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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Instituições assinam acordo de cooperação em judicialização da saúde

Desde a edição da lei dos planos privados de saúde, que entrou em vigor em 1998, o número de processos judiciais referentes a operadoras de planos privados tem aumentado significativamente
 
Com frequência, o processo judicial é válido e houve alguma negligência ou atitude equivocada por parte da operadora, mas não são raras as vezes em que a justiça ignora regulamentos e leis e declara a obrigatoriedade da prestação de determinado serviço por parte das operadoras, como alteração de valores por faixa etária ou a prestação de algum serviço não pertencente ao rol preconizado.
 
Pensando neste aumento, O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a Abramge e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) assinaram um acordo de cooperação, no dia 13 de abril, para fazer mediação em processos do Fórum João Mendes Júnio, no centro da cidade de São Paulo.
 
A medida visa solucionar conflitos entre consumidores de planos de saúde e as operadoras, em processos referentes às coberturas contratuais, diminuindo assim o número de demandas envolvendo a assistência à saúde suplementar que tramitam na Justiça.
 
Este acordo de cooperação visa a criação de um Núcleo de Apoio Técnico e de Mediação (NAT), sediado no Tribunal de Justiça. A ideia é promover análise e oferta de proposta de composição amigável, sobre os pedidos que envolvem as operadoras de saúde filiadas às entidades, no prazo máximo de 24 horas. O núcleo ainda poderá ofertar apoio aos juízes na emissão de pareceres técnicos, dirimindo as divergências entre a decisão de juízes, e a validade dos contratos firmados entre as operadoras e seus clientes.
 
Em anúncio para a imprensa, duas das organizações envolvidas se manifestaram. “Este Núcleo de Apoio Técnico terá por finalidade fornecer aos magistrados informações técnicas sobre a demanda em consideração. Dessa forma, assegura-se na maioria dos casos a audiência prévia da operadora que terá a oportunidade de se manifestar previamente à decisão, concordando com a demanda, celebrando acordo ou ainda expondo suas razões”, destaca José Cechin, Diretor Executivo da FenaSaúde.
 
Antônio Carlos Abbatepaolo, diretor da Abramge, disse que “esse é um passo importante para o setor. A mediação será fundamental para esclarecer processos, que em sua grande maioria, envolvem as coberturas contratuais previstas pela Lei e regulamentadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS).”
 
A cidade de São Paulo já conta com cursos sobre direito da saúde na Escola Paulista da Magistratura; livre acesso de juízes à Secretaria de Saúde do Estado, em caso de necessidade de informações técnicas antes de decidir um pedido de liminar e outras ações para tentar resolver os casos fora do litígio.
 
Por fim, o debate de judicialização é um reflexo do problema estrutural da saúde brasileira, que é composta por dois sistemas muito pouco integrados. A conciliação e o maior diálogo entre os setores – de saúde e direito – é um caminho a ser seguido.

Saúde Web

Emergência oftalmológica é tema de palestras para profissionais de Saúde

Nesta quinta-feira (7), às 14h, o Centro de Estudos e Pesquisas do Hospital São Francisco na Providência de Deus (RJ), na Tijuca, promove a conferência “Emergências oftalmológicas para o Clínico Geral”
 
O evento, gratuito, voltado para profissionais de saúde e estudantes da área será conduzido pelo médico Maurício Aiube, do serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP-UFF) e membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
 
Para participar, não é necessária inscrição prévia, basta comparecer ao teatro do Edifício Ministro Oswaldo da Rocha Pacheco (Emorp), no dia e horário marcados. O Hospital São Francisco na Providência de Deus está localizado na Rua Conde de Bonfim, nº 1.033, na Tijuca.
 
Assessoria de Imprensa
SB Comunicação, (21)3798-4357
Donato de Almeida, (21)98964-8920

Alerta para novo vírus no país

Ministério da Saúde analisa casos suspeitos da febre Zika, que é parecida com a dengue
 
Rio - O Ministério da Saúde investiga a possível presença de um novo vírus no Brasil, com origem na África e na Ásia e que, assim como o da dengue, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os casos suspeitos do Zika Vírus sob análise foram notificados em seis estados do Nordeste. A nova doença tem sintomas semelhantes aos da própria dengue e também da febre Chikungunya.
 
Em abril, dois pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmaram ter encontrado o vírus em amostras de sangue de doentes da cidade de Camaçari, na Bahia. A análise foi feita após pacientes apresentarem manchas e dores no corpo, sem a presença de febre.
 
O Ministério da Saúde está fazendo novos testes, já que os da universidade apresentaram um resultado preliminar. As mesmas amostras usadas na UFBA foram encaminhadas para avaliação aos laboratórios de referência: Instituto Evandro Chagas e Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A confirmação da circulação do Zika no Brasil ocorrerá somente após o laudo dos centros de referência. O ministério não informou quando o resultado ficará pronto nem quantas amostras estão sendo estudadas.
 
Os principais sintomas da doença são febre baixa; olhos vermelhos (sem secreção e sem coceira); dores nas articulações, músculos e cabeça; e manchas na pele com pontos brancos ou vermelhos. Os sinais duram até uma semana mas, segundo o ministério, a maior parte dos casos não apresenta sintomas e não há registro de morte associada.
 
Pelo menos seis estados do Nordeste já registraram casos suspeitos da febre Zika, segundo o jornal ‘Estado de S. Paulo’. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio, não há evidência de casos suspeitos da infecção no estado. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, Alexandre Chieppe, explica que até hoje não há relato de circulação do Zika nas Américas. “O vírus foi isolado pela primeira vez em 1948, em macacos, e tem histórico de circulação na África e em parte da Ásia”, explica.
 
Segundo Chieppe, uma hipótese para a chegada do vírus é a presença no Brasil de pessoas que tenham vindo do exterior. Ao contrário da dengue, o Zika não possui subtipos. “O quadro clínico é brando na maioria das vezes, o que pode acabar confundindo-o com o de qualquer doença infecto-contagiosa. Se a pessoa for infectada, assim como na dengue, ela fica imune à doença”.
 
Dengue
O último boletim divulgado pelo ministério mostra que o Brasil está em estado de epidemia. De janeiro até 18 de abril, foram registrados 745,9 mil casos. Desses, 401.564 em São Paulo e 21.706 no Rio de Janeiro.
 
Chikungunya
Outra doença transmitida pelo Aedes, apresenta sintomas semelhantes aos da dengue. Já houve três casos confirmados no Rio, além de mais em outros locais do Brasil, mas todos de pessoas que vieram do exterior. A grande preocupação das autoridades é o fato de a maior parte da população brasileira não ter imunidade. Em outros países na mesma situação, a Chikungunya chegou a afetar 60% da população.
 
Tratamento
Com paracetamol para tratar febre e dor. No caso da febre Zika, não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias, devido ao risco de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue.
 
O Dia

Parto prematuro altera o cérebro dos bebês

Bebês que nasceram prematuros têm mais chances de ter diagnóstico de autismo
Bebês que nascem prematuros têm mais chances de ter
 diagnóstico de autismo
Segundo estudo, o cérebro de bebês nascidos antes da hora tem conexões diferentes quando comparados aos que completam o tempo normal de gestação
 
O parto prematuro altera a conectividade de áreas essenciais do cérebro dos bebês. É o que revela uma pesquisa publicada pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. O achado pode ajudar a explicar porque bebês nascidos antes da hora possuem maior risco de desenvolver doenças psiquiátricas, como o autismo e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
 
O estudo, realizado por pesquisadores da King's College London, na Inglaterra, utilizou o exame de ressonância magnética funcional para investigar conexões específicas do cérebro de 66 recém-nascidos. Do total, 47 deles haviam nascido antes de completar 33 semanas de gestação e, por isso, apresentavam maior probabilidade de comprometimento neurológico. O restante nasceu no tempo normal. Não são considerados prematuros os bebês que são concebidos em uma janela de 37 a 42 semanas.
 
Segundo os resultados, aqueles que nasceram no tempo ideal tinham uma estrutura cerebral muito semelhante a dos adultos -- reforçando a tese de que o cérebro já está maduro no momento do nascimento. Os bebês nascidos prematuramente, contudo, apresentaram uma conectividade menor entre as áreas do tálamo e regiões específicas do córtex, responsáveis por funções cognitivas superiores, como atenção, consciência, memória e linguagem. Por outro lado, havia um maior número de conexões entre o tálamo e o córtex sensorial, responsável pelo processamento de sinais a partir da face, lábios e língua.
 
