Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 2 de julho de 2011

Portugal: Tudo sobre a bactéria que está a matar na Alemanha

O número de vítimas mortais da bactéria E-coli já chegou aos 18, com mais de 1500 pessoas afectadas em nove países da Europa, sobretudo na Alemanha. Mas final o que é esta bactéria, cujo surto deu origem a um alerta grave de saúde pública, que vigora também em Portugal?

Chama-se Síndrome Hemolítica-Urémica (SHU) ao problema que já matou 18 pessoas na Europa, notificado desde a segunda semana de Maio. Uma doença que pode originar falência renal – os rins deixam de funcionar -, uma complicação resultante de uma infecção pela bactéria Escherichia coli, que vive nos intestinos de humanos e animais, informa a Organização Mundial de Saúde.

Mas afinal, o que é a E.coli?
Trata-se de uma bactéria que existe na Europa, EUA e Japão, estimando-se que cerca de 30% dos animais nestas zonas estejam com ela infectados

Como se transmite?
Através do contacto com:
- Carne contaminada dos animais, devendo evitar-se o consumo de carne mal passada;
- através de leite não pasteurizado de animais contaminados;
- através das fezes dos animais, usada como estrume, podendo ainda contaminar a água, usada para regar os vegetais.
Quais os sintomas?

Os sintomas surgem sete dias após a infecção e são:
- cólicas abdominais fortes, seguidas de diarreias hemorrágicas durante dois a cinco dias;
- febre, náuseas e vómitos, outros dos sintomas possíveis.
No entanto, nos casos, como o actual, em que a estirpe é mais agressiva, os sintomas podem ser mais graves e levar mesmo até à morte. Isto porque embora a maior parte das E.coli sejam inofensivas, o grupo das enterohemorrágicas pode produzir toxinas, que causam danos nas células sanguíneas e nos rins.

De acordo com a OMS, trata-se de um surto invulgar, isto porque se desenvolveu rapidamente, tendo afectado um número elevado de adultos (86% dos casos foram diagnosticados em maiores de 18 anos ou mais), sobretudo mulheres (67%), em vez do grupos de risco considerados normais – crianças e idosos.

O que fazer?

As pessoas que apresentarem estes sintomas e que tenham visitado recentemente a Alemanha, sobretudo o norte do país, devem procurar ajuda médica. Depois, deve-se ainda:

- lavar regularmente as mãos, sobretudo antes da preparação dos alimentos e depois das idas à casa-de-banho - altamente recomendável, sobretudo para as pessoas que tomem conta de crianças pequenas, já que a bactéria pode passar de pessoa a pessoa, assim como através dos alimentos, água e contacto directo com animais;

- lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais;
‐ prevenir a contaminação cruzada, não utilizando os mesmos utensílios para diferentes alimentos (facas, garfos, tábuas de cozinha, etc.);
‐ separar os alimentos em preparação dos alimentos cozinhados

Portugal: Autismo - Chave para cura é “entrada” dos pais no mundo de crianças afectadas

Uma “saída” para o autismo é quase sempre possível, mas exige, mais do que técnicas, a capacidade de os pais “entrarem” primeiro no mundo dos filhos e criarem canais de comunicação e relacionamento, defende o especialista norte-americano Raun Kaufman.

Kaufman, que a Associação Vencer o Autismo traz a Lisboa e Porto este sábado e segunda-feira para uma série de conferências gratuitas, apresenta-se como um ex-autista classificado como irrecuperável na infância, isolado e com um coeficiente de inteligência mínimo, e que alcançou uma recuperação total graças à perseverança dos pais.

“Eu não dizia uma palavra. Balançava para a frente e para trás ou punha pratos a girar. Quando o fazia, os meus pais sentavam-se ao meu lado e giravam pratos comigo”, descreveu Kaufman, em entrevista à Lusa.

A participação dos pais nestas tarefas que servem de refúgio para os autistas, em vez de tentar mudar comportamentos com castigo ou recompensa, permite estabelecer uma relação, e assim a comunicação e a capacidade de socializar, afirma.

“É muito importante, antes de tentar mudar comportamentos, criar uma relação estável. Primeiro que tudo, juntamo-nos ao nível deles. As crianças mostram-nos a entrada, nós mostramos a saída”, afirma Kaufman, que com base na sua experiência criou o programa “Son Rise”, nome do livro escrito em 1973 pelo pai de Raun acerca do “triunfo” sobre este distúrbio.

Metade do programa, que já envolveu perto de 25 mil famílias, consiste em técnicas específicas a usar para ajudar as crianças a sair do isolamento. A outra parte é “trabalhar a própria atitude dos pais”, refere.

Além do “crucial” envolvimento dos pais, o relacionamento com a criança deve preceder qualquer tipo de aprendizagem de leitura ou matemática, para “não pôr a carroça à frente dos bois”, defende.
“Isto não tem a ver com sucesso académico, mas sim com criar uma relação e depois ensinar a socialização e a construir amizades com as pessoas”, sustenta.

Na opinião do especialista, “provavelmente o mais negligenciado aspeto do autismo” é a criação de um ambiente de “relaxamento e conforto” para as crianças.

“Para estas crianças o mundo parece muito caótico, imprevisível, e às vezes assustador, portanto tornam-se stressadas ou desconfortáveis", diz Kaufman, que acrescenta: "Num meio amigável, elas usam mais linguagem, relacionam-se mais".

O número de casos de autismo entre as crianças tem disparado nos últimos anos, e é hoje de um em 100, de acordo com as associações.

Apesar da muita investigação feita a nível académico sobre as razões para este aumento, ainda não existe uma explicação consensual, embora haja indicações de que o autismo resulta de uma predisposição genética e é desencadeado por um incidente (por exemplo uma agressão ou insulto) nos primeiros tempos de vida, afirma Kaufman.

Em qualquer caso, o diagnóstico de autismo não é "uma sentença de que as crianças não vão poder ir à escola, ter amigos ou uma vida normal, refugiando-se em objetos ou em comportamentos repetitivos", garante o especialista.

“Cada vez mais crianças estão a recuperar, e mesmo os que não recuperam totalmente fazem mudanças gigantescas”, aponta.

O "Son Rise" não tem estatísticas precisas sobre a percentagem de indivíduos que recuperam com o programa, mas “99 por cento registam progressos muito significativos”, diz.

“Posso dar a esses pais um sentido de esperança, para não acreditarem na mensagem de desistirem das crianças. Há luz ao fundo do túnel”, afirma Raun Kaufman.

http://www.destak.pt/artigo/99775-chave-para-cura-e-entrada-dos-pais-no-mundo-de-criancas-afectadas

O poder das fibras: estudos revelam novos benefícios

Duas pesquisas constataram que as fibras evitam o acúmulo de gordura abdominal
 
 
O efeito das fibras como auxiliares no bom funcionamento do intestino já é bastante conhecido. Novos benefícios estão sendo revelados pela ciência e as notícias são boas: dois estudos, um americano e outro holandês, constataram que as fibras evitam o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais,ou seja, reduzem os indesejados “pneuzinhos”.

— Consumir mais de 10 gramas por dia durante o ano reduz quase um centímetro de barriga — explica o pesquisador do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda, Huaidon Du.

