A instauração de processos disciplinares a oito médicos está a deixar indignados os funcionários do Hospital de São João, no Porto. Tudo porque, alegam, o presidente do conselho de administração, António Ferreira, terá avançado para os processos por "discordâncias" com os médicos em causa. Mas os funcionários denunciam ainda um alegado excesso de recursos humanos no Serviço de Cirurgia, pois há em média um especialista para cada duas camas.
Outra das denúncias do grupo de funcionários, que mantêm o anonimato, diz respeito ao despesismo que, garantem, está a haver com a nova central eléctrica do hospital, que constitui "um enorme buraco financeiro".
A administração do São João nega todas as acusações. Em declarações ao Correio da Manhã, fonte do conselho de administração explica que os processos disciplinares instaurados aos oito médicos "apenas têm a ver com a assiduidade". No que diz respeito ao alegado excesso de recursos humanos, o conselho explica que tem havido um "aumento de consultas e cirurgias nos últimos anos", o que justifica os recursos actuais. Já em relação à central eléctrica, que tem merecido críticas, a administração do maior hospital do Norte do País garante que a mesma representa uma poupança anual em custos energéticos na ordem dos cinco milhões de euros.
Fonte Correio da Manhã
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