A pesquisa mostrou ainda que, quanto maior o grau de prematuridade, mais evidentes eram as diferenças no padrão de conectividade do cérebro. De acordo com os autores, as conexões sensoriais mais fortes devem ocorrer principalmente devido à exposição precoce ao aleitamento materno e à mamadeira. A redução da conexão em áreas superiores, segundo eles, poderia explicar a maior incidência de problemas cognitivos no futuro. "A próxima etapa do nosso trabalho será o de entender como isso impacta diretamente no aprendizado, na concentração e nos problemas sociais que muitas dessas crianças enfrentam quando ficam mais velhas", disse Hilary Toulmin, autora principal do estudo.
 
O parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil no mundo, com um milhão de mortes em 2013. No Brasil, são 9 000 mortes por ano - o que torna o país o líder na América Latina em mortes ligadas à prematuridade. Sabe-se que obesidade, pressão alta, diabetes, infecções ou a idade da mãe influenciam diretamente no risco de ter um bebê prematuro.
 
Veja

Conselho Regional de Farmácia alerta sobre uso indiscriminado de medicamentos

Ontem,  terça-feira, dia 5 de maio, foi comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos
 
A data foi escolhida para conscientizar a população sobre os riscos da automedicação. No Brasil, milhares de pessoas são acometidas por agravantes em suas doenças, ou até mesmo a morte, devido à intoxicação medicamentosa. Segundo dados da Fiocruz, aproximadamente 30% dos casos de intoxicação acontecem por uso indiscriminado de medicamentos de forma errada ou aumento da dose por conta própria, sem orientação médica.
 
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-RJ), Marcus Athila, a população deve ser incentivada a ampliar as boas práticas. “Sempre alertamos a população sobre os riscos da automedicação, com campanhas sociais durante todo ano, além disso prestamos serviços de saúde e na atenção farmacêutica chamamos atenção os usuários sobre os perigos e graves riscos da automedicação”, acrescentou.
 
O uso indiscriminado de medicamentos pode causar danos à saúde, como alergias, hemorragias e graves lesões no estômago. Algumas das razões identificadas para a automedicação são dificuldades de acesso aos profissionais no serviço de saúde pública, opiniões de desconhecidos ou repetição de receitas já passadas por conta de sintomas semelhantes.
 
A automedicação pode gerar doses acima do permitido ou necessárias, interrupção do uso do medicamento antes do prazo ou o não conhecimento dos efeitos colaterais das substâncias do medicamento. Como consequência, o paciente pode camuflar patologias mais graves, potencializar, inibir ou anular o efeito de outros medicamentos que já estejam sendo ministrados, dependência química e até á óbito. No Brasil, 138.136 pessoas sofreram problemas devido a automedicação ou uso incorreto dos medicamentos entre 2008 e 2012 (uma média de 27 mil ao ano), conforme revelam os dados mais recentes do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas) do Instituto Fiocruz.
 
JB Online

Análise sanguínea consegue detectar 86% dos cânceres de ovário

Uma simples análise de sangue pode detectar 86% dos cânceres de ovários com mais rapidez do que os diagnósticos atuais, aponta estudo
 
Uma simples análise de sangue pode detectar 86% dos cânceres de ovários com mais rapidez do que os diagnósticos atuais, aponta um estudo publicado nesta terça-feira na revista britânica “Journal of Clinical Oncology”.
 
A doença pode ser mortal se detectada apenas em fase avançada, por isso a pesquisa elaborada pelo University College London representa um avanço para descobri-la e tratá-la a tempo.
 
A equipe de cientistas acompanhou 46 mil mulheres para realizar o estudo, mas os autores preferem ser cautelosos na hora de quantificar quantas vidas podem ser salvas pelo novo exame.
 
A pesquisa se baseia na análise dos níveis de uma proteína, chamada QUAL125, presente no sangue e que registra crescimento caso a mulher sofra com um câncer de ovário.
 
Os pesquisadores registraram as variações desta proteína ao longo do tempo. Em caso de um nível elevado, as pacientes eram submetidas a outros tipos de exame, como uma ultrassonografia, para corroborar o diagnóstico da doença.
 
