Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro registrou 6.131 mil casos
suspeitos de dengue entre os dias 1º e 26 de janeiro de 2013. Não foi notificada
nenhuma morte. No mesmo período do ano passado, foram registrados 7.766 casos
suspeitos da doença, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da
secretaria, Alexandre Chieppe, a circulação do vírus tipo 4 no estado deixa a
população mais vulnerável à doença. A maioria não tem imunidade contra esse
vírus. “Nós já verificamos uma intensificação da transmissão em alguns
municípios da região noroeste, particularmente em Itaperuna, Miracema, Aperibé e
Itaocara, uma região que historicamente começa a ter casos de dengue mais
precocemente, nos meses de dezembro e janeiro. Neste momento, temos uma
transmissão mais intensa em Campos, Rio das Ostras, Rio Bonito e Itaboraí”,
explicou.
Chieppe informou que houve também aumento da transmissão em Xerém, distrito
de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que sofreu com os estragos causados
pelas chuvas no início do ano. “O restante da Baixada até o momento não
apresenta alta transmissão, mas é importante ressaltar que não é ainda no mês de
janeiro que ocorre o maior número de casos, que se dá entre os meses de março e
abril. Então, a gente não pode garantir que não vai ocorrer nenhum problema
nesses municípios”, disse o superintendente.
Em todo o estado, cerca de 10 mil agentes de saúde estão atuando no controle
da doença. Até o momento, oito centros de hidratação foram instalados, sendo um
em Xerém, um em Nova Iguaçu, e o restante no noroeste do estado. Hoje (31),
está prevista a instalação de mais um centro no município de Sapucaia.
“Nós devemos realizar um roteiro de inspeção por dez minutos por semana na
nossa residência, seguindo um check list de todos os locais que podem
acumular água parada, desde aquele ralo esquecido no jardim, o vaso sanitário
afastado que não é utilizado, até os mais comuns, como a caixa d'água ou uma
calha de água entupida. Se cada um fizer sua parte, conseguiremos eliminar 90%
dos possíveis focos do mosquito que hoje identificamos no estado”, acrescentou o
superintendente.
Um levantamento feito na capital fluminense, entre os dias 6 e 12 de janeiro,
apontou que cerca de 70% dos criadouros do mosquito transmissor está dentro das
casas. A cada 1.000 casas vistoriadas pelos agentes de saúde, 17 têm criadouros
da dengue, o equivalente a um índice de infestação de 1,7%. No mesmo período de
2012, o índice de infestação médio no Rio chegava a 2,3%, representando uma
queda de 26%. O levantamendo foi conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde e
a Defesa Civil.
Fonte Agência Brasil
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