Condição afeta três em cada 10 mil crianças e não tem causas precisas
Um menino britânico que sofre da rara condição conhecida como mutismo seletivo, que inibe a capacidade de se comunicar, vem contando com o auxílio de uma gata para conseguir falar.
Lorcan Dillon, de sete anos, foi diagnosticado como portador dessa condição ainda aos três anos de idade, quando estava no jardim de infância. A criança se comunicava em casa, mas fora do ambiente familiar seu comportamento era diferente.
''Notamos que ele não falava com as outras crianças'', afirma Jayne Dillon, a mãe da criança. Jayne afirma ter visto um anúncio da entidade Cat's Protection, uma entidade britânica que oferece assistência a gatos e resolveu adquirir um animal para entreter a criança.
'Eu te amo'
Desde que ele ganhou a gata, batizada de Jessi-cat, seu comportamento mudou radicalmente.
''Ele fala com ela, diz: 'Eu te amo, Jessy'. Ela participa de atividades com ele, está ajudando-o a ter mais autoconfiança'', afirma Jayne.
As mudanças que a gata estaria propiciando ao pequeno Lorcan não se limitam ao lazer.
''Ele agora já fala com sua professora e até lê para ela, o que é impressionante para crianças com essa condição, que raramente falam'', relata a mãe.
Condição
De acordo com estudos, a condição de mutismo seletivo afeta cerca de três em cada 10 mil crianças. Mas outros especialistas dizem que a condição seria mais comum do que se imagina, atingindo até sete entre mil pessoas.
O mutismo seletivo tende a ser identificado em crianças de 3 a 6 anos de idade, mas acaba só sendo diagnosticado quando os jovens começam a frequentar a escola, onde fica mais fácil reconhecer a condição.
Mesmo após o diagnóstico, é difícil determinar as causas precisas do problema. Ele pode ser provocado por diversos fatores, como problemas auditivos, defeitos de dicção, síndrome de Asperger, traumas ou ansiedade.
Fonte iG
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