O professor da University College London, Usha Menon, disse em entrevista à emissora britânica “BBC” que o estudo representa um bom avanço, mas destacou que ainda não sabe afirmar se esse diagnóstico consegue detectar o câncer de ovário a tempo de salvar vidas.
 
No Reino Unido, 7.100 mulheres são diagnosticadas a cada ano com câncer de ovário, das quais 4.200 morrem em decorrência da doença.
 
EFE Saúde

Parteiras podem evitar dois terços das mortes de mães e recém-nascidos, diz entidade

Parteiras podem evitar dois terços das mortes de mães e recém-nascidos, diz entidade Andresr/ShutterstockSegundo o Fundo de População das Nações Unidas, profissionais podem oferecer 87% de todos os serviços relacionados à saúde sexual, reprodutiva e materna
 
No Dia Mundial da Parteira, lembrado ontem (05), o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) destaca que o trabalho dessas profissionais pode evitar cerca de dois terços de todas as mortes entre mães e recém-nascidos registradas no mundo. De acordo com a entidade, as parteiras podem oferecer 87% de todos os serviços relacionados à saúde sexual, reprodutiva e materna, além de cuidados com o bebê. Porém, apenas 42% das pessoas com habilidades para serem parteiras trabalham nos 73 países onde são registradas mais de 90% das mortes maternas e de recém-nascidos.
 
Desde 2008, o Unfpa trabalha em parceria com governos e responsáveis por desenvolver políticas públicas na tentativa de construir uma força-tarefa de parteiras competentes e bem treinadas para atuar em localidades de baixa renda.
 
Alana Pozelli, de 27 anos, trabalha como parteira no interior de São Paulo há dois anos. Ela faz parte do grupo Parteiras Aurora, formado por profissionais que atendem gestantes em casa. Entre elas, quatro enfermeiras obstétricas e uma enfermeira assistente. O acompanhamento da equipe começa durante a gestação e vai até o pós-parto, auxiliando a amamentação e cuidados com o períneo.
 
— Atendemos sempre em dupla. Desta forma, se acontece alguma complicação com a mãe e com o bebê juntos, estando em duas. Além do mais, diante de qualquer situação, uma consegue ajudar a outra e discutir o caso. Isso dá mais segurança — explica Alana.
 
Para a profissional que prefere ser chamada de parteira urbana, a atuação das parteiras em países como o Brasil é fundamental, uma vez que ajuda a desvincular a imagem que se tem do parto. A ideia, segundo Alana, é fazer as mulheres entenderem que podem dar à luz uma criança sem a necessidade de estar em um hospital.
 
— Nós, parteiras, vamos contra o modelo vigente no país, com altas taxas de cesáreas. Mas a gente ainda enfrenta muito preconceito. A informação é um divisor de águas. Hoje, as mulheres têm procurado muito esse tipo de serviço — afirma a parteira.
 
Agência Brasil /  Zero Hora

Entenda por que lavar as mãos é tão importante para evitar doenças

Entenda por que lavar as mãos é tão importante para evitar doenças Alexander Raths/ShutterstockSegundo a OMS, é possível reduzir em até 40% a incidência de infecções e doenças como diarreia, resfriados e conjuntivite
 
Lavar as mãos é uma atitude simples, rápida e eficiente para prevenir a disseminação de infecções. Entretanto, ainda é um hábito adotado com pouca frequência.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que é possível reduzir em até 40% a incidência de infecções e doenças como diarreia, resfriados e conjuntivite com o simples ato de lavar as mãos. Dados como o da OMS estimulam cada vez mais especialistas a chamarem a atenção sobre a importância que precisa ser dada ao assunto.
 
Principais vias de transmissão de germes e microrganismos em geral, as mãos devem ser lavadas sempre que estiverem visivelmente sujas, antes e depois das refeições, de assoar o nariz e de usar o banheiro, por exemplo. Se as mãos não forem limpas, ações simples e corriqueiras como coçar os olhos, o nariz, a boca, falar ao telefone, contar dinheiro e utilizar o transporte público — que por ser um local com grande circulação de pessoas é favorável à contaminação — podem causar uma série de doenças: resfriado, gripe, conjuntivite, erupções na pele, diarreia, hepatite e infecções respiratórias.
 
