por Saúde Business Web
16/05/2011
Ideia é que o instituto tenha legislação própria, que permita que o laboratório, ganhe administração ágil para enfrentar a concorrência
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) completa 35 anos em meio a um movimento para mudar seu sistema de gestão. A ideia é que o instituto tenha legislação própria, que permita que o laboratório, hoje uma autarquia federal, ganhe administração ágil para enfrentar a concorrência de laboratórios privados. A informação é do Estado de S. Paulo.
A instituição encomendou um plano de negócios à Fundação Getúlio Vargas. O diagnóstico é de que Bio-Manguinhos - que tem faturamento anual de R$ 1,5 bilhão - é viável do ponto de vista econômico e financeiro. A proposta de mudar o modelo de gestão será discutida no congresso interno da Fiocruz e apresentada ao Ministério da Saúde no segundo semestre.
Segundo a empresa, a função primordial de Bio-Manguinhos é ser um organismo sem fins lucrativos, que dá suporte às políticas de Estado com relação ao acesso e regulação de preços de vacinas e medicamentos e atende ao Programa Nacional de Imunização. Isso será mantido. No entanto a organização deseja caminhar para se tornar uma subsidiária dependente de uma autarquia federal.
Entre as amarras que Bio-Manguinhos enfrenta está o fato de a instituição não poder recorrer a empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Outra contradição diz respeito à compra de insumos.
A produção de doses de vacina deu um salto de 80%, em 10 anos - Bio-Manguinhos forneceu 50,6% das vacinas aplicadas no Brasil em 2010. O laboratório também produz biofármacos - medicamentos que combatem anemia por insuficiência renal crônica, em pacientes com aids e oncológicos; e para pacientes com hepatite C. Até 2012 deve ficar pronto o centro de protótipos, uma obra de R$ 400 milhões que fará testes clínicos de vacinas e biofármacos.
O laboratório encerra dizendo que segue a mesma legislação do serviço público. E ressalta que produção industrial requer agilidade, flexibilidade na gestão e autonomia financeira.
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