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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Seios flácidos e caídos: saiba como prevenir

Foto: Reprodução
A afirmação de que amamentar faz as mamas caírem é controversa
Desbanque mitos e descubra as reais causas da flacidez das mamas
 
Toda mulher sofrerá com a gravidade dos seios quando ficarem mais velhas - certo? Não é bem assim. Segundo o cirurgião plástico Romeu Frisina Filho, o fator genético é o que mais pesa na sustentação dos seios.
 
"Com a idade mais avançada, irá acontecer a flacidez de todos os tecidos do corpo e, consequentemente, das mamas, mas há mulheres idosas que podem ter mamas ainda muito firmes e bem posicionadas, por causa da sua genética", explica.

Além da hereditariedade, há uma série de hábitos que podem acelerar ou retardar o caimento natural, que vão desde fumar e perder peso até tomar sol.
 
Confira o que especialistas recomendam para ter seios mais firmes e empinados, e desbanque alguns mitos, como o de que amamentação faria o peito ficar "caído". 
 
Amamentação
A afirmação de que amamentar faz as mamas caírem é controversa. Uma pesquisa da Universidade de Kentucky, nos EUA, por exemplo, indica que o aleitamento não necessariamente aumenta a flacidez.

O cirurgião Romeu Frisina explica que, durante a amamentação, ocorre um aumento da glândula mamária com produção e acúmulo de leite, aumento do tecido gorduroso e consequente estiramento da pele. "Com o término deste período, poderá haver uma involução da estrutura mamária e da pele, ou seja, uma atrofia que pode apresentar graus diferentes, podendo apresentar mais ou menos flacidez", afirma.                      

Tabaco: cuidado com ele!
O mesmo estudo da Universidade de Kentucky aponta que o vilão da saúde dos seios pode ser o tabaco. Segundo os pesquisadores, há substâncias do fumo que quebram a proteína elastina, que forma as fibras elásticas da pele e é responsável por deixá-la firme e saudável.

"Tanto o tabaco como o álcool são prejudiciais, pois alteram a circulação sanguínea e os níveis de oxigênio que chega aos tecidos, o que faz com que o metabolismo das glândulas e da pele da mama fique prejudicado", conta Romeu Frisina.
 
O uso do sutiã é dispensável?
Nem sempre. Como o efeito da gravidade favorece a queda das mamas, mulheres com seios muito grandes podem se beneficiar da sustentação fornecida pelo uso do sutiã. O uso dessa peça íntima durante o sono, no entanto, não é um fator importante para a prevenção da flacidez. "É desnecessário dormir com sutiã, a não ser que a mulher tenha as mamas grandes e sinta-se mais confortável ao dormir com ele", afima Romeu Frisina.  
 
Frutas e verduras no cardápio
É preciso variar a alimentação com boas fontes de nutrientes que ajudam na produção de colágeno e elastina, proteínas que dão sustentação à pele e evitam a flacidez. "Uma dieta balanceada é importante para saúde como um todo e influencia a pele também", afirma a dermatologista Juliana de Andrade, de São Paulo. Alimentos com vitaminas A e C, cobre, zinco e cálcio são boas opções. Já alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples devem ser moderados, pois podem acelerar o processo de envelhecimento da pele.
 
Excesso de sol
A exposição solar é importante para deixar a pele saudável ? mas desde que com moderação. "A radiação ultravioleta acelera o processo de degeneração das fibras colágenas e pode influenciar negativamente a flacidez", alerta a dermatologista Juliana Andrade. A recomendação da dermatologista Ediléia Bagatin, da Unifesp, é evitar exposições muito longas e em horário de sol forte (das 10h às 16h), além de passar protetor solar diariamente nas partes expostas do corpo, incluindo os seios. 
 
Corrida e outros esportes
"Oriento as minhas pacientes a usarem um top bem justo quando praticam este tipo de esporte, bem como outras atividades físicas", alerta o cirurgião plástico Romeu Frisina. O balanço dos seios ao correr força as estruturas de sustentação das mamas, o que pode provocar flacidez se a intensidade do exercício for acentuada. 
 
Cuidado com a perda de peso
Perder muito peso ou emagrecer e engordar a toda hora - o famoso "efeito sanfona" - pode prejudicar a elasticidade da pele. "As mamas também têm tecido gorduroso, que aumenta quando a mulher engorda e diminui quando ela emagrece", conta Romeu Frisina. Se esse estiramento da pele for muito brusco ou frequente, pode destruir as fibras elásticas. "Com isso, a pele não retrai mais e fica fina, frouxa e distendida, assim como os ligamentos que seguram a glândula mamária, que ficam alongados e frouxos, resultando na flacidez", esclarece.  
 
Minha Vida

Conheça 12 verdades sobre o chá verde

Com ação antioxidante, ele protege o coração e acelera o metabolismo
 
O gosto dele é um pouco amargo, de fato, mas a ciência já provou que vale a pena fazer careta pelo monte de vantagem que o chá verde pode fazer pela sua saúde. "Ele contém quantidades consideráveis de manganês, potássio, ácido fólico, vitamina C, vitamina K, vitamina B1 e a vitamina B2, nutrientes que são essenciais para o bom funcionamento do organismo", explica a nutricionista Daniela Jobst, de São Paulo.

A seguir, você descobre os benefícios e os cuidados na hora do consumo e também aprende como amenizar o gosto forte da planta:
 
1. Chá de saquinho é menos eficiente
O chá verde é preparado a partir brotos e folhas de uma erva chamada Camellia sinensis."Basta colocar água para ferver e assim que começar a borbulhar, apagar o fogo e acrescentar a erva, deixando me infusão por três minutos", explica nutricionista Débora Razera Peluffo, de Caxias do Sul.

