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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Remédios que matam mais que cocaína e muita gente toma diariamente

Eles estão “na moda” e são receitados para o controle da ansiedade e para o combate à insônia, mas segundo estudos, medicamentos a base de benzodiazepina estão na lista dos remédios que matam mais que a cocaína

Pelo menos foram essas as conclusões de duas pesquisas publicadas no American Journal of Public Health. Agora, se você acha que não conhece esse tipo de medicamento, está enganado. Esse componente perigoso é a base de remédios popularmente prescritos para quem sofre de ansiedade ou precisa de uma ajudazinha para dormir, como Rivotril, Xanax, Ativan e Valium, por exemplo. Começou a se familiarizar com os nomes, não foi?

Remédios que matam mais que cocaína
O primeiro estudo sobre o caso, realizado pela Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), de Vancouver, no Canadá, apontou que o consumo excessivo desses de medicamentos a base de benzodiazepinas causa risco de morte 1,86 vezes maior do que o uso de várias drogas ilegais e consideradas pesadas. Para chegar a esses números, os pesquisadores entrevistaram de 6 em 6 meses, ao longo de 5 anos, aproximadamente 2.802 participantes que faziam uso diário desses remédios que matam. No final do estudo, mais de 18% do grupo já havia falecido.

Mais medicamentos, mais infecções
Os cientistas também perceberam que mesmo depois de isolar outros fatores, como o uso de drogas ilegais e os comportamentos considerados de alto risco, a taxa de morte continuou impressionantemente alta entre os usuários desse composto.Um segundo estudo, por sua vez, levando em consideração uma parte menor do mesmo grupo apontou a ligação entre o uso dos tais remédios que matam com infecções por hepatite C, por exemplo. Também foi possível perceber, dessa vez, que a taxa de infecção foi 1,67 vezes superior nos usuários desses medicamentos.

Irresponsabilidade nas prescrições
Conforme os estudiosos, o problema pode estar na forma como esses remédios que matam estão sendo prescritos. Um relatório emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, alerta que remédios são feitos para tratar “ansiedade ou insônia grave, incapacitante, que cause angústia extrema”. O que se vê, no entanto, é um número crescente de pacientes fazendo uso de medicamentos faixa preta, como os que citamos ao longo da matéria, mesmo não se encaixando nas descrições extremas feitas pela OMS.

A entidade, aliás, recomenda que, antes de receitar remédios tão fortes, os médicos levem em consideração que medicamentos a base desse composto causam dependência e levam até mesmo a crises de abstinência. A OMS recomenda ainda que a benzodiazepina seja usada em dose eficaz mínima e durante o menor período de tempo possível. E você, também consome esses remédios que matam ou conhece alguém que faça uso deles? Imaginava que eles pudessem fazer tão mal assim? Não deixe de nos contar nos comentários!

R7

Conhecer o próprio corpo ajuda a aliviar TPM

A TPM é natural e esse momento é importante para a mulher se conhecer. Alimentação e atividade física ajudam a aliviar as crises

TPM - Só de ouvir essas três letras algumas mulheres e homens sentem até arrepio. Todo mês, a famosa Tensão Pré-Menstrual é um incômodo para muitas mulheres, geralmente alguns dias antes do ciclo menstrual, e leva muitas delas a ataques de nervos, inchaço, cólicas, dores de cabeça, irritabilidade e choro fácil. Mas desaparece com a chegada da menstruação.

E o que causa essa oscilação toda? O principal motivo é um desequilíbrio hormonal, principalmente do estrógeno, durante o período que antecede a menstruação. A TPM é natural e esse momento é importante para a mulher se conhecer. “Esses hormônios têm influencias físicas e psíquicas nas mulheres. Mas não podemos ver como algo ruim. É um momento em que a mulher deve tomar mais cuidado com ela mesma, um momento de introspecção, de renovação, como se ela estive em alerta do que faz bem e o que não faz para ela naquele momento”, explica a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela.

A TPM não é igual para todo mundo. Cada mulher é única e essa concentração de hormônios aparece de maneiras diferentes, com oscilação de um dia para o outro. Por isso, é normal elas escutarem que são de fases, como uma lua. “Somos de fases mesmo, como a lua crescente, que é a fase estrogênica de proliferação a mulher, e essa fase influencia no humor, nas suas atitudes e na sua disposição”, enfatiza Vilela.

