Foto: James Gathany/CDC Cientista manipula vírus H7N9 em laboratório para fins de pesquisa. Estudo não indica que o vírus está a caminho de desenvolver uma transmissão sustentada |
Novo estudo fornece evidências mais fortes da transmissão do vírus H7N9 entre humanos, mas os pesquisadores afirmam que os resultados do trabalho não indicam necessariamente que o vírus está a caminho de desenvolver uma transmissão sustentada.
A pesquisa teve como base um homem de 60 anos que poderia ter sido infectado em um mercado de aves, desenvolvendo doença respiratória grave que o levou à morte. Sua filha de 32 anos de idade, que cuidou dele, também morreu em decorrência do vírus. Como os cientistas não encontraram indicações de que a filha também teria sido exposta às aves vivas e pela similaridade genética de quase 100% entre os vírus isolados de cada paciente, as evidências apontam para a transmissão de pai para filha.
Por outro lado, os 43 contatos próximos desses dois pacientes, incluindo um genro, que também ajudou a cuidar do pai, tiveram exames negativos para a infecção. Além disso, as áreas de ligação do receptor do vírus a partir dos dois pacientes não estão mais adaptadas para os seres humanos do que outras amostras isoladas. Desta forma, os pesquisadores confirmaram a conclusão que, apesar de possível, a possibilidade de transmissão do H7N9 entre humanos é baixa.
Segundo os responsáveis pelo estudo, James Rudge e Richard Coker, existem características do H7N9 que são de particular preocupação. Estudos anteriores demonstraram transmissibilidade pelo ar entre modelos de mamíferos em laboratório. Outro destaque é que o vírus pode se espalhar sem ser detectado através de populações de aves, pois não é letal para estes animais.
Dados da vigilância chinesa sugerem que o número de casos humanos pode ser muito maior do que os atualmente reportados, já que muitos casos mais brandos podem não são registrados. Isto significa que a taxa de letalidade do vírus é susceptível de ser substancialmente mais baixa do que nos casos confirmados. "No entanto, a incidência de infecções em humanos dá H7N9 oportunidade muito maior do que outros vírus da gripe aviária de se adaptar aos seres humanos," completa Rudge.
Os pesquisadores concluíram que, embora o estudo não possa sugerir que o H7N9 esteja em condições de causar uma pandemia, "ele nos dá um alerta da necessidade de permanecer extremamente vigilantes."
Fonte isaude.net
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