De acordo com a coordenadora de serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital Moinhos de Vento, Denusa Wiltgen, a higiene das mãos remove o suor, a oleosidade e as células mortas, o que impossibilita a formação de um ambiente propício à permanência e à proliferação de vírus, fungos e bactérias.

Álcool gel pode ser alternativa
Adotado por pessoas que passam o dia na rua e que não têm tempo para lavar as mãos com água e sabão sempre que necessário, o álcool em gel pode ser uma solução.

— O álcool tem eficácia até mesmo prolongada. Mas se as mãos estiverem sujas, ele não substitui a limpeza com água e sabão — diz Denusa.

A especialista afirma que é importante estar atento a detalhes da embalagem do produto, que deve indicar a concentração ideal de álcool entre 60% a 80%. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a quantidade recomendada para uma limpeza eficiente das mãos deve ser equivalente a um grão de ervilha.

— Também é preciso ter atenção, principalmente em hospitais, à transmissão cruzada, que é a disseminação de bactérias de uma pessoa contaminada a outra — destaca Denusa.

Com a chegada dos dias mais frios, as pessoas permanecem mais em ambientes fechados, o que aumenta o risco de contrair doenças virais e bacterianas.
 
Saiba quais cuidados podem evitar que a transmissão ocorra a partir do contato das mãos:
— Ao espirrar ou tossir, cubra o nariz e a boca com lenço de papel. Na falta destes itens, utilize o antebraço, evitando sujar as mãos

— Se não for possível higienizar as mãos, evite tocar os olhos, nariz ou boca após tossir ou espirrar— Tente não entrar em contato com indivíduos doentes ou mantenha distância de pelo menos um metro

— Não compartilhe lixas, cortador ou alicate de unha, uma vez que as unhas também podem acumular microrganismos nocivos à saúde

— Lave bem as mãos antes de colocar e tirar as lentes de contato
 
Confira também algumas dicas que podem fazer a diferença no momento da higienização das mãos:
— Retire acessórios como anéis, pulseiras e relógio, pois esses objetos acumulam microrganismos que podem não ser removidos com a lavagem

— Aplique a quantidade de sabonete suficiente para cobrir toda a superfície das duas mãos

— Após o enxágue, utilize papel toalha e comece secando pelas mãos, seguindo pelos punhos

— Utilize papel toalha para fechar a torneira
 
Zero Hora

Para cortar custos, hospitais dos EUA fazem ‘internação em casa’

Tratamento. 
Médico do Hospital Mount Sinai, Cameron Hernande faz acompanhamento da paciente Naomi Replansky na casa dela
Nicole Bengiveno: Tratamento. Médico do Hospital Mount
 Sinai, Cameron Hernande faz acompanhamento da paciente
Naomi Replansky na casa dela
Dada a opção, mais de 90% das pessoas escolheram ser tratadas no seu lar
 
Nova York, EUA. Quando Martin Fernandez, 82, chegou à emergência do Hospital Mount Sinai recentemente, com febre alta e uma terrível dor abdominal, fizeram a ele e a sua família uma pergunta inesperada. Fernandez teria que receber antibióticos por via intravenosa para sua infecção do trato urinário, mas poderia escolher ficar no Mount Sinai ou receber cuidados em casa.
 
Se escolhesse ser internado em casa, os médicos e enfermeiras iriam visitá-lo todos os dias. Ele receberia medicações intravenosas e faria exames de laboratório, raios X e mesmo ultrassonografia em casa, se fosse preciso. Os custos não seriam maiores do que se estivesse no hospital. Em três ou quatro dias, receberia alta – e não teria que ir a lugar nenhum.
 
Para Fernandez, um pintor de paredes aposentado da Venezuela que vive com sua mulher no Upper West Side de Manhattan, em Nova York, a escolha foi fácil. Ele se internou no apartamento de sua filha, a apenas alguns quarteirões de distância, poucas horas depois.
 
Fernandez colocou um cateter urinário, mas pôde continuar usando as próprias roupas durante o dia e pijamas de noite. Sua mulher e sua filha cozinharam refeições com arepas, vegetais e feijões pretos, e ele comeu na cama.
 
“Os hospitais ajudam a gente, mas é tanto barulho que não dá para dormir, e a pessoa fica muito sozinha. Aqui não tem horário de visita e nem hora de sair. A gente fica em casa, mas com o hospital junto”, explica a filha, Ana Vanessa Fernandez.
 
Sob pressão para reduzir os custos e aumentar a qualidade ao mesmo tempo, alguns sistemas hospitalares estão testando uma experiência incomum: levar o atendimento em domicílio ao extremo, oferecendo tratamentos com o mesmo nível dos hospitalares em casa para pacientes como Fernandez que, no passado, precisariam ser internados. E enquanto aumenta a conscientização sobre os perigos das hospitalizações, principalmente para idosos, os pacientes começam a aproveitar a oportunidade com entusiasmo.
 
“Eu sempre dou risada quando as pessoas dizem: ‘Você acha mesmo que é tão boa quanto um hospital?’ Você já foi a um hospital? Para muitos desses pacientes, é um pouco assustador”, conta a doutora Melanie Van Amsterdam, médica principal do programa de Cuidados de Saúde em Casa do Hospital Presbiteriano de Albuquerque, no Novo México.
 
A doutora Melanie começou trabalhando como a única médica em tempo integral do programa. Ela passava horas vasculhando as fichas dos pacientes atrás dos que podiam se beneficiar do programa: os que estavam doentes o suficiente para precisar de uma internação, mas não o bastante para ir para uma unidade de terapia intensiva.
 
Alguns dos pacientes se negaram. Um homem não queria visitas em casa, porque tinha cães grandes, lembra ela. Mas mais de 90% concordaram. Hoje, Melanie se vê fazendo um tipo de tratamento diferente do que oferecia anos atrás como médica em um hospital.
 
“No sistema hospitalar, você obtém mais informações do computador do que de suas orelhas, olhos e nariz. Hoje eu me apoio muito mais em minha habilidade de fazer exames físicos para cuidar desses pacientes. Acho que você também fica mais confortável com as incertezas”.
 
Mesmo com critérios de admissão muito cuidadosos, o inesperado acontece. Melanie e sua equipe tiveram que levar doentes ao hospital quando suas condições médicas pioraram e, algumas vezes, precisaram chamar a emergência. Ainda assim, isso acontece com pouca frequência: somente 2,5% dos pacientes precisam voltar ao hospital tradicional.
 
A tendência de tirar os pacientes dos hospitais “vai continuar a evoluir e a ser testada, mas acho que dará certo”, diz Bruce Leff, que pesquisa a internação em casa desde os anos 80. Nos últimos dois anos, ele recebeu ligações de pelo menos uma centena de administradores de sistemas de saúde ansiosos para aprender mais sobre como internar pacientes em suas próprias casas.
 
“Minha impressão é que, com o tempo, os hospitais se tornarão lugares onde a pessoa só vai para conseguir um cuidado muito especializado, com alta tecnologia”, acredita ele.
Só no hospital
Regras. Pacientes com sinais vitais preocupantes – frequência cardíaca muito alta, pressão sanguínea muito baixa – não podem ir para casa. Também estão fora do programa pacientes sem eletricidade e água encanada.
 
Tratamento fica mais curto, e uso de sedativos diminui Nova York. Bruce Leff percebeu que alguns pacientes tinham medo do hospital no fim dos anos 80, quando fazia atendimento domiciliar para pacientes que não podiam sair de casa. Quando alguns de seus pacientes pioravam, simplesmente recusavam-se a ser internados. “Ficar no hospital pode ser tóxico”, afirma Leff, geriatra que hoje é professor de medicina na Johns Hopkins. Então, Leff e seus colegas tiveram uma ideia.
 
E se os pacientes pudessem ser hospitalizados em suas próprias casas? A primeira tarefa era determinar quem necessitava de tratamento hospitalar, mas que pudesse ser cuidado com tecnologia instalada em sua casa. Medicação intravenosa e raio X podem ser facilmente adaptados para qualquer quarto, ventiladores pulmonares, não. “Sou médico. Posso falar com um paciente, examiná-lo, trazer oxigênio doméstico, medicamentos intravenosos e soro, posso fazer um exame de raio X em casa. A hipótese era que ao levar isso em frente, poderíamos diminuir os danos”, afirma Leff. Com uma bolsa da Fundação John A. Hartford, Leff e sua equipe ofereceram cuidados com nível de hospital para 150 pacientes internados em casa. Eles chamaram seu programa de “Hospital em Casa”. As conclusões, publicadas no “The Annals of Internal Medicine”, foram promissoras.
 
