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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Comportamento das abelhas auxilia tratamento da demência em humanos

Trabalho sugere que intervenção social também deve ser considerada para melhorar controle do declínio cognitivo em idosos

Cientistas da Arizona State University, nos Estados Unidos, descobriram que o comportamento das abelhas pode melhorar o tratamento da demência em seres humanos.

A pesquisa, publicada na revista Experimental Gerontology, revela que quando as abelhas mais velhas assumem tarefas normalmente praticadas pelas abelhas mais jovens, o envelhecimento de seus cérebros é efetivamente revertido. A descoberta sugere que a intervenção social também deve ser considerada no tratamento do declínio cognitivo em adultos mais velhos.

"Sabíamos a partir de pesquisas anteriores que quando as abelhas permanecem no ninho e cuidam das larvas, elas permanecem mentalmente competentes. No entanto, após um período de cuidados, as abelhas voam para coletar alimentos e começam a envelhecer muito rapidamente. E este envelhecimento é semelhante ao dos humanos. Depois de apenas duas semanas, as abelhas apresentam asas desgastadas, perdem pelos e perdem a função cerebral, basicamente a capacidade de aprender coisas novas", afirma o líder da pesquisa Gro Amdam.

Amdam e seus colegas decidiram avaliar o que aconteceu no cérebro das abelhas quando elas tiveram que cuidar novamente das larvas nos ninhos.

Para o trabalho, eles removeram as abelhas mais jovens de um ninho, deixando que as mais velhas escolhessem: ou cuidavam das larvas ou iam coletar alimentos. Algumas abelhas mais velhas voltaram para a busca de alimentos, e outras passaram a cuidar do ninho.

Os pesquisadores notaram que após 10 dias, cerca de 50% das abelhas mais velhas que tinham escolhido cuidar do ninho tinham apresentado melhora significativa na capacidade de aprender coisas novas.

Eles descobriram ainda mudanças nas proteínas no cérebro das abelhas que tinham aprendido coisas novas. Uma das proteínas que mudou, chamada Prx6, também é encontrada em humanos e é conhecida por ajudar a proteger contra a demência, incluindo doença de Alzheimer.

"Talvez as intervenções sociais, mudar a forma como a pessoa lida com o que está a sua volta, seja algo que podemos fazer hoje para ajudar nosso cérebro a ficar mais jovem. Uma vez que as proteínas pesquisadas em pessoas são as mesmas das abelhas, elas podem ser capazes de responder espontaneamente a experiências sociais específicas", sugere Amdam.

Fonte Saude Net

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