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sábado, 2 de julho de 2011

Obesos sofrem oito vezes mais complicações após cirurgias

Pessoas acima do peso sofrem mais com inflamações, infecções e dores

Pacientes obesos que passam por cirurgias plásticas e de reconstrução correm risco oito vezes maior de sofrer complicações na mesa de operação do que pessoas que não estão acima do peso. O estudo, da Universidade de Johns Hopkins, foi divulgado nesta quinta-feira (30).

De acordo com o médico Marty Makary, professor da Faculdade de Medicina da Johns Hopkins e principal autor do estudo, O estudo mostra que a obesidade é o maior fator de risco para complicações em cirurgias eletivas.

Os cientistas avaliaram o histórico de 2.403 pacientes obesos e 5.597 com peso normal que tinham passado por cirurgia na mama entre 2002 e 2006. O procedimento mais comum foi a de redução da mama, seguida de reconstrução mamária. Após 30 dias da cirurgia, os resultados mostraram que 18,3 % dos pacientes obesos sofreram pelo menos uma complicação. Entre os não-obesos, esse índice foi de 2,2%, um valor 8,3 vezes mais baixo.

Ao se identificar quais eram as complicações, o estudo mostrou que os obesos sofreram 22 vezes mais com inflamações, 13 vezes mais com infecções e 11 vezes mais com dores.

Segundo Makary, os médicos precisam estar atentos ao fato de os obesos terem mais chances de sofrer alguma complicação infecção. Ele diz ainda que alguns médicos acabam recusando pacientes obesos porque a cirurgia é mais trabalhosa, embora o pagamento seja o mesmo.

Além disso, Makary alerta que o estudo deve servir para governos e seguradoras no momento de punição de médicos. Nos Estados Unidos, o resultado das cirurgias estão sendo usados cada vez mais para avaliar a qualidade de hospitais. Com essas informações, hospitais com altas taxas de complicações em cirurgias acabam sendo penalizados por empresas públicas e seguradoras.

- O governo e seguradoras penalizam médicos cujos pacientes contraem infecções ou precisam voltar para o hospital. Mas como os obesos estão mais propensos a sofrer esses problemas, os governos precisam ter certeza de que não estão dando incentivos financeiros que possam gerar discriminação baseada no peso das pessoas.

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