Foto: AP Erick Muñoz é visto perto de foto sem data de si mesmo com sua mulher Marlise e seu filho Mateo em Haltom City, Texas (3/1) |
Advogados de uma família do Texas pedirão a um juiz nesta sexta-feira que permita que uma grávida com morte cerebral seja desconectada de aparelhos que a mantêm viva apesar da oposição do hospital, que alega ser obrigado pela lei a mantê-la nessa condição.
O caso levantou questões sobre o fim da assistência à vida e sobre se uma grávida que é considerada médica e legalmente morta deveria ser mantida por máquinas em benefício de um feto. Também capturou a atenção de ambos os lados do debate do aborto, com grupos antiaborto argumentando que o feto merece uma chance de nascer.
O juiz ouvirá argumentos enquanto o marido de Marlise Muñoz tenta desconectá-la dos aparelhos. Erick Muñoz diz que a mulher, uma colega paramédica, lhe disse quando era saudável que não queria ser mantida viva artificialmente se algum dia ficasse doente.
Erick encontrou sua mulher inconsciente em 26 de novembro. A família dela diz que a causa exata de sua condição é desconhecida, embora um coágulo sanguíneo seja uma possibilidade.
Funcionários do hospital argumentam que a lei do Texas proíbe a retirada do tratamento de uma grávida. Vários especialistas entrevistados pela Associated Press disseram que o hospital está aplicando a lei de forma errada.
Na quarta-feira, advogados da família disse que o feto de Muñoz, que estaria com cerca de 22 semanas de gestação, é "claramente anormal". Heather King e Jessica Hall Janicek basearam suas declarações em registros médicos que receberam do hospital.
"Mesmo nesse estágio inicial, as extremidade inferiores estão deformadas em um nível que não permite a determinação do gênero", disseram, também lembrando que o feto tem acúmulo de fluido dentro do esqueleto e possivelmente um problema cardíaco.
A porta-voz do hospital e o gabinete do promotor distrital, que representa a instituição médica no processo, não quiseram comentar o caso.
iG
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