual MeLuna (R$ 75), vendido pela Arte-Misia (arte-misia.webnode.com.br)

Mais da metade das presentes levantaram a mão. O ativismo menstrual também prega que as mulheres honrem seu sangue.

Como assim? Depende do grau de comprometimento de cada uma. As mais espiritualizadas falam em rituais para devolver o sangue à "mãe Terra", como, contam elas, faziam os povos ancestrais.

Outras insistem que é preciso prestar mais atenção à menstruação e, em consequência, aumentar o conhecimento sobre o próprio corpo. O que não é má ideia.

Dona de casa conta experiência com hospital psiquiátrico

A dona de casa Cirlene Ornelas, 49, de Ipatinga (MG), conheceu um hospital psiquiátrico na adolescência, ao acompanhar o irmão.

Mais tarde, internou o marido e o filho na mesma instituição e ao mesmo tempo.

Hoje, ela milita na causa da reforma psiquiátrica por meio da associação Loucos por Você, que criou para apoiar famílias de doentes mentais.

*
"Eu tinha 14 anos quando meu irmão, de 22, teve a primeira crise. Uns diziam que era coisa do demônio. Outros, que era pura malandragem. Ou droga.

Quando o levei para um hospital psiquiátrico pela primeira vez, em Belo Horizonte, fiquei assustada com a quantidade de gente perambulando. Dava medo.

Não demorou muito e eu me casei, aos 17 anos. Logo depois, meu marido teve um surto, no final dos anos 70. Passei a ter ele e meu irmão internados. Na época, não havia outra opção.

Meu marido foi internado mais de 30 vezes. Por anos, passei assim: ele melhorava, voltava para casa, depois ia para o hospital de novo. Fomos construindo nossa família em meio a essa rotina.

Tive três filhos. Achei que tudo estava calmo até que notei que o Juninho, o mais velho, ficava muito tempo parado. E depois, eufórico.

Ele tinha 14 anos na primeira crise. Pedi a Deus para que fosse neurológico, mas, para o nosso desespero, o médico o encaminhou a um psiquiatra. Sabia que era um caso sem volta.

O diagnóstico foi esquizofrenia, só que mais grave do que a do meu marido e do meu irmão.

As primeiras crises duravam horas. Depois, dias. Até que ele ficou dez meses assim. Ele dizia que ouvia vozes e se autoagredia. Chegou a introduzir pregos de 12 cm nas mãos e nos pés ''ele queria amenizar a dor de Jesus.

ELETROCHOQUE E FUGA

Internei meu filho pela primeira vez em 1997, aos 16 anos. Os enfermeiros foram buscá-lo e o seguraram com as mãos para trás. Me senti a última das mães.

Por duas vezes, internei marido e filho juntos, no mesmo hospital.

Uma vez, pediram permissão para fazer eletrochoque, e eu autorizei. Achei que poderia valer a pena. Mas, na terceira sessão, meu marido teve uma parada cardíaca com meu filho por perto.

Só soube dias depois. Eu ficava quase sem contato.

Um dia, avisaram que meu filho tinha fugido. E eu aqui, a 200 km de distância, sem saber o que fazer. Achei que ia perdê-lo para sempre.

Foram três horas de agonia, até que um homem ligou dizendo que meu filho estava ao lado dele. Ele tinha 18 anos.

Eu não tinha medo de estar com meu filho, mas sim que ele se ferisse e o ferissem.

Uma vez, no carro, ele tentou me enforcar. 'Filho, por que isso?', perguntei. E ele: 'Ah, mãe, porque tem um bicho saindo da sua boca'.

Fiquei muito triste de pensar no sofrimento dele em ver essas imagens. Eu sabia que precisava compreendê-lo.

Após duas internações, decidi que nunca mais o levaria a um hospital psiquiátrico. Então, tranquei-o em casa. Oito dias depois, ele teve uma crise e quebrou todos os vidros. Foi a pior coisa.

Aos poucos, passei a deixá-lo andar sozinho. Quanto mais eu o deixava livre, mais ele melhorava.

Meu outro irmão ficou doente há uns nove anos. Numa crise, fui a São Paulo tirá-lo do hospital psiquiátrico. Aqui, ele melhorou.

CONSTRUIR FAMÍLIA

Sempre me perguntam como é construir uma família em meio a tantas crises. Eu digo que nós levamos uma vida anormal o mais normal possível. É claro que a família sofre, e muito. Mas quem tem a doença sofre ainda mais.

O Juninho morreu com 29 anos. Eu estava em casa e ele disse que ia sair. Ele encontrou uns amigos e achamos que estava tudo bem.

Mas, em alguns momentos, ele falava que 'vozes' mandavam ele fazer certas coisas. Nesse dia, ele se pendurou de uma altura de uns 18 metros e caiu.

Quando cheguei para socorrê-lo, ele desabou nos meus braços. Dizia que me amava e não queria morrer.

Eu faria tudo novamente. Meu filho morreu, mas morreu livre e comigo ciente do que estava acontecendo. Eu não me perdoaria se ele morresse em um hospício.

Às vezes, é difícil conseguir atendimento.

Precisamos de serviços que substituam o hospital psiquiátrico. Aqui, temos Caps tipo 2, mas não são suficientes. É preciso transformá-los em tipo 3, que abrem 24 horas.

Outra dificuldade é ter um serviço aberto e profissionais com postura manicomial. Temos que mostrar que os doentes mentais são capazes. E fazer a reforma psiquiátrica acontecer."

Cientistas descobrem relação entre depressão e DNA

Cientistas afirmam ter descoberto a primeira evidência concreta de que variações genéticas em algumas pessoas podem causar depressão.

Em uma ocorrência rara na pesquisa genética, a descoberta de uma equipe internacional liderada por britânicos, de uma região do DNA ligada à depressão, foi replicada por outra equipe dos Estados Unidos que estava estudando um grupo distinto de pessoas.

"O que é notável é que ambos os grupos encontraram exatamente na mesma região em dois estudos separados", disse Pamela Madden, que dirigiu a equipe dos EUA na Universidade de Washington.

Os pesquisadores disseram esperar que as conclusões ajudem os cientistas a desenvolver tratamentos mais eficazes para pacientes com depressão, já que os medicamentos disponíveis funcionam somente em cerca de metade dos pacientes.

"Essas descobertas vão nos ajudar a rastrear os genes específicos que são alterados com doença", disse Gerome Breen, do Instituto do King's College de Psiquiatria de Londres, que liderou o grupo de pesquisa.

Os pesquisadores acreditam que há muitos genes envolvidos na depressão.

Os resultados não devem beneficiar os pacientes de imediato. Novos medicamentos desenvolvidos a partir deles provavelmente levarão entre dez a 15 anos. No entanto, eles vão ajudar os cientistas a entender o que pode estar acontecendo nos níveis molecular e genético em pessoas com depressão.

