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sábado, 18 de agosto de 2012

Médicos desfazem principais mitos em torno da homeopatia

Opção terapêutica é uma das que mais crescem no Brasil

Reconhecida como especialidade médica no Brasil desde a década de 80 e incentivada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a ser implantada em todos os sistemas de saúde do mundo, a homeopatia é a opção terapêutica com aceitação cada vez maior entre os brasileiros. Mas é verdade que os tratamentos homeopáticos estiveram sempre à sombra de mitos, que mais atrapalham do que ajudam pessoas que poderiam se beneficiar da homeopatia na hora de buscar tratamento.

Mesmo cercada de informações confusas, "pouquíssimos pacientes abandonam o uso da homeopatia em busca da alopatia, fato que, no caminho contrário, acontece cada vez mais", afirma Yechiel Moises Chencinski, médico pediatra e homeopata.

— Os medicamentos homeopáticos são eficazes tanto em doenças crônicas como em doenças agudas — comenta o especialista Fabio Almeida Bolognani, presidente da Federação Brasileira de Homeopatia (FBH).

Para esclarecer os principais mitos que rondam a opção terapêutica, médicos especialistas e uma farmacêutica do maior fabricante mundial desses medicamentos ajudam a esclarecer os mitos sobre o tratamento homeopático.

:: Medicamentos homeopáticos são apenas bolinhas de açúcar. Não fazem efeito.
Segundo o Chencinski, os remédios homeopáticos, assim como os alopáticos, utilizam o efeito placebo em suas composições. No entanto, não são compostos de bolinhas de açúcar: são medicamentos com princípios ativos ultradiluídos

:: A homeopatia só é eficiente em doenças crônicas.
A médica pediatra Geisa Quental explica que não existe essa diferença. Tanto as doenças crônicas quanto agudas podem ser tratadas pela homeopatia com rapidez.

:: Quem adere à homeopatia não deve fazer tratamentos alopáticos, para não misturar as coisas.
Segundo Zan Mustachi, médico geneticista e pediatra e diretor-clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo, essa afirmação não é verdadeira. Tanto a concomitância quanto qualquer cambialidade entre alopatia e homeopatia são aceitas.

:: Homeopatia só pode ser considerada uma medicina preventiva.
Fabio Bolognani, da FBH, esclarece que, na verdade, quando falamos em doenças crônicas, as formas de tratamento em geral tendem a ser preventivas.

:: Para a homeopatia, as doenças somente surgem quando há um desequilíbrio emocional.
As doenças podem ter causas externas também, como no caso de uma contaminação ou um acidente. O que a homeopatia acredita é que sintomas emocionais compõem o conjunto sintomático que, se não levado em conta, torna o tratamento parcial.

:: Não é fácil tratar com homeopatia porque tem que tomar bolinhas de hora em hora.
Cada tratamento varia de acordo com a necessidade do paciente. Dependendo do grau de intensidade e dos sintomas da doença, o estímulo ao sistema imunológico deve ser mais ou menos frequente.

:: O tratamento é muito longo.
Cada caso é um caso e requer um tipo de tratamento. Dependendo da doença, pode ser necessário um tratamento por tempo prolongado para retornar o paciente ao seu equilíbrio, sem necessidade de usar qualquer medicamento continuadamente, explica Chencinski.

Fonte Zero Hora

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