De acordo com especialistas, as fibras substituem a gordura na alimentação, levando, consequentemente, a um controle de peso.Porém, elas também tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar seja absorvido de maneira gradual.

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Illinois (EUA), revela que as fibras na versão solúvel são capazes de melhorar o sistema imunológico, pois transformam células de defesa pró-inflamatórias em anti-inflamatórias. Elas também estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal.

Mais uma vantagem da ingestão dessas substâncias solúveis seria a sua atração pelas moléculas de colesterol, que acabam sendo eliminadas pelo organismo e, assim, as restantes são aproveitadas pelo fígado e afastadas da corrente sanguínea. Dessa forma, previne-se doenças cardiovasculares.

Recentemente, pesquisadores também descobriram que a passagem das fibras pelo corpo rende bons frutos para outros órgãos, como os pulmões e o estômago. Segundo os especialistas, comer fibras ajudaria a afastar a doença pulmonar obstrutiva crônica e a gastrite.

A dieta ideal deve conter, no mínimo, 25 gramas de fibras por dia. Para atingir a meta e garantir os seus benefícios, invista nos alimentos certos – facilmente encontrados em qualquer supermercado. Confira.

:: Legumes e verduras: couve, brócolis, vagem, espinafre, alface, escarola, repolho, quiabo, berinjela, beterraba, chuchu, couve-flor, cenoura, batata, tomate, cebola;

:: Cereais: grão-de-bico, feijões, lentilha, soja, farelo de trigo integral, aveia, sementes de linhaça e girassol, milho verde, ervilha e arroz integral são bons exemplos;

:: Frutas: maçã, abacaxi, pêra, manga, melão, uva, ameixa, mamão papaia, bergamota e laranja são excelentes fontes. Coma sempre a casca e o bagaço, quando possível.

** Fique atento: Produtos industrializados são fontes de fibras quando têm pelo menos três gramas da substância a cada 100 gramas.

Homeopatia contra a Síndrome Pré Menstrual

Cerca de 65% das brasileiras sofrem de TPM, que de uns tempos para cá também tem sido chamada de Síndrome Pré Menstrual por alguns médicos, pois agrega mais de 150 sintomas, entre os quais a tensão é apenas um deles. A medicina convencional ainda não conseguiu descobrir a causa efetiva deste mal, e o tratamento muitas vezes acaba sendo invasivo, com grandes concentrações de hormônios e substâncias alopáticas. Para quem não é muito fã desse tipo de abordagem, a homeopatia pode ser uma boa alternativa, obtendo sucesso em mais de 80% dos casos.

O sucesso da abordagem se deve ao fato de que os desequilíbrios hormonais do Eixo Hipotálamo-Hipofisário (EHH) são a principal origem das moléstias peri-menstruais que aparecem na segunda fase do ciclo da menstruação. As terapias homeopáticas trabalham diretamente para estabilizar o EHH, além de abordar também todos os outros aspectos possíveis. “A homeopatia pode entender melhor os mecanismos da Síndrome Pré Menstrual, por considerar a totalidade dos diversos aspectos femininos. Ao ver a mulher como um todo e, principalmente, sua feminilidade, transcendemos o convencional. Aliás, esse tipo de visão deveria se estender às demais patologias da mulher”, defende o ginecologista e homeopata Eliezer Berenstein.

Mas é bom lembrar que o ritmo das terapias mais sutis é outro. Os benefícios do tratamento homeopático costumam aparecer após três meses aproximadamente. Alguns dos medicamentos homeopáticos que tem mostrado melhores resultados são Lycopodium, Pulsatilla, Óleo de Primula com Magnésio e Piridoxina (vitamina B6). Mesmo conhecendo os remédios, é indispensável consultar um homeopata para ele indicar as dinamizações adequadas para cada caso, ou até formulações mais específicas. Isso porque existem pelo menos quatro tipos de TPM, nos quais predominam mais algum tipo de sintoma específico ou um mix de todos eles. Por isso, o tratamento individualizado e especifico da homeopatia apresenta uma vantagem. O tratamento homeopático à TPM ou SPM é um tema é tão importante que será um dos principais destaques do Congresso da Associação Paulista de Homeopatia, que acontece de 24 a 27 de setembro.

Conheça outras medidas naturais que mulheres podem adotar para combater os sintomas desagradáveis que antecedem a menstruação são:
Acupuntura – geradora de equilíbrio dos sintomas hormonais e emocionais, como depressão, ansiedade e irritabilidade.


Homeopatia cuida do corpo de maneira harmônica

Os tratamentos homeopáticos são a opção de cada vez mais pessoas em todo o mundo. As explicações para esta prática são diferentes de pessoa para pessoa. Há as que afirmam que não se adaptaram à alopatia, outras que por ser natural é menos agressiva ao organismo e ainda as que dizem ser o tratamento homeopático o único a dar certo para seu problema de saúde.

homeopatia Homeopatia cuida do corpo de maneira harmônica A pediatra paulista Carmela Pedalino, mestre em Homeopatia, explica que a criança que desde cedo faz tratamentos homeopáticos e possui uma alimentação balanceada tem a oportunidade de crescer mais forte e reagir melhor a qualquer processo viral e infeccioso. Como os remédios são retirados de plantas e outras substâncias naturais e ministrados em pequenas doses, na maioria dos casos não têm efeitos colaterais, complementa a médica.
A homeopatia teve o primeiro marco na história da medicina na antiga Alemanha Oriental, onde o médico Samuel Hahnemann começou a fazer experimentos com remédios à base de produtos retirados da natureza. Ele fazia os testes em voluntários sadios e, para não ter problema, usava outro princípio que perdura até hoje, o da dose mínima para evitar que grandes quantidades ingeridas de plantas tóxicas e venenos provocassem efeitos colaterais, desta forma as quantidades bem pequenas do medicamento faziam com que apenas seu efeito benéfico prevalecesse. Outro princípio importante é a administração de apenas uma substância, para não mascarar outros problemas no organismo.


Teste de urina pode detectar risco de câncer de próstata

Cancer  Teste de urina pode detectar risco de câncer de próstata

Cientistas britânicos descobriram que uma proteína presente na urina pode ser um forte indicador de risco de câncer de próstata. A conclusão do estudo pode ajudar a desenvolver um teste simples e rápido para detectar a doença no futuro.

Os pesquisadores do Cancer Research UK Cambridge Research Institute e do Institute of Cancer Research (ICR) disseram que a proteína, chamada microseminoprotein-beta ou MSMB, é encontrada em níveis reduzidos em homens diagnosticados com a doença e ainda são mais baixas em homens com formas mais agressivas do câncer.

Hayley Whitaker, do Instituto de Cambridge, que conduziu o estudo, explica que é fácil detectar a proteína pois ela é encontrada na urina. Potencialmente, seria um teste muito simples para identificar homens com maior risco de desenvolver a doença, disse ele. E mais, estima que os resultados possam ser convertidos em um teste para uso médico em cerca de cinco anos.
O câncer de próstata matou cerca de 258.000 homens em todo o mundo em 2008 e é a segunda causa mais comum de morte por câncer nos Estados Unidos. No Reino Unido, cerca de 35.000 homens são diagnosticados com a condição e cerca de 10.000 morrem da doença.

Mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcional

anticoncepcionais Mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcionalDesde que a pílula anticoncepcional foi criada, na década de 1960, muitos foram os efeitos colaterais atribuídos ao seu uso. Verdade ou mito, o fato é que ela se tornou o método contraceptivo mais utilizado em todo o mundo, mas segue carregando estigmas, tais como: “engorda”, “cria varizes”, “prejudica a pele” e “piora o humor”.

Sobre o temido aumento de peso, a ginecologista Lorena Carvalho, do Total Care Amil, esclarece que depende de cada mulher: “Existem algumas pacientes que mesmo utilizando pílula com dose elevada de hormônio não percebem alteração na balança. Já outras, mesmo com baixíssima quantidade hormonal, apresentam mudanças”.

Outra questão polêmica sobre o contraceptivo diz respeito à sua influência sobre o humor feminino. Dra Lorena é taxativa: “Isso é mito. O que ocorre, na maioria dos casos, é a alteração por causa da Tensão Pré Menstrual e não pelo uso do anticoncepcional”. A médica lembra que, desde que a pílula foi criada, muita coisa mudou. “As altas doses hormonais foram substancialmente reduzidas para diminuir ao máximo os efeitos colaterais, sem prejudicar sua principal finalidade, a contracepção”, comenta.

http://www.corposaun.com/mitos-verdades-pilula-anticoncepcional/15674/#more-15674

Concursos na área da saúde


Quer trocar de emprego?

Prestar um concurso?

Nós te ajudamos!!

Vá em marcadores/markers e clique em concursos. Lá você vai encontrar os concursos em andamento na área da saúde por todo o Brasil.

Sempre postamos atualizações de novas oportunidades de arrumar um novo trabalho.

Governo afrouxa regra para centros que atendem viciados em drogas

O governo simplificou nesta sexta-feira as regras para o funcionamento das chamadas comunidades terapêuticas, centros que recebem viciados em drogas. A mudança chega uma semana após entidades evangélicas fazerem reivindicações à presidente Dilma Rousseff, que novamente cedeu ao apelo de grupos religiosos.


Boa parte das comunidades terapêuticas têm ligação com igrejas e/ou são dirigidas por religiosos. Em geral, elas não conseguiam atender a exigências de infraestrutura, como número de funcionários e médicos.

A nova norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que as comunidades terapêuticas precisarão ter um profissional de nível superior como responsável técnico --a antiga resolução exigia que ele tivesse formação na área de saúde ou serviço social.

A resolução anterior também cobrava funcionários especializados e fixava um número máximo de 60 ou 90 dependentes de drogas por comunidade terapêutica.

Dependendo do caso de cada dependente químico, havia a exigência de atendimento psiquiátrico uma vez ao mês. Todos esses pontos não serão mais cobrados.

"Simplificamos as regras e esperamos que mais comunidades terapêuticas se regularizem", disse a especialista bem regulação da Anvisa, Chiara Silva.

Estima-se que existam no país cerca de 3.00 comunidades terapêuticas --só um quarto delas têm credenciamento no governo. Esses centros são responsáveis por cerca de 70% do atendimento de usuários de crack, por exemplo.

RELIGIÃO

A nova resolução da Anvisa também trata de forma diferente a questão religiosa nas comunidades terapêuticas. O texto anterior definia que o usuário não poderia "ser obrigado a participar de atividades de cunho religioso durante o período de acolhimento". O texto publicado nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União" fala somente em "respeito ao credo".

"Ficou bem claro que podemos tratar o corpo, a alma e o espírito", disse o pastor Wellington Vieira, presidente da federação das comunidades terapêuticas evangélicas.

Para ele, a nova resolução da Anvisa simplificou o funcionamento dessas entidades. "Antes nos cobravam quase uma equipe clínica inteira", criticou.

]

Flórida cria lei para controlar uso abusivo de analgésicos

O uso abusivo de analgésicos levou a Flórida a criar uma lei, que entra em vigor nesta sexta-feira, para restringir a prescrição do medicamento. Segundo pesquisas médicas, a overdose desses remédios causa mais mortes no Estado americano do que a cocaína.

Na cerimônia de promulgação da nova lei, o governador Rick Scott lamentou a facilidade em se comprar remédios altamente viciantes, como o Oxycocodone, no Estado.

Segundo um relatório da associação Florida Medical Examiners, cerca de sete pessoas morreram por dia na Flórida vítimas de overdose de analgésicos, entre janeiro de 2009 e junho de 2010.

O número supera o das mortes por overdose de cocaína na Flórida, nos dias atuais, e até mesmo as cifras relacionadas às epidemias de crack, nos anos 1980, e de heroína, na década de 1970, de acordo com a associação.

Segundo a associação de parentes das vítimas StoppNow, apenas no sul da Flórida (que concentra uma população de 5 milhões) existem 183 clínicas dedicadas ao tratamento de dores e a receitar analgésicos. Em todo o Estado são 900 centros.

EPIDEMIA

Autoridades de saúde consideram que o Estado vive uma epidemia e falam em uma indústria por trás da venda deliberada de remédios à base de ópio. No condado de Broward, por exemplo, existem mais clínicas de tratamento contra a dor do que lojas da rede McDonald's.

Um dos focos da campanha contra a overdose de analgésicos é a droga Oxycodone. O relatório da Florida Medical Examiners cita a venda de 400 milhões de pílulas por ano, a maioria para viciados no remédio.

O médico e especialista em saúde pública Elmer Huerta disse à BBC Mundo que o Oxycodone "é uma das drogas mais abusivas dos Estados Unidos. Quando você toma, sente que está em outro mundo, num estado de indiferença".

TURISMO MÉDICO

A StoppNow diz ainda que milhares de americanos viajam todos os anos para a Flórida a fim de conseguir receitas para analgésicos.

Em abril deste ano, o governo Barack Obama lançou um plano nacional para controlar o uso abusivo de remédios.

Uma das medidas do plano é alertar os médicos para que reduzam a prescrição de analgésicos com alto poder de vício.

Transplante aumenta risco de ter câncer

O risco de um paciente de transplante de coração ter câncer de pele é pelo menos quatro vezes maior do que o de uma pessoa que não tenha passado por esse tipo de cirurgia, aponta estudo.

Em casos onde há mais fatores negativos envolvidos, como possuir pele clara e consumir cigarros, o risco pode ser até 30 vezes maior.

As conclusões saíram de um levantamento que acompanhou a saúde de 6.271 transplantados em 32 centros médicos nos EUA.

Dez anos após terem passado pela operação, 15% dos pacientes haviam exibido pelo menos um tumor de pele.

O estudo, liderado pelo dermatologista Murad Alam, da Universidade Northwestern, de Chicago, confirmou uma tendência já observada em estudos menores, mas que vinha sendo questionada por alguns médicos com base em relatos episódicos.

O estímulo ao surgimento de tumores ocorre por causa do uso de drogas imunossupressoras, que ajudam os médicos a combaterem a rejeição do órgão implantado pelo organismo do paciente.

Tais remédios fazem com que o sistema imune deixe de atacar o novo órgão e pare de "achar" que é um estranho.