O primeiro estudo analisou mais de 800 famílias com depressão recorrente, enquanto o segundo examinou a doença e tabagismo em uma série de famílias da Austrália e da Finlândia.

Ambos os estudos foram publicados no "American Journal of Psychiatry" e as duas equipes relataram uma forte ligação entre depressão e variações genéticas em uma região denominada cromossomo 3p25-26.

"Normalmente, em estudos genéticos da depressão, a replicação dos resultados é muito difícil e muitas vezes leva anos para surgir, se alguma vez", disse Breen, que deu uma conferência em Londres sobre o trabalho.

A depressão afeta cerca de 20% das pessoas em algum momento de suas vidas. Depressão grave e recorrente afeta até 4% das pessoas e é notoriamente difícil de tratar.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) previu que a depressão vai disputar com a doença cardíaca o posto do transtorno de saúde que mais afeta as pessoas no mundo até 2020.

"Estamos apenas começando a fazer o nosso caminho através do labirinto de influências sobre a depressão e este é um passo importante para a compreensão do que pode estar acontecendo nos níveis genético e molecular", disse Michele Pergadia, que trabalhou no estudo da Universidade de Washington.

A equipe de Breen está realizando estudos de sequenciamento genético detalhados em 40 das famílias envolvidas na primeira pesquisa para tentar encontrar genes específicos e variações que mostram a ligação.

Secretaria de SP dá dicas para cuidar da saúde no frio

O inverno ainda não chegou, mas a cidade de São Paulo registrou nesta segunda-feira a madrugada mais fria desde o começo do ano, com 12,5ºC, segundo aferições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Com a queda das temperaturas, algumas doenças podem afetar a saúde da população com mais facilidade, como alergia, resfriado, arma e gripe.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo indica algumas medidas simples para melhorar a qualidade de vida nos dias mais frios que podem prevenir problemas de saúde:

- Fique atento às variações de temperatura. Em casa, no trabalho e em outros locais fechados, é comum sentir calor. No entanto, ao deixar estes ambientes, a queda brusca de temperatura pode facilitar a ocorrência de doenças. Agasalhe-se antes de sair;

- Beba líquidos quentes ao longo do dia, como chás, café e chocolate quente, que podem ajudar a manter o corpo aquecido. Mas deve-se evitar o exagero do consumo desses produtos;

- Mantenha a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia diversos problemas alérgicos;

- Evite banhos com água muito quente, que ressaca a pele;

- Evite exposição prolongada a ambientes com ar-condicionado --quente ou frio;

- Pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos. Substituí-los por mantas de tecido sintético ou algodão pode auxiliar na prevenção de rinites e outros quadros alérgicos;

- Alergias também podem ser reduzidas lavando e secando ao sol, antes de usar mantas, cobertores e blusas de lã, guardadas por muito tempo em armários. Pacientes com antecedentes como bronquite e rinite costumam ter crises nesta época. É importante procurar um médico e seguir suas recomendações;

- Atenção ao sol. Mesmo com o frio é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetores, especialmente quanto o céu estiver "limpo".

RS é condenado a fornecer remédio contra disfunção erétil

Um homem de 23 anos, morador da cidade de Santa Rosa (504 km de Porto Alegre), conseguiu na Justiça o direito de receber um medicamento para tratamento de disfunção erétil. Segundo o relator da decisão, é um caso inédito na Justiça.

De acordo com a sentença, o homem, que não foi identificado, possui paraplegia congênita dos membros inferiores. Ele havia sido informado por um médico que poderia ter relações sexuais se utilizasse o medicamento Caverject.

O remédio não faz parte dos medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Estado do Rio Grande do Sul. Sem condições financeiras de adquiri-lo, o homem procurou a Justiça.

A 3ª Vara Cível de Santa Rosa já havia condenado o governo do Rio Grande do Sul a fornecer o medicamento. O Estado recorreu argumentando que cabia à União pagar a medicação. O caso acabou indo parar no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que confirmou a condenação. A decisão foi publicada no dia 11 de maio.

Na apelação, o juiz Genaro José Baroni Borges, relator do caso, afirmou que a enfermidade do autor "abalava seu psiquismo, podendo comprometer a saúde e levá-lo ao óbito".

"No contexto do direito de personalidade e do princípio da dignidade da pessoa humana é que se insere o direito à sexualidade, seja no âmbito dos deveres conjugais, com referência ao débito conjugal, seja no direito à paternidade, à coabitação, à constituição da família, base da sociedade, a que deve proteção o Estado", afirmou o juiz.

O Estado pode recorrer da decisão.

Corpo rejeita célula adulta que voltou a estado embrionário

Experimentos feitos nos EUA acenderam o sinal amarelo para uma das grandes promessas biomédicas dos últimos anos, as células-tronco reprogramadas, ou iPS.

Capazes, em tese, de reconstruir qualquer tecido do organismo, elas também podem iniciar uma rejeição no organismo que as recebe, revela pesquisa na "Nature".

O fato é surpreendente porque tanto os doadores quanto os receptores das células-tronco foram os mesmos indivíduos --no caso, camundongos de laboratório.

Em situações como essa, não era para acontecer rejeição, já que o organismo deveria reconhecer as células como parte de si mesmo.

Não foi o que aconteceu com os roedores estudados por Yang Xu e seus colegas da Universidade da Califórnia. Caso o problema persista em humanos, cai por terra um dos principais atrativos de trabalhar com as células iPS.


Essa abreviação quer dizer "pluripotentes induzidas", porque a metodologia para criá-las induz células adultas (obtidas da pele, por exemplo) a adotarem estado semelhante ao embrionário, por meio da ativação de um coquetel de genes ligados à versatilidade das células.

Com isso, não é preciso destruir um embrião de verdade, escapando da controvérsia ética que torna terapias com células-tronco embrionárias proibidas para a Igreja Católica, por exemplo.

Segundo Xu e seus colegas, no entanto, ainda faltava verificar em detalhe o efeito das células reprogramadas sobre o sistema de defesa do organismo. Foi o que eles fizeram, inserindo nos camundongos tanto as células iPS quanto células embrionárias.

O objetivo dos cientistas era formar teratomas, tumores que são uma maçaroca de vários tecidos (incluindo pele, osso, músculo e outros) e que comprovam a capacidade das células de gerar essa variedade de tipos celulares.

Foi então que veio a surpresa: quando as células eram do tipo reprogramado, ou os teratomas não surgiam ou eles ficavam "murchos", atacados pelo sistema de defesa dos camundongos.

A explicação mais provável é que em muitos casos células de defesa do corpo dos roedores destruíam o tecido reprogramado como se ele fosse só um corpo estranho.