Nesse processo, todas as propriedades das folhas da erva passam para a água. Já, quando o chá é feito com o saquinho industrializado, parte das propriedades se perdem, porque o pacotinho leva uma mistura com o caule da planta, com menos nutrientes                     
 
2. Existe a melhor hora para tomar o chá
Um cuidado para o consumo é o horário em que o chá verde é ingerido. "Assim como o café, ele não deve ser tomado logo após as refeições. A cafeína, presente nas folhas do chá, prejudica a absorção de ferro e vitamina C pelo organismo. Por isso, é preciso esperar pelo menos uma hora antes de consumir chá verde", explica a nutricionista Daniela Jobst.  
 
3. Acabe com o gosto amargo
Uma solução para acabar com o sabor forte do chá é adicionar alguns outros ingredientes à receita. Uma boa dica é acrescentar duas colheres de sopa de mel, que deixará o chá com um sabor mais adocicado. Basta, após o preparo do chá, batê-lo no liquidificador com duas colheres de mel. Mas é preciso ter cuidado, já que o mel é bastante calórico e rico em açúcar.

Outra opção é bater o chá no liquidificador com frutas, como morango, amora, maçã verde, laranja e uva. Ou simplesmente adicionar as frutas, gotas de limão ou ervas mais suaves (como hortelã e capim cidreira) na hora da infusão. 
 
4. Alerta para a cafeína
A ressalva para o consumo desse chá vai para as pessoas sensíveis à cafeína, substância presente em sua composição. Com efeito estimulante sobre o sistema nervoso, a cafeína pode causar dor de cabeça, agitação, irritação e aumento do ritmo cardíaco. "Pessoas sensíveis à substância podem sofrer com esses sintomas se ingerirem quantidades superiores a um litro por dia", diz a nutricionista e clinica funcional Camila Duran, da Clínica Pedrinola & Rascovski. Quando comparado com outras bebidas quentes, o chá verde apresenta níveis menores desse componente - são 3 mg para cada 50 ml. Compare a quantidade de cafeína contidas na mesma dose de:

Café: 25-50 mg
Capuccino: 25-50 mg
Chá preto: 10 mg 
 
5. Acelera o metabolismo
O chá verde contém grandes quantidades de antioxidantes e outras substâncias, como a própria cafeína, que favorecem o gasto de energia pelo organismo. "São propriedades que aceleram o metabolismo e favorecem a queima de gorduras", diz a nutricionista Daniela Jobst. De acordo com a nutricionista, a recomendação diária, nesse caso, varia de cinco xícaras a um litro. Mas para obter os resultados de perda de peso, o consumo deve levar no mínimo três meses seguidos. "A temperatura do chá não interfere no resultado, podendo ser quente ou fria", explica. 
 
6. Protege o coração
"O chá verde ajuda a proteger a saúde do coração, diminuindo as chances da formação de coágulos nas artérias, graças aos flavonoides que carrega"", explica a nutricionista Daniela Jobst. Os flavonoides também mantêm as artérias mais flexíveis, suavizando os impactos das constantes mudanças da pressão arterial. Para sentir esse efeito, é necessário consumir ao menos três xícaras da bebida por dia. 
 
7. Bebida antienvelhecimento
Por ter um poderoso efeito antioxidante, o chá verde impede a ação dos radicais livres, que causam o envelhecimento precoce das células. "Nutrientes como carotenos, vitaminas C e E, presentes nas folhas, favorecem a elasticidade da pele e previnem as rugas", diz Daniela Jobst.
 
8.  Reduz o colesterol ruim
Um estudo feito pela Universidade do Paraná mostrou que pessoas que tomam chá verde têm mais chances de diminuir os níveis de colesterol ruim do sangue, o LDL, se comparadas as pessoas que não consomem a bebida. Segundo o estudo, o chá verde sozinho não deve ser usado como medida para o controle do colesterol, mas deve ser um aliado de uma alimentação com baixo teor de gorduras saturadas e grande quantidade de vitaminas e minerais.  
 
9. Fortalece o sistema imunológico
O chá verde contém polifenois, vitaminas C, K, B1 e B2, manganês, potássio e ácido fólico. "Todas essas substâncias melhoram o funcionamento do sistema imunológico, prevenindo infecções, inflamações, cáries e muitas doenças causadas por vírus, bactérias ou fungos", diz a nutricionista Camila Duran. 
 
10. Protege contra o câncer
A prevenção contra o câncer é outro benefício do chá verde. "Além da catequina, um poderoso antioxidante que impede que a proliferação das células aconteça de maneira desregular, o chá verde é rico em bioflavonoides. Essas duas substâncias bloqueiam as alterações celulares que dão origem aos tumores", diz a nutricionista e clinica funcional Camila Duran, da Clínica Pedrinola & Rascovski.

Esse resultado foi observado em um estudo feito pela Universidade do Estado de Luisiana, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, pacientes diagnosticados com câncer de próstata que tomaram quatro cápsulas por dia de um ativo denominado Polifenol E - um montante equivalente a cerca de 10 xícaras de chá verde tiveram uma redução na proliferação de células cancerígenas em até 30%.  
 
11. Afasta a depressão
Segundo um estudo publicado American Journal of Clinical Nutrition, pessoas que tomam chá verde com frequência estão 44% menos propensas a ter depressão. Essa propriedade está ligada ao aminoácido chamado theanina, encontrado no chá verde e que tem efeito tranquilizante. De acordo com os cientistas, é preciso tomar de três a quatro xícaras do chá diariamente para observar tal proteção. 
 
12. Grupos que devem evitar o chá
O chá verde é um poderoso aliado da boa saúde. Mas, algumas pessoas devem consultar um médico antes de inclui-lo na dieta. "O uso do chá não é recomendado para gestantes, indivíduos com hipertensão, glaucoma e doenças psiquiátricas. Ele pode interagir com alguns remédios comumente ingeridos por esse grupo de pessoas", explica a nutricionista Débora Razera Peluffo. Mas, como sempre, é preciso procurar um médico para analisar se o consumo é permitido.
 
Minha Vida

Pipoca proporciona saciedade e tem ação antioxidante

Fibras e polifenóis fazem com que o alimento seja um aliado da dieta
 
Por Patrícia Bertolucci
 
O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo, além do trigo e do arroz. Sempre foi um alimento importante nas civilizações Maias, Incas e Astecas. Sua utilização na culinária é muito vasta, porém a pipoca atualmente é um dos derivados mais consumidos pelo mundo. Existem aqui na América Latina 5 tipos de milho diferentes: pipoca, duro, dentado, farináceo e doce. 
 
Benefícios da pipoca
Em especial vamos falar sobre o milho pipoca, rico em carboidratos e principalmente fibras. Diante disso pesquisas estão sendo feitas a fim de verificar como a pipoca pode auxiliar na saúde. Estudo realizado na Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que a casca do milho (pipoca) contém substâncias como polifenóis, que podem agir como antioxidantes inibindo a ação dos radicais livres no organismo, diminuindo o envelhecimento precoce, riscos de doenças cardíacas e oxidação de colesterol. 
 
Estudiosos chegaram a publicar que a pipoca possui maiores teores de polifenóis do que frutas e verduras. A explicação é que a pipoca possui apenas 4% de água, enquanto que os polifenóis são diluídos nos 90% de água que compõe muitas frutas e verduras. Porém, devemos ter uma opinião crítica a respeito do assunto uma vez que o consumo de vegetais deve ser priorizado na alimentação por serem fontes de vitaminas como a vitamina C (laranja, acerola, morango, maracujá), carotenoides (cenoura, beterraba, manga, abóbora), entre outros nutrientes importantes para manutenção da saúde, principalmente imunológica. 
 
O consumo de pipoca em quantidade moderada pode estar relacionado à perda de peso. Isto porque como ela possui muitas fibras aumentamos o tempo de digestão no estômago levando a uma maior saciedade no indivíduo. 
 
Como consumir
Porém devemos nos atentar ao modo de preparo deste petisco. As mega porções comercializadas nos cinemas ou os pacotes de microondas são recheados de manteiga, gordura vegetal e sal, diminuindo seus benefícios e aumentando suas implicações para um maior risco de doenças crônicas como hipercolesterolemias e hipertensão arterial. 
 
O melhor modo de preparo é colocar em um recipiente o milho, um pouco de água e um pouco de sal. Leve ao fogo ou ao microondas para estoura-las de uma forma mais saudável. Se quiser, ao finalizar o preparo, coloque ervas secas ou frescas como orégano, tomilho ou alecrim, pois a utilização destes temperos diminui a quantidade de sal utilizada. 
 
Não existem estudos que comprovem a eficácia de trocar um jantar ou refeição noturna por uma porção de pipoca para auxiliar no emagrecimento. O ideal é que a dieta seja balanceada em todos os nutrientes a fim de manter uma perda de peso saudável e com real perda de gordura. Dietas restritivas e monótonas são prejudiciais para o organismo, podendo levar a dores de cabeça, desmaios, tonturas, queda de cabelo e unha, ressecamento de pele entre outras implicações. 
 
Em comparação aos aspectos nutricionais verificamos que 100g de milho cozido possui 148 kcal, porém apenas 3,8 gramas de fibra alimentar, enquanto 100g de pipoca (em óleo) possui 448 kcal e 14,4 gramas de fibras, provando que a quantidade de fibras na pipoca é superior a do milho que consumimos em saladas, tortas e na espiga. 
 
Por fim, recomenda-se que o consumo moderado de pipoca - 1 xícara (chá) de pipoca - seja feito, por exemplo, em um lanche da manhã ou da tarde em alguns dias. O objetivo é que a pipoca forneça  fibras auxiliando na saciedade entre as principais refeições, além de melhorar o funcionamento intestinal e o controle sérico das gorduras sanguíneas.  
 
Texto elaborado com a colaboração da nutricionista Karina Valentim da PB Consultoria em Nutrição. 
 
Minha Vida

Suco de laranja: aliado ou vilão?

Estudo da Unesp de Araraquara (SP) feito com voluntários mostra que a ingestão da bebida aciona marcadores de saciedade, o que poderia ajudar no controle do peso. Porém, especialista acredita que líquido estimule a fome
 
Tem pipocado em manchetes pela internet e em conversas que o suco de laranja emagrece. Essa conclusão precipitada tem origem na recente divulgação de estudo feito na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP). Na verdade, a ingestão da bebida não faz ninguém perder peso: o que ela provoca, de acordo com o estudo, é a liberação de hormônios e substâncias responsáveis pela sensação de saciedade e isso pode ajudar a reduzir e controlar o peso.

Intitulado "Saciedade e consumo alimentar após a ingestão de suco de laranja por indivíduos normais e com sobrepeso", o estudo foi realizado entre 2012 e o ano passado pela professora Thais Borges César, auxiliada pelas alunas Aline Cardoso de Paiva e Ariane Voltolini e Paião. Com idades entre 20 e 40 anos, 20 homens e 20 mulheres compareceram ao laboratório em três ocasiões para ingerir suco de laranja natural feito na hora, suco da fruta pasteurizado (integral e sem açúcar, pasteurizado no laboratório da universidade, similar a um produto industrializado) e, por fim, uma solução com níveis correspondentes de água e açúcar, uma espécie de bebida-controle.

