Não há como negar, quem sofre para manter-se bem com a balança ou não deseja engordar, quando recebe a indicação de determinado remédio geralmente acaba se preocupando se ele traz o aumento de peso como um de seus efeitos colaterais ou não.
Mas e em relação ao medicamento de que estamos falando, será que a Olanzapina engorda?
E a resposta para essa pergunta é sim, a Olanzapina engorda. Isso porque a reação adversa de ganho de peso está listada na bula da substância e aparece no grupo das reações muito comuns experimentadas por seus consumidores: em mais de 10% dos pacientes que o utilizam.
Isso sem contar que ela também causa o aumento de apetite, que aparece como um efeito comum, observado em 1 a 10% dos usuários. Com mais fome, a pessoa fica mais propensa a comer em excesso, o que inevitavelmente se reflete em quilos a mais.
Outro fator que agrava essa situação é que o remédio também causa cansaço e fraqueza. Ao se sentir dessa maneira, certamente o paciente não terá muita disposição para levar um dia ativo e praticar atividades físicas com regularidade. Assim, é provável que o seu gasto calórico seja menor, gerando um acúmulo de calorias e um estímulo ao crescimento do peso.
E agora, o que fazer?
A Olanzapina engorda, não há como negar. Mas então o que fazer para não ganhar quilos a mais? Deixar de tomar o medicamento mesmo se o médico indicar? De maneira alguma, se o doutor prescreveu a substância é porque ele é necessária ao tratamento do problema de saúde.
Por outro lado, isso não significa que você deva ficar parado e simplesmente se conformar com o aumento do número que aparece na balança. E para tentar amenizar o estrago, há como ter um cuidado maior com a alimentação, certificando-se de seguir uma dieta saudável e equilibrada, sem exagerar nas guloseimas e comidinhas engordativas, e investindo em refeições ricas em fibras, que ajudam a promover a saciedade no organismo e a controlar o apetite.
Outros efeitos colaterais
Outros efeitos colaterais
Além do aumento de apetite, fraqueza, ganho de peso e cansaço, o produto também pode trazer os seguintes efeitos colaterais:
Reação muito comum – mais de 10% dos pacientes:
- Diminuição da pressão arterial ao levantar;
- Sonolência;
- Aumento da prolactina, hormônio que causa a secreção de leite;
- Crescimento total das taxas de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue.
Reação comum – entre 1 a 10% dos pacientes:
- Febre;
- Prisão de ventre;
- Inchaço;
- Dor nas articulações;
- Inquietação motora;
- Tontura;
- Aumento das enzimas do fígado;
- Glicose na urina;
- Elevação da gama-glutamiltransferase – enzima dos rins, fígado e vesículas biliares;
- Aumento do ácido úrico;
- Diminuição de células brancas no sangue;
- Elevação de eosinófilos no sangue – célula branca que atua na defesa do organismo.
Reação incomum – entre 0,1 e 1% dos pacientes:
- Sensibilidade à luz;
- Lentidão nos batimentos cardíacos;
- Distensão abdominal;
- Perda de memória;
- Sangramento pelo nariz.
Reação rara – entre 0,01% e 0,1% dos pacientes:
- Hepatite;
- Convulsão;
- Erupção cutânea.
Reação muito rara – em menos de 0,01% dos pacientes:
- Alergia;
- Coceira seguida de inchaço (angioedema);
- Coceira (prurido);
- Urticária;
- Suor náusea e vômito após suspensão do remédio;
- Obstrução da veia em decorrência de coágulo – tromboembolismo;
- Pancreatite;
- Diminuição das plaquetas no sangue;
- Amarelado na pele, mucosas e secreções;
- Coma diabético;
- Lesão muscular grave;
- Perda de cabelos;
- Ereção persistente e dolorosa do pênis;
- Incontinência urinária;
- Retenção urinária;
- Aumento dos níveis de creatinofosfoquinase no sangue – proteína encontrada no músculo;
- Cetoacidose diabética – comum em portadores de diabetes do tipo 1, caracterizada por uma elevação muito grande nos níveis de açúcar no sangue, pode causar a morte;
- Elevação da bilirrubina total – substância da bile, que fica no sangue até ser expelida pelas fezes, seus índices altos podem indicar doença.
Contraindicações e cuidados
Pacientes com menos de 13 anos de idade, idosos com psicose associada à demência e pessoas com hipersensibilidade a um dos componentes encontrados na fórmula de Olanzapina não estão indicadas a utilizar o remédio.
Mulheres que estejam grávidas ou amamentando os seus bebês devem informar a respeito da gestação ou lactação ao médico que prescrever o medicamento a elas.
Quem possui intolerância à lactose também deve contar ao médico sobre o problema e ter cuidado ao usar a Olanzapina, tendo em vista que ela possui a substância em sua composição. Como a capacidade de atenção pode ser prejudicada pelo remédio, não é recomendado que os usuários dirijam ou operem máquinas enquanto estiverem sob seu efeito.
O mesmo vale para quem esteja tomando qualquer outro tipo de remédio: é essencial dizer ao médico para descobrir se não há a possibilidade de haver interação de medicamentos.
É fundamental que somente as pessoas que receberam a orientação do médico para se tratar a substância utilizem-na. Ingerir um medicamento sem indicação profissional, especialmente se ele trouxer uma variedade de efeitos colaterais, significa oferecer graves riscos à própria saúde.
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