Ao que tudo indica, certos genes ligados ao processo de reprogramação têm como efeito indesejado justamente a capacidade de ativar o sistema de defesa do organismo.

Agora, é preciso ver como o processo aconteceria num teste terapêutico. A ideia, numa futura terapia, seria usar as células iPS já transformadas em outro tecido, e não em seu estado "bruto".

Abdelmassih pode ser processado por fraude

Médico é suspeito de enganar casais e implantar embriões com material genético de outras pessoas

Karina Toledo - O Estado de S.Paulo

O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes e foragido desde janeiro, pode ser processado civilmente por fraude caso se confirmem as suspeitas de que crianças concebidas em sua clínica não possuem material genético apenas de seus pais.

A denúncia foi publicada na edição mais recente da revista Época. Segundo o texto, que se baseia em depoimentos ao Ministério Público do Estado de São Paulo, pelo menos três casais descobriram que o DNA de um dos pais não é compatível com o dos filhos gerados na clínica.

A reportagem afirma que, em alguns casos, o ex-médico oferecia ao casal a implantação de embriões produzidos com o material genético de outras pessoas e chegava a cobrar US$ 10 mil a mais por isso. Para conseguir a matéria-prima, segundo o texto, Abdelmassih fazia suas pacientes produzirem mais óvulos que o necessário. O excedente seria usado em pesquisas ou em fertilização de outros casais sem que a "doadora" soubesse.

Segundo o engenheiro Paulo Henrique Ferraz Bastos, ex-sócio do casal de geneticistas russos Alexandre e Irina Kerkis - responsáveis pelas pesquisas com células-tronco feitas na clínica -, os casos denunciados ao MP não seriam eventos isolados. Ele afirmou ser comum no estabelecimento a manipulação genética de embriões, prática proibida.

O advogado de Abdelmassih, José Luis Oliveira Lima, afirmou que todos os tratamentos feitos na clínica tinham o consentimento dos casais e eram feitos dentro do que a legislação e a ética permitem. "Acho temerário fazer uma reportagem com acusações tão graves com base em depoimentos de apenas três casais, sendo que mais de 20 mil passaram pela clínica."

Lima afirmou que os denunciantes estão em litígio contra a clínica e sugeriu que sua motivação seria o desejo de receber indenização. Negou haver ligação de Bastos com a clínica.

Para o presidente da Comissão de Bioética da OAB-SP. Rui Geraldo Viana, caso as denúncias sejam verdadeiras, Abdelmassih poderia ser processado por fraude na esfera civil - o que poderia lhe render apenas pena de indenização. "O problema é que não há como tipificar o crime na esfera penal. Talvez como estelionato", disse Viana.

O presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Artur Dzik, nega que práticas denunciadas na reportagem, como manipulação genética ou implantação de embriões com material genético de desconhecidos, sejam comuns. "Hoje é muito fácil descobrir esse tipo de fraude com exames de DNA. As clínicas de reprodução são fiscalizadas. Houve uma generalização perigosa, que serve apenas para causar insegurança nas pessoas."

Suíços rejeitam limitar 'turismo do suicídio'

Referendo em Zurique rejeita proibição de suicídio assistido e limitação da prática a moradores locais

Os eleitores de Zurique, na Suíça, rejeitaram propostas para limitar a prática do suicídio assistido na cidade, segundo as projeções das contagens de votos do referendo sobre o tema realizado neste domingo.
As projeções indicam que apenas 14% dos eleitores votaram a favor da primeira proposta, que proibiria totalmente a prática do suicídio assistido.

A segunda proposta, que pretendia proibir estrangeiros de aproveitar as leis locais para praticar o que ficou conhecido como "turismo do suicídio", obteve o apoio de apenas cerca de 20% dos eleitores.

O suicídio assistido, prática em que uma pessoa portadora de doença terminal ou deficiência grave recebe auxílio para pôr fim à vida, é legal na Suíça há décadas.

Nos últimos anos, Zurique vinha ganhando atenção pelo trabalho de organizações não governamentais que praticavam o suicídio assistido. Muitos dos "clientes" das organizações eram estrangeiros, principalmente da Alemanha e da Grã-Bretanha, países nos quais a prática é proibida.

Direito individual

O resultado do referendo sobre o sucídio assistido reflete a crença amplamente disseminada entre os suíços de que é o direito pessoal de cada indivíduo escolher quando e como vai morrer.

E a rejeição da proposta para limitar o suicídio assistido apenas aos moradores de Zurique mostra que as preocupações sobre o "turismo do suicídio" pesou menos com os eleitores do que suas convicções de que o direito de morrer como se quer é universal.

O debate sobre o turismo assistido na Suíça, porém, deve continuar.

As pesquisas indicam que os eleitores querem uma legislação nacional mais clara, estabelecendo os casos nos quais a prática é permitida - apenas para os doentes terminais ou também para aqueles com outras doenças crônicas ou até mesmo mentais.

Também há um grande desejo de que o governo estabeleça regras sobre as organizações que oferecem o suicídio assitido.

Entre as regras que podem ser estabelecidas estão a periodicidade com que elas precisam acompanhar seus pacientes e, num ponto crucial para os estrangeiros, por quanto tempo o processo de aconselhamento deve se desenvolver até que o suicídio assistido é aprovado.

O governo suíço deve propor uma nova lei sobre o tema nos próximos meses. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Exame mais barato para quem não tem convênio

CAROLINA DALL’OLIO

Para atrair os consumidores que não são clientes de planos de saúde mas também não querem utilizar a rede pública de hospitais, dois grandes laboratórios de São Paulo resolveram baratear os exames médicos e facilitar o pagamento do serviço. Campana e Lavoisier cobram hoje preços até 35% menores que a média do mercado e parcelam o valor em até dez vezes no cartão de crédito.

No Lavoisier, um exame para medir a glicose sai por apenas R$ 4,50. Um de urina tipo 1, por R$ 9,50. E o cliente que gastar mais de R$ 150 com exames ainda pode parcelar a compra em dez vezes sem juros no cartão de crédito. Abaixo desse valor, o parcelamento chega a no máximo cinco vezes sem juros. Mas para gastos a partir de R$ 100, há ainda a opção de pagar com cheque e dividir a conta em até quatro vezes sem juros.

Já o laboratório Campana cobra R$ 11 por um exame de glicemia ou de colesterol, por exemplo. Os exames especificamente voltados às mulheres são o principal foco da empresa. Por isso, um papanicolau custa R$ 35, e um ultrassom transvaginal, R$ 57.

E os idosos têm uma oportunidade ainda maior de economizar: pessoas acima de 60 anos ganham mais 10% de desconto sobre o preço dos exames do Campana. “Damos uma condição especial a esse público porque hoje eles são nossos principais clientes”, explica Breno Jatobá, diretor do Campana Medicina Diagnóstica, lembrando que o perfil do consumidor da rede é de mulheres com mais de 50 anos e que pertencem à nova classe média.

O parcelamento oferecido pelo Campana varia entre três e seis meses, de acordo com a unidade cadastrada e do valor dos serviços. Outra vantagem é que clientes da unidade que fica na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, nos Jardins, não precisam agendar os exames. Basta comparecer no local e aguardar atendimento.

Em busca da maioria
Consumidores das classes C e D são hoje o alvo da maioria das empresas. Não é diferente no mercado de saúde. Os laboratórios perceberam que há um imenso potencial de aumentar sua clientela se eles mirarem na parcela mais numerosa da população: a que tem renda crescente, está disposta a se cuidar, mas não consegue pagar um plano de saúde.

No Estado de São Paulo, vivem pouco mais de 41 milhões de pessoas. Mas apenas 18 milhões (ou 43% do total) são clientes de uma operadora, informa a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

E como os planos tendem a ficar cada vez mais caros de agora em diante — já que a ANS inclui, a cada ano, uma série de procedimentos de cobertura obrigatória –, a tendência é que o número de consumidores com condições de pagar as mensalidades não cresça tanto assim nos próximos anos.

Por isso, os laboratórios deram um jeito de atrair a nova classe média e apresentá-la a esses serviços. Ao fazer isso, de quebra, deixaram de depender apenas das operadoras de saúde para impulsionar seu crescimento.

No Campana, até o início do ano, apenas 10% dos clientes que frequentavam o laboratório não tinham plano de saúde. Hoje, depois da divulgação dos preços dos exames, esse porcentual já subiu para 20%.

“Essa fatia pode ser bem maior”, aposta Jatobá. “Com a demanda da nova classe média, nos próximos 24 meses pretendemos que aqueles que não têm plano de saúde correspondam à metade da nossa clientela.”

Laboratórios como Campana (que faz parte do Grupo Fleury) e Lavoisier (da empresa DASA, dona também d o laboratório Delboni) realizam uma grande quantidade de exames.

Por isso, têm ganho de escala e conseguem cobrar preços competitivos. “Mas outros laboratórios também passarão a mirar a nova classe média daqui para frente”, diz Jatobá.

Plano de saúde: é hora de adaptar o contrato

Josué Rios – colunista do Jornal da Tarde

Se você ou alguém de sua família tem plano de saúde antigo –contrato assinado até 2 de janeiro de 1999 –, chegou a hora da decisão. Qual? Você poderá optar entre continuar com o contrato antigo ou mudar para um contrato novo, ou seja, adaptado à Lei de Planos de Saúde, que oferece mais vantagens quanto à cobertura.

Anote as vantagens do novo contrato – ou contrato adaptado. Primeira: enquanto para os contratos novos, assinados a partir de janeiro de 1999, o reajuste anual da prestação é controlado pelo órgão regulador, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quem tem contrato antigo continua sujeito à cobrança de reajuste abusivo, pois este não está sujeito à limitação do índice de aumento estabelecido pela ANS.

A liberdade que a empresa de saúde tem para impor o reajusto no contrato antigo pode, em alguns casos, tornar inviável o custo do plano.

O segundo benefício para a mudança do plano – e o mais importante deles – diz respeito à ampliação da cobertura do serviços de saúde, pois a empresa de assistência médica, após a adaptação do contrato, fica proibida de negar o atendimento a todas as doenças listadas pela classificação estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em outras palavras, a adaptação do contrato livra o consumidor das tristes exclusões e negativas de tratamento, responsáveis por verdadeiros dramas e até mortes de conveniados ou seus dependentes – que deixaram de ser atendidos com base na alegação da empresa de que o tratamento estava excluído do contrato.

O problema relativo às exclusões de tratamento só não foi mais grave porque as vítimas da negativa de tratamento recorreram à Justiça, que obrigou as empresas a prestarem o atendimento. Bom exemplo da atuação do Judiciário nessa matéria ocorreu à época do surgimento da aids, cujo atendimento encabeçava a lista das malditas exclusões, que foram derrubadas pelos juízes.

E a realidade continua a mesma para quem tem contrato antigo, a saber: ou fica sem o tratamento em casos graves, em razão das exclusões previstas no contrato, ou vai ter de recorrer à Justiça, arcando com o custo e o desgaste do processo para obter o tratamento.

A adaptação do contrato livra o consumidor de todos estes problemas, embora haja um senão: pela adaptação o consumidor sofrerá um custo adicional à prestação de até 20,59%, autorizado pela ANS, para remunerar as empresas pela ampliação das coberturas.

Para quem puder arcar com o referido custo, que a empresa poderá cobrar a partir da assinatura o termo de adaptação, esta é recomendável, como visto. Para quem não suportar o acréscimo, restará o caminho da Justiça, inclusive podendo valer-se do Juizado Especial Cível, onde não há despesa com o processo.

A adaptação é uma livre escolha do consumidor, que poderá solicitar a qualquer tempo à operadora de saúde, e esta tem o prazo de cinco dias para apresentar o termo da adaptação para a avaliação e assinatura pelo consumidor.

O site do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec – www.idec.org.br) ) apresenta informações, com um competente infográfico, que ajuda o consumidor na hora de decidir pela adaptação. Espero que o Procon e a ANS, divulguem mais informações detalhadas sobre o assunto, e criem um atendimento especial para orientar os consumidores sobre as novas regras da adaptação, que entram em vigor em agosto.

O assunto é muito relevante, afinal estamos falando de 9 milhões de vidas, que ainda têm contrato antigo, e foram deixadas órfãs, quanto à adaptação do plano de saúde, pela ANS, que desde 1999 deveria ter editado e implementado as regras sobre o assunto, e só agora parece interessada em cumprir o dever legal até então negligenciado.

Déficit do governo no setor de remédios triplica; indústria do País terá regalias

Mesmo com política de incentivo, incluindo quebra de patentes e agilidade no registro de genéricos, prejuízo do governo saltou para US$ 10 bilhões em 8 anos

Apesar de o governo ter adotado políticas de incentivo ao setor industrial para estimular a produção farmacêutica nacional e ameaçado quebrar patentes, o déficit comercial da área de saúde com remédios e equipamentos triplicou nos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atingindo US$ 10 bilhões.
Valéria Gonçalvez/AE-25/11/2009
Disputa. Linha de produção da indústria farmacêutica EMS, que fabrica genéricos: apoio federal         


Para reverter o quadro, o governo de Dilma Rousseff prepara medidas que deverão proteger a indústria nacional da concorrência estrangeira.

Os dados do déficit são do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, que nesta semana participa da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. Ele admitiu que, embora os programas de governo tenham estimulado a produção nacional, o País continua dependente da importação de remédios. "Só em medicamentos, o déficit está em torno de US$ 8 bilhões e vem crescendo. Por mais que tenhamos feito esforços, estamos enxugando gelo", disse.

Gadelha atribui parte do problema da explosão do déficit à valorização do real frente ao dólar. Outra explicação é o aumento do consumo de remédios no Brasil e uma demanda por um grupo maior de pessoas. Os esforços de produção, segundo ele, não seguiram o mesmo ritmo.

A emancipação da produção nacional de medicamentos foi uma das bandeiras defendidas pelo governo Lula e deve seguir na agenda da presidente Dilma. Para meados do ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, promete a publicação de uma nova lei permitindo que licitações públicas deem vantagens para produtos de alta tecnologia fabricados no País, em detrimento de concorrentes estrangeiros.

Padilha admite que o déficit é ainda um problema. Mas cita os programas de apoio do governo como parte da solução. "Temos políticas específicas, como parcerias público-privadas, contratos e ainda aprovamos uma lei que permite usar licitação pública para estimular a produção nacional", afirmou o ministro, que também está em Genebra.

A ideia é de que, mesmo que o produto nacional seja 25% mais caro que o estrangeiro, ele tenha certos benefícios na concorrência.

Regras. Na Organização Mundial do Comércio (OMC), governos como o dos Estados Unidos questionaram há duas semanas as políticas de incentivo do Brasil, insinuando que poderiam violar as regras internacionais.

Por anos, o Brasil lutou por um acesso facilitado aos remédios que mais pesam na balança comercial do governo. Chegou a quebrar patentes de algumas empresas para produzir versões genéricas locais, que custam 35% menos, em média.

O ministro cita a criação de um novo mecanismo para acelerar o registro de remédios genéricos, o que permitiu uma alta de 73% na certificação desses remédios no primeiro trimestre em 2011, em comparação com o mesmo período de 2010. "Há toda uma política de financiamento (do setor produtivo) e compras governamentais para estimular a produção de genéricos", disse.

Um relatório publicado na semana passada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), porém, mostra que o governo brasileiro gasta menos da metade da média mundial em saúde. Em 2008, 6% do orçamento nacional ia para a saúde. No mundo, a média é de 13%.

Esforço insuficiente

PAULO GADELHA
PRESIDENTE DA FIOCRUZ

"O déficit inclui medicamentos e materiais. Há oito anos, falávamos de um déficit de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões, hoje ele está em US$ 10 bi; por mais que tenhamos feito esforços, estamos enxugando gelo."

Propagandas antigas - Negritas em desfile


“Em desfile com grande entusiasmo proclamamos Negritas como laxante ideal que age com suavidade, sem causar cólicas nem irritações. Que felicidade!!! Experimente uma vez e o preferirá a qualquer outro laxante ou purgante drástico”.

8 de fevereiro de 1938.

http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/tag/remedio/

Entenda o mal que atinge crianças conhecido como dor do crescimento

Cleyton Vilarino
cidades@eband.com.br


A situação é sempre a mesma. A criança dorme e, após algumas horas, começa a reclamar de dores. Alguns pais acham que é manha. Afinal, no dia seguinte a dor sempre some misteriosamente. Já outros pais se preocupam e não se conformam com a falta de respostas para os sintomas.

Essa dor, popularmente conhecida como “dor do crescimento”, acomete crianças de 4 a 15 anos e tende a sumir, na maioria das vezes, após os 10 anos de idade. De acordo com o Chefe do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), Pedro Henrique Mendes, as dores são normais e não devem ser motivo de preocupação.

“Na verdade, essas dores não têm nada a ver com crescimento. Esta é uma designação que caiu no senso comum”, explica o ortopedista. A ligação entre a dor e o crescimento foi descartada pela comunidade médica, já que nem todas as crianças desenvolvem o problema. “Há várias teorias sobre a origem dessas dores. A mais aceita hoje em dia é a de que elas sejam resultado de uma fadiga muscular”, afirma Pedro.

A própria possibilidade de uma dor muscular já justifica o período em que as dores mais aparecem: durante a noite. É nessa hora que as crianças que realizam muita atividade física relaxam, sentindo os efeitos do exercício nos músculos.

Apesar de ser algo normal, o ortopedista Pedro Henrique Mendes ressalta que a falta de cuidado é um erro tanto quanto o excesso de preocupação. “Os pais devem procurar um médico para descartar outras possibilidades”. Os sintomas da dor do crescimento coincidem com quadros infecciosos como a osteomelite e a artrite. “São problemas que precisam de um diagnóstico precoce para evitar sequelas futuras”, alerta Pedro.

Uma vez descartado qualquer problema mais grave, o jeito é tratar a dor. Em casos isolados, compressas quentes e o uso de relaxantes musculares ajudam a aliviar o sofrimento. No entanto, apesar de estar ligada às dores musculares, a dor do crescimento não deve ser desculpa para restringir a atividade física da criança. “Criança pode fazer tudo, menos voar porque não tem asas”, brinca o ortopedista.

Saiba como manter sua pele hidratada

Da Redação

Após longo período de exposição ao sol, a pele perde elementos essenciais que a deixam sem água e sem brilho. Por esta razão, agora é a hora de recuperá-la e preparar-se para o próximo inverno.

Quem nunca ouviu falar que é importante beber dois litros de água por dia para repor o que perdemos diariamente através das funções fisiológicas e do suor? Ao contrário do que muita gente pensa, contudo, não é só a falta de água que desidrata a pele, mas, também os sais minerais que são perdidos com ela. Sem sais minerais, o rim não consegue reter a água dentro do corpo, o que provoca a desidratação da pele e dos cabelos, além de outras consequências.

O farmacêutico Mauricio Gaspari Pupo lembra que é muito importante evitar o banho excessivo. “Brasileiro tem péssimo costume de tomar banho todos os dias, cada vez que a pessoa vai para debaixo da água quente, retira a proteção gordurosa da sua pele, perdendo sais minerais” Além do banho diário, o especialista alerta para alguns cuidados. “O banho precisa ser rápido, com água morna e nunca se esquecer de usar sabonete neutro”.

Para aqueles que estão acostumados a usar creme hidratante, Mauricio diz que não é errado, mas é preciso fazer a escolha certa. “Os melhores cremes para manter a pele hidratada são aqueles com manteiga de cacau, manga, cupuaçu, entre outros.”

“Evite os cremes esfoliantes, eles removem as células mortas, mas por outro lado remove a também a proteção da pele. Use no máximo uma vez por semana”, diz.

Inovações

A Farmacêutica Mika Yamaguchi alerta que o processo de perda de sais mineirais é intensificado durante as altas temperaturas, pois há o aumento da transpiração. Deste modo, é imprescindível a sua reposição e manutenção. A ingestão de bastante água e o consumo de alimentos saudáveis são os meios mais conhecidos, porém, em alguns casos, pode demorar mais para restabelecer a beleza da pele e a barreira cutânea.

