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domingo, 1 de março de 2015

Cientistas imprimem lente de contato eletrônica usando pontos quânticos

Photo: Frank Wojciechowski
Pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA, usaram a técnica de impressão 3D para criar uma lente de contato eletrônica com diodos emissores de luz (LEDs) embutidos nela
 
Para a lente realmente funcionar, seria necessária uma fonte de energia externa, tornando-a impraticável como um dispositivo no mundo real. No entanto, o que a equipe de Princeton queria demonstrar é que é possível produzir dispositivos eletrônicos complexos usando materiais igualmente complexos e impressão 3D.
 
“Isso mostra que nós podemos usar impressão 3D para criar semicondutores eletrônicos complexos”, diz Michael McAlpine, professor de engenharia mecânica e aeroespacial.
 
O LED foi feito com nanopartículas exóticas conhecidas como pontos quânticos. Pontos quânticos são nanocristais formados de materiais semicondutores que possuem propriedades optoeletrônicas distintas, principalmente fluorescência.
 
“Nós usamos os pontos quânticos como uma tinta”, explica McAlpine. “Fomos capazes de gerar duas cores, laranja e verde”.
 
O desafio foi juntar materiais diferentes que podem ser mecânica, química ou termicamente incompatíveis. Para enfrentá-lo, os pesquisadores construíram uma impressora 3D híbrida, uma combinação de peças comercialmente disponíveis e outras um pouco mais exóticas. Eles escanearam a lente e, em seguida, passaram essa geometria para a impressora, de modo que o aparelho imprimiu um LED em conformidade com a forma da lente.
 
Este trabalho baseou-se em trabalhos estudos da mesma equipe na produção de um ouvido biônico usando impressão 3D. A nova pesquisa teve como objetivo demonstrar como eletrônicos e materiais biológicos poderiam ser fundidos utilizando a mesma técnica.
 
Enquanto os pesquisadores admitem que a impressão 3D de eletrônicos desta forma não é aplicável para a fabricação de diversos produtos eletrônicos, em que várias cópias precisam ser produzidas com um alto grau de confiabilidade (como telefones), pode ser útil para aplicações customizadas, como dispositivos médicos.
 
Spectrum / Hypescience

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