Depois do consumo de cada uma dessas bebidas, os voluntários tiveram amostras de sangue e urina coletadas para análise e passaram por avaliação subjetiva da saciedade e do consumo alimentar por 24 horas – foram utilizados como marcadores de saciedade a leptina, adiponectina, grelina, glicose e insulina, substâncias e hormônios presentes no corpo humano (não no suco) e estimulados pelo consumo da bebida. Após os exames de urina e sangue, foram coletados depoimentos dos voluntários (sobre a percepção deles de saciedade após o consumo do suco) e, a partir daí, Thaís e sua equipe analisaram os resultados dos testes.
 
Elas constataram que houve alterações de marcadores de saciedade (leptina, adiponectina, grelina, glicose e insulina) em função da ingestão do suco de laranja. A professora esclarece que a diferença entre o suco natural e o suco pasteurizado nos exames de sangue e de urina foi pouco considerável. A solução controle, de água e açúcar, serviu para comprovar, segundo ela, que o suco de laranja, como pensam muitas pessoas, não é apenas fonte de açúcar (frutose), mas também fonte de outras substâncias benéficas ao organismo.

"Quis mostrar que o benefício não era só a frutose. A bebida tem componentes que agem positivamente no organismo, como a vitamina C, o potássio, os carotenoides e o ácido fólico. Concluímos, com o resultado dos exames de sangue e urina, e os depoimentos, que as pessoas se sentiam saciadas após o consumo do suco e que seu consumo pode ajudar no controle/redução de peso, já que provoca essa sensação. Como ele não tem muitas calorias, pode ajudar numa dieta, já que, ao tomar o suco, as pessoas acabam não comendo um salgado ou chocolate, por exemplo", analisa Thaís. Um copo de suco de laranja de 250ml tem 120 calorias, índice baixo, segundo a professora.

Reação
Mas os benefícios da bebida não param por aí: ela também tem flavonoides, entre eles a hesperidina, muito benéfica à saúde, explica a professora: "Ela tem propriedades anti-inflamatórias, atua contra o estresse oxidativo, ajuda na redução do colesterol e melhora a sensibilidade à insulina. Não se pode avaliar um alimento só pelo índice glicêmico, mas também pela quantidade de insulina que faz o corpo liberar", analisa. Thais estuda os efeitos do suco de laranja no corpo há pela menos uma década, tendo analisado os resultados em centenas de pessoas, incluindo um grupo de 120 indivíduos que consumiu a bebida durante um ano.

Esse último estudo é uma espécie de resposta da professora da Unesp à pesquisa publicada na revista médica inglesa British Medical Journal, na qual a tendência a ter diabetes tipo 2 foi associada ao consumo de sucos de frutas (incluindo a laranja). Também serviu de estímulo o fato de o câmpus da universidade ficar na região responsável por grande parte da produção nacional de suco de laranja – o financiamento do estudo coordenado pela professora Thaís foi feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Há uma campanha sem base científica contra essa bebida e falar que o suco engorda é bobagem. Ele não traz ganho de peso mesmo se tomado regularmente", garante a pesquisadora.

Ainda que diversas fontes considerem o suco de laranja um alimento de alto índice glicêmico (IG), a professora Thais César, que é formada em ciências biológicas pela Universidade Federal de São Carlos e tem doutorado em ciências dos alimentos pela Universidade de São Paulo, adota como referência para seus estudos a tabela publicada pela Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Conforme a lista publicada por essa última instituição, o suco de laranja (não adoçado e em porção de 250ml) tem índice glicêmico igual a 50 (numa escala até 100), tendo sido considerado baixo pela ADA. A tabela usada pela entidade norte-americana define que alimentos de baixo índice glicêmico são aqueles com valor abaixo de 55; os de médio IG, entre 56-69; e os de alto IG, igual ou maior que 70.

Há ainda muita controvérsia no meio científico sobre planos alimentares que sejam elaborados por nutricionistas usando como parâmetro o índice glicêmico dos alimentos somente. Pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) de 2003 e revisões metodológicas feitas em 2005 e 2007 por cientistas indicam (não comprovam, ainda) que dietas baseadas em consumo de alimentos de índice glicêmico possivelmente previnem o risco de ganho de peso e obesidade; possivelmente diminuem o risco de diabetes. Os estudos não comprovaram a relação do consumo de baixo índice glicêmico na prevenção de doenças cardiovasculares e de câncer.

Fique por dentro
Veja abaixo as definições, segundo a Sociedade Brasileira e Diabetes, para índice glicêmico e carga glicêmica

Índice Glicêmico

O que é?

O índice glicêmico (IG) é um método proposto pelo médico David Jenkins, pesquisador da Universidade de Toronto (Canadá), em 1981. Ele representa a qualidade de uma quantidade fixa de carboidrato disponível em determinado alimento, em relação a um alimento-controle, que normalmente é o pão branco ou a glicose. A partir daí, são classificados com base em seu potencial em aumentar a glicose sanguínea. Por meio da análise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato do alimento padrão (glicose ou pão branco), tem-se o IG. Atualmente, utiliza-se o pão branco por ter resposta fisiológica melhor que a da glicose.

Como identificar o IG dos alimentos?
O índice foi proposto para auxiliar na seleção de alimentos. Quando o alimento-controle é o pão, os alimentos analisados que apresentam IG 95 são considerados de alto IG. Caso o alimento padrão seja a glicose, considera-se alto IG maior que 70, médio IG entre 56 e 69 e baixo IG menor que 55. A recomendação para o uso do IG baseia-se, principalmente, na substituição de alimentos de alto por baixo IG ao longo do dia.

