Diretriz americana recomenda terapias como exercícios de Kegel e prática de atividade física para combater o distúrbio
Praticar exercícios para fortalecer os músculos pélvicos, perder
peso, exercitar-se e treinar a bexiga (urinar em horários específicos,
por exemplo) são métodos não cirúrgicos eficazes contra a incontinência
urinária feminina. Essas são algumas recomendações da primeira diretriz
para o distúrbio feito pelo American College of Physicians, publicada
nesta segunda-feira no periódicoAnnals of Internal Medicine.
As resoluções foram baseadas na literatura publicada de 1990 a 2013
sobre tratamentos não cirúrgicos para a incontinência. Não foram
avaliadas terapias cirúrgicas e algumas não cirúrgicas, como aplicação
de toxina botulínica e estimulação elétrica transvaginal.
A incontinência urinária é causada por fatores como gravidez, lesão
no assoalho pélvico após um parto natural, menopausa, histerectomia
(cirurgia de retirada do útero), obesidade, infecções no trato urinário,
deficiência funcional ou cognitiva, tosse crônica e constipação.
Kegel
Ela pode ser definida como a perda
involuntária de urina ao rir, tossir e espirrar — a chamada
incontinência por stress. A nova diretriz recomenda para esse tipo de
condição os exercícios de Kegel — que, por meio de contração e
relaxamento, fortalecem os músculos do assoalho pélvico e ajudam a
controlar o fluxo de micção.
Para as mulheres que possuem a incontinência urinária de emergência,
na qual urinam sem motivo aparente após uma forte vontade de ir ao
banheiro, os médicos indicam o treinamento da bexiga. Esse método
consiste em fortalecer os músculos da bexiga e programar os horários de
ida ao banheiro.
A combinação entre treinamento da bexiga e exercícios de Kegel é
recomendada para mulheres que sofrem incontinência urinária mista, uma
mistura das duas formas do distúrbio. Para obesas, a recomendação é
perda de peso e prática de atividade física. Em todos os casos, o uso
sistêmico de medicamentos não é aconselhável, em função dos efeitos
colaterais.
De acordo com o American College of Physicians, metade das pacientes
não relata o problema ao médico. David Fleming, presidente da entidade,
os médicos precisam fazer perguntas específicas, que abordem sintomas,
início e frequência do distúrbio.
“Os clínicos devem optar pelos
tratamentos não cirúrgicos o máximo possível. Essas terapias possuem
poucos efeitos colaterais e custam menos do que os medicamentos”, diz
Fleming.
Conheça a pesquisa
Título original: Nonsurgical Management of Urinary Incontinence in Women: A Clinical Practice Guideline From the American College of Physicians
Título original: Nonsurgical Management of Urinary Incontinence in Women: A Clinical Practice Guideline From the American College of Physicians
Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine
Quem fez: Amir Qaseem, Paul Dallas, Mary Ann Forciea, Melissa Starkey, Thomas D. Denberg e Paul Shekelle
Instituição: American College of Physicians
Resultado: Praticar exercícios de Kegel, fazer treinamento da bexiga, perder peso e exercitar-se são terapias não cirúrgicas eficazes para tratar a incontinência urinária feminina.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário