Abordagem permite compreender formação de fibras de amilóide, processo associado a condições como Alzheimer e Parkinson
Pesquisadores de Portugal desenvolveram um modelo matemático que pode se tornar peça fundamental no desenvolvimento de novos medicamentos contra doenças degenerativas. Equipe formada por cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) criaram um modelo biofísico que permite compreender a formação de fibras de amilóide, ou seja, agregados das proteínas que se depositam nos tecidos e que se encontram associadas ao desenvolvimento de patologias como Alzheimer, Parkinson e Paramiloidose, também conhecida como Doença dos Pezinhos.
O desenvolvimento de fármacos para o tratamento destas doenças pode ser feito com base na medição das velocidades (ou cinéticas) de formação destas fibras em laboratório, em condições próximas das que acontecem ' in vivo' . O modelo matemático desenvolvido é capaz de descrever de forma objetiva a sequência de acontecimentos envolvidos na fibrilização e no modo como este processo é afetado pela ação de eventuais fármacos.
"Conseguimos descrever todos os passos através de um modelo matemático simples e universal, cuja utilização é facilitada pelo número reduzido de parâmetros envolvidos", explica o investigador envolvido no estudo Pedro Martins. "Este tipo de modelo é muito importante na compreensão de vários fenômenos e em particular para o desenvolvimento de novos medicamentos. Trata-se de uma ferramenta que descreve e prevê o que acontece no caso da formação de fibras de amilóide, na presença ou ausência de inibidores", conclui.
Acesse aqui o estudo "A generic Crystallization-Like Model that describes the kinetics of amyloid fibril formation"
Fonte isaude.net
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