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terça-feira, 1 de julho de 2014

Frutas e vegetais podem não ser decisivos para a perda de peso

Frutas e vegetais podem não ser decisivos para a perda de peso Divulgaçã/Divulgação
Foto: Reprodução
Estudo indica que, embora seja importante para a saúde, ingestão de vegetais não influencia no emagrecimento 

Pesquisadores da Universidade do Alabama, em Birmingham, descobriram que o aumento do consumo de frutas e vegetais não leva à perda de peso, apesar da antiga crença popular. Uma equipe de investigadores realizou revisões sistemáticas e meta-análise de dados de mais de 1.200 participantes em sete triagens controladas e aleatórias para explorar os efeitos da perda de peso no aumento do consumo de frutas e vegetais.

— No período, todos os estudos que revisamos mostraram efeito quase zero na perda de peso— diz Kathryn Kaiser, da Escola de Saúde Pública da universidade.

De acordo com a iniciativa MyPlate, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a porção diária recomendada para adultos é de 1,5 a 2 xícaras de frutas e de 2 a 3 xícaras de vegetais, embora as pessoas em dieta sempre sejam aconselhadas a se “encherem” de frutas e verduras partindo do pressuposto que alimentos de baixa caloria irão saciá-las ocupando espaço no trato digestivo.

- No contexto geral de uma dieta saudável, a redução de energia é o caminho para ajudar a perder peso. Portanto, para reduzir peso, deve-se reduzir a ingestão de calorias. As pessoas presumem que alimentos com muita fibra como frutas e vegetais irão movimentar os alimentos menos saudáveis e que esse é o mecanismo para perder peso; mas nossas descobertas a partir das melhores evidências mostram que o efeito não parece estar presente nas pessoas que apenas foram instruídas a aumentar a ingestão de frutas e vegetais— explica a cientista.

Frutas e verduras fornecem muitas vitaminas e fibras, por isso, mesmo que não promovam perda de peso, parece improvável que façam mal, a menos que sejam consumidas em quantidades extremas. Um estudo que compara a famosa dieta do Mediterrâneo com uma dieta com restrição de gorduras diz que embora a primeira não promova a perda de peso, reduz significativamente o risco de diabetes tipo 2, mais que a segunda.

Outro estudo, publicado ano passado no New England Journal of Medicine, que trabalhou com pacientes com risco de doenças cardíacas, concluiu que pessoas que seguiram a dieta do Mediterrâneo apresentaram risco 30% menor de passar por ataque cardíaco ou derrame do que aquelas que se submeteram à dieta de redução de gordura.

Possivelmente, no entanto, a atenção dada a frutas e verduras ofusque a importância outros alimentos em dietas. Por exemplo, um estudo publicado no International Journal of Obesity descobriu que comer dois ovos no café da manhã pode ajudar a perder peso, o que deve surpreender algumas pessoas, pois ovos costumam ser associados com ganho de peso.

AFP / Zero Hora

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