Final do Módulo de Gestão de Logística Hospitalar da turma de pós graduação em Administração Hospitalar
março 2011
Pesquisa mostra de que forma o estresse desregula a defesa do corpo estresse é capaz de modificar o equilíbrio das bactérias que vivem no intestino humano e, com isso, diminuir a defesa do organismo. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Brain, Behavior and Immunity. De acordo com Michael Bailey, pesquisador da Universidade Estadual de Ohio e coordenador do estudo, a exposição ao estresse modifica a composição, a diversidade e o número dos microorganismos naturais do intestino. - Essas bactérias afetam a função imunológica (defesa do organismo), o que ajuda a explicar porque o estresse desregula a resposta imunológica. O que ocorre, segundo Bailey, é que as comunidades de bactérias no intestino se tornam menos diversificadas, abrindo espaço para os microorganismos prejudiciais à saúde. De acordo com Bailey, ao utilizar antibióticos, o paciente reduz o número de bactérias no organismo. Nessa situação, o estudo mostrou que os efeitos do estresse sobre a imunidade são bloqueados. - A pesquisa indica que, além do estresse modificar os níveis de bactérias, essas alterações atingem nossa imunidade. http://noticias.r7.com/saude/noticias/estresse-afeta-equilibrio-das-bacterias-do-intestino-20110322.html
DA ASSOCIATED PRESS Um norte-americano do Texas de 25 anos, que ficou desfigurado após um grave acidente elétrico há dois anos, recebeu o primeiro transplante completo de rosto dos EUA em um hospital de Boston. O procedimento aconteceu na semana passada, mas o hospital divulgou à imprensa somente nesta segunda. Dallas Wiens passa bem, segundo o estabelecimento. Mais de 30 médicos, enfermeiros e outros funcionários do Hospital Brigham and Women's, liderados pelo cirurgião plástico Bohdan Pomahac, realizaram a operação de 15 horas O acidente elétrico, ocorrido em novembro de 2008, deixou Wiens cego e sem lábios, nariz e sobrancelhas. Em Boston, os médicos transplantaram uma cara totalmente nova, incluindo o nariz, lábios, pele, músculos e nervos que animam a pele e dão sensibilidade. A identidade do doador não foi divulgado e o hospital não disse quando a cirurgia foi feita, por razões de privacidade. Wiens não vai parecer "quem ele costumava ser, ou o doador", mas algo no meio, disse Pomahac. "Os tecidos são realmente moldados em uma nova pessoa." O transplante não foi capaz de restaurar a visão de Wiens, e os nervos estavam tão danificados pela lesão que ele provavelmente terá apenas sensação parcial na bochecha esquerda e na testa esquerda, disse o cirurgião. Wiens foi capaz de falar com sua família ao telefone, segundo seu avô, Del Peterson, que participou da entrevista coletiva em Boston. "Quando o vi pela primeira vez após a lesão, não tinha ideia do que viria a seguir", disse Peterson. "Mas ele está determinado a ficar bem e seguir em frente, fazer alguma coisa da sua vida." Ele disse que Wiens espera se tornar um advogado para doações faciais, e agradeceu à família do doador, dizendo: "Vocês permanecerão para sempre em nossos corações e nossas orações e somos gratos pela generosidade." A cirurgia foi paga pelo Departamento de Defesa; o hospital recebeu uma doação de US $ 3,4 milhões dos militares para pesquisa sobre transplante. A nova lei federal de assistência à saúde ajudou a tornar possível a operação, permitindo que Wiens obtivesse a cobertura do seguro para os medicamentos caros que ele vai precisar ao longo da vida, para prevenir a rejeição de seu novo rosto. Este foi o segundo transplante facial que o hospital de Boston realizou; o anterior foi em abril de 2009 --a substituição parcial do rosto de um homem que sofreu lesões traumáticas da face após um acidente. O primeiro transplante facial do mundo, ainda parcial, foi feito na França, em 2005, em uma mulher desfigurada por seu cão. Médicos em Espanha realizaram o primeiro transplante facial completo em março do ano passado, em um agricultor que era incapaz de respirar ou comer por conta própria depois de atirar acidentalmente na própria cara. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/891956-hospital-realiza-primeiro-transplante-facial-completo-dos-eua.shtml
A maioria dos estudos favoráveis à terapia de reposição hormonal para tratamento da menopausa foi escrita por autores que têm ligações com a indústria de remédios. Estatísticas da medicina são exatas, mas interpretações, não significa que pesquisadores pró-reposição declararam ter recebido pagamentos de laboratórios por palestras ou financiamento de estudos. É o que revela uma revisão de 50 pesquisas sobre a terapia, publicadas por dez autores entre 2002 e 2006. O período foi escolhido por causa da publicação do estudo Women Health's Initiative, em 2002, mostrando que a reposição aumenta riscos de câncer da mama e de doenças cardiovasculares. Oito dos dez autores afirmaram ter recebido pagamentos da indústria. Dos 50 artigos analisados, 32 foram considerados favoráveis à terapia, entre os quais 30 foram escritos por autores com conflitos de interesse. A análise foi feita por pesquisadores do Georgetown University Medical Center, em Washington, e publicada no "PLoS Medicine". Segundo uma das autoras, a médica e professora de farmacologia da Georgetown University Adriane Fugh-Berman, tons promocionais em relação a drogas devem ser vistos com desconfiança. "Promoção, em geral, é inconsistente com ciência. Pode significar uma influência do marketing da indústria sobre o artigo, mas isso é difícil de provar", disse à Folha. César Fernandes, presidente da comissão de climatério da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia, diz que médicos devem ligar o "desconfiômetro" para esses estudos. "É óbvio que há marketing agressivo das farmacêuticas, elas querem influenciar os médicos", diz Fernandes. A existência dessas relações e as conclusões da revisão, porém, não desqualificam autores sérios nem colocam a eficácia do tratamento à prova, segundo Fernandes. "Não estamos falando de pesquisadores irrelevantes. Será que não são os médicos mais consultados pelas empresas por suas contribuições para a literatura?" Já Berman diz que eles são selecionados para palestras e consultorias porque o que dizem apoia a mensagem da indústria. "A indústria cria um falso consenso na comunidade médica porque vozes racionais são abafadas." Mauro Haidar, chefe do setor de climatério da Unifesp, diz:"Se pensarmos assim sobre conflitos de interesse, não tem congresso. E há de ter a mesma desconfiança em relação a outras drogas." SOB MEDIDA Alguns dos argumentos presentes nos estudos favoráveis dizem que os testes clínicos não devem guiar tratamentos individuais. É o que pensa Fernandes. "Medicina não é feita no atacado, e sim caso a caso. Não é prêt-à-porter, é alta costura." Segundo ele, é preciso pesar a história da paciente, gravidade dos sintomas e prós e contras do tratamento. "Nenhum remédio é bonzinho. Sempre há riscos, mas eles têm que ser informados", diz Fernandes. Para a autora da pesquisa, a reposição só é útil se os sintomas da menopausa forem muito incômodos. "Funciona bem para algumas, mas deve ser usado apenas em casos graves, ou os riscos superam benefícios." http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/891572-conflito-de-interesses-marca-pesquisas-sobre-menopausa.shtml