Os pacientes ficaram hospitalizados por períodos mais curtos e seus tratamentos custaram menos. Além disso, tiveram menor tendência a sofrer delírios ou receber medicamentos sedativos e não voltaram à emergência nem foram readmitidos com a mesma frequência que os outros.
 
O Tempo

Óculos de realidade virtual ajudam pessoas com Parkinson a andar

 Pietro Azzolini, diagnosticado com Parkinson há 12 anos, treina com óculos de realidade virtual (Foto: Mariana Lenharo/G1)
Foto: Mariana Lenharo/G1: Pietro Azzolini, diagnosticado com
 Parkinson há 12 anos, treina com óculos de realidade virtual
Equipamento usado em fisioterapia projeta quadriculado em 3D. Óculos estimulam que paciente use mecanismo mais consciente para andar
 
No Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-FMUSP), um grupo de pacientes com mal de Parkinson conseguiu avanços para voltar a andar com agilidade e segurança graças ao uso de óculos de realidade virtual em sessões de fisioterapia.
 
O paciente Pietro Azzolini, de 68 anos, já não se desequilibra ao andar na rua. Ele foi diagnosticado com a doença há 12 anos. “Depois do tratamento, senti mais firmeza e mais segurança para andar”, diz. “O Parkinson de modo geral não tem cura, mas esse tipo de equipamento, que muita gente nem sabe que existe, pode melhorar muito o desempenho das pessoas.”
 
Segundo a fisioterapeuta Carolina Souza, do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, os óculos são especialmente eficazes para tratar um sintoma comum em pacientes com Parkinson em estágio 3 (ao todo, a doença tem 5 estágios): o “freezing”, ou “congelamento”.
 
O congelamento ocorre quando o paciente começa a andar com passos cada vez menores até parar ou cair. Isso normalmente acontece logo quando ele começa a andar, quando está diante de um obstáculo ou quando tem que mudar de direção.
 
Carolina conta que, em um grupo de 18 pacientes graves, com doença em estágio 3 ou 4, que começaram a treinar com os óculos na instituição, todos experimentaram uma melhora da marcha e uma diminuição dos episódios de "freezing".
 
Caminho cerebral alternativo
Quando está usando os óculos, o paciente vê um caminho quadriculado em 3D. Um sensor de movimento detecta quando o paciente começa a andar e o caminho quadriculado se movimenta como uma esteira. A pessoa também ouve sons que ajudam a ritmar as passadas. Ao coordenar os passos com o quadriculado virtual, o paciente consegue mais equilíbrio.
 
A fisioterapeuta explica que o Parkinson afeta a região do cérebro responsável pelos movimentos automáticos, como o andar. O que os óculos fazem é estimular que ele adote um caminho cerebral alternativo, mais consciente, para caminhar.
 
“Ele faz com que o paciente consiga desenvolver outras vias cerebrais, que estão alteradas por conta da doença, e com isso consegue ter uma marcha mais perto da fisiológica”, diz o neurocirurgião Erich Fonoff, do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP.
 
Tratamentos complementares
Não existe nenhum tratamento definitivo para o Parkinson. Até hoje, o que a medicina conseguiu foram várias estratégias que se complementam para inibir a progressão da doença e dar uma qualidade de vida melhor aos pacientes.
 
O tratamento com remédios visa basicamente à reposição da dopamina, hormônio que está em falta em quem tem Parkinson, já que a doença leva à morte dos neurônios dopaminérgicos. Há também um tratamento cirúrgico em que um eletrodo implantado no cérebro promove estímulos elétricos que ajudam o paciente a ter maior controle sobre seus movimentos.
 
Outra parte essencial do tratamento de Parkinson é a fisioterapia. E é aí que entram os óculos de realidade virtual.
 
Chamado GaitAid, o equipamento foi desenvolvido por uma empresa israelense e custa no Brasil cerca de R$ 15 mil. Depois de um treinamento apropriado, o paciente poderia usá-lo em casa. Porém o valor ainda torna a tecnologia inacessível a muitos pacientes. Segundo Carolina, o HC-FMUSP é uma das únicas instituições no país a oferecer fisioterapia com o equipamento.
 
G1