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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Portugal: Hospitais vendem exames e cirurgias

Os hospitais públicos podem vir a vender serviços, como exames médicos, análises clínicas, cirurgias ou consultas, aos sectores social e privado, como forma de aumentar as receitas financeiras. 

Estas medidas vão ser propostas pelo grupo de trabalho para a reforma hospitalar, criado pelo Ministério da Saúde, mas poderão não passar sequer do papel. Isto porque o sucesso das medidas está dependente da aceitação da parte dos outros sectores, como é o caso das misericórdias.

Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, afirmou ao CM que não deverá haver interesse em eventuais propostas. "O sector social está disposto a colaborar com o Estado para substituir os hospitais públicos, porque fazemos o mesmo, com mais qualidade e mais barato. Não estamos interessados em comprar serviços de saúde, estamos a vendê-los."

Já a Associação Portuguesa de Seguradores afirma que os associados "já compram serviços de saúde aos hospitais públicos, apesar de recorrerem também às unidades privadas dos grupos empresariais".

Fontes ligadas às administrações hospitalares contactadas pelo Correio da Manhã afirmaram que as unidades podem ganhar "milhões de euros" se venderem meios de diagnóstico e se participarem em ensaios clínicos, com os quais recebem verbas e medicamentos inovadores dos laboratórios.

FALTA DE VERBA PARA HOSPITAL ALGARVIO
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou ontem que o projecto de criação do Hospital Central do Algarve é uma "prioridade nacional", mas assume que o Governo não encontrou ainda "enquadramento financeiro" para o lançamento da obra. Paulo Macedo, que falava na primeira visita ao Hospital Central de Faro, disse que até ao fim de Setembro serão implementadas alterações "muito substanciais" na política do medicamento com um pacote para reduzir os custos para o Estado e utentes. O ministro apontou como exemplo das alterações a revisão da tabela de comparticipações e a diminuição do preço dos genéricos.

O presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, lamentou não ter sido informado ou convidado a participar na visita que o ministro efectuou à unidade algarvia, o que atribuiu ao "lapso ou inexperiência de alguém".

MENOS 15 TRANSPLANTES EM SEIS MESES
As colheitas de órgãos e os transplantes realizados em Portugal no primeiro semestre deste ano diminuíram em relação ao mesmo período de 2010, indicam números da Autoridade para os Serviços do Sangue e Transplantação (ASST). O número de transplantes desceu de 443, no primeiro semestre de 2010, para 428 de Janeiro a Julho deste ano. No primeiro semestre de 2011, verificou-se uma diminuição da idade média dos dadores: em 2010, a idade média era 52 anos e este ano foi de 47,5 anos. Quanto ao tipo de órgãos transplantados, continua a ser na sua maioria rins, seguido de fígado. Corações, pulmões e pâncreas também foram órgãos transplantados, mas em menor número segundo a ASST.

Fonte Correio da Manhã

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