Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 13 de dezembro de 2014

Saiba como dizer que seu amigo está com aquele bafo de leão

Em vez de isolar a pessoa que sofre desse problema, a especialista em halitose, Ana Cristina Zanchet, lista algumas formas de abordagem sinceras e sem brincadeiras
 
Conviver com uma pessoa que tem mau hálito não é fácil. Mas, mais difícil que a convivência, é alertar que ela está com esse tipo de problema. Com medo de causar constrangimentos ou de se indispor no trabalho, muitos preferem se calar e, mesmo sem intenção, acabam isolando o portador da halitose que na maioria das vezes não sabe que sofre desse problema e fica sem entender o que está acontecendo. 
 
Para Ana Cristina Zanchet Gomes, periodontista e especialista no diagnóstico e tratamento de halitose, todo mundo merece ser alertado. “Inicialmente a pessoa que recebe a notícia de que tem mau hálito fica envergonhada, revoltada e geralmente se afasta da pessoa que a alertou. Mas após processar o fato, pode procurar ajuda e livrar-se do mal. Após esse período é comum a reaproximação e o sentimento de agradecimento é imperioso. O alerta é um gesto de amor”, diz a dentista. 
 
Para ajudar quem está passando por esse tipo de problema e não sabe como agir, a especialista listou algumas dicas que podem fazer a diferença e acabar com o medo de situações constrangedoras.  
 
Amigo próximo, parente ou parceiro 
Com esse tipo de pessoa há liberdade e intimidade, portanto não há segredos. “Seja sincero e verdadeiro. Chame-o em separado e alerte-o sobre o problema”, diz Ana Cristina. Para dar um ar ainda mais carinhoso para a conversa tente já trazer possíveis soluções como o nome de um médico especialista ou conte histórias bacanas de pessoas que você conhece que passaram pelo mesmo problema e hoje estão curados. 
 
Colega de trabalho
Se faltar intimidade para fazer o alerta direto, opte por outros tipos de aviso. “Para esses casos, vale deixar recadinhos anônimos na mesa de trabalho da pessoa com palavras claras, verdadeiras e sem brincadeiras”, diz a especialista. Se o portador do mau hálito for algum colega da faculdade, deixe um bilhete dentro do caderno ou do estojo dele. Nessa hora, vale usar a criatividade. 
 
Apenas um conhecido
Se a pessoa que está sofrendo com a halitose não tem intimidade com você, mas mesmo assim você quer avisá-la sobre o problema, existe uma ferramenta chamada SOS Mau Hálito. “Esse serviço está disponível no site da ABHA (Associação Brasileira de Halitose). Lá o denunciante indica o nome e o endereço (da residência ou eletrônico) de quem está com o mau hálito e tem sua identidade preservada. A ABHA entra em contato com a pessoa, após checar se as informações são verdadeiras”, diz Ana Cristina.
 
Seu chefe
Mau hálito no meio coorporativo é um dos casos mais complicados que existem, pois pode comprometer o futuro profissional de quem tem o problema ou de quem faz o alerta. “Já dei palestras sobre halitose em meios coorporativos e descobri que muitos gestores erraram na forma de conduzir o problema. Colaboradores foram dispensados por ter halitose e por não haver habilidade para solucionar o problema”, diz a dentista. 
 
Por isso, quando o problema de hálito é com o chefe, o cuidado deve ser ainda maior. “Recomendo não alertar diretamente o chefe. Leve esse assunto para a diretoria ou superiores. Eles, estando no mesmo nível hierárquico do chefe, conseguirão a melhor abordagem”, diz a especialista. 
 
Dificuldade de aceitar o problema
Porém, apesar de todo o cuidado, a pessoa que sofre com o problema nem sempre está preparada para ouvir esse tipo de aviso e, além de reagir mal, acaba não aceitando a verdade. “Existem pacientes que, dependendo do grau de alteração comportamental que desenvolvem, não conseguem enfrentar o problema. Quando percebemos isso logo no início do tratamento, os convidamos a aderir a terapia comportamental psicológica”, diz Ana Cristina. 
 
Para ela, o segredo de um tratamento bem sucedido é um conjunto de fatores. “O problema tem solução desde que seja conduzido por um profissional sério e comprometido e que tenha um portador disposto a colaborar com o tratamento. Além disso, os amigos e parceiros devem sempre respeitar, apoiar e tentar entender as dificuldades do portador”, diz a especialista. 
 
Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário