A confirmação veio após saírem os primeiros resultados de testes feitos com pacientes do Hospital São José, especializado em doenças infecciosas. De 14 amostras, dez foram positivos para o vírus. Os testes foram feitos no Instituto Evandro Chagas, em Belém, que deve verificar mais 41 amostras.
De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará, Márcio Garcia, a iniciativa de verificar a presença do zika vírus no estado foi motivada pelo aumento de casos cujo quadro clínico era compatível com o de pacientes de outros estados do Nordeste onde já havia a confirmação da circulação do vírus: febre baixa, manchas vermelhas e coceira na pele e, em alguns casos, conjuntivite.
Ao contrário da dengue, o zika vírus não tem capacidade de evoluir para situações graves, nem é uma doença de notificação obrigatória. Segundo Garcia, o Hospital São José mantém uma rotina de vigilância com a coleta de informações por amostragem (somente entre os pacientes da unidade).
O Ministério da Saúde não definiu uma estratégia de vigilância para o controle do zika vírus. No Ceará, os profissionais da saúde são orientados a tratar os pacientes que aparecem com os sintomas a partir da suspeita de dengue. Ambas as doenças, e também a chikungunya, são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
“Todas as pessoas que apresentem febre e manchas pelo corpo devem procurar uma unidade de saúde.” De acordo com Márcio Garcia, há uma circulação intensa de dengue no Ceará, e a doença tem potencial de agravamento maior.
Agência Brasil
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