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sábado, 30 de julho de 2011

Saiba mais sobre a psoríase, mal que atinge Kim Kardashian

Kim Kardashian descobriu que tem psoríase. Foto: Getty ImagesQuem acompanha a série Kourtney and Kim take New York do canal pago E!, pode ver essa semana que Kim Kardashian está ansiosa e apreensiva. A socialite foi diagnosticada com psoríase e tem medo que a doença afete sua carreira como modelo.
Entendendo o problema
De acordo com a dermatologista Márcia Grieco, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, da capital paulista, ainda não há uma causa definida para a psoríase, mas sabe-se que é uma doença inflamatória que gera placas vermelhas que escamam e que são mais propensas a surgir em determinadas partes do corpo, como cotovelos, joelhos e couro cabeludo. "É um problema que afeta 3% da população mundial, mas sabemos que se houver algum familiar de primeiro grau, como pais ou avós, com a doença, a chance de desenvolver a psoríase aumenta para 30%", contou.
Patrícia Fagundes, dermatologista do Hospital 9 de julho, também de São Paulo (SP), disse que os principais sintomas da psoríase são as escamas vermelhas, que podem coçar. "A psoríase não é uma doença transmissível e a principal queixa de quem tem a doença são as escamas de aspecto inestético. Raramente ouve-se queixas de dor ou ardência na pele", disse.
Márcia lembrou que a maioria das escamações acontecem em locais de dobras, mas em algumas pessoas elas podem surgir também na palma das mãos e na sola dos pés, levando à rachaduras doloridas. "As marcas também geram preconceito, pois há quem pense que é algum tipo de micose e se afaste do paciente com psoríase, que pode ter sua auto-estima afetada", destacou.
Vai e volta
A psoríase é também um problema sazonal. Segundo as dermatologistas, durante o verão há uma melhora no problema, pois a exposição aos raios ultravioleta melhoram a inflamação e a aparência da pele descamada. "Mas a exposição exagerada piora o problema, assim como a falta de hidratação", lembrou Patrícia. Por outro lado, o inverno tende a piorar a doença. "Há outros fatores que pioram a psoríase, como estresse, infecções, arrancar as casquinhas da descamação. Além disso, hoje sabemos que as doenças metabólicas também podem piorar a doença, como é o caso do sobrepeso, diabetes, colesterol e níveis de triglicérides altos", falou Márcia.
"A psoríase é uma doença crônica. Por isso, não há cura, mas há controle. A pessoa que tem a doença pode passar longos períodos sem que ela se manifeste", contou Patrícia. Hidratantes neutros, à base de ceramidas e ureia costumam ajudar a manter a saúde da pele, assim como pomadas à base de cortisona, vitamina D e ácido salicílico, que podem ser combinadas à medicação oral prescrita pelo dermatologista. Sessões de fototerapia feitas sob supervisão médica também ajudam a tratar o problema.
"Há casos raros em que a pessoa tem o corpo todo tomado pelas descamações e aí é preciso tratar no hospital, usar imunossupressores endovenosos e manter a pessoa internada. São casos extremos", lembrou a médica do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Há pessoas que sofrem de psoríase artropática, que é quando a doença afeta a pele e também as articulações, precisando de ajuda multidisciplinar para o tratamento da doença. "Por causa do preconceito, também recomendo que o paciente procure apoio psicológfico para poder ligar com a doença", disse Márcia Grieco.
"É imprescindível que o paciente procure o médico para o tratamento e evite a auto-medicação. Além de ser perigoso, o uso de medicação sem a orientação adequada pode trazer o efeito rebote, piorando a psoríase", explicou Patrícia Fagundes.
Veja alguns cuidados que devem ser adotados por quem sofre de psoríase:
- Evitar banhos muito quentes;
- Não se auto-medicar;
- Tomar sol apenas nos horários indicados pelos dermatologistas;
- Manter a pele hidratada;
- Evitar o uso de produtos abrasivos;
- Não arrancar as crostas da pele;
- Manter hábitos saudáveis e praticar exercícios regularmente.

Fonte Terra

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