Onde encontrar informações sobre o IG dos alimentos?
A primeira tabela divulgando valores de IG dos alimentos foi publicada em 1981 e continha 62 alimentos. Desde então o número de alimentos de todo o mundo vem sendo amplamente analisado por pesquisadores do Canadá, Austrália, Nova Zelândia. No Brasil, o IG de alguns alimentos como o abacaxi, morango, banana, feijão, arroz e alguns alimentos industrializados vem sendo analisado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), por uma grande equipe coordenada pela professora Elizabete Wenzel de Menezes.

CorreioWeb

Comissão Europeia propõe mudanças em perfumes para evitar alergias

A iniciativa tem o objetivo de combater as alergias cutâneas que afetam 15 milhões de europeus
 
Bruxelas - As grandes empresas de perfumaria europeias deverão reformular a composição de suas fragrâncias para ajudar na luta contra as alergias cutâneas que afetam 15 milhões de europeus, anunciou nesta quinta-feira (13/2) a Comissão Europeia.
 
Com base em uma revisão de dados científicos, o executivo europeu visa proibir três ingredientes altamente alergênicos, o sintético HICC e duas essências naturais extraídas de musgos, usadas em perfumes como Chanel No.5. Estes compostos estão relacionados a milhares de casos de reações alérgicas, especialmente eczemas.
 
As perfumarias também deverão limitar a concentração de 12 outros ingredientes, tais como rosa e limão, e serão obrigadas a indicar no rótulo a presença de 106 compostos capazes de provocar uma reação alérgica.
 
"Não apontamos nenhum perfume em particular, não é uma questão de proibir o Chanel No.5", indicou o comissário de Política do Consumidor, Neven Mimica. Se a UE aprovar a proposta da Comissão, a composição de alguns perfumes, incluindo clássicos da indústria, terão de "reformular" até 2015 suas composições, disse Mimica.

As medidas propostas pelo executivo europeu também afetam a indústria de biocosméticos que, "de acordo com estimativas do setor, deverá modificar mais de 90% dos seus produtos", segundo uma fonte europeia. De acordo com Mimica, uma vez aprovadas estas medidas, as empresas terão um período de dois a cinco anos para se adaptar a elas, a fim de "preservar sua liderança global".
 
Correio Braziliense

Cem pessoas emprestarão seus corpos a estudo para melhorar saúde pessoal

A ideia é acompanhar a transição do coração, do cérebro e do fígado da saúde à doença, explicou o presidente do Instituto de Sistemas Biológicos (ISB)
 
Cem pessoas concordaram em emprestar seus corpos para a ciência em um estudo inovador que vai pesquisar como melhorar a saúde pessoal, anunciaram cientistas nesta sexta-feira (14/2).

O projeto "The Hundred Person Wellness" (O bem-estar de cem pessoas), que começa no mês que vem, vai demandar um acompanhamento detalhado dos voluntários, que devem gozar de boa saúde no início do estudo.

Os cientistas começarão decodificando o DNA inteiro de cada participante. Logo, nos 25 anos seguintes, farão medições regulares de seus padrões de sono, ritmo cardíaco, bactérias estomacais, proteínas que marcam a saúde dos órgãos, amostras de sangue e atividade das células imunológicas, entre outras variáveis.
 
"O que é único dos humanos é a sua individualidade", afirmou Leroy Hood na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que se reúne em Chicago até 17 de fevereiro.

A ideia é "realmente acompanhar a transição do coração, do cérebro e do fígado da saúde à doença", explicou Hood, presidente do Instituto de Sistemas Biológicos (ISB) com sede em Seattle, Washington (noroeste dos EUA).

O foco do programa piloto de nove meses, cujo objetivo é se expandir para 100 mil pessoas nos próximos quatro anos e continuar seu acompanhamento durante três décadas, é melhorar o bem-estar individual tomando como base a constituição única de cada pessoa.

Medicina personalizada
Hood disse que os cientistas tentarão buscar "oportunidades de ação para cada indivíduo", como por exemplo, mudar sua nutrição para melhorar sua saúde ou evitar certo tipo de remédios potencialmente perigosos devido à composição genética.

O instituto de Hood orçou em 10.000 dólares o custo por participante e está financiando a pesquisa através de doações privadas, segundo um relatório divulgado na revista Nature desta semana e que descreveu o projeto como "incomumente exaustivo".

Também desafiou muitas convenções dos testes clínicos por não prever grupos de controle com os quais comparar os resultados e por se propor a intervir pessoalmente com os indivíduos à medida que o estudo se desenvolve.

Como exemplo de como uma intervenção assim pode funcionar, Hood citou o caso de um amigo que de repente se deu conta de que sofria de uma grave osteoporose aos 35 anos.

Foi feita uma análise de DNA e descobriu-se que ele tinha uma grave deficiência em um dos principais transportadores de cálcio, relatou Hood. Pouco depois, começou a tomar suplementos de cálcio e agora está com boa saúde. "Se alguém tem este transtorno, gostaria de saber antes de desenvolver a osteoporose", disse o pesquisador.

As primeiras 100 pessoas selecionadas para o projeto foram eleitas entre "locais e amigos", afirmou. Mas são necessários muitos mais representantes de todos os âmbitos da vida para a nova fase do estudo, à medida que este evoluir. A diversidade é uma parte "incrivelmente importante disso tudo", explicou Hood.

Os dados serão anônimos e colocados à disposição de pesquisadores qualificados para que possam determinar pela primeira vez qual marca na realidade um bom estado de saúde.

Um objetivo-chave é coletar grande quantidade de dados para analisar a transição de bem-estar à doença, prestando atenção às primeiríssimas mudanças que possam indicar o surgimento de uma doença.

Em um momento em que o monitoramento da saúde pessoal através de diversos dispositivos eletrônicos está no auge, Hood previu que os dados de seu projeto serão uma bênção para os investidores. "Será uma oportunidade como a do Vale do Silício", destacou.
 
