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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Campanha esclarece população do Rio sobre a acromegalia, doença que provoca crescimento excessivo em adultos

Brasília - Uma doença ainda pouco conhecida mas que afeta milhares de pessoas no Brasil foi objeto de uma campanha de conscientização ontem (13) em três locais da grande movimentação da capital fluminense. Das 11 às 16 horas, médicos especializados no tratamento da acromegalia se juntaram a portadores da doença e a cuidadores dos pacientes para distribuir folhetos informativos e dar esclarecimentos à população na Central do Brasil, no centro, e em dois pontos da zona norte da cidade, o Mercadão de Madureira e o Complexo do Alemão.

Causada pela produção excessiva do hormônio de crescimento (GH), a acromegalia atinge a pessoa na idade adulta, tendo como consequência o aumento dos ossos da face e de extremidades do corpo, como as mãos e os pés, e também alterações em vários órgãos. Por ocorrer numa fase em que as cartilagens do crescimento já estão fechadas, a acromegalia se diferencia do gigantismo, como é chamado o crescimento por produção hormonal excessiva manifestado ainda na infância ou na adolescência.

“Muitas vezes a doença leva de dez a 15 anos para ser diagnosticada”, disse Rita Domingues, coordenadora do Instituto Espaço da Vida, organização não governamental (ONG) responsável pela campanha de conscientização. “Recentemente, tivemos o caso de uma paciente que só descobriu ser portadora de acromegalia porque procurou atendimento médico impressionada com o crescimento de sua língua”, disse.

Segundo Rita Domingues, cerca de 3.200 pacientes de acromegalia estão atualmente em tratamento no Brasil, 400 deles no Rio de Janeiro. O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) é o principal centro de referência no atendimento a casos da doença no país. No Rio, há um centro de tratamento especializado no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Considerado um dos maiores especialistas em acromegalia, o médico Marcello Bronstein, professor da Faculdade de Medicina da USP, participou da campanha no Rio. Segundo ele, “ a doença apresenta um quadro generalizado de crescimento da estrutura do organismo. Há aumento do coração, fígado, rins, intestinos e outros órgãos”, disse.

Além das alterações no corpo, a acromegalia também produz uma longa lista de sintomas, entre eles suor excessivo, formigamento nas mãos, dores nas articulações, cansaço excessivo, alterações na visão, disfunções sexuais, diabetes, pressão alta e apnéia do sono. No entanto, a doença é tratável, por meio de cirurgia ou de medicamentos.

De acordo com Bronstein, o diagnóstico pode ser feito a partir de exames de dosagem do GH ou de curva glicêmica com dosagem do hormônio. “Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maior será o sucesso no tratamento”, explicou o médico.

A rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS) já fornece medicamentos como o octreotida, que regula a produção de GH e o crescimento celular. Outros remédios para a acromegalia, como o pegvisomanto, ainda não estão disponibilizados nas unidades do SUS.

Fonte Agência Brasil

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