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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Guia ensina a tratar incontinência urinária sem remédio e cirurgia

Diretriz americana recomenda terapias como exercícios de Kegel e prática de atividade física para combater o distúrbio

Praticar exercícios para fortalecer os músculos pélvicos, perder peso, exercitar-se e treinar a bexiga (urinar em horários específicos, por exemplo) são métodos não cirúrgicos eficazes contra a incontinência urinária feminina. Essas são algumas recomendações da primeira diretriz para o distúrbio feito pelo American College of Physicians, publicada nesta segunda-feira no periódicoAnnals of Internal Medicine.
 
As resoluções foram baseadas na literatura publicada de 1990 a 2013 sobre tratamentos não cirúrgicos para a incontinência. Não foram avaliadas terapias cirúrgicas e algumas não cirúrgicas, como aplicação de toxina botulínica e estimulação elétrica transvaginal.

A incontinência urinária é causada por fatores como gravidez, lesão no assoalho pélvico após um parto natural, menopausa, histerectomia (cirurgia de retirada do útero), obesidade, infecções no trato urinário, deficiência funcional ou cognitiva, tosse crônica e constipação.

Kegel
Ela pode ser definida como a perda involuntária de urina ao rir, tossir e espirrar — a chamada incontinência por stress. A nova diretriz recomenda para esse tipo de condição os exercícios de Kegel — que, por meio de contração e relaxamento, fortalecem os músculos do assoalho pélvico e ajudam a controlar o fluxo de micção.

Para as mulheres que possuem a incontinência urinária de emergência, na qual urinam sem motivo aparente após uma forte vontade de ir ao banheiro, os médicos indicam o treinamento da bexiga. Esse método consiste em fortalecer os músculos da bexiga e programar os horários de ida ao banheiro.

A combinação entre treinamento da bexiga e exercícios de Kegel é recomendada para mulheres que sofrem incontinência urinária mista, uma mistura das duas formas do distúrbio. Para obesas, a recomendação é perda de peso e prática de atividade física. Em todos os casos, o uso sistêmico de medicamentos não é aconselhável, em função dos efeitos colaterais.

De acordo com o American College of Physicians, metade das pacientes não relata o problema ao médico. David Fleming, presidente da entidade, os médicos precisam fazer perguntas específicas, que abordem sintomas, início e frequência do distúrbio. 

“Os clínicos devem optar pelos tratamentos não cirúrgicos o máximo possível. Essas terapias possuem poucos efeitos colaterais e custam menos do que os medicamentos”, diz Fleming.


Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

​Quem fez: Amir Qaseem, Paul Dallas, Mary Ann Forciea, Melissa Starkey, Thomas D. Denberg e Paul Shekelle

Instituição: American College of Physicians

Resultado: Praticar exercícios de Kegel, fazer treinamento da bexiga, perder peso e exercitar-se são terapias não cirúrgicas eficazes para tratar a incontinência urinária feminina.

Veja

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