Correio Braziliense

Piolho e verme são vilões em qualquer idade; confira

Foto: Reprodução
Ascaris lumbricoides
Eles são mais ligados à infância, mas, segundo especialistas, acometem também adultos e idosos. Os sintomas costumam surgir de forma mais intensa nos pequenos devido à fragilidade do corpo    
      
Procurando bem, todo mundo tem pereba, marca de bexiga ou vacina, e tem piriri, tem lombriga, tem ameba…”, já disseram sabiamente Chico Buarque e Edu Lobo, na canção Ciranda da Bailarina, de 1983. Mais à frente, os compositores acrescentam: “futucando bem, todo mundo tem piolho”. Certíssimos estão eles.
 
Os males que tendem a atacar as crianças principalmente em idade escolar na verdade não escolhem sexo, idade ou classe social. Basta um contato inicial para a instalação do problema, que pode chegar a pais engravatados e avós se não observado e tratado de perto.
 
Pesquisas científicas divulgadas em diferentes publicações especializadas neste ano buscam comprovar a efetividade do melhor tratamento ou mesmo confirmar a prevalência para esses problemas, em sua maioria subnotificados.
 
Algumas vezes, passam até despercebidos, encobrindo um perigoso e nada inofensivo vilão. A ciência patina e a comunidade médica foge de um consenso sobre qual deve ser o melhor método preventivo contra algumas das moléstias mais comuns da infância.

Estudo divulgado, neste mês, na renomada revista científica New England Journal of Medicine chama a atenção para a complementação do tratamento de combate a verminoses em crianças de países em desenvolvimento. Participaram dos testes na Tanzânia 458 meninos e meninas com idade entre 6 e 14 anos.
 
Foi testada a eficácia de quatro tipos de tratamento: somente usando albendazol (droga comumente prescrita para desvermifugação), apenas com oxantel pamoate (droga de uso veterinário para o mesmo fim), combinando as duas substâncias e ainda usando uma única dose de mebendazol (antiparasitário).
 
Os dados mostraram que 450 crianças estavam infectadas com T. trichiura; 293, com A. lumbricoides (lombriga) e 443, com a ancilostomíase.
 
Correio Braziliense

Chioro: 1% a 2% dos torcedores precisarão de atendimento médico na Copa

Segundo Chioro, o perfil do público esperado para o Mundial são adultos, entre 25 e 49 anos, saudáveis e que não necessitam de cuidados especializados de saúde (AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )
Agência Brasil
Segundo Chioro, o perfil do público esperado para o Mundial
 são adultos, entre 25 e 49 anos, saudáveis e que não necessitam
 de cuidados especializados de saúde
Ministro da Saúde, Arthur Chioro informou que o setor está pronto para o Mundial e que 10 mil profissionais da área já foram capacitados         
 
A estrutura de saúde montada para a Copa do Mundo de 2014 não necessitou de verba específica do governo federal, mas uma reorganização dos investimentos, que estavam previstos. A informação foi dada na manhã de ontem (15) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante uma conferência sobre saúde médica para a Copa do Mundo, organizada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), em um hotel da zona sul paulistana.

De acordo com o ministério, 10 mil profissionais da área de saúde foram capacitados para a Copa. As 12 cidades-sede contarão com 531 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, 66 Unidades de Pronto Atendimento e 67 hospitais que funcionarão de forma integrada. Além da estrutura para atender os torcedores, o ministério informou ter criado planos de contingência para atender a acidentes com múltiplas vítimas.

Chioro disse que o número de atendimentos médicos durante a Copa do Mundo não deve alterar a rotina dos hospitais e unidades de saúde porque a expectativa é que de 1% a 2% de torcedores necessitem de algum cuidado médico, sendo que 99% da demanda costuma ser atendida no próprio estádio.
 
O perfil do público esperado para a Copa são adultos, entre 25 e 49 anos de idade, que, em geral, são saudáveis e não necessitam de cuidados especializados de saúde. Na Copa das Confederações, ano passado no Brasil ocorreram 1.598 atendimentos médicos, sem qualquer registro de caso grave. Do total, 98% das pessoas foram atendidas no próprio estádio.

Nas arenas e intermediações (até dois quilômetros de distância), a Fifa será a responsável pelos atendimentos de emergência de jogadores e torcedores. Segundo a federação, o número de postos de atendimento vai variar de acordo com a capacidade de cada estádio, cumprindo a legislação brasileira e as normas internacionais de segurança.

Para auxiliar os torcedores e os estrangeiros sobre a saúde no país, o Ministério da Saúde criou um site, disponível em quatro línguas (inglês, português, francês e espanhol) onde é possível encontrar orientações sobre hábitos saudáveis, cuidados de saúde e um guia de serviços. Será criado também um aplicativo, acessado por celular, que fornecerá informações úteis sobre saúde.

O diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, informou que todos os jogadores das 32 seleções passarão, pelo menos uma vez, pelo exame antidoping. "Vamos testar todos os jogadores pelo menos uma vez antes do primeiro jogo", disse ele. O último caso de dopping descoberto em uma Copa do Mundo foi o do jogador argentino Diego Maradona, em 1994, pego pelo uso de cocaína.

Dvorak anunciou que os jogos da Copa disputados em dias e horários de muito calor sofrerão paradas técnicas, para que os jogadores descansem e sejam hidratados. Segundo ele, a quantidade de paradas técnicas será decidida uma hora antes de cada jogo. A grande preocupação é com sete jogos, principalmente as marcadas para as 13h.
 
Correio Braziliense

Má notícia para quem tem pai e mãe com Alzheimer

De acordo com um novo estudo, do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York (EUA), adultos de meia-idade que têm a infelicidade de ter ambos os pais com doença de Alzheimer podem enfrentar ainda outra preocupação: um risco aumentado de alterações cerebrais relacionadas a condição, antes mesmo de sintomas aparecerem.
 
Os pesquisadores descobriram que adultos saudáveis com dois pais afetados pela doença eram mais propensos a mostrar certas anormalidades em exames cerebrais. Os cientistas ainda não entendem o que isso significa, porque ninguém sabe se essas alterações precoces vão com certeza levar ao Alzheimer.
 
O estudo
Todos os 52 adultos saudáveis participantes do estudo, a maioria na faixa dos 40 e 50 anos, tinham função mental normal e passaram por ressonâncias magnéticas e tomografias do cérebro.
 
Eles foram divididos igualmente em quatro grupos de 13: aqueles com dois pais com doença de Alzheimer, aqueles com uma mãe afetada, aqueles com um pai afetado e aqueles com dois pais sem a condição.
 
O grupo com dois pais afetados mostrou mais anormalidades cerebrais ligadas ao Alzheimer. Eles tinham, por exemplo, de 5 a 10% mais depósitos de beta-amiloide do que os outros três grupos. Eles também apresentaram o menor volume de massa cinzenta e um metabolismo mais lento de glicose, principal combustível do cérebro.
 
Em geral, as pessoas com dois pais com Alzheimer tinham o mais alto nível de indicadores da doença, seguido por pessoas cuja mãe era afetada, e depois aqueles com um pai afetado.
 
Um especialista que não participou do estudo, Jeremy Silverman, disse que a descoberta de um risco mais elevado no grupo com só a mãe afetada é interessante, já que pesquisas anteriores sugeriram que o risco de ter doença de Alzheimer pode ser maior nas pessoas quando a mãe, ao invés do pai, também tem a condição.
 
Se isso for verdade, poderia oferecer pistas sobre as raízes genéticas do Alzheimer. Há, por exemplo, um tipo de DNA – chamado DNA mitocondrial – que é herdado apenas da mãe.
 
Há muito tempo se sabe que uma forma rara da doença que surge antes dos 65 anos, chamada doença de Alzheimer esporádica de início precoce, é causada por mutações genéticas passadas dos pais para os filhos.
 
A pesquisa recente sugere que também existe um componente genético para a forma mais comum da doença, de início tardio.
 
Nada mudou
Por enquanto, não há nenhum uso prático para os resultados do estudo. Ninguém deve sair correndo para fazer ressonâncias e tomografias do cérebro a fim de medir esses indicadores da doença, primeiro porque não sabemos se quem tem esses marcadores realmente desenvolverá Alzheimer, e depois porque ainda não há cura para a doença, nem nada que os médicos possam fazer para impedir seu desenvolvimento.
 
Se os pesquisadores conseguirem criar drogas que ajudem a prevenir a condição, pode-se imaginar um futuro em que as pessoas com um forte histórico familiar de Alzheimer sejam submetidas a uma varredura do cérebro para procurar marcadores precoces da doença.
 
Por enquanto, as pessoas com histórico familiar de Alzheimer podem se concentrar em levar um estilo de vida saudável recomendado para todos, com uma dieta equilibrada e exercício físico regular.
 
Estudos têm indicado que os mesmos fatores que podem danificar o coração – como pressão alta, colesterol alto, obesidade e diabetes – levam a um aumento do risco de doença de Alzheimer. Essa não é uma ligação comprovada, mas já existem muitas outras razões para manter um estilo de vida saudável, então não custa tentar.
 
Próximos passos
Segundo os pesquisadores, o que é necessário agora é um acompanhamento de longo prazo dos participantes do estudo para ver se esses indicadores de mudanças no cérebro são mesmo alertas precoces para pessoas que se encontram em risco de desenvolver a doença.
 
Os cientistas enfatizam que só porque os filhos de pacientes com a doença têm esses indicadores, não significa que eles vão desenvolver Alzheimer.

Hypescience

Remédio para emagrecer: ainda não existe pílula mágica e as que estão em uso podem ser perigosas

Ainda não existe pílula mágica e as que estão em uso
podem ser perigosas
Pesquisadores da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos, recentemente contestaram a segurança de dois medicamentos para perda de peso a longo prazo aprovados no país pela Administração Federal de Drogas (FDA), dizendo que a aceitação do órgão não é nenhuma garantia
 
Os cientistas reanalisaram os dois produtos aprovados em 2012 para a perda de peso a longo prazo – cloridrato de lorcaserin (nome comercial Belviq, da Eisai Inc.) e fentermina/topiramato (nome comercial Qsymia ou Qnexa, da Vivus Inc) – e chegaram à conclusão de que eles não são livres de riscos.
 
Os testes feitos pelos comerciantes das drogas mostraram que elas, juntas de uma dieta de restrição calórica e aumento de exercício físico, foram associadas a uma maior perda de peso em pacientes do que nos que receberam placebo (3% mais a perda de peso com lorcaserin e 7% mais com fentermina/topiramato).
 
O problema é que ambas as drogas têm sido associadas a danos graves. Seus rótulos incluem advertências sobre problemas de memória, atenção, linguagem e depressão.
 
Além disso, os pesquisadores afirmam que os testes de ambas as drogas não puderam concluir que os remédios não causavam danos cardiovasculares. Por conta desse motivo, nenhuma delas está no mercado da Europa, nem do Brasil.
 
A Agência Europeia de Medicamentos relatou que sua probabilidade de aprovar o lorcaserin era baixa, por causa de preocupações sobre possíveis cânceres, distúrbios psiquiátricos e problemas nas válvulas cardíacas. O órgão também rejeitou explicitamente fentermina/topiramato duas vezes – a primeira em 2012 e novamente em 2013.
 