"O problema é que o sistema imune não combate apenas infecções, mas também as colônias de células malignas [tumorais]" explica Alam. "Então, é de se esperar que drogas imunossupressoras aumentem o risco de câncer. Em alguns tipos de câncer, porém, como leucemias, linfomas e câncer de pele, o risco aumenta mais do que o esperado. Não sabemos com clareza por quê."

Mesmo sem responder a essa questão, o novo estudo conseguiu dar credibilidade à ligação estabelecida entre imunossupressores e câncer de pele. Segundo os médicos que assinam o trabalho, pesquisas menores sobre o assunto que já haviam sido publicadas, mas não convenceram a comunidade médica sobre a extensão do risco.

"Relatos esparsos mais recentes estavam sugerindo que a incidência de câncer de pele associado a transplantes seria menor do que se achava", afirma o novo estudo, publicado na revista "American Journal of Transplantation".

EQUILÍBRIO DELICADO

Segundo Alam, o perfil dos pacientes traçados no novo trabalho deve ajudar os médicos a administrar melhor o tratamento de pacientes que passam pelo transplante, combatendo a rejeição do órgão sem piorar o câncer.

Em casos extremos, médicos poderiam reduzir a dose de imunossupressores, algo raramente feito.
"No caso de pacientes que desenvolvem lesões tumorais cada vez maiores e mais agressivas, os dermatologistas lançam mão dos seus próprios recursos para removê-las e tratá-las agressivamente", conta Alam.

"Mas, se eles veem que não é suficiente, e o paciente se encontra em alta probabilidade de ter uma metástase, o risco de ele morrer por esse problema pode ultrapassar o risco de ele morrer por rejeição do órgão. Nesse caso, o dermatologista tem de chamar o médico do transplante para conversar."

Editoria de arte/folhapress

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/938080-transplante-aumenta-risco-de-ter-cancer.shtml

Hospital das Clínicas recruta cardíacos para tratamento e estudo

Hospital das Clínicas recruta pacientes cardíacos para tratamento e pesquisaO Hospital das Clínicas busca homens e mulheres com insuficiência cardíaca para um estudo sobre reabilitação cardiovascular em solo e piscina.

Noventa voluntários de 45 a 75 anos participarão do programa, conduzido por pesquisadores do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Esta é a terceira fase do estudo, que tem como objetivos identificar se há riscos para pacientes com insuficiência cardíaca nos exercícios em imersão e se há riscos envolvendo programas de reabilitação cardiovascular em piscinas com água aquecida a 34ºC.

Os pesquisadores pretendem ainda comparar resultados entre reabilitação em solo e em piscina com frequência cardíaca máxima e descobrir quais protocolos garantem, de forma segura, resultados eficientes.

Os pacientes devem ter diagnóstico de insuficiência cardíaca classe funcional I - II e fração de ejeção de 30 a 40. Eles serão submetidos a dois testes de esforço cardiopulmonar, primeiro em solo e depois na piscina.

A pesquisa será realizada no Instituto de Medicina Física e Reabilitação do HC-FMUSP, na Rua Diderot, 43, Vila Mariana (SP). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/11 5549-0111, ramal 266/256, com Mauricio Koprowski Garcia ou Fabíola Jomar da Silva.

Idosa morre na França vítima da bactéria E. coli

Outros sete pacientes são tratados em hospital da cidade de Bordeaux

Uma mulher de 78 anos hospitalizada devido à síndrome hemolítico-urêmica (SUH), causada pela bactéria E. coli, morreu na noite desta sexta-feira, 1, na cidade francesa de Bordeaux, informaram as autoridades sanitárias da França.

"Esta paciente - hospitalizada desde 24 de junho - desenvolveu muito rapidamente uma forma severa da SUH. Estava submetida a terapia intensiva no serviço de reanimação", assinalou em comunicado a Agência Regional da Saúde.

O estado de outros sete pacientes hospitalizados em Bordeaux com infecções vinculadas à bactéria, no entanto, continua "estável", acrescentou essa agência.

Em seis desses casos foi constatado que os doentes estão infectados com a bactéria E. coli, responsável por quase 50 mortes na Alemanha, embora não esteja estabelecido um vínculo preciso entre os casos alemães e os franceses.

Enquanto isso, a Comissão Europeia (CE) tenta esclarecer se existe alguma conexão entre ambos os focos.

Segundo Paris, sete das dez pessoas hospitalizadas em Bordeaux com infecções de E. coli e diarreia sanguinolenta haviam consumido sementes germinadas da companhia britânica Thompson&Morgan, pelo que apontam esta como a origem do surto.

A França pediu a Londres que desenvolva análises no terreno para comprovar se o foco das infecções se encontra na companhia com base em Ipswich, enquanto a Comissão Europeia solicitou uma troca de informações com a Alemanha para determinar a raiz dos casos.

Incêndio no Butantã foi criminoso, conclui MP paulista

O incêndio que destruiu a maior coleção de cobras, aranhas e escorpiões do mundo, no Instituto Butantã, foi criminoso. É a conclusão do relatório que o Ministério Público paulista enviou à juíza Aparecida Angélica Correia.

Arquivo/AE
Arquivo/AE
Fogo destruiu a maior coleção de cobras, aranhas e escorpiões do mundo

Cinco pessoas são acusadas do crime de incêndio culposo - quando a irresponsabilidade, e não a intenção, causou o crime. A lista inclui o então diretor-presidente, Otávio Mercadante, o diretor administrativo Ricardo Braga de Souza, o diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução Otávio Augusto Marques, a pesquisadora Selma Maria de Almeida Santos e Carlos Ely Almeida Correia, então responsável pela Divisão de Engenharia.

O relatório foi escrito com base no laudo do Núcleo de Engenharia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, divulgado em março.

A promotora de Justiça Criminal do Fórum Regional de Pinheiros, Eliana Passarelli, diz que o incêndio começou no mezanino, "construído de forma irregular, sem alvará da Prefeitura". Ela explica que, no mezanino, foram acomodadas serpentes vivas, que exigem um sistema de aquecimento próprio, incompatível com um recinto que abrigava milhares de litros de álcool para conservar espécimes mortos.

"O mezanino havia sido construído duas semanas antes", aponta Eliana. "Foi o tempo que ele durou antes de causar um acidente daquela proporção." Tudo foi improvisado para acomodar pesquisadores que deveriam estar em outro lugar, diz ela.

Se a juíza acolher o relatório, será realizada audiência para verificar se os supostos autores estão dispostos a fazer um acordo penal, já que não têm antecedentes criminais. Na prática, a pena seria comutada por compra de cestas básica básicas ou serviços comunitários.

Em nota divulgada nesta quinta, 30, o Instituto Butantã afirmou que "não recebeu o relatório", mas "se coloca à inteira disposição para esclarecimentos". E recordou a construção do novo Prédio de Coleções, uma obra de R$ 3 milhões.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110701/not_imp739194,0.php

Espanha investiga sementes que podem ser causa dos surtos da bactéria E. coli

Bactéria assassina já matou ao menos 47 pessoas na Europa

O Ministério de Saúde, Política Social e Igualdade espanhol está investigando as sementes de "fenogreco alhova", que podem estar relacionadas com o surto de E. coli, a chamada bactéria, que já matou ao menos 47 pessoas na Europa. As autoridades investigam se as sementes, supostamente, foram distribuídas na Espanha em 2010.

A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) comunicou que a Espanha figura entre os seis países comunitários nos quais puderam ser distribuídas essas sementes procedentes do Egito. As sementes estão sendo analisadas como possíveis causadoras dos surtos da bactéria "E. coli" na Alemanha e França.

O Ministério espanhol informou, em comunicado, que "já estão realizando as atuações oportunas para averiguar a rastreabilidade das sementes". Na espanha, ainda não se registrou até o momento nenhum caso de infecção por E. coli.

Por enquanto não há nenhum estudo científico conclusivo que vincule as infecções mortais com o produto natural, que na Espanha se compra nos herbanários e que se consome para atenuar problemas alimentícios, sobretudo em chás e saladas.

Governo de SP retirou de circulação 1,3 milhão de anticoncepcionais em quatro anos



Objetivo é impedir que pílulas com defeito sejam distribuídas

Pelo menos 1,3 milhão de anticoncepcionais foram retirados de circulação pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo nos últimos quatro anos, informou nesta quinta-feira (30) a Secretaria de Estado da Saúde.

A ideia, segundo a pasta, é prevenir que anticoncepcionais com defeito sejam distribuídos na rede pública paulista. O "pente fino" é feito com base em análises feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, órgão da secretaria.

O Programa de Monitoramento da Qualidade de Contraceptivos analisou os anticoncepcionais distribuídos pelo Programa de Saúde da Mulher da pasta entre os anos de 2007 e 2010. No período, 34 lotes foram interditados e tiveram a comercialização proibida pela secretaria, evitando riscos sanitários ao planejamento familiar. Entre 2007 e 2010, 29% das 154 amostras analisadas pelo programa foram consideradas insatisfatórias. Das amostras, 28% tiveram problemas nas análises físico-químicas e 1% na análise de rotulagem.

Na pesquisa, foram verificadas também 99 amostras de comprimidos, 52 de ampolas injetáveis e as demais de contraceptivos de emergência, as chamadas pílulas do dia seguinte. Apenas 10% das amostras analisadas apresentaram algum tipo de irregularidade. Esse número cresceu na análise de amostras injetáveis analisadas: 55% tiveram algum problema.

Na análise de rotulagem, todas as amostras consideradas insatisfatórias eram de anticoncepcionais injetáveis. Nas embalagens não constava o nome genérico da substância ativa nem o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Do 1,3 milhão de unidades de anticoncepcionais interditados no período, 10 lotes eram de Nociclin, do laboratório EMS; cinco lotes eram de Norestin, da Biolab Sanus; e outros cinco lotes eram de Contracep, do laboratório Germed. Também foram interditados 14 lotes de Noregyna, do laboratório Cifarma, de Goiás. A Secretaria de Estado da Saúde solicitou a quantidade de medicamento em cada um dos lotes e ainda aguarda os dados do laboratório.

Médicos dividem alegrias e tristezas para tratar doença e sentimento dos pacientes

Conheça histórias que fazem da medicina uma vocação de vida

O trabalho dos médicos é tão intenso, que eles acabam se envolvendo com seus pacientes, dividindo alegrias e tristezas e continuando juntos até o fim. Isso faz da medicina não apenas uma profissão, mas, também, uma vocação.

Na quarta reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record, a repórter Tatiana Chiari mostra histórias de orgulho que caminham com os médicos para o resto de suas vidas.

O casal de médicos Gláucio e Beatriz é um exemplo disso. Ambos possuem a mesma formação, cardiologistas pediátricos, têm quase a mesma idade e um objetivo comum: salvar crianças.

A história deles começou no primeiro ano da faculdade, quando os dois ainda eram estudantes de medicina. Virou namoro, casamento e parceria profissional: eles operam juntos há 31 anos. São dois corações que se encontraram há muito tempo e que hoje se dedicam a fazer outros pequenos corações voltarem a bater bem.

A pequena Ana Clara, de dois meses, vive essa expectativa. Ela tem um problema grave no coração e que exige total atenção da equipe. A Dra. Beatriz e o Dr. Gláucio se alternam no comando da cirurgia, um revezamento que não pode ter erros, explica o cirurgião.

- A gente reveza. Uma vez ela opera e eu ajudo, depois eu opero e ela ajuda. E o entrosamento é tudo. Como estamos há muito tempo juntos, um não precisa falar para o outro o que precisa ser feito. Isso é fundamental numa cirurgia complexa. Se não opera [a criança], 50% morre em um mês.

De acordo com Adriana Ramos, instrumentadora do casal há 17 anos, a dupla é perfeita.

- [Eles são] batalhadores, não desistem. Fazem tudo que é possível. Convivo mais com eles do que com os meus pais. São pelo menos duas cirurgias por dia. A primeira de hoje demorou quase quatro horas e foi muito bem sucedida.

A Dra. Sandra, que trabalha no Hospital A.C. Camargo, é outra profissional que se envolve com os pacientes. São muitas horas de dedicação a casos difíceis, alguns que ela acompanha por anos.

Ela diz que não teme se envolver com as tristezas e alegrias dos pacientes – é justamente disso que ela tira forças para o dia seguinte.

- Eu emociono. Não tenho vergonha, eu choro, e aprendi a lidar que o dia que eu deixar de me emocionar, eu vou parar. É mais difícil que a gente fica mais vulnerável.

Especialista em câncer, ela lida diariamente com uma das doenças que mais desafiam a medicina. É por isso que Sandra tem outro campo de batalha. Para ela, é preciso cuidar dos sentimentos dos pacientes, que é de longe a área mais afetada diante do diagnóstico do câncer.

assista ao vídeo:

Obesos sofrem oito vezes mais complicações após cirurgias

Pessoas acima do peso sofrem mais com inflamações, infecções e dores

Pacientes obesos que passam por cirurgias plásticas e de reconstrução correm risco oito vezes maior de sofrer complicações na mesa de operação do que pessoas que não estão acima do peso. O estudo, da Universidade de Johns Hopkins, foi divulgado nesta quinta-feira (30).

De acordo com o médico Marty Makary, professor da Faculdade de Medicina da Johns Hopkins e principal autor do estudo, O estudo mostra que a obesidade é o maior fator de risco para complicações em cirurgias eletivas.

Os cientistas avaliaram o histórico de 2.403 pacientes obesos e 5.597 com peso normal que tinham passado por cirurgia na mama entre 2002 e 2006. O procedimento mais comum foi a de redução da mama, seguida de reconstrução mamária. Após 30 dias da cirurgia, os resultados mostraram que 18,3 % dos pacientes obesos sofreram pelo menos uma complicação. Entre os não-obesos, esse índice foi de 2,2%, um valor 8,3 vezes mais baixo.

Ao se identificar quais eram as complicações, o estudo mostrou que os obesos sofreram 22 vezes mais com inflamações, 13 vezes mais com infecções e 11 vezes mais com dores.

Segundo Makary, os médicos precisam estar atentos ao fato de os obesos terem mais chances de sofrer alguma complicação infecção. Ele diz ainda que alguns médicos acabam recusando pacientes obesos porque a cirurgia é mais trabalhosa, embora o pagamento seja o mesmo.

