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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mitos sobre nutrição prejudicam alimentação de pacientes com câncer

Icesp alerta que desinformação pode comprometer estado

Um levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), apontou as principais dúvidas e questionamento dos pacientes oncológicos atendidos no serviço de nutrição da unidade. A pesquisa, feita com 1.400 pessoas, revelou que alguns mitos fogem bastante da realidade e que acabam prejudicando, e muito, o combate contra a doença.

Além do próprio tratamento, que pode provocar variadas sensações desagradáveis, comprometendo a alimentação, como boca seca, náuseas ou dor para engolir, a desinformação pode ser um fator agravante para o risco nutricional. Em junho de 2012, o grupo de nutricionistas que realiza atendimento ambulatorial aos pacientes do ICESP identificou importantes mitos que podem trazer malefícios a alimentação e, portanto, ao estado nutricional das pessoas que enfrentam a doença.

Algumas dúvidas como “comer carne vermelha faz o tumor crescer?”, “pular refeições emagrece?” são exemplos de questionamentos comuns entre os pacientes e uma realidade que preocupa, já que esse grupo pode apresentar desnutrição até três vezes mais do que o observado em portadores de outras doenças. Isso acontece por vários fatores, entre eles, o estágio da doença e fase do tratamento, que pode causar efeitos colaterais, como a diminuição do apetite e as alterações no paladar.

De acordo com o a coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Icesp, Serena Nunes, é imprescindível desmistificar alguns desses questionamentos, para garantir a manutenção da saúde dos pacientes. “Manter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para um bom quadro clínico e para a recuperação do paciente oncológico”, alerta.

Veja abaixo o que é verdade e o que é mito quando o assunto é nutrição e câncer:

Mitos:
- Peixe, carne de porco e ovo não podem ser consumidos após a cirurgia, pois atrapalham na cicatrização.

- Carne vermelha alimenta o tumor.

- Não consumir alimentos ácidos durante a quimioterapia.

- Pular refeições emagrece.

- Beterraba por ser vermelha pode substituir a carne para evitar anemia.

Verdades:
- Peixe, carne de porco e ovo contém vitaminas do complexo B que ajudam no processo de cicatrização. Porém para um melhor processo de cicatrização deve-se manter uma alimentação adequada e não simplesmente consumir esses três alimentos.

- Carne vermelha, quando consumida em excesso, é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de câncer. O problema não é a carne vermelha, em si, mas a quantidade ingerida – que deve ser de até 300g por semana.

- Durante a quimioterapia deve-se "evitar" e não "excluir" alimentos ácidos da alimentação, para prevenir o surgimento de feridas na boca (mucosite).

- Pular refeições, para o corpo, significa permanecer em jejum. Esse fato altera o metabolismo, que passa a gastar menor quantidade de energia. A alimentação deve ser feita em pequenas porções, a cada 3 horas. Assim, o corpo não altera o metabolismo. - A beterraba não substitui a carne em relação à prevenção de anemia, pois o ferro da beterraba está presente em menor quantidade.

- Há alimentos que ajudam a prevenir o surgimento do câncer, como o tomate, a laranja, peixes, frutas e vegetais vermelhos e roxos, a soja, o brócolis, a maçã, o azeite de oliva extra-virgem e o alho. Estes alimentos são ricos em licopeno, ácido ascórbico (vitamina C), carotenóides e limonemos, ômega 3, flavonóide (antocianinca e quercetina) e resveratrol (casca de uva e vinho), Isoflavona, antioxidante, antitumoral e hipolipemiante (reduz as gorduras triglicérides e colesterol), carotenóide, isoticianoto e fibras, que trazem inúmeros benefícios ao organismo na prevenção de diversas doenças, incluindo o câncer

Fonte isaude.net

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