Por esta razão, a medicina e estética e a cosmetologia também buscam inovações para colaborar nessa tarefa. A empresa brasileira Biotec Dermocosméticos, especializada em ativos e conceitos nutricosméticos e dermocosméticos trouxe da França o Oligomix.

Trata-se da associação de oligoelementos de sais minerais (cobre, zinco, magnésio e manganês). “Esses elementos associados em um único ativo possuem ação antiestresse e antifadiga da pele, protegendo-a contra os radicais livres e inflamação causados pelo sol. Por isso, quando inserido em cremes como hidratantes, anti-aging, antiacne, limpeza facial, dentre outros, o Oligomix pode devolver à pele os componentes perdidos durante a transpiração e também ser um ótimo coadjuvante para os tratamentos estéticos realizados na clínica”, explica.

Redação: Márcia Garbin

Saiba o que é psoríase e como identificar a doença de pele

Márcia Garbin

Foto: SBD/Divulgação

A psoríase é uma inflamação crônica da pele, não transmissível, que ainda causa dúvidas para a população. Embora muita gente nunca tenha ouvido falar da doença, estimativas preveêm que mais de 3 milhões de homens e mulheres sofram do mal no Brasil.

Por isso, o eBand conversou com a dermatologista Beatriz Rocco para esclarecer os sintomas e como a prevenção pode ser feita.

Beatriz explica que a psoríase é uma doença inflamatória de origem genética, que pode afetar a pele, as unhas e as articulações. “Em sua forma mais comum, aparece nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Já em casos mais raros, chega a se manifestar nas unhas e pelo corpo todo”, diz. “Na pele ela se apresenta como umas placas avermelhadas que descamam. Também pode afetar só uma região pequena ou pode ser disseminada pelo corpo todo."

A psoríase também pode aparecer nas unhas, segundo Beatriz. “Já nas unhas ela se apresenta como umas depressões, a unha fica parecendo um dedal, cheia de pontinhos, com uma coloração amarelada e mais espessa, lembrando até micose de unha”, afirma.

Articulações

Segundo a especialista, nas articulações a doença tem sintomas curiosos. “Ela provoca dor e inchaço articular. Normalmente ela não afeta a articulação de maneira simétrica, ou seja, ela afeta só um lado. Por exemplo: se um dedo da mão direita está com psoríase, geralmente a mão esquerda não será afetada, essa característica ajuda a diferenciar de outros tipos de artrite”.

Além de ser uma doença hereditária, o diagnóstico da psoríase, no caso da aparição na pele e na unha, é basicamente clínico. Um dermatologista reconhece o quadro. “Nas articulações, geralmente é pedido um exame, justamente para diferenciar a psoríase de uma artrite”, diz Beatriz.

A dermatologista ainda lembra que a psoríase pode se manifestar em qualquer fase da vida. A partir da primeira aparição dos sintomas, as próximas ocorrências são imprevisíveis, podendo até mesmo desaparecer. Por não se tratar de algo contagioso, o portador pode e deve manter normalmente sua rotina de vida.

Inverno

A doença tende a piorar no inverno, explica a médica. " As pessoas tomam banho mais quente e ficam com preguiça de passar um creme hidratante. Por isso, a pele vai fica mais seca e a chance de descamar é maior. Já no verão, o sol tem um efeito terapêutico e ajuda a fazer com que a lesão descame, deixando a pele mais lisinha.".

Tratamento

De acordo com Beatriz, os cuidados sempre vão depender da intensidade da doença. Os tratamentos clínicos vão desde cremes, pomadas e xampus (produtos tópicos), aos comprimidos ou injetáveis (sistêmicos), de acordo com o grau da doença. Com o avanço da medicina, é importante salientar que são indicadas outras opções tópicas como fototerapia e laser.

Segundo a dermatologista, até mesmo os biológicos podem ser opção para os pacientes que não respondem de forma satisfatória aos tratamentos convencionais. “Nos casos em que não surge efeito durante o tratamento, o paciente precisa partir para os biológicos”, diz.

Mais do que sinais aparentes, o portador da doença pode ter o coração afetado, na falta de tratamento e atenção adequados. É quando um bom médico entra em cena na função de identificar o problema e orientar o tratamento ideal para cada caso. "É de extrema importância falar sobre o coração. Os pacientes devem ser encaminhados para uma avaliação cardiológica, porque é muito comum que a psoríase tenha alguma cardiopatia associada”, afirma Beatriz.

Muitos atribuem também os fenômenos emocionais ao seu surgimento ou à sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. “O estresse crônico pode agravar o quadro, o simples fato de manter em ordem o estado emocional ajudar a controlar a doença”, explica.

Quem tem psoríase deve ter atenção redobrada em certas situações. “O meio ambiente, germes e determinados remédios, principalmente os que contêm cortisona, desencadeiam o processo de formação de placas de psoríase”, conclui a dermatologista.

Doenças respiratórias podem ser reduzidas com alguns cuidados, diz especialista

Da Redação, com Rádio Bandeirantes
cidades@eband.com.br

As doenças respiratórias, tão frequentes no outono e no inverno, podem ser reduzidas com alguns cuidados básicos.

Durante entrevista para a Rádio Bandeirantes, o coordenador da Infectologia Pediátrica do Hospital São Luiz disse que é bom evitar as aglomerações, especialmente nos ambientes fechados.

“Lavar as mãos frequentemente também ajuda a combater a transmissão dos vírus”, orienta Sáfadi.

O infectologista ressalta que a vacina contra a gripe é eficiente e deve ser procurada pelas pessoas não atendidas na campanha nacional.

“Outros medicamentos, como os antigripais, só podem ser tomados se forem indicados por um médico”, destaca.

O infectologista alerta ainda que a automedicação tem o inconveniente de provocar mais eventos adversos do que benefícios.

CFM recorre contra decisão que proibiu médicos de cobrar valor adicional de usuários de planos de saúde

Da Agência Brasil

O CFM (Conselho Federal de Medicina) recorreu nesta segunda-feira à Justiça Federal contra decisão da SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Justiça, que proibiu os médicos de cobrar valores superiores aos pagos pelos planos de saúde por consulta (estabelecidos em tabela) ou ainda de paralisar suas atividades.

A entidade quer a suspensão da medida preventiva estipulada pela secretaria. No último dia 9, a SDE proibiu os profissionais de cobrar consultas e serviços com base na tabela elaborada pela categoria, a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) – que fixa valores acima dos pagos pelos planos. Para a secretaria, a tabela fere a ampla concorrência e o direito dos usuários dos planos.

