Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 1 de junho de 2014

Desejo de ter filhos é transmitido de forma similar à gripe, diz estudo

Foto: Reprodução
Pesquisa indica que a decisão de ter filhos é fortemente influenciada pelas experiências dos amigos
 
A chegada de junho abre no Hemisfério Sul a temporada de uma velha conhecida do ser humano: a gripe. A doença se espalha com facilidade impressionante, e rapidamente casas, salas de aula e escritórios são tomados por espirros e tosses coletivos. Uma das consequências da natureza social do homem. Contudo, a interação entre pessoas é capaz de transmitir muito mais que micro-organismos. E essa lista de contágios inclui até mesmo — por mais estranho que pareça — a fertilidade.
 
Ter filhos é algo tão transmissível quanto uma gripe sazonal, capaz de se espalhar entre amigos que passam por certas etapas da vida juntos. A afirmação é de Nicoletta Balbo, pesquisadora da Universidade Comercial Luigi Bocconi, na Itália, que acaba de publicar um estudo sobre o tema na revista especializada American Sociological Review. Ela conta que estudos anteriores sobre os chamados comportamentos contagiosos abriram caminho para que especialistas passassem a investigar a forma como as interações sociais regulam os desejos humanos, seja o de comprar uma bicicleta, seja o de engravidar.

Segundo Balbo, uma variedade de ações sofre influência de amigos, como fumar, beber, praticar exercícios ou se interessar por um estilo musical. Então, ela questiona, por que as taxas de fertilidade estariam fora desse conjunto? “Uma quantidade limitada de estudos demonstrou que tais conexões existem entre parentes e colegas de trabalho. O nosso é o primeiro a mostrar essa relação entre amigos”, diz.

O estudo acompanhou por vários anos mulheres que haviam concluído o ensino médio nos Estados Unidos. No início da investigação, algumas tinham apenas 15 anos e participaram da análise até a vida adulta, quando tinham perto de 30. Uma série de questionários revelou características socioeconômicas, trajetórias de vida e conexões sociais entre as participantes, indicando que pessoas mais próximas tendiam a engravidar na mesma época.
 
Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário