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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Medicina personalizada transformará a saúde

Conforme os provedores de saúde incorporam análises mais profundas e suporte à decisão clínica dentro da prática diária, a medicina padronizada é transformada em personalizada

Apesar de a medicina acadêmica levar os hospitais e clínica a aderirem às guias clínicas com base nas evidências, que alguns chamam de medicina padronizada, alguns médicos na frente de trabalho reclamam que no que concerne ao cuidado do paciente, uma única regra não é válida.

E por uma boa razão. Quando trabalha-se dia após dia com pacientes, rapidamente percebe-se que apesar de os resultados em larga escola e os testes clínicos se aplicarem para a maioria da população, eles não se aplicam a todos e é isso o que torna a medicina personalizada tão excitante.

O objetivo da medicina personalizada é usar a genética, estilo de vida, idade, gênero e ambiente do paciente para fornecer um tratamento adequado. E a tecnologia da informação tem um papel importante para transformar esse objetivo em realidade.

Uma notícia recente do New York Times, comprova essa teoria. Ela conta a história do Dr. Lukas Wartman, um pesquisador de câncer da Universidade de Washington que contraiu a própria doença que estudava: leucemia linfoblástica aguda de adulto. Após ficar sem opções de tratamento, ele e seus colegas decidiram realizar a sequência de seu genoma para ver se conseguiam destacar uma mutação que estivesse ajudando a doença.

Com a ajuda de 26 máquinas de sequenciamento e o supercomputador da universidade, conseguiram de fato localizar uma mutação que contribuía para a doença com a superprodução de uma proteína específica. Assim que perceberam o defeito, conseguiram administrar drogas. O remédio, que geralmente não é usado para pacientes com esse tipo de câncer, levou Wartman à remissão do câncer.

Esse fato destaca a promessa da análise genética melhorada pela TI, que possui a habilidade de descobrir o inesperado e levar os médicos em direções que tratamentos oficialmente sancionados e evidências com base em pesquisas não teriam abordado. O objetivo dessa abordagem é projetar um regime terapêutico preventivo tão singular quando nossa impressão digital.

Apesar de histórias de sucesso com a do Dr. Wartman ainda serem raras, logo se tornarão costumeiras. Há alguns meses, a IBM anunciou que o centro de pesquisa e tratamento de câncer na Itália, o Fondazione IRCCS Istituto Nazionale dei Tumori, está testando o Clinical Genomics, a ferramenta de suporte à decisão clínica da empresa. Essas ferramentas são projetadas para ajudar os médicos a personalizarem tratamentos com base em interpretação automática de guias de patologias e inteligência de casos semelhantes documentados pelo hospital.

As mesmas ferramentas ajudam os pesquisadores da AIDS na Europa a analisarem dados clínicos e do genoma para tomar melhores decisões acerca do coquetel de medicações para tratamento do HIV, afirmou Chalapathy Neti, diretor de transformação de saúde global da IBM Research.

Da mesma forma, a Dell está convencida que a TI de saúde terá um papel importante no futuro da medicina e está investindo em infraestrutura para dar suporte ao uso de registros eletrônicos de saúde em pesquisa de gênoma. A empresa doou recentemente US$ 4 milhões em capacidade de servidores e serviços para apoiar o projeto que tem como objetivo medicina personalizada no tratamento de câncer pediátrico. O projeto de teste clínica inicialmente se foca em neuroblastoma, um câncer raro e mortal que atinge uma em cada 100.000 crianças menores que 5 anos por ano e é responsável pela morte de uma em cada 7 mortes por câncer pediátrico.

Quando veremos os frutos dessa tecnologia futurista? Para pacientes como Lukas Wartman, a resposta é agora. Mas ele trabalha em uma instalação de pesquisa com fácil acesso aos sequenciadores de gene, supercomputadores e softwares de análise. Acredito que o resto de nós não terá esse tipo de medicina personalizada ainda por muitos anos, mas a espera valerá a pena.

Fonte SaudeWeb

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