Na ação, o CFM alega ter condições legais para orientar a classe médica a buscar melhor remuneração pelos serviços prestados às operadoras de planos de saúde. Segundo o conselho, ao impor a proibição, a secretaria “extrapolou sua competência legal”.

A SDE alega que o conselho e outras entidades médicas têm promovido paralisações, como a que ocorreu no dia 7 de abril, e o descredenciamento em massa dos profissionais para forçar as operadoras a reajustar os valores pagos. Ainda de acordo com o órgão, as entidades punem os médicos que não aderem ao movimento.

O CFM afirma que a adesão dos médicos ao movimento é facultativa e não há aplicação de sanções. O conselho argumenta que a saída dos médicos dos planos ocorre conforme as normas estipuladas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

A SDE encaminhou o processo ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). E o CFM pediu ao Cade revisão das medidas da SDE por falta de argumentação. A secretaria recomendou a proibição também à AMB (Associação Médica Brasileira) e à Fenam (Federação Nacional dos Médicos).

Bebidas energéticas podem aumentar risco de alcoolismo

Da Redação, com agências internacionais

Um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, apontou que o consumo regular de bebidas energéticas, com altos índices de cafeína, favorece o alcoolismo.

A pesquisa foi feita com cerca de mil estudantes de universidades americanas e concluiu que consumidores frequentes de energéticos bebem álcool mais regularmente e em maior quantidade que os demais, aumentando o risco de alcoolismo.

Além disso, eles também têm mais chances de sofrer problemas relacionados ao álcool, como desmaios e ressaca, e são mais suscetíveis a se machucar, revela o estudo.

Redação: Maria Alice Rangel Vila

Projeto prevê venda de energéticos apenas em farmácias

Da Agência Câmara

Um projeto de lei apresentado pelo deputado Aureo (PRTB-RJ) determina que os energéticos só poderão ser vendidos em farmácias e drogarias. Pela proposta, os comerciantes devem expor o produto em balcão, estante ou gôndola exclusiva e afixar advertências ao consumo em local de fácil visibilidade.

Aureo destaca que, em doses elevadas e contínuas, a substância “pode levar à intoxicação aguda e à dependência”. Na intoxicação aguda, segundo ressalta o deputado, a pessoa pode apresentar crises de ansiedade, agitação psicomotora, dor de cabeça, tremor, insônia, problemas gastrintestinais e taquicardia. “Há relatos, felizmente mais raros, de episódios convulsivos, acidentes vasculares cerebrais e morte”, acrescenta.

Contudo, para o parlamentar, o maior perigo do consumo de energéticos é a sua associação ao álcool. “Existem evidências de que a dobradinha cafeína-álcool pode mascarar os sintomas de embriaguez, levando a um consumo ainda maior de álcool e a comportamentos de risco”, afirma.

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Bio-Manguinhos quer mudar sistema de gestão

por Saúde Business Web

16/05/2011

Ideia é que o instituto tenha legislação própria, que permita que o laboratório, ganhe administração ágil para enfrentar a concorrência

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) completa 35 anos em meio a um movimento para mudar seu sistema de gestão. A ideia é que o instituto tenha legislação própria, que permita que o laboratório, hoje uma autarquia federal, ganhe administração ágil para enfrentar a concorrência de laboratórios privados. A informação é do Estado de S. Paulo.

A instituição encomendou um plano de negócios à Fundação Getúlio Vargas. O diagnóstico é de que Bio-Manguinhos - que tem faturamento anual de R$ 1,5 bilhão - é viável do ponto de vista econômico e financeiro. A proposta de mudar o modelo de gestão será discutida no congresso interno da Fiocruz e apresentada ao Ministério da Saúde no segundo semestre.

Segundo a empresa, a função primordial de Bio-Manguinhos é ser um organismo sem fins lucrativos, que dá suporte às políticas de Estado com relação ao acesso e regulação de preços de vacinas e medicamentos e atende ao Programa Nacional de Imunização. Isso será mantido. No entanto a organização deseja caminhar para se tornar uma subsidiária dependente de uma autarquia federal.

Entre as amarras que Bio-Manguinhos enfrenta está o fato de a instituição não poder recorrer a empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Outra contradição diz respeito à compra de insumos.

A produção de doses de vacina deu um salto de 80%, em 10 anos - Bio-Manguinhos forneceu 50,6% das vacinas aplicadas no Brasil em 2010. O laboratório também produz biofármacos - medicamentos que combatem anemia por insuficiência renal crônica, em pacientes com aids e oncológicos; e para pacientes com hepatite C. Até 2012 deve ficar pronto o centro de protótipos, uma obra de R$ 400 milhões que fará testes clínicos de vacinas e biofármacos.

O laboratório encerra dizendo que segue a mesma legislação do serviço público. E ressalta que produção industrial requer agilidade, flexibilidade na gestão e autonomia financeira.

Primeiro Serviço de PET-CT em ambiente hospitalar no Distrito Federal

Notícia enviada por Athena Press

(gerente.assessoria@grupoathena.com.br)

12/05/2011 às 15:25

Convergência e alta tecnologia são palavras de ordem na moderna medicina. Alinhados a essa realidade, o Hospital Santa Lúcia, o Grupo Núcleos de Medicina Nuclear e o Grupo Infinita firmaram um acordo operacional para oferecer o primeiro serviço de PET-CT em ambiente hospitalar na capital federal.

A sigla dá nome a um dos mais eficientes métodos de diagnóstico por imagem que, ao combinar as informações metabólicas e funcionais da tomografia por emissão de pósitrons (PET) com as imagens anatômicas geradas pela tomografia computadorizada (CT), é capaz de identificar com acurácia mínimas aterações no paciente.

O exame permite a elaboração de um retrato fiel em três dimensões de todo o organismo do paciente. De uma forma não-invasiva e totalmente segura, o procedimento oferece um diagnóstico precoce e com alta precisão.

Ênio Gomes, Diretor Administrativo do Grupo Núcleos, relata que a parceria com o Hospital Santa Lúcia foi fundamentada em uma demanda crescente pelo exame, além da vocação oncológica do Hospital. O Diretor Clínico do Santa Lúcia, Dr. Cícero Dantas, explica a iniciativa pioneira: “A partir de um estudo de viabilidade em conjunto com a medicina nuclear, realizamos um investimento para oferecer aos nossos clientes um centro de imagem ainda mais completo”. Para a aquisição e instalação do aparelho foram investidos cerca de R$3,5 milhões.

