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sábado, 2 de julho de 2011

Incêndio no Butantã foi criminoso, conclui MP paulista

O incêndio que destruiu a maior coleção de cobras, aranhas e escorpiões do mundo, no Instituto Butantã, foi criminoso. É a conclusão do relatório que o Ministério Público paulista enviou à juíza Aparecida Angélica Correia.

Arquivo/AE
Arquivo/AE
Fogo destruiu a maior coleção de cobras, aranhas e escorpiões do mundo

Cinco pessoas são acusadas do crime de incêndio culposo - quando a irresponsabilidade, e não a intenção, causou o crime. A lista inclui o então diretor-presidente, Otávio Mercadante, o diretor administrativo Ricardo Braga de Souza, o diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução Otávio Augusto Marques, a pesquisadora Selma Maria de Almeida Santos e Carlos Ely Almeida Correia, então responsável pela Divisão de Engenharia.

O relatório foi escrito com base no laudo do Núcleo de Engenharia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, divulgado em março.

A promotora de Justiça Criminal do Fórum Regional de Pinheiros, Eliana Passarelli, diz que o incêndio começou no mezanino, "construído de forma irregular, sem alvará da Prefeitura". Ela explica que, no mezanino, foram acomodadas serpentes vivas, que exigem um sistema de aquecimento próprio, incompatível com um recinto que abrigava milhares de litros de álcool para conservar espécimes mortos.

"O mezanino havia sido construído duas semanas antes", aponta Eliana. "Foi o tempo que ele durou antes de causar um acidente daquela proporção." Tudo foi improvisado para acomodar pesquisadores que deveriam estar em outro lugar, diz ela.

Se a juíza acolher o relatório, será realizada audiência para verificar se os supostos autores estão dispostos a fazer um acordo penal, já que não têm antecedentes criminais. Na prática, a pena seria comutada por compra de cestas básica básicas ou serviços comunitários.

Em nota divulgada nesta quinta, 30, o Instituto Butantã afirmou que "não recebeu o relatório", mas "se coloca à inteira disposição para esclarecimentos". E recordou a construção do novo Prédio de Coleções, uma obra de R$ 3 milhões.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110701/not_imp739194,0.php

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