Fatores que intensificam as crises
O estilo de vida também está associado à TPM. “Muitas vezes, é uma retenção hídrica causada pelo excesso de progesterona, de hormônios no pré-menstrual, associada a um estilo de vida. A mulher comeu muito sal, alimentação pesada, com toxinas ou exagerou em alguma coisa, como bebida”, destaca Esther. Ou seja, é necessário que a mulher aproveite esse ciclo para ter mais cuidado com sua alimentação e conhecer melhor o próprio corpo. “A ingestão de café, refrigerante, açúcar, comida condimentada, gordurosa, sal e o tabagismo devem ser evitados. A TPM vem porque ela acumula de certa forma todo um conjunto de excessos ou desajustes da mulher durante o mês. Então, a gente colhe na TPM o que a gente viveu durante o mês”, enfatiza.

A jornalista Tatiana Rosa, de 35 anos, sabe bem que o estresse do dia a dia e as angústias em geral ajudam a acentuar as crises de TPM. “Já percebi que quando estou muito preocupada ou ansiosa com alguma situação no trabalho, eu acabo comendo mais nesse período e também fico muito descontrolada emocionalmente: acabo brigando mais no trânsito e tento me isolar um pouco do convívio com as pessoas”, comenta.

Mas ela não sofre sozinha. “Quem mais reclama é meu marido porque fico muito irritada com ele, de não aguentar ouvir a voz. Às vezes nem eu me aguento de tão irritada”, conta Tatiana, mantendo o bom humor, que durante as crises de TPM muda de uma hora para outra. “Geralmente eu fico muito irritada e meu humor varia bastante. No mesmo dia, em questão de horas, vou do céu ao inferno. De extremamente feliz para uma tristeza e/ou irritação sem tamanho, em poucas horas. Também costumo ficar bem triste, melancólica nesses períodos”, relata a jornalista.

Dicas para aliviar a TPM
Você já sabe que a TPM faz parte de um ciclo natural do corpo da mulher e que esse é momento de autoconhecimento. Outra coisa que você precisa saber é que uma boa alimentação é fundamental. Portanto, consuma comidas leves, como frutas, verduras, proteínas, carboidratos integrais, muita água e chás. “Antigamente as mulheres se cuidavam com chás, com alimentação e não ingeriam alimentos processados no momento do pré-menstrual. Isso ajuda muito”, reforça a coordenadora de Saúde da Mulher.

Outra dica importante é a prática de exercícios pois libera endorfina, responsável pela sensação de bem-estar, e ajuda a acalmar e aliviar dores. Contudo, a coordenadora ressalta que a prática de atividade física é fundamental durante todo o mês e não apenas no período da TPM.

Em casos mais específicos com dores mais fortes o tratamento medicamentoso pode ser prescrito. “Existem casos de endometriose, ou seja, uma doença e devem ser averiguados, mas em casos normais, é preciso se conhecer e respeitar o corpo, porque a menstruação não é ruim, é um ciclo natural, é o momento da mulher se conhecer”, conclui Esther Vilela.

Por Luíza Tiné, para o Blog da Saúde

Tecnologia aplicada à saúde promove empoderamento médico

“A medicina digital é o fim da Medicina ou o fim da doença?”


O questionamento do presidente da International Telemedical Systems do Brasil, Roberto Botelho, abriu sua fala sobre a Medicina Digital e as Fronteiras do Mundo Digital: da assistência à pesquisa clínica, no IV Congresso Internacional CBA 2017. Ele prosseguiu afirmando que a pesquisa clínica não vai parar e que acredita que a tecnologia vai empoderar o médico. Botelho defendeu ainda que quanto maior e mais completa for a coleta de dados, maior será a precisão da informação. Outro destaque do evento foi a fala da diretora executiva do Instituto PENSI do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, Fátima Fernandes, que além de ressaltar a importância da pesquisa e da informação, mostrou a experiência do uso de tecnologia na instituição, que implementou, com a apoio do Ministério da Saúde, um projeto de capacitação de agentes comunitários de saúde para detectar sinais precoces de câncer infanto-juvenil no estado do Amazonas. Por meio de videoaulas, o projeto que também utiliza a telemedicina, permite que a equipe de médicos oncologistas do Hospital, preste segunda opinião e discuta casos com os agentes de saúde amazonenses. O programa vem sanar uma carência regional, explica ela: “Nossa equipe de oncologistas mapeou previamente que se tratava de uma região carente de diagnósticos precoces, o que levava a um desfecho muito dramático dos casos de câncer na infância”.

O presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino de Araújo Cardoso Filho, encerrou o debate destacando que o Brasil é um ‘continente’, heterogêneo. “Esta heterogeneidade faz com que seja necessário que tenhamos pessoas extremamente rápidas em determinados conceitos, plataformas, ferramentas, aquisição de dados, transformando esses dados em informações e essas informações em ferramentas”.

Imagem Ilustrativa

Cláudia Freitas - Jornalista
 SB Comunicação - Jornalismo (21) 3798-4357