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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Leis antifumo reduzem internações por doenças relacionadas ao cigarro

Hospitalizações por doenças cardiovasculares ou respiratórias caem até 24%
 
Um levantamento feito pela Universidade da Califórnia com o Instituto Nacional de Saúde (NHI, sigla em inglês) dos Estados Unidos, descobriu que a aplicação das leis que proíbem o fumo de lugares fechados, como restaurantes e bares, é capaz de reduzir rapidamente o número de internações decorrentes de doenças relacionadas ao tabagismo, principalmente doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. Os resultados foram publicados dia 30 de Outubro no periódico Circulation, da Associação Americana do Coração.
 
Os autores do estudo revisaram 45 pesquisas que analisaram durante um ano as consequências de 33 leis antifumo aplicadas em diversos países, entre eles Estados Unidos, Alemanha e Uruguai. Segundo os resultados, as legislações que proíbem o fumo em bares, restaurantes ou no trabalho diminuíram em 15% as hospitalizações por ataque cardíaco, em 16% as internações por acidente vascular cerebral (AVC) e em 24% as hospitalizações por problemas respiratórios, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. A pesquisa ainda mostrou que as leis mais abrangentes - ou seja, que proíbem o tabagismo em bares, em restaurantes e também no trabalho - são as que provocam os maiores benefícios. Essa diminuição ocorre tanto entre os fumantes quanto entre pessoas expostas ao fumo passivo.
 
Os cientistas acreditam que os resultados apoiam a posição da Associação Americana do Coração, que acredita que leis antifumo deveriam se estender a todos os ambientes de trabalho e lugares públicos. Segundo os autores, legislações mais fortes significam reduções imediatas nos problemas de saúde relacionados ao tabagismo.
 
Você realmente conhece os perigos do fumo?
No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo. O fumo passivo também é um grande problema. O pneumologista da Unifesp, Fernando Sérgio Studard, explica que permanecer em um bar onde há pessoas fumando equivale a fumar quatro cigarros para quem não fuma. O tabagismo é o principal causador de doenças pulmonares, tumores e doenças cardiovasculares. Tire suas dúvidas e entenda as ameaças ocultas do fumo para a saúde.
 
O fumo passivo pode ser responsável por quais doenças?
Tabagismo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A exposição à fumaça do cigarro pode aumentar os riscos de doença psiquiátrica, mortalidade cardiovascular, doenças respiratórias, câncer e sinusite crônica, além de piorar a audição de adolescentes.
 
Qual é o risco de fumar em locais fechados?
Segundo especialistas, o ar da residência de um fumante usual contém três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do usuário após passar pelo filtro do cigarro. Assim, fumar em lugares públicos fechados, além de proibido por lei em algumas regiões, é também um veneno para os pulmões.
 
Para parar de fumar, qual é o melhor caminho?
De acordo com o pneumologista especialista em tabagismo da Unifesp, Sérgio Ricardo Santos, a maioria das pessoas consegue parar sem ter que recorrer a um profissional. Nos casos em que a pessoa não consegue largar o vício sozinha, o melhor a fazer é procurar um centro especializado em tabagismo. "Qualquer profissional de saúde pode resolver o problema, tanto um psicólogo quanto um pneumologista", diz o especialista.
 
Para os bebês, quais problemas o fumo passivo traz?
Um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, diz que 90% das mães que perdem seus bebês para a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) são fumantes. A morte súbita acontece quando bebês de até um ano morrem sem apresentar qualquer sintoma, geralmente durante o sono. "A exposição à fumaça de tabaco, tanto na gravidez como no pós-natal, leva a uma série de efeitos sobre o desenvolvimento da criança", esclarece Sérgio Ricardo Santos.
 
Fonte Minha Vida

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