Divulgação/Assessoria |
A Santa Casa de Marília (436 quilômetros de São Paulo) está impedida de realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade como cirurgias cardíacas, por exemplo. O problema é causado pela falta de Sulfato de Protamina 1000, medicamento utilizado para reversão do efeito da Heparina. Enquanto o último dilata os vasos sanguíneos, o primeiro tem efeito coagulante estancando hemorragias.
"A Santa Casa de Marília, atualmente, não dispõe de Sulfato de Protamina em estoque. A instituição tem utilizado, em alguns casos, produto cedido de outras instituições para cirurgias de urgência", confirmou a assessoria de imprensa do hospital ao iG.
Ainda segundo a assessoria de imprensa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada e contatou o laboratório fabricante que, por sua vez, comunicou que já fez a remessa de 150 ampolas do medicamento, que devem chegar ao hospital na próxima segunda-feira (2 de março). O laboratório admitiu que faltou matéria-prima para a produção do Sulfato de Protamina 1000 durante fevereiro.
Sem alternativa
O cirurgião cardíado Rubens Tofano de Barros, que atua no hospital, destaca que não existe nenhum medicamento que possa substituir o Sulfato de Protamina 1000. “Por essa razão, já suspendemos as internações eletivas, até que tenhamos uma regularização do fornecimento e garantia de poder atender os pacientes com segurança”, avalia.
Segundo Tofano de Barrros, que preside a Sociedade de Cirurgia Cardiovascular do Estado de São Paulo, os procedimentos só são realizados quando os familiares dos pacientes se prontificam a comprar a medicação. Cada ampola custa entre R$ 2 e R$ 2,70. O número de ampolas consumidas em uma cirurgia cardíaca varia de acordo com o peso do paciente - o número mínimo é de quatro por procedimento.
Questionado pela Anvisa sobre a falta do medicamento, o Valeant admitiu que não tinha matéria-prima para a produção do Sulfato de Protamina 1000, situação que deve se normalizar em março.
iG
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