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A pesquisa, publicada no Journal of Nutritional Biochemistry, afirma
que a mistura de compostos fenólicos presentes no extrato de pêssego é a
responsável pela inibição da metástase.
“As células cancerígenas de um tipo agressivo do câncer da mama foram
implantadas sob a pele de ratos, e vimos uma inibição de um gene
marcador nos pulmões após algumas semanas, indicando uma supressão da
metástase quando os ratos estavam consumindo o extrato de pêssego”,
conta o Dr. Luis Cisneros-Zevallos, cientista de alimentos da
Universidade Texas A&M.
O estudo foi realizado utilizando uma variedade de pêssego chamada
Rich Lady. Os cientistas dizem que outras variedades possuem compostos
polifenólicos similares, mas podem diferir em conteúdo.
A pesquisa também determinou que o mecanismo subjacente pelo qual os
polifenóis do pêssego estão inibindo a metástase é visando e modulando a
expressão gênica de metaloproteinases.
Os pesquisadores calculam, a partir da dose necessária para ver os
efeitos nos ratos, que o mesmo resultado seria visto em seres humanos
com o consumo de 2 a 3 pêssegos por dia.
O trabalho baseou-se em pesquisas anteriores feitas na mesma
universidade há alguns anos, que mostraram que os polifenóis do pêssego e
da ameixa matavam seletivamente células de câncer de mama agressivos,
mas não de normais.
O câncer de mama é tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre
as mulheres, depois do câncer de pele. No Brasil, as taxas de
mortalidade por câncer de mama são elevadas, muito provavelmente porque a
doença é diagnosticada em estádios avançados. Segundo dados do INCA
(Instituo Nacional do Câncer) de 2011, 13.345 pessoas morreram no país
por causa da condição naquele ano.
Segundo Cisneros-Zevallos, a maioria das complicações e alta mortalidade associada com o câncer de mama são devido a metástase.
“A importância do estudo é muito relevante, porque mostra in vivo o
efeito que os compostos naturais, neste caso, os compostos fenólicos do
pêssego, tem contra o câncer de mama e a metástase. Ele dá oportunidade
para incluir na dieta uma ferramenta adicional para evitar e lutar
contra esta terrível doença que afeta tantas pessoas”, conclui.
Hypescience
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