Além disso, Makary alerta que o estudo deve servir para governos e seguradoras no momento de punição de médicos. Nos Estados Unidos, o resultado das cirurgias estão sendo usados cada vez mais para avaliar a qualidade de hospitais. Com essas informações, hospitais com altas taxas de complicações em cirurgias acabam sendo penalizados por empresas públicas e seguradoras.

- O governo e seguradoras penalizam médicos cujos pacientes contraem infecções ou precisam voltar para o hospital. Mas como os obesos estão mais propensos a sofrer esses problemas, os governos precisam ter certeza de que não estão dando incentivos financeiros que possam gerar discriminação baseada no peso das pessoas.

Paciente tira fotos da própria cirurgia de coração

Fotógrafo diz que atividade o ajudou a lidar com a operação


Charles McQuillan/Pacemaker/Reprodução
Câmeras foram colocadas em tripés na sala de cirurgia

Tem gente que ama tanto o trabalho que não consegue largá-lo nem na mesa de cirurgia. É o caso do fotógrafo Charles McQuillan, que usou câmeras para registrar a própria operação de coração – duas máquinas foram fixadas nas duas extremidades da maca com o uso de tripés e uma outra ficou sobre a cabeça do paciente. Ele conseguia operar as câmeras com o uso do controle remoto.

As imagens foram feitas em 16 de setembro do ano passado, no Royal Victoria Hospital, em Belfast, na Irlanda do Norte, e foram premiadas agora por uma associação de fotógrafos do país.

McQuillan disse ao jornal Irish Times que tirar as fotos foi a forma que ele encontrou para lidar com a cirurgia. O fotógrafo de 41 anos descobriu que sofria de doença arterial coronariana (em que depósitos de gordura se acumulam nas células que revestem a parede de uma artéria coronária e obstruem o fluxo sanguíneo), em 2009.

Os médicos decidiram que era necessário fazer a cirurgia para alargar uma das artérias do coração do fotógrafo. Apesar de não fumar e não ser obeso, ele tinha um histórico de doenças cardíacas na família – o pai e o avô morreram por causa de ataques cardíacos.

Ele descreve a cirurgia de 90 minutos como “surreal”.

– Eu quase não acredito que sou eu deitado naquela maca [nas imagens]. Mas tirar as fotos definitivamente fez com que eu me sentisse menos vulnerável.

O profissional já se recuperou da operação.

Quem mastiga rápido tem mais gordura no corpo

Ato da mastigação tem relação com hormônio que "avisa" quando a fome acabou

Homem ComeDesde crianças recebemos orientações sobre a importância de comer devagar, mastigando bem os alimentos. Mastigar de forma correta ajuda o organismo a produzir enzimas que atuam no processo de digestão. A mastigação correta é aquela que quebra, tritura e reduz a comida em pequenas porções, para que haja uma melhor absorção dos nutrientes.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde e Nutrição em Tóquio, no Japão, apontou que a velocidade com que ingerimos os alimentos pode influenciar no índice de gordura corporal. Os pesquisadores descobriram que, quanto mais rápido uma pessoa come, mais alto é o IMC (índice de massa corpórea, uma relação entre o peso e altura do indivíduo) e a quantidade de gordura no organismo.

O ato de comer devagar possibilita ao cérebro captar de maneira correta a mensagem do hormônio PPY, conhecido como hormônio da saciedade, que avisa quando o organismo está saciado. Esse hormônio entra em ação cerca de 20 minutos depois do início da refeição, quando em tese ainda devemos estar à mesa.

Comer devagar também evita desconfortos gastrointestinais como a azia, gases e refluxos.

Meningite mata duas crianças na região de Campinas

Oito pessoas morreram por causa da doença na cidade neste ano

Duas crianças morreram nesta semana vítimas de meningite na região de Campinas, no interior paulista. Uma delas tinha 11 anos e morava em Monte Mor. A outra tinha apenas três anos e residia em Hortolândia.

Em Campinas já foram registrados oito mortes por meningite neste ano. Há ainda dois casos em andamento e outras dez pessoas que contraíram a doença passam bem.

O diagnóstico da criança de 11 anos foi confirmado por meio do quadro clínico como meningite bacteriana. Ela foi internada no Hospital Samaritano de Campinas no último dia 29 e morreu no mesmo dia. Foi o primeiro caso desse tipo da doença em Monte Mor neste ano.

Outros dois casos de meningite viral haviam sido diagnosticados em dois adultos, mas eles passam bem. A Secretaria Municipal de Saúde de Hortolândia não soube informar a data exata da morte da criança de três anos.

A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas e, se não tratada com rapidez, pode matar ou deixar sequelas graves. A principal vítima da doença são os bebês e crianças pequenas.

Estudantes precisam “dar o sangue” para completar faculdade de medicina

Além das horas de estudo, muitos precisam trabalhar para se tornar médicos

O perfil dos futuros médicos está mudando no Brasil. Pesquisas mostram que os estudantes preferem fugir de especialidades que exigem muita dedicação.

Com isso, cada vez mais faltam profissionais nas cidades do interior, e as prefeituras travam batalhas para conquistar os novos doutores e completar vagas em postos de saúde. Mas entre os 16 mil alunos que são formados a cada ano no país, alguns fogem dessa regra.

Na última reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record, a repórter Tatiana Chiari mostra que ainda há exceções e que muitos estudantes ainda dão o sangue para realizar o sonho de ser médico.

É o caso de Ana Laura, que, após um curso técnico na área da saúde, decidiu que medicina era mesmo o que queria. E não foi a falta de recursos financeiros da família que a impediu de realizar o sonho.

Como um curso de medicina numa faculdade particular pode chegar a R$ 4 mil, Ana Laura foi atrás de uma bolsa de estudos e de outras alternativas para se manter.

- A gente estava numa situação difícil. Aí conversei com o dono da cantina, [perguntei] se podia trabalhar lá e ele me ajudou muito, tanto transporte e alimentação, custos pesados. Consegui cobrir.

assista ao vídeo:

Cientistas alemães aprimoram vacina contra diarreia, que também pode combater a E.coli

Ácido retinóico acelera produção de anticorpos, diz estudo

Especialistas da Escola Superior de Medicina de Hannover (MHH), na Alemanha, informaram nesta sexta-feira (1º) que desenvolveram uma nova estratégia de vacinação que consiste em acrescentar ácido retinóico às vacinas para combater os germes causadores das diarreias mortais.

Após uma série de testes com ratos, os cientistas chegaram à conclusão de que as vacinas contra o cólera e a salmonelose são significativamente mais efetivas quando contêm esse tipo de ácido, que contribui para que as células imunológicas cheguem à mucosa intestinal, onde produzem anticorpos para neutralizar os germes. É o que explica Reinhold Förster, da Faculdade de Imunologia da MHH.

- Esta inovadora estratégia de vacinação é de grande importância, não só no que diz respeito à bactéria E. coli, mas especialmente em diarréias que afetam crianças em países em desenvolvimento.

Segundo o pesquisador, muitas vacinas não funcionam bem em países em desenvolvimento e isso se deve à desnutrição, principalmente à carência de vitamina A, responsável pela produção de ácido retinóico. O papel fundamental desse ácido no processo imunológico foi descoberto apenas há alguns anos, razão pela qual ainda não se havia tentado aplicar sua utilidade nas vacinas.

Durante os testes, os cientistas injetaram vacinas contra salmonelose e cólera em dois grupos de ratos e as mesmas com ácido retinóico a outros dois grupos e alimentaram posteriormente os animais com salmonela e toxinas do cólera.

- Os grupos que haviam recebido vacinas com ácido retinoico estavam em ambos casos significativamente melhor protegidos.

Na opinião do especialista, essa nova estratégia de vacinação tem um grande potencial.

- Agora existe a possibilidade de imunização mais efetiva contra todos os germes patógenos causadoras da diarreia.

De acordo com Förster, os cientistas devem aplicar esses resultados nas vacinas contra o rotavírus em países em desenvolvimento.

As diarréias representam 20% das causas de mortalidade em crianças menores de 5 anos nos países em desenvolvimento, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Os germes patógenos, porém, constituem uma ameaça permanente também nos países industrializados, como foi demonstrando durante o recente surto infeccioso de E. coli na Alemanha que causou pelo menos 48 mortes em todo o país.

Casos de dengue passam de 60 mil no Rio

Disseminação do vírus começa a desacelerar na cidade

dengue100

Agência Estado
Casos de dengue no Rio diminuíram de forma vertiginosa

Embora a dengue na cidade do Rio de Janeiro tenha ultrapassado a barreira dos 60 mil casos ao longo do mês de junho, os números mostram que a disseminação do vírus começa a se desacelerar. A redução no número de casos já era esperada para essa época do ano, em que as temperaturas mais baixas dificultam a proliferação do mosquito transmissor.

Segundo dados atualizados nesta sexta-feira (1º) pela Secretaria Municipal de Saúde, nos seis primeiros meses do ano a cidade teve 61.887 notificações da doença. Em junho, houve 2.158 novos casos, enquanto no mês anterior esse número foi bem maior: 13.453.

O pico da disseminação da dengue no município aconteceu em abril, quando foram registrados 23.876 casos.

Nesta quarta-feira (29), a Secretaria Estadual de Saúde divulgou um balanço que aponta queda de 88% no número de casos em todo o Estado. Nos seis primeiros meses do ano, 107 pessoas morreram vítimas da doença.

http://noticias.r7.com/saude/noticias/embora-tenha-ultrapassado-barreira-dos-60-mil-casos-em-junho-dengue-comeca-a-perder-forca-no-rio-20110701.html

Boicote de médicos a planos de saúde em SP vai funcionar por rodízio e não atinge emergência


A interrupção do atendimento a clientes de dez planos de saúde do Estado de São Paulo, decidida nesta quinta-feira (30) pelos profissionais, vai atingir consultas e procedimentos eletivos, ou seja, marcados com antecedência, que não são de emergência.

E a paralisação vai acontecer por sistema de rodízio entre as especialidades: em uma semana os cardiologistas aderem ao boicote por três dias, depois na outra os ginecologistas interrompem o atendimento e assim sucessivamente.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que regula esse mercado no Brasil, disse em comunicado que os serviços de urgência e emergência não podem sofrer com a paralisação e que não há “justificativa legal para a suspensão de atendimento nesses casos”.

No caso dos atendimentos eletivos, os planos de saúde devem providenciar um novo agendamento de consultas, exames e internações “em tempo razoável, de forma a garantir a assistência à saúde de seus beneficiários consumidores”.

– Os sistemas e fluxos de autorizações das operadoras devem estar programados para as necessidades de reagendamento, bem como para os casos em que os médicos ou outros prestadores, por questões individuais ou particulares, optarem por não aderir à paralisação prevista.

De acordo com os médicos, esses dez planos de saúde foram escolhidos por supostamente não estarem abertos a negociar melhores condições de remuneração para os profissionais.

Os médicos querem que o valor que eles recebem por consulta médica suba para R$ 80 e que seus contratos sejam reajustados de acordo com o aumento no valor da mensalidade do plano de saúde autorizado todo ano pela ANS.

Em nota, os médicos dizem que outra exigência importante é “o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, de internações e de outros procedimentos, interferências inaceitáveis que colocam em risco a saúde dos cidadãos”.

O cronograma com as datas em que cada especialidade vai parar deve sair em até 30 dias. De acordo com os manifestantes, como são 53 especialidades médicas, se cada uma parar em uma semana, o movimento pode durar mais de um ano inteiro.

Objetivo é fazer pressão

Jorge Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina, disse ao R7 que o objetivo do movimento não é penalizar os clientes dos planos, mas sim fazer pressão sobre as empresas.

– Os pacientes acabam sendo penalizados porque não têm assistência médica adequada. Esse não é um problema só dos médicos, é de mundo que está envolvido na saúde suplementar. Uma saída é descredenciar [o plano de saúde] e começar a cobrar consulta particular, o que é ruim para a população, porque nem todo mundo pode pagar.

Curi diz que o setor “já está no meio de uma crise”.
– Isso chegou nessa situação porque o médico aceita demais, não quer prejudicar a relação com o paciente, mas não há mais meios de aceitar isso.
Procurada pela reportagem, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15 dos maiores grupos de operadoras de planos de saúde, disse por meio de nota que “suas afiliadas estão entre as operadoras que melhor remuneram os médicos” e que está participando das negociações sobre o assunto.

Propagandas antigas - Loção Fenômeno

locaopheno

“Loção Phenomeno Tarré. Fortalece os cabelos e elimina a caspa”.

Anúncio publicado na edição de dezembro de 1944 da revista Careta,

disponível nos arquivos da Biblioteca Nacional Digital

Rádio comunitária vai ajudar a combater a dengue no Complexo do Alemão, no Rio


Rio de Janeiro - Com o apoio da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), o grupo Mulheres da Paz, do Complexo do Alemão, coloca no ar hoje (1º), às 10h30, a Rádio Mulher: um Ambiente Comunitário. O projeto faz parte da Campanha de Mobilização contra a Dengue.

Quem estiver no Complexo do Alemão e sintonizar o dial na FM 98,7 poderá ouvir a nova rádio comunitária, que veiculará programação com foco na prevenção da dengue. A campanha contra a doença faz parte de uma ação integrada entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a SEA, as secretarias Estadual e Municipal de Saúde e a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.

O grupo Mulheres da Paz participou de capacitação técnica com especialistas da Funasa e das secretarias estadual e municipal de Saúde, elaborando entrevistas e spots específicos sobre a doença para serem veiculados na rádio.

Mesmo com determinação da Justiça para voltar ao trabalho, servidores da saúde do DF mantêm greve

Brasília – Mesmo com a determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para que os servidores da saúde retornem ao trabalho, a categoria mantém a paralisação iniciada na última segunda-feira (27). O Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Distrito Federal (Sindsaúde-DF) alega que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão, mas que entrará com recurso quando isso ocorrer.

A liminar concedida na noite do dia 30 pela 3ª Câmara Cível do TJDFT ao governo do Distrito Federal (GDF) determina o retorno imediato dos servidores ao trabalho. A multa para o descumprimento da decisão é de R$ 30 mil por dia.

De acordo com o presidente do Sindsaúde-DF, Agamenon Torres, a paralisação está mantida até a próxima segunda-feira (4), quando os trabalhadores fazem nova assembleia.