Hospital São Camilo Santana recebe Acreditação Canadense

Notícia enviada por Aline Alves

(aline.alves@xcomunicacao.com.br)
13/05/2011 às 18:49

A Acreditation Canada proporciona redução de custos, incremento na qualidade dos serviços prestados, melhoria na satisfação dos clientes, diminuição de riscos e de eventos adversos

No início do mês de maio, o Hospital São Camilo Santana, em São Paulo recebeu a certificação de sua gestão da qualidade e segurança do paciente pelo Organismo Internacional Accreditation Canada – organização reconhecimento internacional que foca a segurança do paciente como sua metodologia central de avaliação. Do mesmo grupo, o Hospital e Maternidade São Camilo Pompéia já é acreditado pela Instituição Canadense há dois anos.

O Programa de Acreditação garante às Instituições de Saúde a promoção na melhoria da qualidade da gestão administrativa e assistencial. “Os processos de acreditação podem resultar ao hospital a redução de custos, melhoria na qualidade dos serviços assistenciais, diminuição de riscos e de eventos adversos, além da fidelização dos pacientes e médicos”, explica Rubens Covello, CEO do Health Services Accreditation (IQG), que mantém uma Joint Venture com a Accreditation Canada no Brasil.

Durante um ano e meio, o Hospital se preparou inserindo e gerenciando protocolos internacionais para receber a visita multidisciplinar de um grupo de profissionais brasileiros e canadenses. Esta equipe validou os métodos de gestão e boas práticas da qualidade da assistência da Instituição.

O resultado da visita foi encaminhado ao Canadá para ser validade e homologado pelo Conselho Canadense.

PF investiga desvio de recursos para compra de remédios

por Agência Brasil| repórter: Paula Laboissière

16/05/2011

Operação Saúde trata de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha em sete estados

A Polícia Federal, com a colaboração da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou, nesta segunda-feira,(16), a Operação Saúde. Serão cumpridos 64 mandados de prisão temporária em sete estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

As investigações tratam de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha. De acordo com a PF, os suspeitos atuavam no desvio de verbas públicas federais destinadas à compra de medicamentos, material hospitalar e outros insumos da área de saúde por prefeituras municipais. Os remédios seriam distribuídos entre a população carente.

A operação mobiliza, ao todo, 282 policiais federais e 18 auditores da CGU. Serão cumpridos ainda 70 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal de Erechim (RS). As buscas foram feitas em dez sedes de empresas e seis prefeituras do Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso. Os presos incluem sócios e representantes de empresas, além de servidores municipais.

A CGU informou que as apurações, iniciadas em 2009, apontaram a atuação de três grupos criminosos sediados na cidade gaúcha de Barão do Cotegipe e com atuação em estados próximos.

As empreses envolvidas no esquema venciam as licitações oferecendo preços muito baixos preferencialmente em pregões presenciais de municípios de pequeno ou médio porte. Em muitos casos, a licitação já estava direcionada para as empresas envolvidas no esquema.

Em relação à entrega dos medicamentos e demais insumos, foi constatada que a quantidade entregue era frequentemente menor que a constante da nota fiscal e que os medicamentos eram entregues em data próxima à da expiração da validade.

Ainda de acordo com a CGU, foi verificada "de forma recorrente" a inexistência de controles de estoque nas farmácias das prefeituras municipais envolvidas. Fiscalizações realizadas em 2009 e 2010 em 22 municípios dos sete estados citados confirmaram a ocorrência das irregularidades que levaram a prejuízos de, pelo menos, R$ 3 milhões.

Ministério da Saúde investe em leitos de UTI do SUS

por Saúde Business Web

16/05/2011

Sistema Único de Saúde receberá R$ 96,4 mi por ano para habilitação de 629 leitos de Unidade de Terapia Intensiva

O Ministério da Saúde autorizou o investimento anual de R$ 96,4 milhões para a habilitação de 629 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no país e na reclassificação de outros 101, que passam a receber maior volume de recursos do governo federal. As medidas já estão em vigor e são resultado do esforço do ministério em ampliar o acesso da população aos serviços públicos de saúde e melhorar a qualidade da assistência oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os investimentos beneficiam 53 municípios de 15 estados (Goiás, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Piauí, Minas Gerais, Santa Catarina, Alagoas e Rio de Janeiro), contemplando 68 hospitais.

Do total de novos leitos habilitados, 411 são para tratamento de adultos, 161 para recém-nascidos e 57 para crianças. Os recursos do governo federal serão incorporados ao teto financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) dos respectivos estados e municípios, responsáveis por transferirem os valores às unidades de saúde.

Assitência

Com a oferta destes 629 novos leitos, a população passa a contar com um total de 16.808 leitos de UTI na rede pública de saúde. Entre 2003 e 2010, o Ministério da Saúde ampliou a oferta leitos de UTI no SUS com mais em 6.660 unidades, a partir de um investimento de R$ 437,2 milhões. Nesse mesmo período, a Pasta reclassificou outros 1.678 leitos de UTI, medida que resultou no aumento do repasse de recursos anuais este bloco de unidades.

continue lendo...

Saudáveis Ações de Saúde

Caros leitores,

Com muita alegria retomo aqui nossas conversas sobre saúde e economia, depois de pouco mais de um ano afastado.

Para retomar nossas linhas, queria compartilhar um pouco do que vi em relação a investimentos em saúde durante minha última e breve viagem.

Nos EUA as ações ligadas à saúde, na média, consolidaram uma referência, inequívoca agora, como setor defensivo em momentos de crise, desbancando as populares ações de utilities (Telecom e Energia), quer seja pelo momento duvidoso que utilities enfrenta, ou pela franca notoriedade que nosso setor de saúde vem obtendo com o envelhecimento da população. Empresas de Saúde tiveram desempenho bem superior ao índice e os fundos não se desfizeram de suas posições após o pior ter passado.

Aqui no Brasil, ainda estamos às voltas com os processos de incorporações e suas indigestas operacionalizações, que se têm mostrado muito mais difíceis de implementar que o planejado. Grandes operadores e redes no setor de saúde têm dedicado os últimos anos a pouco movimento estratégico e grande ruminação daquilo que já havia sido comprado. Um dia esses processos terminam e as jibóias do setor despertam de suas sestas.

Cabe o destaque da ágil disputa de rede de hospitais observada nos últimos meses. Agora é esperar ver se a digestão será menos nauseante ou voltaremos a assistir às pantagruélicas seqüências de “comprei, senão o outro comprava”.

Outro destaque deste primeiro semestre de ano inacabado é a super-safra de consultas públicas da ANS. São todas boas idéias, talvez oportunas, populares decerto, mas que ainda tangenciam os problemas principais do setor de saúde no Brasil, que desmotivam arrojo e afugentam capital.

Mas, sou otimista e tenho fé que o Brasil, em decorrência de atingirmos o pleno-emprego pela primeira vez, usufruir do bônus demográfico (a que a China chorosamente se despede) e com amadurecimento e forja dos protagonistas do setor, terá uma década de ouro pela frente, a começar desse ano.

Abraços,

Glauco

postado por Glauco Michelotti