O transtorno bipolar afetivo é essencialmente caracterizado por períodos emocionais intensos e inconstantes. Os portadores do distúrbio oscilam entre a mania e depressão, e freqüentemente, não reconhecem que estão doentes
A fase de mania é assinalada por sensações de extrema alegria e euforia, por isso, seus sintomas são bastante negligenciados pelos próprios portadores da doença. Neste período, o comportamento inquieto e destemido toma uma magnitude tão grande que chega a atrapalhar a vida em sociedade.
Já durante a depressão ocorre o inverso. Tristeza, lentidão e dificuldades em geral são aspectos vigentes neste estado. Nesta fase, o bipolar não tratado adequadamente sofre grande risco de cometer suicídio.
Ambas podem durar dias ou até mesmo anos e não precisam acontecer de maneira intercalada, onde a noção do universo fica distorcida pelo descontrole e variação do humor.
A psicóloga portadora da doença, Kay Jamison acredita que o controle de suas crises, através de medicamentos, resultou na melhora de seu desempenho, tanto na vida profissional como na vida pessoal. Já o grande pintor norueguês, Edvard Munch, que também era psicótico, temia que o tratamento pudesse reduzir ou suprimir seu potencial. Hoje, sabemos que o tratamento com medicamentos e acompanhamento especializado é imprescindível.
Embora as causas ainda sejam pouco definidas, a maior parte dos bipolares possui parentes com o mesmo distúrbio. Por isso, a doença é de origem genética, mas desencadeada por aspectos externos, como traumas, decepções, etc. Deve-se, porém, tomar bastante cuidado, pois seu diagnóstico é muitas vezes confundido com esquizofrenia, déficit de atenção, ou simplesmente, depressão.
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