O implante percutâneo de Valva Aórtica (TAVI) é um procedimento não cirúrgico, indicado para pacientes com estreitamento da válvula aórtica
O cardiologista Edmur Carlos de Araújo, do Hospital do Coração do Brasil, realizou, pela primeira vez no Distrito Federal, um procedimento inovador conhecido TAVI (Implante Percutâneo de Válvula Aórtica).
A válvula aórtica, implantada em paciente de 87 anos, foi introduzida de forma comprimida dentro do cateter e montada numa estrutura de metal (nitinol), que ao ser liberada expande-se espontaneamente, permitindo a livre circulação do sangue.
A operação é feita por meio da introdução de um cateter na artéria da região da virilha do paciente, que conduz a válvula artificial até o coração. " Este é um procedimento não cirúrgico, indicado para pacientes diagnosticados com Estenose Aórtica severa, um estreitamento da válvula aórtica" , explica Edmur. O médico ressalta que este tratamento é recomendado, principalmente, para idosos com casos mais graves ou que não suportariam uma operação convencional.
Este novo método tem diversas vantagens em relação à cirurgia tradicional, realizada por meio de um corte no tórax do paciente para a substituição da válvula. " O procedimento percutâneo tem muitos benefícios. Ele reduz a mortalidade, possibilita uma recuperação mais rápida, tem menor sangramento e melhora a qualidade de vida do paciente" , enumera o cardiologista. O médico acrescenta que o paciente operado no último mês tinha mais de 50% de chances de falecer num período de um ano. Com o tratamento realizado, esta probabilidade diminuiu para menos de 30%.
Para realizar o procedimento, é necessária uma equipe composta por cardiologistas especializados em procedimentos terapêuticos por meio de cateter (cardiologista intervencionista), ecocardiografistas, intensivista, arritimologistas, cirurgiões vascular e cardíaco. " A equipe médica multidisciplinar, chamada de Heart Team , é indispensável para que a cirurgia seja feita com segurança. Além disso, é preciso ter um hospital com tecnologia adequada" , finaliza o cardiologista.
Fonte isaude.net
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