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terça-feira, 16 de junho de 2015

Repelente de pernilongos criado em São Carlos pode ser usado em bebês

Novo produto foi desenvolvido por pesquisadores de São Carlos (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV - Novo produto foi
desenvolvido por pesquisadores de São Carlos (SP)
Produto feito com ajuda da nanotecnologia deve estar à venda em 1 mês. Creme tem ação prolongada e, segundo cientistas, não há contraindicação
 
Pesquisadores de São Carlos (SP) desenvolveram um repelente com duração prolongada, sem contraindicação e que pode ser usado em todo mundo, inclusive em bebês. O produto, criado com a ajuda da nanotecnologia, serve para afastar pernilongos e deve chegar ao mercado em um mês, segundo os criadores.
 
Mãe de duas crianças pequenas, a jornalista Karina Fischer será uma das consumidoras que poderão se beneficiar com o novo creme. Ela se preocupa com os riscos da dengue e aposta no repelente para proteger a filha mais velha, de dois anos, mas não faz o mesmo com Lourenço, de dois meses. “Como ele vai fazer três meses, a pediatra não recomenda que nós usemos nada”, explicou.
 
O motivo para não aplicar o produto sintético em bebês é o risco, explicou o dermatologista Maçatoshi Kiyomura. “Eles têm uma formulação mais tóxica, então ele pode dar uma reação alérgica”, afirmou. “Na hora da aplicação tem que ter cuidado para não aplicar com as mãos e com as próprias mãos coçar a parte da mucosa, olhos, narinas e boca, que a absorção é muito maior”.
 
Justamente para evitar problemas como esse, os cientistas aperfeiçoaram um repelente natural famoso, feito com óleo de cravo-da-índia. O composto original afasta os pernilongos, mas tem uma desvantagem. “Por ele ser natural, ele evapora rápido, tem um efeito rápido na repelência”, explicou a química Bruna Rodrigues.
 
Pernilongos
O novo repelente promete mudar isso com a ajuda da nanotecnologia, da manipulação de moléculas minúsculas, mil vezes menores do que um fio de cabelo. Em contato com o óleo do cravo, as partículas biodegradáveis formam uma cápsula que aos poucos libera o princípio ativo natural.
 
“Não são todas as partículas que abrem ao mesmo tempo, e aí você tem a atividade de meia hora e acabou. É uma membrana que fica envolta dele e isso faz a proteção do óleo. Você diminui a evaporação e com o tempo essa cápsula vai se rompendo e esse óleo, que é repelente, sai dela. E, portanto, você tem a ação repelente”, afirmou a farmacêutica Amanda dos Santos.
 
Ação prolongada
Uma das vantagens do novo produto é o tempo de ação prolongado. O repelente dura na pele até três vezes mais do que aqueles feitos apenas com o cravo-da-índia. Também não é tóxico, como os repelentes sintéticos, e isso sem falar no cheiro bom do cravo. “Existem indicadores de 30 minutos de duração para repelentes naturais e o nosso repelente natural tem 90 minutos comprovados”, disse Amanda.
 
Os pesquisadores dizem ainda que o novo repelente pode ser usado várias vezes ao dia e não tem contraindicação. “Principalmente porque ele é feito com materiais que são biodegradáveis e materiais naturais que muitas vezes a gente usa na cozinha para fazer comida, então pode usar tranquilamente, a partir de qualquer idade. Até bebês podem usar o repelente natural”, garantiu Amanda.
 
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o repelente levou um ano para ficar pronto e a expectativa é de que esteja disponível no mercado em menos de um mês.
 
“A gente vai fornecer para as farmácias de manipulação a matéria-prima desse repelente natural e a farmácia de manipulação vai colocar o creme e fazer as formulações que são pertinentes a ela”, explicou o empresário Gezimar Souza.
 
G1

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