Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo
Cerca de 40% das pessoas que fazem teste de HIV não voltam para buscar o resultado do exame. Para driblar o problema, o Ministério da Saúde quer que todos os que queiram fazer o teste saiam dos centros de saúde sabendo se são soropositivos ou não.
Essa meta fica mais próxima de ser alcançada com o lançamento do novo teste rápido confirmatório, o Imunoblot, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).Divulgado ontem, durante o 2.º Simpósio Internacional de Imunobiológicos, o teste é feito por meio de uma picada no dedo do paciente. O resultado sai em 20 minutos.
"O kit é sensível e eficaz já a partir do 25.º dia de infecção", afirma o gerente do programa de Desenvolvimento de Reativos, Antonio Ferreira. Atualmente, a pessoa faz o teste de HIV pelo método Elisa. Se der positivo, ela volta ao serviço de saúde, recebe orientação e faz o exame confirmatório, pelo método western blot ou imunofluorescência. O resultado leva dias ou semanas.
Inicialmente, os kits rápidos serão usados em grupos vulneráveis, como moradores de rua, prostitutas, garotos de programa; populações indígenas e ribeirinhas; grávidas que não completaram o pré-natal; e campanhas específicas do ministério.
Será avaliada a capacidade de produção dos testes e os custos, mas a estimativa é de que em dois anos tenha sido completada a substituição dos métodos Elisa/western blot, cinco vezes mais caros, pelos kits rápidos.
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