Aparentemente, os EUA acabaram aprovando os remédios quando algumas das preocupações envolvidas com as drogas foram resolvidas pelos fabricantes – mas não as advertências sobre os lesões cardiovasculares graves. No entanto, a FDA permitiu a comercialização dos medicamentos, exigindo das empresas apenas a realização de testes pós-aprovação para avaliar os danos, o que os cientistas consideram um absurdo.
 
“A decisão do FDA de aprovar ambas as drogas e exigir testes pós-aprovação em vez de segurança pré-aprovação é preocupante”, disseram os pesquisadores Drs. Steven Woloshin e Lisa Schwartz. “Nós não concordamos. Embora as opções de tratamento sejam limitadas, a obesidade não é uma emergência – nem sequer é uma doença, mas sim um fator de risco para doenças”.
 
No Brasil, apenas dois medicamentos para emagrecer são aprovados pelo Ministério da Saúde – o orlistat e a sibutramina, utilizados para combater a obesidade. Ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, importação, comercialização, manipulação e uso do insumo farmacêutico ativo lorcaserin. Qnexa também não é vendido por aqui.
 
Porém, os remédios comercializados no nosso país também não são um mar de rosas e possuem seus riscos.
 
A sibutramina trabalha aumentando a sensação de saciedade, mas também pode aumentar a pressão e os batimentos do coração – pessoas com IMC menor de 30, com mais de 65 anos, crianças e adolescentes com histórico de diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol alto, doenças no coração ou transtornos psiquiátricos devem evitar esse medicamento. O orlistat impede a gordura de ser absorvida pelo corpo e seus efeitos colaterais incluem dor abdominal, urgência fecal, fezes gordurosas, desordem dentária, aumento do número de evacuações, dor de cabeça, dor nas costas, ansiedade, infecção no trato respiratório superior, gripe, edema, febre e pressão arterial baixa.
 
No geral, o Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (CEBRIM) afirma que a utilização de drogas contribui apenas de forma modesta e temporária para a redução de peso, por isso elas nunca devem ser usadas como única forma de tratamento. Além disso, há preocupações com reações adversas graves e desenvolvimento de dependência.
 
Hypescience

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo

Deixar cigarro tem mesmo efeito de antidepressivos, dizem pesquisadores. Estudo derruba mito de que fumar é antiestressante, afirma coordenadora
 
Deixar o cigarro contribui para o bem-estar mental, tendo o mesmo efeito que o uso de antidepressivos, aponta um estudo publicado no periódico médico British Medical Journal (BMJ), na edição disponível a partir desta sexta-feira (14).
 
De acordo com os pesquisadores britânicos, que revisaram 26 estudos sobre o tema, o efeito de parar de fumar pode ser "equivalente, ou superior, ao de antidepressivos utilizados no tratamento da ansiedade, ou de transtornos de humor".
 
Dicas para parar de fumar (Foto: Arte/G1)
 
Os fumantes incluídos nos trabalhos eram "medianamente dependentes", com idade média de 44 anos, e fumavam de 10 a 40 cigarros por dia. Do total, 48% eram homens.
 
Eles foram entrevistados antes de sua tentativa de parar de fumar e, novamente, depois de conseguirem largar o hábito, em uma janela que variou de seis semanas a seis meses.
 
Os que conseguiram deixar o cigarro estavam menos deprimidos, menos ansiosos, menos estressados e com uma visão positiva da vida do que os que não conseguiram abandonar o vício. A melhora foi perceptível nas pessoas afetadas por transtornos mentais logo que pararam de fumar.
 
Nenhuma avaliação de acompanhamento do estado mental voltou a ser feita, porém, em especial nos casos dos ex-fumantes que tiveram recaídas.
 
A coordenadora do estudo, Genma Taylor, da Universidade de Birmingham, disse esperar que os resultados permitam dissipar falsas ideias, como a que atribui ao cigarro qualidades antiestressantes, ou relaxantes.
 
"Comparando não fumantes e fumantes, encontramos uma associação entre uma pior saúde mental nos fumantes", acrescentou.
 
Segundo números divulgados em julho passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro seria responsável pela morte de pelo menos 6 milhões a cada ano, número que pode atingir 8 milhões até 2030.

G1

Alteração em genes influencia opção sexual em homens, sugere cientista

Escoteiros participam de parada do orgulho gay nos Estados Unidos (Foto: Elaine Thompson/AP)
Foto: Elaine Thompson/AP
Jovens participam de parada do orgulho gay nos EUA.
Segundo estudo, alterações genéticas teriam relação com
a homossexualidade em homens
Mudanças em genes de 2 cromossomos influenciariam homossexualidade. Estudo é realizado por pesquisadores de universidade dos EUA
 
Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram esta semana resultados de estudo ainda em andamento sugerindo que a homossexualidade em homens é influenciada pelos genes e não apenas resultante de uma escolha pessoal.
 
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", os dados foram apresentados nesta quinta-feira (13) durante congresso científico em Chicago.
 
Segundo a investigação, os cientistas analisaram o DNA de 400 homens gays. Eles notaram alterações em genes de ao menos dois cromossomos – o X (Xq28) e o 8 -- e, de acordo com a pesquisa, tais mudanças influenciariam se o homem será gay ou heterossexual. No entanto, não está claro quais dos genes estão envolvidos.
 
De acordo com Michael Bailey, psicólogo da Universidade Northwestern, de Illinois, e um dos responsáveis pela pesquisa, essa informação derrubaria a teoria de que a orientação sexual teria a ver apenas com a escolha pessoal.
 
Contudo, o estudo acrescenta que a genética não é completamente determinante, já que fatores ambientais também podem influenciar, como os níveis de hormônios a que um bebê é exposto no útero. O trabalho ainda não foi publicado.
 
G1