Estava marcada para hoje (1º) uma reunião no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entre governo e sindicato. Mas nenhum representante do GDF compareceu ao encontro.

“É surpreendente que o governo não aceite um convite do Ministério Público para resolver o problema. Não podemos assumir a negociação de forma unilateral. Para o Ministério Público o que interessa é o atendimento à população”, destacou o promotor que convocou a reunião, Diaulas Costa Ribeiro.

“O governo diz que o SindSaúde rompeu com as negociações, mas nós sempre estivemos dispostos a negociar. A atitude do governo de não comparecer hoje foi lamentável”, declarou Agamenon Torres.

Pela manhã, os servidores da saúde em greve fizeram manifestações em frente ao Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) e ao Hospital Regional do Gama (HRG). O comando de greve está reunido para tratar de detalhes da mobilização dos servidores e analisar a decisão da Justiça a respeito da paralisação.

Cerca de 80% do quadro de servidores da saúde do DF é representado pelo sindicato. De acordo com a diretoria do Sindsaúde-DF, 10 mil servidores de todas as áreas aderiram à paralisação. A greve prejudica o atendimento à população em vários postos e hospitais do Distrito Federal. A principal reclamação é a falta de pessoal para atendimento e para a realização de exames.

A Secretaria de Saúde do DF informou que aguarda cumprimento da decisão da justiça e o retorno imediato dos servidores ao trabalho.

Operação para desarticular esquema de funcionários fantasmas na saúde do Rio tem 23 presos


Rio de Janeiro – Vinte e três pessoas foram presas durante a manhã de ontem(1º) no Rio de Janeiro, suspeitas de participar de um esquema de desvio de dinheiro público por meio de funcionários “fantasmas” na Secretaria Estadual de Saúde.

O esquema contava com a participação de duas servidoras terceirizadas, que trabalhavam no setor de recursos humanos da secretaria. Elas eram as responsáveis por inserir, na folha de pagamento, nomes de pessoas que não eram funcionárias do estado e não exerciam qualquer função dentro da secretaria.

O namorado de uma delas e mais 28 pessoas são acusadas de serem funcionários fantasmas. Entre elas, dez pessoas de uma mesma família da Baixada Fluminense. Segundo a polícia, cada pessoa recebia um salário de R$ 1.365, dos quais R$ 800 eram pagos às servidoras acusadas de chefiar o esquema. Segundo a Secretaria de Saúde, o golpe, iniciado em fevereiro, foi descoberto em março, depois de uma verificação de rotina nas unidades de saúde.

“Um servidor do Hospital Adão Pereira Nunes [estadual] verificou na sua lista de funcionários que duas pessoas não estavam lotadas naquela unidade. Ele comunicou isso ao setor de recursos humanos da secretaria que começou a fazer uma auditoria. Então, descobriram que havia no sistema a inclusão de 29 pagamentos fraudulentos. Depois, ao longo da investigação, verificamos a inclusão de mais 15 pagamentos”, afirmou o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança, Fabio Galvão.
Os valores desviados, que chegam a R$ 220 mil nesses quatro meses, foram bloqueados nas contas dos acusados. Segundo Galvão, as 15 pessoas que passaram a se beneficiar do esquema serão investigadas pela polícia posteriormente.
 
 

Médicos paulistas vão parar de atender usuários de dez planos de saúde a partir de agosto


São Paulo – Os médicos do estado de São Paulo decidiram suspender o atendimento aos usuários de dez planos de saúde. Segundo a categoria, o valor pago pelas consultas é baixo e é necessário reajustá-lo. A paralisação deve ser deflagrada a partir do início de agosto.

A decisão vai atingir os seguintes planos de saúde: Gama Saúde, Green Line, Intermédica, Abet (Telefônica), Caixa Econômica Federal, Cassi (Banco do Brasil), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Embratel, Notredame e Porto Seguro.

A categoria reivindica R$ 80 por consulta e regularização dos contratos com as operadoras com a inclusão de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em assembleia na noite de ontem (30), os médicos também decidiram suspender o atendimento de usuários de operadoras que pagam menos de R$ 25 por consulta. Os casos de urgência e emergência serão atendidos.

O movimento é liderado pela Associação Paulista de Medicina (APM), pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e pelos sindicatos dos médicos.

A paralisação será feita por especialidade. Toda semana, os médicos de cada uma das 53 especialidades vão deixar de atender os usuários dos dez planos. As suspensões no atendimento devem durar 72 horas por vez.

“É fundamental que preservemos os direitos dos pacientes. Por isso, a paralisação será escalonada. Ao mesmo tempo, seremos firmes com as empresas que ignoram nossas tentativas de diálogo, o que consideramos atitude de desrespeito à classe médica”, disse o presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi.


Estudo mostra que metade dos motociclistas internados por causa de acidentes terá sequelas

São Paulo – De cada dez motociclistas internados por causa de acidentes de trânsito, oito (82,4%) não conseguem voltar ao trabalho após seis meses de tratamento. O estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) com o acompanhamento de 84 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) revelou ainda que quase metade dos acidentados (47%) teve sequelas permanentes, incluindo 14,7% que ficaram inválidos. Os dados foram apresentados hoje (1°) no Fórum Segurança e Saúde, que debate propostas para diminuir o número de acidentes com motocicletas no país.
Para o ortopedista do HC Marcelo Rosa, os números indicam que os danos sociais dos acidentes envolvendo motos são muito maiores do que a quantidade de mortos. “Além da morte que, por si só, é um problema grave, há o sequelado, com todas as implicações econômicas e sociais que isso acarreta”. Somente o tratamento dos pacientes acompanhados pela pesquisa custou R$ 3 milhões.

Segundo balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 478 motociclistas morreram no trânsito paulistano em 2010. O HC estima que, para cada morte registrada, há quatro condutores com ferimentos graves.
Como possíveis causas dos acidentes, o estudo aponta a imperícia e imprudência dos pilotos. Segundo a pesquisa, 80% dos motociclistas acham que não foram culpados pelas colisões e quedas. Marcelo Rosa, que também é piloto de motocicleta, acredita que o dado demonstra que “a percepção deles de perigo é um pouco alterada”. De acordo com a pesquisa, 32,4% dos pacientes aprendeu sozinho a conduzir motocicletas, 25% aprenderam em autoescolas, 19% com amigos e 19% com parentes.

Na opinião do médico, falta o entendimento da fragilidade do veículo de duas rodas no trânsito. “A pessoa que dirige moto tem que se conscientizar que está usando um meio de transporte que é mais frágil. Portanto, o meu cuidado ao dirigir uma moto tem que ser redobrado”.
Sobre o perfil do acidentado, 70% dos motociclistas pesquisados têm entre 19 e 30 anos e 67% usam o veículo como meio de transporte no dia a dia; 34% utilizam para o lazer e 31% em atividades profissionais.
O representante da Federação de Motoclubes de São Paulo, Paulo César Lodi, conhecido como Pica-Pau, atribui o elevado número de acidentes graves à formação deficiente dos motociclistas. “Se houver uma boa educação, um rigor maior na lei para tirar a carta [Carteira Nacional de Habilitação], a médio e longo prazos a gente consegue fazer alguma coisa”.